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Introdução à Psicologia Analítica

Carl Gustav Jung, nasceu em 26 de julho de 1875, na Suíça (Turgávia). Aos 4


anos foi transferido com seu pai Archilles Jung que era pastor protestante. Foi
na Basileia que Jung fez todos os seus estudos, inclusive o curso de médico
onde concluiu aos 25 anos em 1900. Viu na psiquiatria a oportunidade de
investigar seu interesse pela filosofia e ciências naturais.
Bleuler não se satisfazia com a descrição dos sintomas das doenças mentais.
Quis que sua psiquiatria fosse de base psicológica, com essa finalidade apelou
ao associonismo: definição e redefinição dos elementos mentais.
De acordo com Bleuler escreveu: “Toda existência psíquica do passado e do
presente, com todas as suas experiências e lutas, reflete-se na atividade
associativa”. Com os estudos de Jung, Bleuler descobriu que esse distúrbio é a
dissociação da psicologia (esquizofrenia), ou seja ele propôs a substituição de
“demência precoce” pela “esquizofrenia” (esquizo = divisão, phrenia = mente).
Conceituou o termo para indicar a presença de um cisma entre pensamento,
emoção e comportamento nos pacientes afetados.
Após Jung ler a obra de Freud “A interpretação dos sonhos” ficou se em alerta
e teve a descoberta de que todas essas perturbações indicavam que a palavra
indutora havia atingido um conteúdo emocional (complexos afetivos), oculto no
íntimo do examinado, no inconsciente. Demonstrando experimentalmente a
existência do psiquismo no inconsciente, conseguiu descobrir nos
esquizofrênicos complexos próximos aos que são encontrados em neuróticos e
em indivíduos normais. Os métodos das associações não são utilizados pelos
analistas da escola junguiana, ainda assim experiências de associações
constituem um procedimento no ensino para demonstrar de modo experimental
a atuação dos complexos dando compreensão nos mecanismos psíquicos
inconscientes. Para Jung “os complexos, como componentes do inconsciente
pessoal, possuem algumas características como: autonomia, inconsciência e
repetição.”
 1912 Jung publicou o livro: Símbolos de transformação (conceito de
energia psíquica)
 Freud atribuiu à libido significação exclusivamente sexual X Em
oposição Jung designa libido a energia psíquica tomada num sentido
amplo (ambas são sinônimos)
 Para estar de acordo com Freud seria necessário admitir uma relação
erótica. Para Jung pareceu um aumento excessivo do conceito
sexualidade.
 Leu as primeiras obras de Freud, e comprovou a existência dos
mecanismos descritos pelo próprio, porém suas interpretações não se
harmonizavam com as de Freud.
 Apesar das discordâncias entre Freud e Jung (1907-1912) sem dúvida
foi muito proveitoso para a psicanálise.
 Energia psíquica (libido) é a intensidade do processo psíquico e seu valo
psicológico, fome, sexo, agressividade seriam expressões múltiplas de
energia psíquica.
 Jung concebe psiquismo (consciente e inconsciente) como um sistema
energético.
 Progressão da libido: é utilizada para a adaptação à vida e ao mundo.
 Regressão da libido: processo de desenvolvimento da personalidade.
Estrutura da Psique - Inconsciente coletivo
 Inconsciente na psicologia junguiana – Inconsciente pessoal:
representado pelos sentimentos e ideias reprimidas, desenvolvidas
durante a vida de um indivíduo.
 Inconsciente coletivo: mão se desenvolve individualmente, ele é herdado
(sentimentos, pensamentos e lembranças compartilhadas pela
sociedade).
 Arquétipo: perspectivas herdadas para representar imagens similares
(instintivas de imaginar)
 Adaptação: flexibilidade, capacidade de acolher e mudar o que nos
convém.
 Si-mesmo (Self): agrupamento do consciente e inconsciente em um
indivíduo representando a psique como um todo.
 Persona: complexo funcional que entra em ação por razões de
adaptação (máscara usada por atores).
 Anima: todo homem tem dentro de si uma mulher; Animus: toda mulher
tem dentro de si um homem.
Tipos Psicológicos
 Introversão: tipo de personalidade que torna a pessoa mais
observadora, que prefere manter-se sozinha com suas ideias a se
expor.
 Extroversão: energia psíquica em movimento para o mundo externo,
para fora do indivíduo, focada no objeto.
Funções Psíquicas de Adaptação
1. Sensação: “aqui e agora” indivíduos que preferem receber
informações pela percepção (órgãos sensoriais), tem dificuldade
em criar e imaginar.
2. Intuição: utiliza os significados, as relações e as possibilidades
futuras da informação recebida.
3. Pensamento: Indivíduos que preferem tomar decisões com base
no pensamento estão atentas à causalidade lógica (atos e
eventos), formais frios e calculistas.
4. Sentimento: valor de juízo pessoal, gosto e também atenta aos
sentimentos dos outros. Interesse em pessoas e relações sociais.
As 4 funções da psique representa um conjunto da personalidade, envolvendo
o consciente e o inconsciente em relação complementar: pensamento,
sensação, intuição, sentimento).
Enantiodromia: segundo o filósofo Heráclito esse conceito é de uma grande
força em uma direção que gera uma força no sentido oposto. Reformulado por
Jung e aplicado no inconsciente no momento de conflito de desejos da mente
consciente (compensação energética da psique).
 A enantiodromia se efetua nos momentos de transição do “meio da vida”
em que o aqui e agora (Self) tenta comandar e corresponder a iniciação
do processo de individuação.
Solstício: para Jung é um estágio interessante que nos impõe a repensar a
maneira de ser, escolhas e valores.
Para Jung, a forma específica pela qual o inconsciente se comunica com a
consciência são os sonhos. Da mesma forma que a alma tem o seu lado
noturno, o seu funcionamento psíquico inconsciente, que poderia ser concebido
com fantasia onírica.
Desenvolvimento do ego: adaptação ao meio externo e a obtenção de
autonomia em escolhas de relacionamentos com indivíduos, lugares e coisas.
Metanoia: podemos vivenciar a consciência de nós mesmos como parte de
algo mais vasto.
Gerontofobia: aversão patológica de pessoas idosas na sua fase de
envelhecimento.

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