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TEMA I – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL/INCLUSIVA
1.1 BREVE HISTORIAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNDO
Pré historia
Nas sociedades de cultura primitiva, os povos eram nômades, sobrevivendo da caça
e da pesca. Estavam sujeitos às intempéries e aos animais selvagens. Tudo isto
dificultava a aceitação de pessoas que fugiam à rotina da tribo, pois, incapazes de
irem à busca da caça e de sobreviver por si mesmos à agressividade da vida, essas
pessoas mostravam- se dependentes da tribo. Por este motivo, eram abandonadas
em ambientes agrestes e perigosos, o que inevitavelmente contribuía para sua morte.
Embora, não se tenham registros declarados da existência de pessoas com
deficiência nesta época, estes dados levantam a hipótese de tal ocorrência.
Antiguidade
O contexto educacional que a sociedade atual oferece àqueles que apresentam
alguma deficiência para se adaptar à expectativa da comunidade em que vivem é
fruto de um processo histórico social que remonta à Idade Antiga.
Em Esparta e Atenas crianças com deficiências física, sensorial e mental eram
consideradas sub-humanas, eram rejeitados e abandonados nas praças públicas,
florestas ou nos campos lançados do alto dos rochedos o que legitimava sua
eliminação e abandono.
Tal prática era coerente com os ideais atléticos, de beleza e classistas que serviam de
base à organização sociocultural desses dois locais.
Aristóteles e Platão admitiam essa prática, coerente com a visão de equilíbrio
demográfico, aristocrático e elitista, principalmente quando a pessoa com deficiência
fosse dependente economicamente.
Idade média
Na Europa, em geral, a atitude para com as pessoas com deficiência era a mesma,
até a difusão do cristianismo. Entre os milagres de Cristo, aparece em grande número
a cura de deficiências física, auditiva e visual. Um exemplo de influência dos ideais
cristãos é a figura de Nicolau, Bispo de Myra, que nos anos 300 d.C. acolhia
crianças e pessoas com deficiência abandonadas. Com o cristianismo estas pessoas
ganharam alma e, eliminá-las ou abandoná-las significava atentar contra os desígnios
da divindade.
Assim, ao longo da idade média são consideradas “filhos de Deus” (anjos retratados
em pinturas da época possuíam características de síndrome de Down). Todavia, a
igualdade de status moral ou teológico não correspondia à igualdade civil e de
direitos. A pessoa com deficiência mental passa a ser acolhida caritativamente em
conventos ou igrejas, ou, quando a deficiência não era acentuada, sobrevivia na
família, escapando à exposição (prática do abandono à inanição ou servindo como
palhaços ou atrações em circos).
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Na época, Martinho Lutero defendia que pessoas com deficiência mental eram seres
diabólicos que mereciam castigos para serem purificados.
No século XIII, surge a primeira instituição para pessoas com deficiência, precursora
de atendimento sistemático. Era uma colônia agrícola, na Bélgica, que propunha o
tratamento com base na alimentação, exercícios e ar puro para minimizar os efeitos
da deficiência.
No século XIV, surge a primeira legislação sobre os cuidados com a sobrevivência e
com os bens das pessoas com deficiência mental (Da prerrogativa Regis, baixada por
Eduardo II, da Inglaterra). O rei era responsável por esses cuidados e recebia a
herança como pagamento.
Nessa lei surge a distinção entre a pessoa com deficiência mental e com doença
mental; a primeira, “loucura natural”, pessoas que sofriam de idiotia permanente e, a
segunda, “lunática”, aquelas que sofriam de alterações psiquiátricas transitórias. O
doente mental tinha direito aos cuidados sem perder os bens. A lei não deixou de
marcar a diferença entre eles.
A Inquisição católica, na Idade Média, foi responsável pelo sacrifício de pessoas com
deficiência mental entre loucos, adivinhos e hereges. O “Diretorium” de Emérico de
Aragão prescrevia a tortura, a fogueira e o confisco de bens para qualquer conduta
herética ou obscena, além da recusa em responder ou dar respostas sem nexo
quando interrogados. Durante a Inquisição, foi criado o “Malleus Maleficarum” (1482),
manual de semiologia, capaz de “diagnosticar” bruxas e feiticeiros; considerava sinais
de malformação física ou mental como ligação com o demônio, o que levou muitas
das pessoas com estas deficiências a fogueira da inquisição.
Na Idade Média eram frequentes os apedrejamentos ou a morte nas fogueiras da
Inquisição. Já no séc. XIX e principio do séc. XX foi usada a esterilização para evitar a
reprodução desses "seres imperfeitos".
