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CONTRIBUIÇÕES DAS ARTES VISUAIS NO PROCESSO


ENSINO-APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS AUTISTAS:
Perspectivas da Escola EMEF Padre Gabriel
Aleff Eller de Freitas Pinheiro1

Faça duas notas de rodapé, sendo a primeira no final do título (ou subtítulo) do trabalho com
as informações referentes a seu curso. A segunda nota deve conter seu curso, conforme
exemplo.
Declaro que o trabalho apresentado é de minha autoria, não contendo plágios ou citações não
referenciadas. Informo que, caso o trabalho seja reprovado por conter plágio pagarei uma taxa
no valor de R$ 199,00 para a nova correção. Caso o trabalho seja reprovado não poderei pedir
dispensa, conforme Cláusula 2.6 do Contrato de Prestação de Serviços (referente aos cursos
de pós-graduação lato sensu, com exceção à Engenharia de Segurança do Trabalho. Em
cursos de Complementação Pedagógica e Segunda Licenciatura a apresentação do Trabalho
de Conclusão de Curso é obrigatória).

RESUMO
Este trabalho teve como objetivo investigar o uso das artes visuais como ferramenta de ensino no processo
ensino-aprendizagem de alunos autistas. na Escola EMEF Padre Gabriel em Jardim Carapina, Serra. O estudo
buscou analisar a incorporação das atividades artísticas, identificando desafios e benefícios percebidos por
profissionais e alunos. Entrevistas estruturadas foram utilizadas para coletar dados, destacando o impacto
positivo das atividades artísticas no desenvolvimento emocional, cognitivo, social e motor dos estudantes
autistas. Os resultados enfatizam a importância de práticas sensíveis e inclusivas no ensino de alunos autistas e
propõem diretrizes para aprimorar a integração das artes na educação inclusiva. O estudo contribui para a
compreensão do papel significativo das atividades artísticas na educação inclusiva de alunos autistas,
incentivando a implementação de práticas mais acolhedoras e eficazes em outras instituições educacionais

Palavras-chave: Autismo, Educação Inclusiva, Artes, Ensino-Aprendizagem, Alunos Autistas.

ABSTRACT
This literature review aims to investigate and synthesize existing research and studies on the contribution of
visual arts in the teaching-learning process of autistic children. Through the critical analysis of the literature, it is
intended to identify the main approaches, methodologies and results related to the use of visual arts as a tool to
promote the cognitive, emotional and social development of children with autism. In addition, this review also
aims to highlight the importance of inclusion and valorization of the artistic skills of autistic children in the
educational context.
Keywords: "autism", "visual arts", "teaching-learning", "inclusion".

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Discente do curso Complementação Pedagógica em Artes Visuais.
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1. INTRODUÇÃO

Neste Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), explora-se o uso das artes no processo de
ensino-aprendizagem de alunos autistas na Escola EMEF Padre Gabriel, localizada em Jardim
Carapina, Serra, Espírito Santo. O tema aborda a importância das atividades artísticas como
estratégia efetiva para promover a inclusão e o desenvolvimento educacional desses alunos,
tendo como objetivo aprofundar o entendimento sobre a incorporação dessas atividades nas
práticas educacionais na modalidade da educação especial. Além disso, busca-se identificar os
desafios enfrentados pelos profissionais no processo de implementação dessas estratégias e
seus respectivos benefícios.

Com o intuito de atingir tais objetivos, optou-se pelo método de entrevista estruturada
para coleta de dados dos profissionais da escola, a fim de obter insights valiosos sobre a
integração das atividades artísticas na educação inclusiva e seu impacto na aprendizagem dos
alunos autistas. Espera-se que os resultados desta pesquisa contribuam para uma abordagem
mais sensível e inclusiva, destacando o papel significativo dessa abordagem no processo
educacional dessa modalidade de ensino. A compreensão das práticas adotadas na escola
EMEF Padre Gabriel pode fornecer informações valiosas para aprimorar estratégias
pedagógicas e promover uma educação mais acolhedora e eficaz para alunos autistas em
diferentes instituições educacionais.

2. O QUE É O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)?


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O TEA é um transtorno caracterizado pela alteração das funções do


neurodesenvolvimento, que pode englobar mudanças quantitativas e qualitativas na
comunicação, seja na linguagem verbal ou não verbal, na interação social e no
comportamento, como ações repetitivas, hiperfoco para objetos específicos e restrição de
interesses. Dentro do espectro, são identificados graus que variam desde leves e com total
independência, apresentando discretas dificuldades de adaptação, até níveis de total
dependência para atividades cotidianas ao longo de toda a vida (MINISTÉRIO, 2022)

Conforme os critérios internacionais para o diagnóstico do autismo, após as revisões


das edições do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) pela
Associação Americana de Psiquiatria (APA), o autismo é conceituado como um Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento caracterizado por danos graves e abrangentes em diversas áreas
do desenvolvimento:
Esses transtornos são caracterizados por severos déficits e prejuízo invasivo em
múltiplas áreas do desenvolvimento e incluem prejuízo na interação social recíproca,
prejuízo na comunicação e a presença de comportamentos, interesses e
atividades estereotipadas. (DSM IV, 2000, p.38)

Na Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o Autismo Infantil é


categorizado como um Transtorno Global do Desenvolvimento, apresentando as seguintes
características:

A) um desenvolvimento anormal ou alterado, manifestado antes de três anos, e


B) apresentando uma perturbação característica do funcionamento em cada dos
três domínios seguintes: interações sociais, comunicação, comportamento focalizado
e repetitivo. Além disso, o transtorno se acompanha comumente de numerosas
outras manifestações inespecíficas, por exemplo, fobias, perturbações de sono ou da
alimentação crises de birra ou agressividade. (autoagressividade) F84.0 (CID 10,
1997, p. 367)
Ambas as classificações são fundamentais para compreender a complexidade do TEA e
fornecer bases para o diagnóstico, tratamento e necessidades educacionais adequados.
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3. O ALUNO COM TEA NA EDUCAÇÃO PÚBLICA

3.1. O ARCABOUÇO LEGAL

A educação de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem um histórico


marcado por lutas e conquistas que asseguraram, por meio de leis e políticas, o acesso e a
inclusão desses indivíduos no sistema educacional. Ao longo do tempo, diversas legislações
foram promulgadas com o objetivo de garantir a igualdade de oportunidades, a proteção dos
direitos e o desenvolvimento educacional deste alunado. Os parágrafos seguintes abordarão as
principais leis e medidas que contribuíram para este avanço.

Em 1988, com a aprovação da Constituição da República Federativa do Brasil, foram


estabelecidos os primeiros princípios e direitos fundamentais na promoção de inclusão de
pessoas com deficiência (grupo que inclui pessoas com Transtorno do Espectro Autista) na
educação pública de base. A Constituição estabeleceu, em seu artigo 3º, inciso IV, o
compromisso de "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação" e além disso, o artigo 205 reconheceu a
educação como um direito de todos, assegurando o pleno desenvolvimento da pessoa, o
exercício da cidadania e a qualificação para o trabalho. No artigo 206, inciso I, destaca, ainda,
a importância da "igualdade de condições de acesso e permanência na escola" como um dos
princípios para o ensino. O artigo 208, estabeleceu o dever do Estado de oferecer
atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino.
(CONSTITUIÇÃO, 1988).

No ano seguinte, foi promulgada a Lei nº 7.853/89 que proibiu a discriminação e garantiu
a matrícula de pessoas com deficiência em todos os níveis de ensino, em escolas públicas ou
privadas. Em 1990, O Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei nº. 8.069/90 determinou
que os pais ou responsáveis passavam a ter a obrigação de matricular, na rede regular de
ensino, seus filhos com deficiência.

Nos anos 2000, o Plano Nacional de Educação (2001) instaurou o compromisso com uma
escola inclusiva que atenda à diversidade humana. Anos depois, A Política Nacional de
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, de 2008, garantiu o atendimento
educacional especializado nas escolas públicas e privadas. E a Convenção sobre os Direitos
das Pessoas com Deficiência (2009), determinou que o Estado deve assegurar um sistema de
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educação inclusiva em todos os níveis de ensino, garantindo o acesso e a qualidade para


pessoas com deficiência, incluindo autistas.

Somente na década seguinte foram instauradas leis específicas aos cidadãos com TEA,
como a Lei Berenice Priana, nº 12.764 (2012) e a Lei Romeo Mion, nº 13.977(2012). A Lei
Berenice Priana, instituiu a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com
Transtorno do Espectro Autista, que classificou os autistas como pessoas com deficiência,
ampliando seus direitos. Algumas diretrizes da lei relacionadas à educação incluem o
incentivo à formação de profissionais especializados no atendimento ao TEA, acesso à
educação e ensino profissionalizante, e o direito a acompanhante especializado para alunos
com comprovada necessidade nas classes regulares. E a Lei Romeo Mion, que instituiu a
criação da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea)
que estabelece em seu Art. 3º a garantia de atenção integral, pronto atendimento e prioridade
no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde,
educação e assistência social.
Nota-se através dessas leis e medidas que a política de acesso a educação, de pessoas
com Transtorno do Espectro Autista, tem avançado significativamente. Através dessas, torna-
se direito o acesso à educação e ao desenvolvimento de práticas educativas mais sensíveis e
acolhedoras, que reconhecem as necessidades específicas das pessoas com TEA. No entanto,
apesar do arcabouço legal, a implementação efetiva das políticas e leis requer esforços
contínuos para superar os desafios existentes.

3.1.1. OS DESAFIOS DE SUA APLICABILIDADE MEDIANTE A REALIDADE


DA EDUCAÇÃO DE BASE

https://www.scielo.br/j/pee/a/NwnK5kF4zM9m9XRynr53nwF/?lang=pt

O ato de incluir um aluno com deficiência em uma escola regular não pode ser visto
como um mero ato obrigatório, mas sim como uma prática apoiada em um paradigma
educacional voltado à defesa da diversidade e dos direitos humanos, tratando-se, de um
processo social complexo que resulta de ações estabelecidas por agentes distintos
envolvidos (diretamente ou indiretamente) com o processo de ensino-aprendizagem
(Benitez & Domeniconi, 2015). O termo inclusão, articula-se aos direitos humanos e democráticos, sob
influências locais, globais, ideológicas, econômicas, sociais e culturais (Nozu, Bruno, & Cabral, 2018).
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escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras


sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo
confundido com falta de educação e limite. E por falta de conhecimento,
alguns profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as
características de um autista, principalmente os de alto funcionamento, com
grau baixo de comprometimento. Os profissionais da educação não são
preparados para lidar com crianças autistas e a escassez de bibliografias
apropriadas dificulta o acesso à informação na área. (Santos, 2008, p. 9
apud. https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/autismo-e-
inclusao-escolar-os-desafios-da-inclusao-do-aluno-autista).

"Quando se fala sobre a inclusão da criança com autismo na escola de ensino


regular, deve-se pensar também no professor, pois este, muitas vezes, não
está preparado para receber os alunos com autismo."
"Um dos maiores desafios da atualidade é proporcionar uma educação para
todos, sem distinções, além de assegurar um trabalho educativo organizado e
adaptado para atender às Necessidades Educacionais Especiais dos alunos."
"A escola recebe uma criança com dificuldades em se relacionar, seguir regras
sociais e se adaptar ao novo ambiente. Esse comportamento é logo
confundido com falta de educação e limite. E por falta de conhecimento,
alguns profissionais da educação não sabem reconhecer e identificar as
características de um autista."
"As manifestações decorrentes do autismo podem levar ao sentimento de
rejeição por parte de quem não conhece as características desse transtorno.
Por isso, os desafios de trabalhar com um aluno autista são grandes,
necessitando de bastante conhecimento e preparo para seu
acompanhamento."
"A interação entre pais e professores é muito importante para o processo de
aprendizagem da criança com autismo, pois juntas irão achar formas de
atuação, a fim de favorecer o processo educativo eficaz e significativo na
superação das dificuldades de uma criança com autismo."

O indivíduo com autismo encontra uma série de dificuldades ao ingressar na


escola regular. Essas dificuldades passam a fazer parte da rotina dos
professores e da escola como um todo. Uma maneira de melhorar a
adaptação e, consequentemente, obter a diminuição dessa contingência
trazida pela criança e promover sua aprendizagem é adaptar o currículo.

(https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/autismo-e-inclusao-escolar-os-
desafios-da-inclusao-do-aluno-autista)

2.1.1 BENEFÍCIOS DO USO DAS ARTES NA EDUCAÇÃO DE ALUNOS


AUTISTAS
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O uso das artes na educação de alunos autistas tem demonstrado diversos benefícios
significativos. As atividades artísticas proporcionam um meio expressivo e criativo de
comunicação que vai além das palavras, permitindo que esses alunos se expressem e se
engajem de maneira única. Além disso, as artes oferecem um ambiente menos estruturado e
mais inclusivo, permitindo que os alunos autistas participem de atividades educacionais de
forma mais flexível e individualizada.

