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TEMA I – FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO
ESPECIAL/INCLUSIVA
1.1 BREVE HISTORIAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO MUNDO
Pré historia
Nas sociedades de cultura primitiva, os povos eram nômades, sobrevivendo da caça e
da pesca. Estavam sujeitos às intempéries e aos animais selvagens. Tudo isto
dificultava a aceitação de pessoas que fugiam à rotina da tribo, pois, incapazes de irem
à busca da caça e de sobreviver por si mesmos à agressividade da vida, essas pessoas
mostravam- se dependentes da tribo. Por este motivo, eram abandonadas em
ambientes agrestes e perigosos, o que inevitavelmente contribuía para sua morte.
Embora, não se tenham registros declarados da existência de pessoas com deficiência
nesta época, estes dados levantam a hipótese de tal ocorrência.
Antiguidade
O contexto educacional que a sociedade atual oferece àqueles que apresentam alguma
deficiência para se adaptar à expectativa da comunidade em que vivem é fruto de um
processo histórico social que remonta à Idade Antiga.
Tal prática era coerente com os ideais atléticos, de beleza e classistas que serviam de
base à organização sociocultural desses dois locais.
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Na época, Martinho Lutero defendia que pessoas com deficiência mental eram seres
diabólicos que mereciam castigos para serem purificados.
No século XIII, surge a primeira instituição para pessoas com deficiência, precursora
de atendimento sistemático. Era uma colônia agrícola, na Bélgica, que propunha o
tratamento com base na alimentação, exercícios e ar puro para minimizar os efeitos da
deficiência.
No século XIV, surge a primeira legislação sobre os cuidados com a sobrevivência e
com os bens das pessoas com deficiência mental (Da prerrogativa Regis, baixada por
Eduardo II, da Inglaterra). O rei era responsável por esses cuidados e recebia a herança
como pagamento.
Nessa lei surge a distinção entre a pessoa com deficiência mental e com doença
mental; a primeira, “loucura natural”, pessoas que sofriam de idiotia permanente e, a
segunda, “lunática”, aquelas que sofriam de alterações psiquiátricas transitórias. O
doente mental tinha direito aos cuidados sem perder os bens. A lei não deixou de
marcar a diferença entre eles.
A Inquisição católica, na Idade Média, foi responsável pelo sacrifício de pessoas com
deficiência mental entre loucos, adivinhos e hereges. O “Diretorium” de Emérico de
Aragão prescrevia a tortura, a fogueira e o confisco de bens para qualquer conduta
herética ou obscena, além da recusa em responder ou dar respostas sem nexo quando
interrogados. Durante a Inquisição, foi criado o “Malleus Maleficarum” (1482), manual
de semiologia, capaz de “diagnosticar” bruxas e feiticeiros; considerava sinais de
malformação física ou mental como ligação com o demônio, o que levou muitas das
pessoas com estas deficiências a fogueira da inquisição.
Na Idade Média eram frequentes os apedrejamentos ou a morte nas fogueiras da
Inquisição. Já no séc. XIX e principio do séc. XX foi usada a esterilização para evitar a
reprodução desses "seres imperfeitos".
Idade moderna
No século XVI, surgiram dois intelectuais: Paracelso, médico e, Cardano, filósofo.
Paracelso, no seu livro “Sobre as doenças que privam o homem da razão”, foi o primeiro
a considerar a deficiência mental um problema médico, digno de tratamento e
complacência. Cardano, além de concordar que a deficiência era um problema médico,
se preocupava com a educação das pessoas que apresentavam a deficiência.
Ainda neste século, novas leis definem a loucura e a idiotia como enfermidade ou
produto de infortúnios naturais, com o objetivo de disciplinar a administração de bens e
heranças dessas pessoas.