Idade moderna
No século XVI, surgiram dois intelectuais: Paracelso, médico e, Cardano, filósofo.
Paracelso, no seu livro “Sobre as doenças que privam o homem da razão”, foi o
primeiro a considerar a deficiência mental um problema médico, digno de tratamento
e complacência. Cardano, além de concordar que a deficiência era um problema
médico, se preocupava com a educação das pessoas que apresentavam a
deficiência.
Ainda neste século, novas leis definem a loucura e a idiotia como enfermidade ou
produto de infortúnios naturais, com o objetivo de disciplinar a administração de bens
e heranças dessas pessoas.
Em Londres, em “Cerebri Anatome”, Thomas Willis apresenta uma postura
organicista da deficiência mental, argumentando, cientificamente, como um produto
de estrutura e eventos neurais. Essas explicações, contudo, não mudam de imediato
a visão que a sociedade tem das pessoas com deficiência. Ainda prevalecem as
atitudes religiosas. “A idiotia e a estupidez dependem de uma falta de julgamento e de
inteligência, que não corresponde ao pensamento racional real; o cérebro é a sede da
enfermidade, que consiste numa ausência de imaginação localizada no corpo caloso
ou substância branca; e a memória, na substância cortical. Assim, se a imbecilidade e
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a estupidez aparecem, a causa reside na região envolvida ou nos espíritos animais,
ou ambos.”
No século XVII, John Locke revoluciona as doutrinas vigentes sobre a mente humana
e suas funções. Ele definiu o recém-nascido e o idiota como “tabula rasa” (o
comportamento como produto do ambiente, que possibilita as experiências) e via,
então, a deficiência como a carência de experiências. Advogava que o ensino deveria
suprir essa carência.
Locke influenciou Condillac que deu uma formulação psicológica à teoria de seu
mestre. A estátua de Condillac simbolizava a teoria da “tabula rasa” e como o
conhecimento é adquirido, premissa esta que embasaria sua teoria de aquisição de
ideias. A partir daí, sugere-se como aparecem os eventuais atrasos no
desenvolvimento.
Idade contemporânea
Podemos situar os primórdios da educação especial pelos finais do século XVIII. Esta
época é caracterizada pela ignorância e rejeição do individuo deficiente.
Nos séculos XVII e XVIII os deficientes mentais eram internados em orfanatos,
manicómios, prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali ficavam junto de
delinquentes, velhos, pobres… indiscriminadamente.
O século xx, caracterizou-se pelo início da obrigatoriedade e a expansão da
escolarização básica. Aplica-se a divisão do trabalho a educação e nasce assim uma
pedagogia diferente , uma educação especial institucionalizada, baseada nos níveis
de capacidade intelectual e diagnosticada em termos de quociente intelectual.
Nesta época proliferam as classes e a Rotulação das crianças segundo diversas
etiquetas. As escolas especiais multiplicam-se e diferenciam-se em função das
diferentes categorias: Surdo, Logopédia, Paralisias Cerebrais, Espinhas Bífidas, DA,
etc. Estes centros especiais e especializados, com os seus programas próprios
técnicas e especialistas, constituíram e constituem um subsistema de educação
especial diferenciado dentro do sistema educativo geral. Não obstante alguns
especialistas afirmam que este subsistema é uma forma de segregação devido as
suas especificidades.
O mesmo aconteceu na do nazismo hitleriano onde foram eliminados cem mil
anormais nas "clínicas eugénicas"
Primeiras experiências positivas no âmbito da educação especial:
O frade Pedro Ponce de León (1509 – 1584) No mosteiro de Oña da educação a 12
crianças surdas com surpreendente êxito.
Em 1620, Juan Pablo Bonet ( 1579 – 1633) Publicou Reducción de la letras y arte de
enseñar a hablar a los mudos.
Abade Charles Michel de l`Epée(1712 – 1789) Cria primeira escola pública para
surdos, convertendo-se em 1755 em Instituto Nacional de Surdo-Mudos.
Em 1784, Valentín Hauy( 1745 – 1822) Cria em Paris um instituto para crianças
cegas.
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Seu discípulo Louis Braille (1806 – 1852) Cria o famoso sistema de leitura e escrita
conhecida precisamente por sistema Braille.
Factos e figuras principais da historia da educação especial durante a era das
instituições:
a) Tentar encontrar métodos em que se salientam:
Philippe Pinel ( 1745 – 1826) empreendeu o tratamento médico dos atrasados
mentais e escreveu os primeiros tratados sobre essa especialidade.