Os benefícios do uso das artes na educação de alunos autistas incluem:

 Comunicação e Expressão: As artes oferecem uma forma alternativa de comunicação


para alunos com dificuldades verbais, permitindo-lhes expressar emoções,
pensamentos e ideias por meio da música, da pintura, da dança e outras formas de
expressão criativa.
 Estímulo Sensorial Controlado: As atividades artísticas podem ser adaptadas para
atender às necessidades sensoriais dos alunos autistas, oferecendo um ambiente
controlado e acolhedor para a exploração sensorial.
 Melhoria na Interação Social: O trabalho em grupo durante atividades artísticas pode
facilitar a interação social e a colaboração entre alunos autistas e seus colegas.
 Estímulo ao Desenvolvimento Cognitivo e Motor: As artes podem contribuir para o
desenvolvimento de habilidades cognitivas, motoras e perceptuais dos alunos autistas,
auxiliando em seu progresso acadêmico.
 Redução do Estresse e Ansiedade: As atividades artísticas podem proporcionar uma
sensação de calma e relaxamento para alunos autistas, reduzindo o estresse e
ansiedade relacionados ao ambiente escolar.
 Incentivo à Criatividade e Autoexpressão: As artes oferecem uma plataforma para a
expressão da criatividade individual dos alunos autistas, aumentando sua autoestima e
autoconfiança.

Ao compreender os benefícios das artes na educação de alunos autistas, é possível


desenvolver estratégias pedagógicas mais inclusivas e eficazes, promovendo o
desenvolvimento holístico desses alunos e melhorando sua experiência educacional na escola.
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2.1.2 O USO DE ARTES NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM PARA


ALUNOS AUTISTAS

2.1.2.1 ARTE COMO MEIO DE EXPRESSÃO EMOCIONAL E SOCIALIZAÇÃO

O uso das artes como ferramenta no processo de ensino-aprendizagem tem se mostrado


altamente benéfico para alunos autistas. As atividades artísticas oferecem um meio de
expressão emocional único, permitindo que os alunos se comuniquem e se expressem de
maneira não verbal. Para os estudantes autistas, que muitas vezes enfrentam dificuldades na
comunicação verbal, a arte oferece uma forma alternativa e enriquecedora de expressar seus
pensamentos, emoções e ideias.

Além disso, a participação em atividades artísticas possibilita a socialização dos alunos


autistas. O trabalho em grupo durante atividades como teatro, música, dança ou pintura
proporciona oportunidades para interagirem com seus colegas, desenvolvendo habilidades
sociais e estabelecendo conexões emocionais. Essa interação social é essencial para o
desenvolvimento emocional e cognitivo desses alunos, promovendo uma maior integração na
comunidade escolar.

2.1.2.2. DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES COGNITIVAS E MOTORAS


ATRAVÉS DAS ARTES

As artes oferecem um ambiente estimulante para o desenvolvimento de habilidades cognitivas


e motoras em alunos autistas. Durante atividades artísticas, os estudantes são desafiados a
pensar de forma criativa, resolver problemas e exercitar a memória, a atenção e o raciocínio
lógico. Essas habilidades cognitivas são fundamentais para o aprendizado acadêmico e para o
desenvolvimento intelectual dos alunos.

Além disso, as atividades artísticas envolvem movimento e coordenação motora, o que


contribui para o desenvolvimento físico e motor dos alunos autistas. A dança, por exemplo,
estimula o equilíbrio e a coordenação, enquanto a pintura pode aprimorar a motricidade fina.
Esses benefícios da prática artística se refletem em outras áreas da vida desses estudantes,
favorecendo seu desenvolvimento global.
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2.1.2.3. ARTE COMO RECURSO TERAPÊUTICO PARA AUTISTAS

A arte tem sido amplamente reconhecida como uma poderosa ferramenta terapêutica para
alunos autistas. As atividades artísticas proporcionam um ambiente seguro e acolhedor, onde
os alunos podem explorar suas emoções, reduzir a ansiedade e desenvolver habilidades de
autorregulação emocional. Através da arte, esses estudantes podem expressar seus medos,
alegrias e frustrações, facilitando o trabalho com suas emoções de forma saudável e
construtiva.

Ademais, a prática artística também auxilia na redução do estresse e melhora do bem-estar


emocional dos alunos autistas. O processo criativo em si pode funcionar como uma forma de
terapia, permitindo que os estudantes encontrem alívio e tranquilidade, o que pode impactar
positivamente em seu desempenho acadêmico e no convívio social.

4. METODOLOGIA

Neste trabalho, foi utilizada uma abordagem qualitativa de pesquisa. A pesquisa qualitativa
foi adequada para explorar questões complexas e compreender a perspectiva dos participantes
de maneira mais profunda. Por meio dessa abordagem, será possível captar as experiências,
opiniões e percepções dos profissionais da Escola EMEF Padre Gabriel em relação ao uso das
artes na educação de alunos autistas. A pesquisa qualitativa proporcionará uma compreensão
mais abrangente dos benefícios e desafios enfrentados na prática educacional, permitindo a
obtenção de dados ricos e significativos para a análise.

A seleção dos participantes será realizada de forma intencional e por conveniência. Serão
escolhidos profissionais da Escola EMEF Padre Gabriel que possuam experiência relevante na
educação de alunos autistas e que estejam envolvidos no uso das artes como recurso
pedagógico. Os participantes poderão incluir professores, coordenadores, especialistas em
educação inclusiva e profissionais que trabalham diretamente com alunos autistas na escola.

O instrumento de coleta de dados utilizado será a entrevista estruturada. O roteiro de


entrevista será desenvolvido com base nos objetivos da pesquisa e nas questões-chave que
visam explorar a experiência dos profissionais em relação ao uso das artes na educação
inclusiva de alunos autistas. O roteiro conterá perguntas abertas e fechadas, proporcionando
uma coleta de dados abrangente e ao mesmo tempo permitindo a padronização das respostas
para a análise.

A análise dos dados coletados por meio das entrevistas seguirá uma abordagem de análise de
conteúdo. As respostas dos participantes serão transcritas e organizadas de acordo com as
questões do roteiro de entrevista. Em seguida, serão identificados temas e categorias
relevantes emergentes das respostas, buscando padrões e tendências recorrentes.

Os dados serão codificados e categorizados para facilitar a compreensão dos resultados e a


identificação de informações significativas. A análise dos dados será conduzida com rigor
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metodológico para garantir a confiabilidade e validade dos resultados obtidos. Os achados


serão apresentados de forma descritiva, com citações diretas dos participantes para respaldar
as conclusões.

Esses procedimentos permitirão uma interpretação aprofundada das percepções dos


profissionais da escola EMEF Padre Gabriel sobre o uso das artes na educação de alunos
autistas, oferecendo insights valiosos para a discussão e conclusões do trabalho de pesquisa.

ESTUDO DE CASO (OU REVISÃO BIBLIOGRÁFICA)

Para compreender a eficácia do uso das artes no processo de ensino-aprendizagem para alunos
autistas, este trabalho se baseará em um estudo de caso realizado na Escola EMEF Padre
Gabriel em Jardim Carapina, Serra, Espírito Santo. Serão selecionados profissionais da escola,
como professores, coordenadores e especialistas em educação inclusiva, para participar de
entrevistas estruturadas. Além disso, será conduzida uma revisão bibliográfica abrangente
para embasar as informações teóricas sobre o autismo, os desafios na educação e os benefícios
do uso das artes. Serão consultadas fontes acadêmicas confiáveis, livros e artigos científicos
relevantes que abordem o tema proposto.Ao combinar o estudo de caso com a revisão
bibliográfica, este trabalho almeja fornecer uma perspectiva abrangente e embasada sobre o
uso das artes no ensino de alunos autistas, destacando seus benefícios e impacto na educação
inclusiva. Os resultados obtidos serão analisados de forma cuidadosa, possibilitando a
proposição de diretrizes e recomendações que possam contribuir para práticas educacionais
mais inclusivas e enriquecedoras para esses alunos.
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3 CONCLUSÃO

Para a conclusão insira, no mínimo, três parágrafos bem elaborados contendo


informações sobre o que foi proposto no trabalho. A que ponto as pesquisas levaram? Os
objetivos foram alcançados? O problema foi resolvido? Essas são perguntas que devem ser
respondidas neste tópico.
A conclusão pode trazer informações importantes já elencadas na introdução, mas não
deve ser idêntica a ela. Não utilize expressões como: “conclui-se que”, “chegou-se à
conclusão” etc, pois este tópico é justamente para concluir seu trabalho.
O campo conclusão, em semelhança à introdução, deve ser numerado. Tópicos a partir
da conclusão não devem possuir numeração, tais como: referências bibliográficas, anexos
e/ou apêndices (quando se fizer[em] necessário[s]).
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(https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/abril/tea-saiba-o-que-e-o-
transtorno-do-espectro-autista-e-como-o-sus-tem-dado-assistencia-a-pacientes-e-
familiares#:~:text=Além%20de%20toda%20a%20rede,de%20diferentes%20n%C3%ADveis
%20de%20assistência%2C).

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