Em Londres, em “Cerebri Anatome”, Thomas Willis apresenta uma postura organicista
da deficiência mental, argumentando, cientificamente, como um produto de estrutura e
eventos neurais. Essas explicações, contudo, não mudam de imediato a visão que a
sociedade tem das pessoas com deficiência. Ainda prevalecem as atitudes religiosas.
“A idiotia e a estupidez dependem de uma falta de julgamento e de inteligência, que
não corresponde ao pensamento racional real; o cérebro é a sede da enfermidade, que
consiste numa ausência de imaginação localizada no corpo caloso ou substância
branca; e a memória, na substância cortical. Assim, se a imbecilidade e a estupidez
aparecem, a causa reside na região envolvida ou nos espíritos animais, ou ambos.”
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No século XVII, John Locke revoluciona as doutrinas vigentes sobre a mente humana
e suas funções. Ele definiu o recém-nascido e o idiota como “tabula rasa” (o
comportamento como produto do ambiente, que possibilita as experiências) e via,
então, a deficiência como a carência de experiências. Advogava que o ensino deveria
suprir essa carência.
Locke influenciou Condillac que deu uma formulação psicológica à teoria de seu mestre.
A estátua de Condillac simbolizava a teoria da “tabula rasa” e como o conhecimento é
adquirido, premissa esta que embasaria sua teoria de aquisição de ideias. A partir daí,
sugere-se como aparecem os eventuais atrasos no desenvolvimento.
Idade contemporânea
Podemos situar os primórdios da educação especial pelos finais do século XVIII. Esta
época é caracterizada pela ignorância e rejeição do individuo deficiente.
Nos séculos XVII e XVIII os deficientes mentais eram internados em orfanatos,
manicómios, prisões e outros tipos de instituições estatais. Ali ficavam junto de
delinquentes, velhos, pobres… indiscriminadamente.
O século xx, caracterizou-se pelo início da obrigatoriedade e a expansão da
escolarização básica. Aplica-se a divisão do trabalho a educação e nasce assim uma
pedagogia diferente , uma educação especial institucionalizada, baseada nos níveis de
capacidade intelectual e diagnosticada em termos de quociente intelectual.
Nesta época proliferam as classes e a Rotulação das crianças segundo diversas
etiquetas. As escolas especiais multiplicam-se e diferenciam-se em função das
diferentes categorias: Surdo, Logopédia, Paralisias Cerebrais, Espinhas Bífidas, DA,
etc. Estes centros especiais e especializados, com os seus programas próprios técnicas
e especialistas, constituíram e constituem um subsistema de educação especial
diferenciado dentro do sistema educativo geral. Não obstante alguns especialistas
afirmam que este subsistema é uma forma de segregação devido as suas
especificidades.
O mesmo aconteceu na do nazismo hitleriano onde foram eliminados cem mil anormais
nas "clínicas eugénicas"
Primeiras experiências positivas no âmbito da educação especial:
O frade Pedro Ponce de León (1509 – 1584) No mosteiro de Oña da educação a 12
crianças surdas com surpreendente êxito.
Em 1620, Juan Pablo Bonet ( 1579 – 1633) Publicou Reducción de la letras y arte de
enseñar a hablar a los mudos.
Abade Charles Michel de l`Epée(1712 – 1789) Cria primeira escola pública para surdos,
convertendo-se em 1755 em Instituto Nacional de Surdo-Mudos.
Em 1784, Valentín Hauy( 1745 – 1822) Cria em Paris um instituto para crianças cegas.
Seu discípulo Louis Braille (1806 – 1852) Cria o famoso sistema de leitura e escrita
conhecida precisamente por sistema Braille.
Factos e figuras principais da historia da educação especial durante a era das
instituições:
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a) Tentar encontrar métodos em que se salientam:
Philippe Pinel ( 1745 – 1826) empreendeu o tratamento médico dos atrasados mentais
e escreveu os primeiros tratados sobre essa especialidade.
Esq uirol (1722- 1840) estabeleceu a diferença entre idiotismo e demência Dictionnaire
des sciences médicales.
