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Psicologia

RELAÇÃO ENTRE IMAGEM E


SEXUALIDADE HUMANA
Renato Garibaldi Mauri , professor de Sociologia e de Cultura Geral no Centro
Universitário Adventista de São Paulo (SP), mestre em Ciências da Religião (ênfase em Ciências
Sociais) pela Umesp (SP) e doutorando pela Unicamp, maurirenato@hotmail.com

Resumo: Este trabalho tem o propósito de investigar a imagem do corpo. Para


tanto, foi necessário abordar aspectos conceituais e históricos a fim de, em seguida,
enfatizar a relação entre sexualidade e imagem, mostrando a proximidade temática de
um para com o outro, e a importância que se deve dar ao estudo da imagem no tema
da sexualidade. Não houve a intenção de indagar aspectos da anatomia, da fisiologia
e dos mecanismos cerebrais que configuram a base da imagem do corpo, mas as no-
ções de como a vida psíquica estruturaliza não somente o exterior, mas o interior do
corpo. A ênfase está em analisar a possibilidade de mudança para, enfim, propiciar
o crescimento e o desenvolvimento, na constante relação das imagens com as ações,
emoções e sexualidade do ser humano.
Palavras-chave: Imagem corporal, corpo, sexualidade

THE RELATION BETWEEN THE IMAGE AND THE SEXUALITY


Abstract: This research has the purpose of investigating the body’s image.
Therefore, it was necessary to approach historical and conceptual aspects at first and
then to emphasize the relation between sexuality and image. The objective was to
demonstrate how they are closely linked and the importance of studying the sexua-
lity as a theme. There wasn’t intention of questioning the anatomic and physiologic
aspects or even the cerebral mechanisms considering that they are the base of body’s
image but the notions of how the psychic life configures not only outside the body
but also inside it. The emphasis is on analyzing the possibility of changes to promote
growth and development in the uninterrupted relation between the images, actions,
emotions and human sexuality.
Keywords: Body image, body, sexuality

Introdução
A história da imagem corporal iniciou-se no sécu- portáveis em membros já amputados. Diante de tal
lo 19 com o médico e cirurgião Ambroise Pare. Este situação, o médico denominou o fato de alucinação.
homem dedicou um grande período de sua vida no Após três séculos, Weir Mitchel (Gorman, 1965, p. 30-
esforço de amenizar a dor de soldados feridos durante 31) da Filadélfia demonstrou que a imagem corporal
as longas guerras que o exército francês travava com podia ser mudada sob tratamento. No final do século
seus oponentes. Pare foi o primeiro médico a perceber 19, Sigmund Freud provocou um avanço significativo
que muitos dos feridos reclamavam de dores insu- da psicologia. O psiquiatra entendia que o corpo era