Esq uirol (1722- 1840) estabeleceu a diferença entre idiotismo e demência
Dictionnaire des sciences médicales.
Itard, trabalhou durante seis anos no famoso caso do selvagem de Aveyron.
Voisin, na sua obra aplication de la fhisiologie du cerveau a l`étude des efants qui
necessitent une éducation spéciale, publicado em 1830, estuda o tipo de educação
necessária para crianças com atraso mental.
Seguin (1812 - 1880 ), elaborou o método fisiológico para a educação das crianças
idiotas, e foi o primeiro autor que fez referência à possibilidade de aplicação desses
mesmos métodos no ensino regular.
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Depois que Angola aderiu a Declaração de Salamanca adoptada pela Conferência Mundial
sobre Necessidades Educativas Especiais (Espanha 1994). Esta viragem efectiva-se com a
implementação do projecto 534/Ang/10 sobre Promoção de Oportunidades Educativas para a
Reabilitação das Crianças vulneráveis. Este projecto permitiu a integração de crianças com
necessidades educativas especiais nas escolas do ensino regular, em salas especiais e
integradas. O projecto compreendeu duas fases de implementação, tendo a primeiro (fase
piloto) iniciado em 1994, em três províncias nomeadamente Luanda, Benguela e Huila. INEE,
2006
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esferas económica, social e cultural e beneficiem de um nível de vida e bem-estar
considerado normal na sociedade em que vivem. Com, (2003).
Fatores da inclusão
Por conseguinte, os factores associados a inclusão social prezam pela equidade
social. Verifica-se, ainda, uma padronização de influências externas associadas
essencialmente a economia e cultura, conforme ilustrado na Figura 1.
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ainda na soletração e na escrita (transposição de letras e sílabas e problemas de
articulação). (Correia, 2008a).
Alguns sintomas
Na leitura e/ ou na escrita:
Aspectos sensoriais:
Podem ter dificuldade em tolerar música.
Podem aparentar ter uma perda auditiva não, reagindo a barulhos
altos, mas em outras situações a audição parece ser normal.
Aspectos de segurança:
Ausência da noção de perigo.
Não reconhece situações onde possa se ferir.
CAUSAS DO AUTISMO
Segundo a Federação Portuguesa de Autismo, estão ainda por esclarecer
completamente. As evoluções na pesquisa científica têm vindo a apontar para o facto
de poderem existir diversas causas, algumas presentes, outras não, em determinada
pessoa:
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• Parece existir uma pré-disposição genética que pode dar origem ao aparecimento de
autismo;
• Alguns factores pré e peri-natais podem também ter um papel determinante;
Muito pouco ou quase nada se sabe sobre causas. Cientistas e estudiosos
do mundo todo buscam o fator ou os fatores causadores do autismo, mas só
conseguiram chegar a alguns fatores que poderiam ser predisponentes. São eles:
Rubéola materna, fenilcetonúria não tratada, encefalite, meningite, exposição química.
O Autismo não tem cura, o quadro vai mudando conforme o indivíduo fica mais velho,
dependendo do processo decorrente com suas experiências vividas, como é tratado,
como se relaciona com os outros, como foi sua vida escolar e familiar.
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Um indivíduo é classificado como surdo quando tem uma perda auditiva superior a 90
decibéis (dB), é portador de uma surdez profunda do tipo neuro-sensorial que o
impede de ter acesso à zona conversacional da fala, ou seja, de aceder à linguagem
oral, pela audição.
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como: nas explosões e na caça; diferenças de pressão, como no caso dos
mergulhadores).
O que fazer:
Fale de forma clara e com um ritmo pausado mas natural.
Vire-se para a pessoa ao dirigir-se a ela.
Nunca fale enquanto está de costas para o estudante.
Coloque-se num local e posição em que o seu rosto esteja à vista e bem
iluminado.
Não se coloque à frente de uma fonte de luz. Isto fará com que a sua silhueta
fique escurecida e se percam detalhes do rosto e dos lábios.
Se lhe for pedido que fale mais alto, não grite. Tal será irritante para quem
ouve, irá distorcer o som e alterar a configuração labial.
O gesto é tudo – use as mãos e o corpo para comunicar.
Invista na memória visual da pessoa s/Surda, complementando a sua
exposição oral com imagens, gráficos, esquemas, formas, cores, etc
Dê tempo extra ao estudante s/Surdo para processar a informação
(particularmente ao tratar conceitos novos ou importantes).