Itard, trabalhou durante seis anos no famoso caso do selvagem de Aveyron.
Voisin, na sua obra aplication de la fhisiologie du cerveau a l`étude des efants qui
necessitent une éducation spéciale, publicado em 1830, estuda o tipo de educação
necessária para crianças com atraso mental.
Seguin (1812 - 1880 ), elaborou o método fisiológico para a educação das crianças
idiotas, e foi o primeiro autor que fez referência à possibilidade de aplicação desses
mesmos métodos no ensino regular.
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Inclusão. Os sistemas de ensino devem dar respostas às necessidades educativas de
todos os alunos.
Exige responsabilidade social no respeito pela diversidade das crianças, dos jovens e
dos adultos que frequentam o espaço excolar, implica também a remoção de qualquer
barreira. Moura at all, (PAT, 2021: 22).
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que necessita de uma atenção específica e maiores recursos educativos que os
colegas da mesma idade. Moura at all, (PAT, 2021: 22).
“Os alunos com necessidades educativas especiais são aqueles que, por exibirem
determinadas condições específicas, podem necessitar de apoio de serviços de
educação especial durante todo ou parte do seu percurso escolar, de forma a facilitar
o seu desenvolvimento académico, pessoal e socio emocional.” Correia (1997)
CLASSIFICAÇÃO DAS NEE
Segundo correia, (2010), podemos classificar as Necessidades Educativas Especiais em dois
tipos que são:
NEE significativas ou permanentes- aquelas que exigem uma adaptação generalizadas do
currículo, adaptando as características do aluno. As adaptações mantêm-se durante grande parte
ou todo o percurso escola.
NEE ligeiras ou temporárias-aquelas que exigem modificações parcial do currículo escolar
adaptando-o às caraterísticas do aluno num determinado momento do seu desenvolvimento.
As NEE significativas podem ser:
• Carácter intelectual: enquadram-se neste grupo alunos com deficiência Intelectual,
que manifestam problemas globais de aprendizagem, bem como os indivíduos dotados
e sobredotados, cujo potencial de aprendizagem é superior à média.
•Carácter processológico: abrange crianças e adolescentes com Dificuldades de
Aprendizagem relacionadas com a recepção, organização e expressão de informação.
Estes alunos caracterizam-se por um desempenho abaixo da média em apenas
algumas áreas académicas, e não em todas, como no caso anterior.
• Carácter emocional: Neste grupo encontram-se os alunos com perturbações
emocionais ou comportamentais graves (ex: psicoses) que põe em causa o sucesso
escolar e a segurança dos que o rodeiam.
• Carácter motor: Esta categoria abarca crianças e adolescentes cujas capacidades
físicas foram alteradas por um problema de origem orgânica ou ambiental, que lhes
provocou incapacidades do tipo manual e/ou de mobilidade. Podemos citar a paralisia
cerebral, a espinha bífida, a distrofia muscular, amputações, poliomielite e
acidentes que afectam a mobilidade.
• Carácter sensorial: Este grupo abrange crianças e adolescentes cujas capacidades
visuais ou auditivas estão afectadas. Quanto aos problemas de visão podemos
considerar os cegos (não lhes é possível ler, e por isso utilizam o sistema Braille) e os
amblíopes (são capazes de ler dependendo do tamanho das letras). Relativamente aos
problemas de audição, temos os surdos (cuja perda auditiva é maior ou igual a 90
decibéis) e os hipoacústicos (cuja perda auditiva se situa entre os 26 e os 89 decibéis).
Outros problemas: Para além destes grupos podemos ainda indicar as crianças e
adolescentes com problemas de saúde (que podem estar na origem dificuldades de
aprendizagem - diabetes, asma, hemofilia, SIDA epilepsia, cancro, etc.), com
problemas provocados por traumatismo craniano e os autistas.
Alunos Em Risco Educacional “Os alunos em risco educacional são aqueles que,
devido a um conjunto de factores tal como o álcool, drogas, gravidez na adolescência,
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negligência, abusos, ambientes socioeconómicos e socioemocionais mais
desfavoráveis, entre outros, podem vir a experimentar insucesso escolar. Estes
factores, que de uma maneira geral não resultam de imediato numa “discapacidade” ou
problemas de aprendizagem, caso não mudem ou sejam atendidos através de uma
intervenção adequada, podem constituir um sério risco para o aluno, em termos
académicos e sociais.” (Correia, 2008c).
Alunos Sobredotados
Alguns sintomas
Na leitura e/ ou na escrita:
Aspectos sensoriais:
Podem ter dificuldade em tolerar música.
Podem aparentar ter uma perda auditiva não, reagindo a barulhos
altos, mas em outras situações a audição parece ser normal.
Aspectos de segurança:
Ausência da noção de perigo.
Não reconhece situações onde possa se ferir.
CAUSAS DO AUTISMO
Segundo a Federação Portuguesa de Autismo, estão ainda por esclarecer
completamente. As evoluções na pesquisa científica têm vindo a apontar para o facto
de poderem existir diversas causas, algumas presentes, outras não, em determinada
pessoa:
• Parece existir uma pré-disposição genética que pode dar origem ao aparecimento de
autismo;
• Alguns factores pré e peri-natais podem também ter um papel determinante;
Muito pouco ou quase nada se sabe sobre causas. Cientistas e estudiosos
do mundo todo buscam o fator ou os fatores causadores do autismo, mas só
conseguiram chegar a alguns fatores que poderiam ser predisponentes. São eles:
Rubéola materna, fenilcetonúria não tratada, encefalite, meningite, exposição química.
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O Autismo não tem cura, o quadro vai mudando conforme o indivíduo fica mais velho,
dependendo do processo decorrente com suas experiências vividas, como é tratado,
como se relaciona com os outros, como foi sua vida escolar e familiar.
2. Hiperatividade e impulsividade: Seis (ou mais) dos seguintes sintomas persistem por
pelo menos seis meses em um grau que é inconsistenté com o nível dõ
desenvolvímènto é tém impacto negativo diretamente nas atividades sociais e
acadêmicas/profissionais: Nota: Os sintomas não são apenas uma manifestação de
comportamento opositor, desafio, hostilidade ou dificuldade para compreender tarefas
ou instruções. Para adolescentes mais velhos e adultos (17 anos ou mais), pelo menos
cinco sintomas são necessários.
Frequentemente remexe ou batuca as mãos ou os pés ou se contorce na
cadeira.
Frequentemente levanta da cadeira em situações em que se espera que
permaneça sentado (p. ex., sai do seu lugar em sala de aula, no escritório ou em
outro local de trabalho ou em outras situações que exijam que se permaneça em
um mesmo lugar).
Frequentemente corre ou sobe nas coisas em situações em que isso é
inapropriado. (Nota: Em adolescentes ou adultos, pode se limitar a sensações
de inquietude.)
Com frequência é incapaz de brincar ou se envolver em actividades de lazer
calmamente.
Com frequência “não para”, agindo como se estivesse “com o motor ligado" (p.
ex., não consegue ou se sente desconfortável em ficar parado por muito tempo,
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como em restaurantes, reuniões; outros podem ver o indivíduo como inquieto ou
difícil de acompanhar).
Frequentemente fala demais.
Frequentemente deixa escapar uma resposta antes que a pergunta tenha sido
concluída (p. ex., termina frases dos outros, não consegue aguardar a vez de
falar).
Frequentemente tem dificuldade para esperar a sua vez.
Frequentemente interrompe ou se intromete (p. ex., mete-se nas conversas,
jogos ou actividades; pode começar a usar as coisas de outras pessoas sem
pedir ou receber permissão; para adolescentes e adultos, pode intrometer-se em
ou assumir o controle sobre o que outros estão fazendo).