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base da mente e o considerava de vital importância res patológicos, mas também uma reflexão dos desejos,
à formação dos sonhos. De acordo com Freud, a atitudes emocionais e interação com os outros.
sinestesia pode ser definida como “sensibilidade Lauretta Bonder, viúva de Shilder, psiquiatra infantil,
geral, difusa, na qual todos os sistemas orgânicos constituiu, com base na teoria gestaltica, quatro parâme-
contribuem com uma parcela” (1976, p. 37). Ele tros para a imagem corporal (Gorman, 1965, p. 70):
defende, ainda, que a relação entre a sinestesia e o 1. Imagem corporal é predeterminada por um
corpo contribui para a formação do ego. padrão integrado. Lei do crescimento.
Em 1905, Bonnier definiu um novo distúrbio na 2. Refere-se ao contato e identificação com os
imagem corporal chamado de “esquematia”. Segundo outros.
sua teoria, a hiperesquematia era definida como uma 3. É modificada e reconstruída pela atividade do
parte do corpo que ocupava uma área maior do que sistema nervoso, utilizando novas experiências
aquela que deveria e a hipoesquematia era o inverso das sensações e da psique.
(Gorman, 1965, p. 41). 4. É modificada pelos movimentos e posições
Tissie usou o termo Noi Splanchnique para descrever do corpo.
um self visceral, o centro do nosso ser que se relaciona Na psicologia foram desenvolvidas pesquisas
intimamente com a imagem do corpo. teóricas que contribuíram para o desenvolvimento
Na escola britânica, os estudos se aprofundaram da imagem corporal. A psicologia freudiana coloca a
tanto nos aspectos fisiológicos quanto psicológicos. imagem em plano secundário, pois se entende que é
Henry Head estudou a forma e a função do sistema uma máscara, disfarçando os desejos inconscientes.
nervoso, tanto na parte clínica quanto laboratorial Segundo Freud, o pensamento em imagens é consti-
(Gorman, 1965, p. 44-45). tuído dos materiais concretos das idéias e, portanto,
suas inter-relações não se prestam à expressão em
Como as percepções corporais são integradas e unidas, imagens; a tarefa da psicanálise seria reduzi-la a um
propõe-se que cada indivíduo construa um modelo ou sentido racional (Silveira, 1992, p. 83-84).
figura de si mesmo de maneira a constituir um padrão Jung não concordava com algumas abordagens
nos julgamentos da postura e dos movimentos corporais de Freud. Como exemplo, podemos citar a questão
(Fisher, 1990, p. 5). da imagem corporal, pois, para Jung, a imagem retrata
A expressão “esquema corporal” passou a ser o espaço interno da psique, na qual a energia psíquica
utilizada não só por Head, mas principalmente pelos transforma-se em imagem, sem disfarces. Para Jung
neurologistas. Head também realizou estudos com re- (1997, p. 96), as imagens de caráter impessoal vin-
lação à sensação, classificando-a em prolopática (formas das das camadas mais profundas são chamadas de
sensoriais primitivas) e a epicrítica (formas sensoriais su- “imagens arquétipas”. Estas são capazes de tecer as
experiências mais intensas da humanidade, ocorren-
periores). Ele usou a temperatura da pele como objeto de
do real significância, uma vez que as emoções estão
pesquisa. Com isso, verificou a formação de um sistema
ligadas à imagem.
sensorial mais primitivo: a sensibilidade profunda. Esse
A imagem, a partir desse conceito, é uma expressão
sistema é capaz de enviar ao sistema nervoso central um
dos processos inconscientes, estabelecendo relações
grande número de sinais sensoriais, além de contribuir
com a consciência. Assim, a análise da percepção que
para a localização do membro no espaço.
o homem tem de si mesmo, da relação com o mundo
Na escola de Viena, em 1908, Arnoud Nick propôs ao redor, com o seu próximo, se faz presente a partir
uma imagem mental do corpo, em que cada parte do do próprio estudo da imagem.
todo era concebida a partir de estímulos visuais, audi-
tivos e sinestésicos. Nick também fez observações no Na imagem do corpo está implícito não apenas o cor-
que se refere a crianças que nasceram sem membros, póreo, ou seja, meu corpo enquanto objeto de reflexão,
mas que não possuíam membros fantasmas. com fronteiras bem definidas pela epiderme, mas prin-
Uma das maiores contribuições para a área foi a de cipalmente a corporeidade, o corpo sujeito que age no
Paul Shilder, que considerou a parte fisiológica, psico- mundo e que, nesta inter-relação, estende-se para ele,
lógica e sociológica da imagem corporal. Para Shilder, perde suas fronteiras e torna-se marcado pelos símbolos
a imagem corporal é um fenômeno multifacetado. Em de suas vivências (Shilder, 1999).
seu livro A imagem do corpo: as energias construtivas da psique, Jung fez sua contribuição ao perceber que a mi-
o autor aborda a base psicológica, a estrutura libidinal tologia e os símbolos religiosos contornam a forma
e os aspectos sociais da imagem corporal. Refere-se a das imagens que residem no inconsciente humano,
idéia de que a imagem do corpo não possui apenas fato- chamado de “inconsciente coletivo”.