Dirija-se sempre à pessoa s/Surda e não ao intérprete. Nunca se dirija ao
intérprete dizendo “pergunte-lhe” ou “peça-lhe
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Segundo Luckasson et al. (1992), a deficiência mental refere-se a limitações
substanciais na funcionalidade actual. É caracterizada por um significativo
funcionamento intelectual abaixo da média (QI entre 70 a 75 ou abaixo), que
geralmente coexiste com limitações em duas ou mais das seguintes áreas do
comportamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, tarefas domésticas,
competências sociais, utilização dos serviços da comunidade, autonomia, saúde e
segurança, competências académicas funcionais, lazer e trabalho. A deficiência
mental manifesta-se antes dos 18 anos.
Classificação da deficiência intelectual
• Deficiência Mental Leve.
• Deficiência Mental Moderado.
• Deficiência Mental Grave.
• Deficiência Mental Profundo.
DEFICIÊNCIA VISUAL
A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual,
em ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho
habitual. A avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência visual engloba duas
grandes categorias: a Cegueira e a Ambliopia. Neste sentido, podemos considerar
uma pessoa cega como sendo aquela que não possui potencial visual mas que pode,
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por vezes, ter uma percepção da luminosidade. A ambliopia, também conhecida por
baixa-visão, significa uma reduzida capacidade visual - qualquer que seja a origem - e
que não melhora através de correcção óptica.
Do ponto de vista Educacional:
Cegos: são aquelas pessoas que apresentam “desde ausência total de visão até a perda da
projeção de luz”. Seu processo de aprendizagem será através dos sentidos remanescentes (tato,
audição, olfato, paladar) utilizando o sistema BRAILE como principal meio de comunicação
escrita.
Baixa visão: são aquelas pessoas que apresentam “desde condições de indicar projeção de luz
até o grau em que a redução de acuidade interfere ou limita seu desempenho visual”. Seu
processo educativo se desenvolverá, principalmente, por meios visuais ainda que com a
utilização de recursos específicos como lupa, telelupa, escrita ampliada, entre outros. ~
O que fazer.
Ler em voz alta enquanto escreve no quadro;
Proporcionar informações verbais que permitam ao estudante aperceber-se
dos acontecimentos ocorridos na sala de aula;
Alertar o estudante sempre que ocorram mudanças na disposição da sala de
aula;
Escrever com uma cor que contraste com a cor do quadro (ex.: branco/preto);
Sempre que possível evitar os reflexos da luz no quadro e na superfície de
trabalho (fechando as cortinas ou usando posters que tapem as janelas);
Evitar posicionar-se em frente da janela;
Não posicionar o estudante de frente para uma fonte de luz (natural ou
artificial);
Colocar o estudante no lugar na sala de aula que lhe proporciona um melhor
campo de visão e permitir que mude de lugar, consoante as tarefas em causa e
as ajudas ópticas e/ou técnicas que utiliza;
Permitir que o estudante faça uma pausa sempre que apresente sinais de
fadiga, tais como olhos lacrimejantes, vermelhos ou dores de cabeça;
Sempre que possível alternar as tarefas que exigem maior esforço visual com
tarefas não visuais;
Dar algum tempo para que o estudante se adapte às mudanças de intensidade
de luz, por exemplo quando vem do exterior;
Assegurar-se se o estudante necessita de iluminação adicional (candeeiro de
tarefas) e se as condições de iluminação são as adequadas (intensidade, tipo e
direccionalidade da fonte de luz);
Conferir ao estudante o tempo necessário para que possa realizar tarefas que
exijam maior esforço visual, como a leitura;
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Segundo a OMS (1980) as deficiências músculo-esqueléticas incluem as alterações
mecânicas e funcionais da face, cabeça, pescoço, tronco e membros, assim como os
défices destes últimos.
Incidência topográfica da perturbação motora
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• Monoplegia: um membro está afectado (superior. ou inf.)
• Paraplegia: as pernas estão afectadas
• Hemiplegia: um lado do corpo está afectado (Dto/esq.)
• Quadriplegia: as pernas e os braços estão afectados
Alterações motoras com repercussão na articulação e ritmo da linguagem;
Dificuldades específicas em manter o equilíbrio;
Descoordenação motora de uma ou várias partes do corpo.
Amputações.
Paralisia cerebral. Conjunto de desordens caracterizadas por disfunções de carácter
neurológico e muscular que afectam a mobilidade e o controlo motor. O termo
cerebral reporta-se às funções do cérebro e o termo paralisia às desordens de
movimento e de postura» (Nielsen, 1999, p.95, cit. in Martins, 2008). Desordem,
permanente, mas não imutável, do movimento e da postura, provocada por uma lesão
cerebral, que geralmente ocorre antes, durante ou logo após o nascimento (National
Information Center for Children and Youth with Handicaps, 1991; Rodrigues, 1989, cit.
in Martins, 2008).
