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Fortaleza, Ceará
2022
De acordo com dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística, dados estes consideravelmente defasados, tendo em vista o ano da
última pesquisa (2010), no Brasil existem mais de 11 milhões de mães solo, de
casas que são chefiadas e conduzidas integralmente por mulheres, em grande
maioria, mulheres negras. Um dado ainda bem alarmante, é que mais de 5
milhões de crianças sequer possuem o nome do genitor em seus registros de
nascimentos, portanto, deixando para a mãe toda a totalidade de
responsabilidade para com seus filhos. O abandono parental é gritante e pouco
se fala a respeito.
Ainda na alteração do texto, é previsto que a mãe solo com renda per
capita de até meio salário mínimo receberá em dobro os benefícios
assistências. Essa cota em dobro, se assemelha com a Lei do Auxilio
Emergencial. Caso o projeto seja aprovado na Câmara dos Deputados, terá
vigência de 20 anos até que a taxa de pobreza em domicílios formados por
famílias monoparentais chefiadas por mulheres seja reduzida a 20%.
Poderia ser cômico, se não fosse trágico. Até hoje, relaciono com aquele
ditado popular – “Foi comprar cigarro e nunca mais voltou!”. Enfrentei uma
gestação sem a companhia de quem deveria ser o meu alicerce, enfrentei
muitos problemas, fui inúmeras vezes humilhada, exposta, até mesmo pela
mãe do genitor, que fazia questão de expor ele nas redes sociais com outras.
Inclusive, como se não fosse pouco, o abandono, os custos que arquei tudo
sozinha (e graças a Deus com ajuda da minha família), ainda cheguei a
receber ameaças das parceiras que meu ex marido se envolvia.
Fátima Carvalho.
Referencias Bibliográficas