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G. Adler (Gorman, 1965, p. 87) utilizou esse con- relaciona com o corpo faz parte da imagem que
ceito para descrever uma criança com distúrbio, embora temos. A voz, a respiração, os odores, os senti-
não tenha usado a expressão imagem corporal, relatou mentos, a maneira de vestir, as diversificadas formas
que os órgãos do corpo podem comunicar-se por meio dos movimentos, os nossos pensamentos, as nossas
de um “dialeto orgânico”. relações sociais.
Wilhem Reich (1995) também contribuiu com a Paul Shilder se refere à imagem no vínculo
análise da imagem corporal ao desenvolver os estudos contínuo das relações que vivemos, tanto no ato de
com relação às couraças musculares e a importância incorporar objetos como no fato de se propagar no
na imagem do corpo. espaço. Logo, esse espaço pode indicar o próprio
Fisher e Cleveland também pesquisaram a respeito corpo ou o mundo nas relações que vivemos. Exis-
da imagem corporal, no que se refere às fronteiras, ou te, portanto, uma reciprocidade entre o corpo e a
seja, as delimitações do corpo. imagem, desde a sua formação, até a sua construção
Existe, portanto, uma contraposição ao termo, e sua desconstrução.
pois Rodrigues (Oliver, 1995, p. 18) aborda uma Se falamos de espaço, falamos de proximidade
diferenciação entre “imagem corporal” e “esquema entre o corpo do outro e do nosso próprio corpo
corporal”. A primeira relaciona-se com a consciência porque os corpos se ligam por meio de seus contatos
que um indivíduo tem de seu corpo em termos de e experiências próprias. Conseqüentemente, a elabo-
julgamento do nível afetivo; já o esquema corporal é ração da imagem se torna rica e envolvente quando
uma estrutura neuromotora que permite o indivíduo existe a troca de experiência entre as pessoas. Esse
estar consciente de seu corpo. aspecto se deve à incorporação e à doação das imagens
Oliver (1995, p. 18) concorda com essas nomen- nos relacionamentos. Quando gostamos de alguém,
claturas e afirma que a imagem do corpo constrói-se percebemos as afinidades e assim nos aproximamos,
sobre o esquema corporal. este ato singelo demonstra a troca que existe costu-
Já Le Boulch (1992), discorda dessa afirmação, meiramente em nossas relações sociais.
pois acredita que, com esses conceitos, o corpo se Encontramos, assim, uma ligação estreita entre as
torna dilacerado, pois, por um lado, existe o corpo emoções e as experiências sensoriais que fazem parte
neurológico e, por outro, o corpo espiritual, quando da construção da imagem corporal.
na realidade existe um só corpo.
Assim, como a imagem corporal pessoal só alcança todo
Entendemos, portanto, que “imagem” cor-
o seu significado através de seu movimento e função,
poral seja o termo apropriado, pois estabelece
que novamente se expressa de modo sensorial, o mo-
as relações com a psicologia e a sociologia. Ela,
vimento da imagem corporal alheia, as mudanças rela-
ainda, indica que não se trata de uma mera sensa-
cionadas à função e suas expectativas em relação à ação
ção ou imaginação, mas uma percepção do cor-
dão a imagem corporal um significado mais profundo.
po relacionada às experiências vividas. Por isso
Primeiro temos uma impressão sensorial do corpo do
são determinadas socialmente, não permanecem
outro. Esta impressão adquire seu significado real por
estáticas e influenciam o nosso comportamento
meio de nosso interesse emocional pelas diversas partes
como também as relações interpessoais. “Esquema”
do corpo (Shilder, 1999).
corporal já pressupõe o estudo neuro-motor, o qual
permite ao indivíduo estar consciente do seu próprio Podemos salientar que os fatores que contri-
corpo anatômico, relacionando-se diretamente com buem para a formação da imagem não são isolados,
a fisiologia. portanto, um único fator seria incompleto e insufi-
Devido a essas noções, preferimos o termo ciente. Shilder ainda ressalta que a imagem só adquire
“imagem”, já que possui uma nomenclatura multi- possibilidade e existência porque o nosso corpo não
funcional, abrangendo também o tema da sexualida- é isolado, é necessariamente um corpo entre outros
de humana. Assim, se esperamos mudanças sociais corpos, o que mostra a necessidade de termos outras
significantes, temos, sem dúvida nenhuma, que pessoas ao nosso redor.
trabalhar com as imagens que temos de nós mesmos A imagem corporal estabelece uma relação
e dos outros que nos cercam. contínua entre os aspectos epistemológicos, sociais e
psicológicos. Por isso, não é unilateral. Reflete tanto
Noções sobre imagem corporal o intrínseco quanto o extrínseco de nossos seres, por
A imagem corporal nos faz refletir sobre vários meio de nossas relações com o outro e com nós mes-
aspectos importantes da vida, pois tudo o que se mos, no intercâmbio do “eu” e do “outro” através de