Espinha bífida: “Condição, caracterizada por uma malformação congénita da coluna
vertebral durante o desenvolvimento fetal, resultante do encerramento anormal do
tubo neural.” (Hallahan & Kauffman, 2003; Heward, 2000, cit. in Martins, 2008).
Distrofia muscular. Termo utilizado para englobar um conjunto de problemas
(genéticos) musculares. Enfraquecimento e incapacidade, progressiva, de utilização
do músculo-esquelético, debilidade do músculo cardíaco e respiratórios. Pode
conduzir a complicações de saúde que podem ser graves. Existem diferentes tipos de
distrofia muscular. (Ex.: Duchenne). (Heward, 2000; Hardman e Drew, 1996; e Smith
et al., 1995, cit. in Martins, 2008).
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Principais Dificuldades na Sala de Aula
Ainda que as maiores dificuldades sejam ao nível da mobilidade, direta ou indiretamente
as deficiências músculo-esqueléticas podem ter repercussões nos processos de aprendizagem (Molla,
2005; Patrício, 2007). Deste modo, poderá ser difícil:
Realizar uma determinada tarefa no tempo estipulado para a maioria dos colegas;
Escrever de forma convencional;
Manusear documentação;
Participar em aulas práticas que impliquem alguma mobilidade específica;
Manter elevados níveis de concentração nas aulas (devido ao cansaço decorrente de posturas
rígidas);
Tirar apontamentos ao ritmo da aula.
O Que Fazer?
Sempre que seja necessário, garantir o acompanhamento por uma segunda pessoa.
Neste caso,
a comunicação deve estabelecer-se com o estudante e não com a pessoa que o acompanha;
Adaptar o meio físico de forma a torná-lo acessível (por ex. aqueles que necessitem de
usar
cadeira de rodas devem ter mesas adaptadas, habitualmente mais altas do que a dos
colegas);
Considerar o estudante na turma aquando da marcação de salas, ponderando fatores
como a sua proximidade ou facilidade de acesso;
Quando se conversa com um estudante em cadeira de rodas será melhor sentarmo-nos
ao seu nível, para que este se possa sentir mais confortável (uma vez que é incómodo
conversar com a cabeça levantada);
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Antes de começar a empurrar uma cadeira de rodas, pergunte ao estudante se necessita de
apoio;
Sempre que conduzir uma cadeira de rodas deve avançar com prudência, pois a pessoa
poder-se-á sentir incomodada, se magoar outras pessoas com a cadeira.
O estudante deverá ocupar um lugar relativamente próximo do professor;
Evite antecipar as respostas do estudante ou responder por ele. Respeite o ritmo de
expressão individual;
Altas habilidades
SOBREDOTADOS
“As crianças e os adolescentes sobredotados são aqueles identificados por pessoas
qualificadas profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões excepcionais,
são capazes de atingir um alto rendimento. Essas crianças e adolescentes requerem
programas e/ou serviços educativos específicos, dentro da designada “Educação para
a sobredotação”, diferentes daqueles que os programas escolares normais
proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu potencial no sentido de
virem a prestar uma contribuição significativa, quer em relação a si mesmos, quer em
relação à sociedade em que se inserem.” (Correia, 2008c).
Embora as crianças e adolescentes capazes de realizações superiores possam não
vir a demonstra-lo, elas geralmente possuem uma potencialidade em uma ou mais
das seguintes áreas:
Capacidade intelectual geral
Aptidão acadêmica específica
Pensamento criativo ou produtivo
Capacidade de liderança
Artes visuais ou representativas
Capacidade psicomotora
Assim, parece que a sobredotação deve congregar pelo menos 3 elementos
essenciais:
Uma capacidade mental superior a média
Uma grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa
(motivação)
Uma capacidade criativa elevada que permita ao individuo produzir, visualizar,
dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.
Sistematizado por:
MODELO DE ATENDIMENTO A DIVERSIDADE (MAD)
«Para este conteúdo, consultar o Manual de Necessidades Educativas Especiais. Correia (2008,
pp49-51, 99-135)»
5.1.Avaliação inicial ou preventiva
5.2.Avaliação preliminar
5.3.Avaliação compreensiva
5.4.Avaliação transicional
5.5.Princípio da confidencialidade
Bibliografia
Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Um guia para educadores e
professores. Porto: Porto Editora.
Sistematizado por:
Sistematizado por: