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Introdução

Neste trabalho, abordaremos de forma resumida alguns conceitos e definições que são
importantes conhecer quando se fala das dinâmicas e processos grupais.
O resumo aqui tratado, e do texto “A dinâmica dos grupos e o processo grupal”, da autora
Vera Lúcia do Amaral, por parte do Programa Universidade a Distancia UNIDIS Grad.

Metodologia
Para a elaboração deste trabalho usamos como referência o texto supracitado, e pesquisas
na internet sobre o tema do trabalho, os websites de onde a informação foi retirada são de
confiança e de autoria por parte de indivíduos e instituições também confiáveis.
O Grupo
Desde os tempos primordiais o Homem teve que se inserir em grupos para a sua
sobrevivência.
A prática do nomadismo, que antecedeu o sedentarismo, envolvia sempre um grupo, com
funções divididas com base na idade e gênero, ou seja, cada um exercicia uma função e
assim todos viviam em harmonia garantindo a sua sobrevivência.

Com isso, queremos dizer que a convivência em grupo é um aspecto da humanidade que
carregamos no nosso ADN até os dias de hoje. O ser humano passa a maior parte da sua
vida convivendo e partilhado a sua vida com as pessoas à sua volta.

Segundo o estudioso Trotter (1919-1953), o Homem possui 4 instintos básicos sendo


eles: o instinto de autopreservação, o instinto de nutrição, o instinto sexual e o instinto
gregário.

A palavra gregário vem do vocábulo latino “grex”, que significa rebanho, ou seja,
Instinto gregário é aquele que faz as pessoas se sentirem compelidas a estarem umas com
as outras, formando grupos de influências mútuas, onde há uma liderança à qual todas
seguem ou obedecem.

O Grupo na Psicologia

Existe na Psicologia um ramo fundamental no estudo dos grupos, de nome Psicologia


Social. O interesse em compreender estes fenômenos sucedeu-se dos estudos da chamada
Psicologia das Massas, que tentava compreender fenômenos coletivos, juntamente com o
facto dos psicólogos, ao estudarem a Revolução Francesa, perguntarem-se como era
possível uma multidão de pessoas ser levada por um líder a comportamentos que muitas
vezes colocavam em risco as suas próprias vidas.

O francês Gustave de Le Bon autor do livro chamado “Psicologia das Massas” publicado
em 1895, é tido como a referência clássica para esta discussão. Ele acreditava que havia
uma ruptura profunda entre o fenómeno individual (psicologia do indivíduo) e o
fenómeno colectivo (psicologia das multidões).

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Para ele, a multidão é como um ser unitário com características psicológicas próprias.
Sendo assim, quando os indivíduos estão em multidão, eles perdem suas características
pessoais, sua autonomia, e passam a agir como uma espécie de “psiquismo coletivo”, em
outras palavras, eles passam a ter um único raciocínio.

O indivíduo quando pertence a um grupo comporta-se de uma maneira, chegando a


perder a sua individualidade, e quando está fora do mesmo, apresenta uma alteração em
seu comportamento. E segundo Le Bon isso acontece por três factores: o sentimento de
poder, o contágio mental e a sugestibilidade.

As ideias e pensamentos de Le Bon influenciaram estudiosos que surgiram depois dele a


também preocuparam-se em estudar a questão dos grupos. O neurologista Sigmund Freud
é um deles.

De origem Áustria, Freud foi o autor do livro “A psicologia das Massas e a Análise do
Eu” onde ele propõe que as massas não podem ser pensadas como tendo uma única
forma. Para ele as multidões podiam ser:
● Efémeras ou mais duradouras;
● Homogéneas (formadas por indivíduos semelhantes) ou não homogéneas;
● Primitivas ou aquelas que possuem um alto grau de organização, de nome “massa
artificial”. Esses grupos nos nossos dias são conhecidos como “Instituições”.

Segundo Freud, contrariando a ideia de Le Bon, não haveria uma mente grupal ou um
“psiquismo colectivo”, pois, somos todos um grupo com comportamentos individuais que
ao longo do processo aparentamos ter a mesma ideia devido a vinculação que se dá em
dois eixos: vertical (indivíduos ao líder) e horizontal (indivíduos uns com os outros).
Alguns dos exemplos históricos e da vida quotidiana são o Nazi-fascismo e a plateia nos
campos de futebol.

Os Grupos, Instituições e Organizações

Como mencionamos anteriormente, o ser humano é um ser social que, por natureza, vive
em grupo, com regras, combinações e acertos. Para que ele possa conviver e pertencer a
um determinado grupo precisa ter uma regularidade comportamental que significa, ou
seja, o indivíduo precisa ter uma vida regrada e constante.

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É só termos como exemplo o nosso dia-a-dia. Todos os eventos no nosso quotidiano
acontecem a partir de acertos implícitos, de regularidades e de normas que nos permitem
conviver em grupo. A isso chamamos institucionalização.

Institucionalização pode ser definida como o estabelecimento de um modo de vida que é


herdado dos nossos antepassados, que não levanta questionamentos.
Em outras palavras, são hábitos e costumes que nós herdamos e a sua prática não nos é
duvidosa. Segundo BOCK (1999, p. 217), a instituição é, pois, “um valor ou regra social
reproduzida no cotidiano com estatuto de verdade, que serve como guia básico de
comportamento e padrão ético para as pessoas em geral [...] é o que mais se reproduz e o
que menos se percebe nas relações sociais”.

Esse conjunto de regras e valores concretiza-se na sociedade em uma instância chamada


organização. Organização é um sistema planejado onde há um conjunto de duas ou mais
pessoas que realizam tarefas de forma coordenada e controlada.

As instituições e organizações somente existem em função de um conjunto de pessoas


que as reproduzem e por vezes as adaptam mediante a sua necessidade, o grupo, onde
estes mesmos indivíduos vão compartilhar destas normas e de um objectivo comum.

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Conclusão

Através deste trabalhos pudemos concluir que estar em grupo faz parte da essência
humana e que é um aspecto bastante crucial no que tange a sobrevivência e adaptação da
nossa espécie cá na Terra.

Estando em grupo os indivíduos tendem a agir de forma diferente do seu habitual, isto é,
quando um indivíduo está em um determinado grupo ou em multidão ele perde suas
características pessoais e sua autonomia. Ele é motivado a agir de uma determinada
maneira distante de um comportamento individual.

Para um grupo existir deve haver interação entre seus membros e objetivos comuns. Deve
haver uma relação significativa entre duas ou mais pessoas, que se processa através de
ações encadeadas.

Concluímos também que tanto o grupo, como as instituições e organizações exercem uma
grande influência na vida dos seus membros, estes tocam com as emoções dos indivíduos
a ponto de os levar a comportamentos inimagináveis.

O tema abordado neste manual faz-nos reflectir sobre o nosso papel no contexto em que
nos encontramos.

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Bibliografia

● Do Amaral, Vera Lúcia. “A Dinâmica Dos Grupos e o Processo Grupal.”


UFRN/Biblioteca Central “Zila Mamede,” 2007.
● Morelli, José. “Instinto Gregário.” Comunicando Psicologia, 31 de Março de
2014, comunicandopsicologia.blogspot.com/2014/03/instinto-gregario.html.
● Calazans, Livia. “ORGANIZAÇÃO - O QUE É?” Administração Sem Segredos,
20 de Março de 2018, admsemsegredos.com/o-que-e-organizacao/.
● “Revolução Francesa.” Wikipedia, Wikimedia Foundation, 15 May 2021,
pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Francesa.

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