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nossos desejos, no que somos, fomos e poderíamos O ser humano tem conhecimento de “si” e do “ou-
ser. Muitas vezes, desconhecemos o sentimento dos tro” pelas percepções sentidas, pelas impressões táteis e
outros corpos, porém conhecemos, em parte, as nossas visuais, como também, pelos orifícios do corpo auditivo e
sensações, pois estas são perceptíveis. Destacamos as nasal, pela abertura dos olhos, boca, ânus, meato urinário
sensações que permitem o sentir de nossos corpos: e orifício vulvar, os quais nos colocam em contato com
propriocepção (músculos e articulação), exteriocepção o mundo, fazendo-nos sentir o ar, o som, o gosto dos
(pele) e interiocepção (vísceras). As relações entre elas alimentos, as fezes, a urina e os prazeres sexuais.
são facilmente percebidas pelos simples atos do coti- Existe uma forte ligação entre os orifícios e a zona
diano como pegar um copo. Assim, pela decodificação, erógena, viabilizando o prazer para diversas partes
percebemos não só o objeto em questão como também do corpo. No entanto, os pontos de sensibilidade são
nossos movimentos e intenções. diferenciados de pessoa para pessoa de acordo com as
vivências de cada um.
A imagem corporal e a sexualidade
A genitália tanto masculina quanto feminina
O corpo possui em sua estrutura orifícios, cavidades é fonte contínua de sensações e estimulações, por
e protuberâncias. Por meio dessas unidades, surgem isso levam o indivíduo a entrar constantemente em
algumas sensações que, segundo Mello Filho (1992), contato com elas, pois a pele produz e registra sensa-
podem ter quatro níveis diferenciados e interligados. ções diversas, influenciando tanto o comportamento
O primeiro é o fisiológico, medular, simpático e quanto os prazeres sentidos e percebidos, inclusive
periférico; o segundo tem relação com as atividades da própria percepção do corpo, no ato do indivíduo
focais do cérebro; o terceiro se refere a região cortical; se tocar. Desse modo, não é incomum visualizarmos
o quarto nível ocorre na esfera psíquica com influências a mão tocando a região da dor.
contínuas da soma. Esses níveis possuem uma interação Sem dúvida, o ser humano tem um corpo uno.
psicofisiológica contínua, que acabam por caracterizar Assim, o esquema corporal interpõe-se na imagem,
a nossa vida. Apesar de existirem outros níveis, pode- e vice-versa. Shilder concorda com essa afirmação
mos dizer que as atividades do nosso organismo são quando diz que “o esquema do corpo é a imagem tri-
primariamente psíquicas. Há uma relação muito forte dimensional que todos têm de si mesmos, e podemos
entre a imagem corporal e o desenvolvimento dos chamá-los de imagem corporal” (1999, p. 337). O termo
níveis afetivos e libidinais. indica que não se trata só de uma análise de sensação
A imagem corporal é formada pela interação do ou imaginação, mas de uma percepção do corpo.
Ego com o Id, do ponto de vista psicanalítico, num
Considerações finais
jogo contínuo com as tendências libidinais.
Desde a infância até a fase adulta, existe no in- Pelo processo histórico da imagem corporal, po-
divíduo um interesse grande pelo corpo. A criança demos entender também a relação entre o corpo e a
centraliza a libido na especificidade de determinadas mente, principalmente, das construções das imagens no
partes do corpo, como a boca. Na tenra idade, o ser inconsciente para o consciente, como na relação direta
humano entra em contato com o mundo externo, da imagem sobre as emoções, sensações e percepções
sentindo as percepções e reagindo a elas, incluindo que temos e sentimos no decorrer de nossa existência.
as experiências pré-uterinas, onde o indivíduo sente e A partir disso, compreendemos a integração do corpo
reage ao mundo externo. psique, na relação entre o corpo e a mente. O desen-
As experiências ao longo da vida se tornam sig-ni- volvimento das funções perceptivas (percepção, sen-
ficantes, pois existe uma forte conexão entre o mundo sação, emoção, sentimento, pensamento e mente), e o
externo e interno, na relação com o prazer e o desprazer. desenvolvimento do corpo (unidade de funcionamento
Por isso, podemos afirmar a forte união da imagem bioquímico e biofísico com os fluídos, órgãos, músculos
corporal com as zonas erógenas. A nudez, a vergonha, e ossos) estudado em momentos distintos sem conexão,
a timidez, o enrubescimento nos encontros sociais, impediam a visualização na integração (corpo e mente),
onde os corpos se encontram, mostrando suas uniões pois é no funcionamento emocional que está a base para
e separações, experimentando uma química própria e o entendimento do ser uno.
pessoal dos sujeitos envolvidos, até mesmo na simples O mergulho que o ser humano faz em si mesmo
troca de olhares. Com isso, enfatizamos a importância é a busca por vivenciar um ser uno em todos os mo-
social da imagem corporal, pois ela se modifica não só mentos, tanto no amor, como na entrega mais profunda
pela percepção de nós mesmos, mas pela percepção e da vivência humana (no man’s land): a vida em sua
interpretação dos outros ao nosso redor. plenitude concreta.

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Esse aspecto facilita a compreensão do motivo É justamente o funcionamento do sentir emocional
pelo qual a contenção rígida e crônica de qualquer que aparecia como o elemento de conexão entre o sentir
emoção é na verdade a contenção do próprio amor e perceptivo e o funcionamento corporal. É o sentimen-
da própria entrega. Isso se torna claro ao entender o to do homem em sua percepção e sensação. O ato de
ato de conter o choro ou o ato de conter a sexualidade, emocionar aproxima a mente do corpo ou o corpo da
como na proporção do amor e da entrega em geral. mente, e também na relação do mal estar e do bem estar,
Por isso, entendemos que o homem não está cronica- na saúde e na doença, o sentido da dor e do prazer, e
mente doente somente porque não tem sido amado, principalmente, do sentido de nossas próprias vidas.
ou porque deixou de receber, de fora para dentro, mas O ato de emocionar, de sentir a sexualidade, de
porque perdeu a capacidade biofísica de amar, ou seja, entender os sentimentos e de compreender as imagens,
abandonou a habilidade de ir para fora e buscar o que é o sentido de ser e de existir, diante de uma sociedade
falta dentro de si. que prega constantemente o superficialismo, o indivi-
dualismo e a banalidade da sexualidade.

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