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56-70 dB Moderada Fala alta
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Invista na memória visual da pessoa s/Surda, complementando a sua exposição
oral com imagens, gráficos, esquemas, formas, cores, etc
Dê tempo extra ao estudante s/Surdo para processar a informação
(particularmente ao tratar conceitos novos ou importantes).
Dirija-se sempre à pessoa s/Surda e não ao intérprete. Nunca se dirija ao
intérprete dizendo “pergunte-lhe” ou “peça-lhe
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Segundo Luckasson et al. (1992), a deficiência mental refere-se a limitações
substanciais na funcionalidade actual. É caracterizada por um significativo
funcionamento intelectual abaixo da média (QI entre 70 a 75 ou abaixo), que geralmente
coexiste com limitações em duas ou mais das seguintes áreas do comportamento
adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, tarefas domésticas, competências
sociais, utilização dos serviços da comunidade, autonomia, saúde e segurança,
competências académicas funcionais, lazer e trabalho. A deficiência mental manifesta-
se antes dos 18 anos.
Classificação da deficiência intelectual
• Deficiência Mental Leve.
• Deficiência Mental Moderado.
• Deficiência Mental Grave.
• Deficiência Mental Profundo.
DEFICIÊNCIA VISUAL
A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em
ambos os olhos, levando o indivíduo a uma limitação em seu desempenho habitual. A
avaliação deve ser realizada após a melhor correção óptica ou cirúrgica.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a deficiência visual engloba duas
grandes categorias: a Cegueira e a Ambliopia. Neste sentido, podemos considerar uma
pessoa cega como sendo aquela que não possui potencial visual mas que pode, por
vezes, ter uma percepção da luminosidade. A ambliopia, também conhecida por baixa-
visão, significa uma reduzida capacidade visual - qualquer que seja a origem - e que
não melhora através de correcção óptica.
Do ponto de vista Educacional:
Cegos: são aquelas pessoas que apresentam “desde ausência total de visão até a perda da projeção
de luz”. Seu processo de aprendizagem será através dos sentidos remanescentes (tato, audição,
olfato, paladar) utilizando o sistema BRAILE como principal meio de comunicação escrita.
Baixa visão: são aquelas pessoas que apresentam “desde condições de indicar projeção de luz
até o grau em que a redução de acuidade interfere ou limita seu desempenho visual”. Seu processo
educativo se desenvolverá, principalmente, por meios visuais ainda que com a utilização de
recursos específicos como lupa, telelupa, escrita ampliada, entre outros. ~
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O que fazer.
Ler em voz alta enquanto escreve no quadro;
Proporcionar informações verbais que permitam ao estudante aperceber-se dos
acontecimentos ocorridos na sala de aula;
Alertar o estudante sempre que ocorram mudanças na disposição da sala de
aula;
Escrever com uma cor que contraste com a cor do quadro (ex.: branco/preto);
Sempre que possível evitar os reflexos da luz no quadro e na superfície de
trabalho (fechando as cortinas ou usando posters que tapem as janelas);
Evitar posicionar-se em frente da janela;
Não posicionar o estudante de frente para uma fonte de luz (natural ou artificial);
Colocar o estudante no lugar na sala de aula que lhe proporciona um melhor
campo de visão e permitir que mude de lugar, consoante as tarefas em causa e
as ajudas ópticas e/ou técnicas que utiliza;
Permitir que o estudante faça uma pausa sempre que apresente sinais de fadiga,
tais como olhos lacrimejantes, vermelhos ou dores de cabeça;
Sempre que possível alternar as tarefas que exigem maior esforço visual com
tarefas não visuais;
Dar algum tempo para que o estudante se adapte às mudanças de intensidade
de luz, por exemplo quando vem do exterior;
Assegurar-se se o estudante necessita de iluminação adicional (candeeiro de
tarefas) e se as condições de iluminação são as adequadas (intensidade, tipo e
direccionalidade da fonte de luz);
Conferir ao estudante o tempo necessário para que possa realizar tarefas que
exijam maior esforço visual, como a leitura;
DEFICIÊNCIA FÍSICA
Segundo a OMS (1980) as deficiências músculo-esqueléticas incluem as alterações
mecânicas e funcionais da face, cabeça, pescoço, tronco e membros, assim como os
défices destes últimos.
