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A Psicologia Social pode ser definida como o estudo científico de como os nossos
pensamentos, sentimentos e comportamentos são influenciados pela presença real ou
imaginária de outras pessoas. Daí, os psicólogos sociais terem como principal objetivo
compreender como e porquê o ambiente social molda os pensamentos, os
sentimentos e os comportamentos do indivíduo. Também, a psicologia social tenta
explicar o comportamento social, por isso os psicólogos sociais explicam o
comportamento social em termos do poder da situação social para moldar as atitudes
e os comportamentos, embora os mesmos concordem que a personalidade cada
indivíduo é diferente e única.
O nível de análise da psicologia social é o indivíduo no contexto de uma situação
social. Os psicólogos sociais procuram identificar as propriedades universais da
natureza humana que tornam todos suscetíveis à influência social,
independentemente da sua classe social, género ou cultura.
Comparou os desempenhos dos ciclistas que competiam Mediu a quantidade de esforço exercida em duas
apenas contra o relógio versus contra outros ciclistas. condições:
Verificou que ciclistas obtinham melhores quando um homem puxa uma corda sozinho
desempenhos quando competiam com outros. quando puxa uma corda inserido num grupo
Triplett propôs que a presença de outros ciclistas Verificou que a quantidade de esforço exercido por
liberta o “instinto competitivo”, aumentando a cada participante diminuiu à medida que o grupo
“energia nervosa”, melhorando dessa forma o aumenta.
desempenho.
Triplett para testar a sua hipótese construiu uma
“máquina de competição”. No laboratório comparou o
desempenho de 40 crianças dos 10 aos 12 anos, a
enrolar um anzol. Criou duas situações experimentais:
uma em que as crianças enrolavam o anzol sozinhas, e
noutra em que enrolavam aos pares, em competição.
Verificou que o desempenho foi melhor na situação de
competição.
Concluiu que, a mera presença de outra pessoa pode
melhorar o desempenho numa tarefa simples.
Triplett: a presença de outros melhora o desempenho.
Ringelman: a presença de outros diminui o desempenho.
Na experiência de Triplett os desempenhos foram avaliados individualmente, enquanto na Ringelmann não era
possível avaliar o esforço de cada um quando inseridos no grupo. A diferença parece residir em os indivíduos
sentirem-se avaliados individualmente ou submergidos num grupo.
Tendências e Direções
Neurociência Social:
Influência Social
A influência dos outros nas nossas crenças, sentimentos e comportamentos.
Conformidade: pode ser definida como a mudança no comportamento ou nas opiniões
de um indivíduo em resultado da influência real ou imaginada de outros. As pessoas
se conformam porque não sabem o que fazer numa situação nova ou ambígua; porque
não querem ser ridicularizados ou punidos por serem diferentes dos outros e porque
escolhem agir de acordo com as expectativas que acham que o grupo tem sobre si.
Experiências Individuais
Série 1 Era apresentado um estímulo luminoso que podia ser Resultados:
visto através de um pequeno orifício de uma caixa de Registou-se uma enorme variação
metal. O sujeito estava sentado a uma distância de 5 interindividual entre nas estimativas
metros do estímulo luminoso. apresentadas (medianas variaram entre 0,36
Deveria premir um botão quando o ponto luminoso e 9,62 polegadas). No entanto, cada sujeito
surgisse e, logo após o seu desaparecimento, estimar a definiu um intervalo idiossincrático para as
distância que o ponto luminoso tinha percorrido. suas avaliações.
Cada sujeito fornecia 100 estimativas. Os indivíduos acharam a tarefa difícil
precisamente pela ausência de um ponto de
referência “não haver um objeto próximo”
ou “não existir um ponto fixo pelo qual
julgar a distância”.
Série 2 Objetivo: aferir a estabilidade das estimativas dos sujeitos.
Cada indivíduo realizou 300 estimativas em diversos dias da mesma semana.
Verificou-se que, uma vez criado um intervalo subjetivo e um ponto médio dentro desse intervalo,
existe uma forte tendência para a sua manutenção.
Série 3 Mesmos procedimentos experimentais anteriores, com uma alteração fundamental.
A certa altura da sucessão de estimativas, o experimentador dizia que as estimativas estavam a ser
demasiado altas ou baixas.
Os sujeitos alteraram consideravelmente o seu ponto de referência, na direção sugerida pelo
comentário do experimentador.
Conclusões das experiências individuais:
Colocados numa situação ambígua e não dispondo de aprendizagem anterior relevante, os sujeitos em
vez de refletirem a desorganização inerente à situação, desenvolveram quadros de referência
idiossincráticos e estáveis.
A tendência psicológica para a auto-organização é mais que um simples reflexo da organização do
contexto em que os indivíduos coexistem.
A estabilidade dos quadros de referência não é imutável - um comentário do experimentador pode levar
à sua reconstrução: Traduz a influência dos outros.
Experiências de grupo
Série 1 Mesmos procedimentos experimentais anteriores. Mas aqui foram utilizados vários sujeitos em grupos
de dois ou de três, cuja ordem pela qual respondiam ia sendo mudada.
Após as sessões em grupo, os indivíduos eram submetidos a uma quarta sessão individual.
Objetivo: verificar a influência que os participantes exerciam uns nos outros no decorrer das sessões
de grupo, mas também até que ponto essa influência se estendia para as situações em que o
individuo estava só.
Série 2 Mesmos procedimentos experimentais anteriores. Mas aqui foram utilizados vários sujeitos em grupos
de dois ou de três, cuja ordem pela qual respondiam ia sendo mudada.
Nesta série, cada individuo participava primeiro numa sessão sozinho e depois em três sessões de
grupo. Objetivo: verificar até que ponto um padrão individual, que já se sabia, de grande
estabilidade, se mantém em situações de grupo.
Série 1 Quando os participantes começam as suas Conclusões:
e2 estimativas em sessões individuais, os Os participantes ao serem expostos, em grupo, a
seus padrões (pontos médios) e intervalos uma situação ambígua, utilizaram o
variam mais do quando a primeira sessão comportamento dos outros na construção dos seus
é de grupo. quadros de referência individuais, quadros esses
A variação nas sessões individuais reduz que continuaram a ser utilizados mesmo na
muito se os indivíduos só a realizarem ausência do grupo.
depois das sessões de grupo. Pelo contrário, os indivíduos que só
A convergência nas sessões de grupo é experimentaram sessões de grupo depois de
menor se as individuais forem realizadas terem construído o seu quadro de referência
primeiro. individualmente faziam convergir as suas
Os indivíduos variam na sua contribuição estimativas na direção dos outros, mas essa
para o padrão do grupo. convergência é menos forte do que quando
partiam sem qualquer quadro de referência.
A convergência individual em sessões de grupo,
apesar de variar em extensão, foi universal.
Série 3 Objetivo: estudar a importância do Resultados e conclusões:
prestígio para a convergência grupal. O comparsa do investigador teve uma enorme
Situação de grupo com dois participantes importância no estabelecimento dos padrões
em que um era comparsa do investigador individuais.
e foi apresentado ao outro participante A influência do comparsa do investigador foi,
como Assistente de Psicologia na muitas vezes, maior no outro participante, na
Universidade. sessão posterior em que este ficou sozinho.
Permanência da influência dos outros mesmo
quando estes não estão presentes.
Especialistas
Estatuto social elevado (ex. alunos populares, figuras públicas)
Similares (indivíduos com características similares)
Conclusões: