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SABESP

Técnico em Sistemas de Saneamento (Química)

Conhecimentos de produtos químicos utilizados para tratamento: funções e utilidades. Ex. Cloro,
sulfato de alumínio, cloreto férrico, ácido fluorsilícico. .............................................................................. 1
Vidraria de laboratório: pipetas, provetas, béquer, etc. ....................................................................... 8
Equipamentos de laboratório: phmetro. ............................................................................................ 12
Conhecimentos das fases de tratamento de água e esgotos. ........................................................... 16
Análise de controle: ph, sólidos residuais. Oxigênio dissolvido (OD). Demanda bioquímica de oxigênio
(DBO). Demanda química de oxigênio (DQO). ...................................................................................... 29
Tipos de tratamento de esgoto para afluentes domésticos. Lagoas de estabilização. Valas de oxidação.
Lodo ativado com aeração prolongada e filtros biológicos. .................................................................... 32
Conhecimentos básicos de eletricidade: voltagem. ........................................................................... 53
Mecânica: motores. ........................................................................................................................... 65
Noções de Eletrônica e Instrumentação............................................................................................. 72
Conceitos sobre normas de segurança do trabalho e uso de EPIs .................................................... 80
Questões. .......................................................................................................................................... 93

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Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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Conhecimentos de produtos químicos utilizados para tratamento: funções e
utilidades. Ex. Cloro, sulfato de alumínio, cloreto férrico, ácido fluorsilícico.

Produtos Químicos Usados no Tratamento de Água1

Os tipos de produtos químicos utilizados numa estação de tratamento de água podem varia muito, em
função da qualidade da água a ser tratada e do próprio mercado fornecedor.

Tempo médio na ETA

Abaixo listamos alguns produtos químicos utilizados nas ETA’s, assim como nas ETE’s. Seu uso,
armazenamento e manuseio.

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http://www.snatural.com.br/Produtos-Quimicos-tratamento-agua.html

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Evaporadores e cloradores

Descrição dos Produtos Químicos Utilizados nas Etas/Etes

Listamos abaixo alguns dos produtos mais utilizados nas ETAs e ETEs, sua forma, armazenamento e
manuseio.

SULFATO DE ALUMÍNIO
Quase sempre é fornecido sob forma sólida. Entretanto, pode também ser fornecido sob forma líquida.
O sulfato de alumínio utilizado para o tratamento da água não exige especificação rigorosa, exceto no
que diz respeito à granulometria do produto sólido, no caso de dosagem a seco, e quanto ao teor de
impurezas insolúveis e umidade excessiva, com o consequente elevado teor de ácido livre, o que indica
que o produto foi mal fabricado.

Armazenagem
Em sacas de papel multifolhado seja armazenado em local seco, com as sacas colocadas sobre
estrados de madeira e afastadas de paredes.
Essas providência evitará o rompimento das sacas, resultante da absorção de umidade pelo sulfato
de alumínio e a consequente formação de ácido sulfúrico

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Preparo
O preparo da solução de sulfato de alumínio é realizado no interior de tanques apropriados,
adequadamente revestidos (de forma a resistirem à agressividade da solução preparada), usualmente
com concentrações variando entre 2% e 10%.
De modo geral, são construídos pelo menos dois tanques, de tal forma que um deles possa ser
preparado enquanto que o outro está fornecendo solução previamente preparada para o dosador.

CAL HIDRATADA
É provavelmente o mais popular dos alcalinizantes utilizados nas estações de tratamento de água
brasileiras. É fornecida sob forma de pó, e pode ser dosada por via seca ou via úmida, sendo essa última
a mais comum em pequenas estações de tratamento.

Armazenagem
Como no caso do sulfato de alumínio sólido, as sacas de cal devem ser estocadas sobre estrados de
madeira, de forma a evitar que o contato com a umidade “empedre” o produto.
As sacas mais velhas devem ser utilizadas com prioridade. Isto porque a cal reage com o gás carbônico
presente na atmosfera, retornando assim ao calcário encontrado na natureza.
Pode-se, assim, empilhar até cerca de 14 sacas, umas sobre as outras.

Manuseio
Usar EPIs - Luvas de látex ou PVC, óculos ampla – visão, mascara contra empoeiramento intenso e
botas de PVC.
Medidas técnicas apropriadas: Ventilação forçada em caso de empoeiramento intenso.
Precauções para manuseio seguro do produto químico: N/R.
Avisos de manuseio seguro: Proteger da chuva e do vento.

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Preparo
Na dosagem por via seca, não é necessário preparo preliminar, desde que a cal hidratada seja
fornecida dentro das especificações exigidas pelo equipamento dosador.
Em tal caso, a granulometria desse produto tem se mostrado de fundamental importância para o
correto funcionamento do equipamento dosador.
No caso de dosagem por via úmida, normalmente prepara-se o denominado leite de cal, que é a
suspensão do produto, em concentrações variando entre 2% e 10%, De modo geral, esse preparo é
realizado em tanques a cal hidratada comercial de algumas procedências costuma apresentar teor de
insolúveis acima do desejado.
A suspensão de cal hidratada deve ser agitada continuamente, qualquer que seja o nível no interior do
tanque de preparo, para evitar a sedimentação do produto e, em consequência, a alteração da
concentração da suspensão que está sendo dosada.
A partir daí, o leite de cal pode ser encaminhado para os dosadores de gravidade, do tipo de canecas
ou, através dos denominados sistemas mistos, para dosadores do tipo de extravasão ou recirculação.

ÁCIDO FLUOSSILÍCICO
É um subproduto da indústria de fertilizantes. É um líquido altamente solúvel e corrosivo, o que dificulta
o seu transporte e requer reservatórios apropriados. Todos os recipientes, tubulações e válvulas, que
estiverem em contato com o ácido devem ser de material plástico como: PVC, Polietileno, Polipropileno,
Acrílico ou Teflon. Os locais de armazenagem devem ser frescos e ventilados, por sua natureza tóxica,
pois ao vaporizar-se, decompõe-se em Ácido Fluorídrico e Tetrafluoreto de Silício. Suas principais
características são:

O Ácido Fluossilícico normalmente é encontrado no mercado em soluções concentradas a 20%, isto


é, em cada 1000 mL da solução, existem 200 mL de ácido. A dosagem na água a ser fluoretada dependerá
da concentração do ácido.
Os equipamentos mais utilizados para dosar o Ácido Fluossilícico são: as bombas dosadoras e os
dosadores de nível constante.

Segurança e manuseio
A segurança relacionada com o manuseio merece destaque em função da natureza tóxica do produto.
Os operadores devem evitar contato do composto com a pele, bem como qualquer possibilidade de
ingestão ou inalação dos vapores.
O manuseio do ácido Fluossilícico deve ser realizado com equipamentos de proteção individual – EPI
(NR 6 do Ministério do Trabalho e Emprego – 206.000.01/10): Óculos, máscara, luvas, botas e avental de
plástico ou borracha. O local de armazenagem deve possuir torneira com água corrente, de maneira a
ser utilizada em caso de acidente. Ocorrendo tal situação, a pele da pessoa acidentada deve ser lavada
com bastante água corrente.

Cuidados especiais
O vazamento de ácido deve ser neutralizado com água e cal. Os cuidados com a manipulação do
produto incluem a aplicação direta do recipiente, ventilação adequada, estocagem livre de outros
produtos, principalmente os incompatíveis. Os recipientes de armazenagem devem ter saída externa para
os gases e identificação. Atentar para as recomendações do rótulo com relação ao descarte do recipiente,
que deverá ser devolvido para reciclagem.

Concentração do ácido Fluossilícico na solução adquirida


Normalmente, o composto é fornecido na concentração de 20%. Recomenda-se monitorar essa
concentração, ou exigir do fabricante o certificado de análises. Enfatiza-se que a concentração é medida
por intermédio da aferição da densidade do composto adquirido e utilização de tabela que relaciona a
densidade obtida, concentração do ácido e quantidade em g/L.

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Manuseio
O produto deve ser manipulado, envasilhado ou diluído, somente em ambiente com ventilação local
de exaustão – VLE, para evitar concentrações perigosas no ambiente de trabalho.
Evite contato da substância com materiais metálicos, devido à liberação de gases inflamáveis
(hidrogênio). As embalagens devem ser etiquetadas devidamente e mantidas fechadas quando não
estiverem em uso Recipientes vazios podem conter resíduos perigosos do produto, mantenha-os bem
fechados e não reutilize as embalagens.
Fumar, comer, beber, estocar alimentos ou aplicar cosméticos, são atos que devem ser evitados nas
áreas em que o produto é manipulado. Lavar sempre as mãos e antebraços antes de comer, beber, fumar
ou utilizar o sanitário.

Condições de armazenamento seguro, incluindo qualquer incompatibilidade


Medidas técnicas
Condições adequadas: O produto deve ser armazenado em local seco, arejado (abaixo de 38ºC) e ao
abrigo de radiações solares em bombonas de polietileno. Evite danificar as embalagens – o produto é
corrosivo. As embalagens podem ficar quebradiças ao longo do uso. Faça inspeções periódicas nos
tanques e embalagens verificando a resistência das mesmas. Providenciar local adequado, ventilado, à
prova de fogo e materiais adequados para embalagens. O local deve conter diques de contenção.
Armazenar em local arejado, ao abrigo do calor, fontes de ignição e separados de produtos que possam
reagir com o ácido, de materiais combustíveis e inflamáveis Os depósitos de ácido fluorsilícico devem ser
providos de chuveiro de emergência, lava olhos e hidrantes equipados com bico de água tipo jato-neblina.
Condições que devem ser evitadas: Danificar as embalagens, pois o produto corrosivo
De sinalização de risco: Líquido corrosivo. Uso obrigatório de EPIs.
Produtos e materiais incompatíveis: Metais, vidros, álcalis, ácidos fortes e concentrados, oxidantes
fortes, peróxidos orgânicos, sólidos combustíveis, cianetos, sulfetos e carbonatos
Materiais seguros para embalagens:
Recomendadas: Os recipientes são em geral tanques ou bombonas plásticas.
Inadequadas: Não estocar (nem mesmo em solução), em containeres ou frascos de vidro ou cerâmica
Evitar material incompatível (ver itens acima).

CLORO GASOSO
Trata-se de um gás amarelo-esverdeado, tóxico, de odor irritante e sufocante. Embora, por si só, não
seja corrosivo, ao entrar em contato com a água forma ácido clorídrico e ácido hipocloroso, tornando-se
então muito corrosivo para todos os metais comuns, a tal ponto que apenas o ouro, a platina, a prata e o
titânio são capazes de resistir à sua ação.
Embora não seja inflámavel ou explosivo, da mesma forma que o oxigênio, ele é capaz de manter a
combustão de certas substâncias.

Armazenagem
A armazenagem dos cilindros de cloro deve ser feita em local separado das demais unidades da casa
de química. Além disto, é de todo conveniente que cilindros fiquem abrigados do calor e da incidência
direta de raios solares, bem como livres da ação da umidade, em vista da possibilidade da formação do
ácidos clorídrico e hipocloroso, agressivos aos metais.

APLICAÇÃO DO CLORO EM ETA’S

Cilindros de 90 kg

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Cilindros de 900 kg

Tanques estacionários de 50 ton

Caminhão tanque de 18 ton

POLICLORETO DE ALUMÍNIO

Sinônimos: PAC, Polímero de Hidróxido de Alumínio.


Fórmula química: Aln(OH)mCl3n-m
Classe: 8 - Corrosivo
Número da ONU: 1760

Características gerais
Policloreto de alumínio é um coagulante/floculante inorgânico polimerizado, apresenta-se na forma
líquida de cor âmbar com aparência viscosa. Devido ao grande volume e da estrutura polimérica dos
flóculos produzidos, é muito eficiente na floculação numa ampla faixa de pH e temperatura.

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Aplicação
É um floculante químico recomendado para uso nas seguintes aplicações:
Substitui com grande desempenho o Sulfato de Alumínio e Cloreto Férrico, aumentando a eficiência
na decantação primária, melhorarando as características de filtrabilidade, e reduz a carga enviada ao
tratamento biológico. Auxilia o processo de espessamento de lodo por centrífuga, filtro prensa ou de
esteira.
Clarificação de efluentes líquidos industriais.
Clarificação de água potável e águas para fins industriais.
Floculante // coagulante // Clarificação para processos industriais.
Para dosagens depende do efluente a ser tratado.

Armazenagem
Armazenar preferencialmente em área fresca, seca, ventilada, piso impermeável e dotado de diques
de contenção. Tanques de estocagem, tubulação e bombas devem ser resistentes ao ácido clorídrico,
por exemplo, aço carbono, PVC, PP, PE.
Materiais incompatíveis: Agentes oxidantes fortes, alcalinos e metais.
Temperaturas elevadas (>35º C).
A sucção da bomba deve estar na parte inferior do tanque, não permitindo lastro.
Este produto deve ser estocado por um período máximo de 3 meses, ou conforme especificado no
rótulo.
Manter a embalagem bem fechada quando não estiver em uso. Estes recipientes não devem ser
reutilizados para outros fins e devem ser dispostos em locais adequados.
Embalagem: Bombonas e Containeres.

Manuseio
Não fumar no local de trabalho.
Utilizar Equipamento de Proteção Individual:
- Use respirador contra vapores ácidos, seguindo as instruções do fabricante, em locais onde possam
ser gerados gases, vapores, fumos, borrifos ou névoas.
- Usar luvas impermeáveis preferencialmente de PVC.
- Protetores faciais ou óculos de ampla-visão com ventilação indireta devem ser usados.
- Usar botinas e uniforme de proteção.
Garantir ventilação adequada no local de trabalho.
Nos locais onde se manipulam produtos químicos deverá ser realizado o monitoramento da exposição
dos trabalhadores, conforme PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da NR-9.
Manusear de acordo com as boas práticas industriais de higiene e segurança. As instalações de
armazenagem e de utilização devem ser equipadas com instalações de lavagem de olhos e um chuveiro
de segurança. As vestimentas e EPI’s sempre devem ser limpas e verificadas antes de uso. Utilize sempre
para higiene pessoal água, sabão e cremes de limpeza. Bons procedimentos operacionais e de higiene
industrial ajudam a reduzir o risco no manuseio de produtos químicos.

Informações relativas ao transporte


Evitar o transporte em veículos onde o espaço de carga não esteja separado da cabine de condução.
Assegurar que o condutor do veículo conhece os riscos potenciais da carga bem como as medidas a
tomar em caso de acidente ou emergência. