Em cada cultura, os surdos foram vistos de diferentes maneiras, por exemplo,
na Idade Antiga, no Egito eles eram considerados enviados dos deuses e por isso eram protegidos, já na China e na Grécia eram sacrificados por serem incapazes para conviver na sociedade. Na Idade Média, os surdos não tinham tratamento digno, não recebiam comunhão, heranças ou sequer podiam votar. Em Roma eram considerados pessoas castigadas, enfeitiçadas, e até transformadas em escravos. No início da idade moderna Bartollo Della acreditava que os surdos eram capazes de se comunicar através de uma língua de sinais, foi criado o primeiro alfabeto manual. O monge beneditino Pedro Ponce de Léon deu início a primeira escola para surdos e Juan Pablo publicou o primeiro livro sobre a educação deles. Na Idade Contemporânea a surdez passou a ser considerada uma doença e não mais uma diferença, tornando-se passiva de tratamento. Estudos foram realizados por meio de dissecação de cadáveres, aplicações de cargas elétricas e sangue sugas. O abade Charles Michel L’Épée defendia que língua de sinais é um verdadeiro meio de comunicação e desenvolvimento do pensamento. Escreveu o primeiro dicionário de sinais e fundou a primeira escola pública para surdos em Paris, sendo elas, até sua morte, 21 escolas na França e Europa.