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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO II

Disciplina: Psicologia da Educação

Professora: Ana Cristina Champoudry

Tema: Perspectiva Psicanalítica sobre o desenvolvimento humano

O que é a Psicanálise? É uma área de conhecimento; uma escola psicológica que busca estudar a
dimensão mais profunda do psiquismo humano para conhecê-lo;

Surgiu em meados do século XIX, na Alemanha, partindo dos estudos psicológicos, como ciência
independente, cujo objeto de estudo consistia na análise da consciência. Utiliza o método interpretativo e
da associação livre. Propõe como tratamento, a psicoterapia, a terapia analítica ou psicanalítica.

Principais Teóricos: Sigmund Freud (1856-1939) –Médico vienense, considerado “Pai” da Psicanálise;;
Jean Charcot – psiquiatra francês que usava hipnose; Josef Breuer – médico vienense que utilizava o
método da catarse; Carl Jung e Alfred Adler foram seguidores do Freud. Jacques Lacan – retomou os
ensinamentos do início da Psicanálise.

Obras: A interpretação dos sonhos (1900); Cinco lições de Psicanálise (1910);Totem e Tabu (1913);

Estrutura da personalidade: Ao estudar o psiquismo humano, a psicanálise divide-o em instâncias: o id,


o ego e o superego. Composta a partir desses três sistemas, o comportamento é resultante da interação
entre eles.

Id: representações psíquicas dos instintos. Está intimamente relacionado com os processos corporais.
Conhece apenas a realidade subjetiva da mente;

Ego: responsável pelo contato com o ambiente, com a realidade externa. Representa o nível da
consciência. É o intermediário entre as exigências instintivas do organismo e as condições do ambiente;

Superego: é o que controla o ego, decidindo se algo é certo ou errado, de modo a garantir que uma
pessoa aja em harmonia com os padrões sociais vigentes.

Para a psicanálise, o conteúdo da mente encontra-se em três níveis: o inconsciente, o consciente e o


pré-consciente.

O INCONSCIENTE: No modelo freudiano, o inconsciente é o lugar teórico dos impulsos instintivos e


das representações reprimidas e daquelas que nunca puderam chegar à consciência. Há uma série de
forças impulsionando a vida mental. Essas forças representam as necessidades do organismo humano e do
seu psiquismo, como a fome, o sexo, a curiosidade. Existe, porém, necessidades ou impulsos antagônicos
que se chocam com as normas de socialização, cujo acesso à consciência é proibido pela censura interna,
ficam, portanto, reprimidos no inconsciente.

A CONSCIÊNCIA: Tudo o que conhecemos é consciência: a percepção do mundo objetivo, as


lembranças, os sentimentos, o pensamento e a percepção do mundo subjetivo, ou seja, como concebemos
as lembranças, os sentimentos, os sonhos, os devaneios. Um conteúdo mental para ter acesso à
consciência precisa ser um acontecimento perceptível.
O PRÉ-CONSCIENTE/ SUBCONSCIENTE: É o sistema mental que serve de intermediário entre o
inconsciente e a consciência. Nele estão as representações que podem se tornar conscientes, desde que o
sujeito se interesse por elas, e as representações de fatos esquecidos, incômodos, mas não censurados no
âmbito do inconsciente, em que se verifica uma proibição que dificulta sua evocação, uma força para
afastá-los da consciência.

Principais Conceitos:

Libido: Energia sexual . Principal fonte de prazer do indivíduo

Instinto: Trata-se de uma representação psicológica inata de uma fonte de excitação corpórea. A
representação psicológica chama-se desejo e a excitação corpórea que o causa denomina-se necessidade.
O instinto é a quantidade de energia psíquica necessária para movimentar as diferentes operações da
personalidade. Os instintos tomados como um todo compõem a soma total de energia psíquica de que
dispõe a personalidade. Têm sua sede no id e originam-se do processo metabólico.

Sublimação: desvio de um impulso de seus objetivos diretamente sexuais para fins socialmente úteis.

Transferência: processo psicológico que consiste em transferir para pessoas ou objetos aparentemente
neutros emoções e atitudes que existem no indivíduo desde a infância. Na terapia psicanalítica, a
trasnferência é essencial para a cura. Trata-se de uma relação afetiva particular que o paciente estabelece
com o terapeuta para reviver suas experiências passadas.

Fases do desenvolvimento da sexualidade infantil

Da obra Sexualidade Infantil (1905):

Fase oral (Do nascimento aos 2 anos)

Fase anal (dos 2 aos 4 anos)

Fase fálica (dos 4 aos 07 anos)

Fase de Latência (07 aos 10 anos)

Fase genital (dos 10 anos em diante)

Referências:

BIAGGIO, Ângela M. Brasil. Psicologia do Desenvolvimento. 22ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

CARRARA, Kester (Org.). Introdução à Psicologia da Educação: seis abordagens. São Paulo:
Avercamp, 2004.

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