Incidência topográfica da perturbação motora
• Monoplegia: um membro está afectado (superior. ou inf.)
• Paraplegia: as pernas estão afectadas
• Hemiplegia: um lado do corpo está afectado (Dto/esq.)
• Quadriplegia: as pernas e os braços estão afectados
Alterações motoras com repercussão na articulação e ritmo da linguagem;
Dificuldades específicas em manter o equilíbrio;
Descoordenação motora de uma ou várias partes do corpo.
Amputações.
Paralisia cerebral. Conjunto de desordens caracterizadas por disfunções de carácter
neurológico e muscular que afectam a mobilidade e o controlo motor. O termo cerebral
reporta-se às funções do cérebro e o termo paralisia às desordens de movimento e de
postura» (Nielsen, 1999, p.95, cit. in Martins, 2008). Desordem, permanente, mas não
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imutável, do movimento e da postura, provocada por uma lesão cerebral, que
geralmente ocorre antes, durante ou logo após o nascimento (National Information
Center for Children and Youth with Handicaps, 1991; Rodrigues, 1989, cit. in Martins,
2008).
Espinha bífida: “Condição, caracterizada por uma malformação congénita da coluna
vertebral durante o desenvolvimento fetal, resultante do encerramento anormal do tubo
neural.” (Hallahan & Kauffman, 2003; Heward, 2000, cit. in Martins, 2008).
Distrofia muscular. Termo utilizado para englobar um conjunto de problemas
(genéticos) musculares. Enfraquecimento e incapacidade, progressiva, de utilização do
músculo-esquelético, debilidade do músculo cardíaco e respiratórios. Pode conduzir a
complicações de saúde que podem ser graves. Existem diferentes tipos de distrofia
muscular. (Ex.: Duchenne). (Heward, 2000; Hardman e Drew, 1996; e Smith et al.,
1995, cit. in Martins, 2008).
Altas habilidades
SOBREDOTADOS
“As crianças e os adolescentes sobredotados são aqueles identificados por pessoas
qualificadas profissionalmente que, devido a um conjunto de aptidões excepcionais,
são capazes de atingir um alto rendimento. Essas crianças e adolescentes requerem
programas e/ou serviços educativos específicos, dentro da designada “Educação para
a sobredotação”, diferentes daqueles que os programas escolares normais
proporcionam, para que lhes seja possível maximizar o seu potencial no sentido de
virem a prestar uma contribuição significativa, quer em relação a si mesmos, quer em
relação à sociedade em que se inserem.” (Correia, 2008c).
Embora as crianças e adolescentes capazes de realizações superiores possam não vir
a demonstra-lo, elas geralmente possuem uma potencialidade em uma ou mais das
seguintes áreas:
Capacidade intelectual geral
Aptidão acadêmica específica
Pensamento criativo ou produtivo
Capacidade de liderança
Artes visuais ou representativas
Capacidade psicomotora
Assim, parece que a sobredotação deve congregar pelo menos 3 elementos essenciais:
Uma capacidade mental superior a média
Uma grande força de vontade traduzida por um superior envolvimento na tarefa
(motivação)
Sistematizado por:
Uma capacidade criativa elevada que permita ao individuo produzir, visualizar,
dramatizar ou ilustrar superiormente uma ideia.
Sistematizado por:
Bibliografia
Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Um guia para educadores e
professores. Porto: Porto Editora.
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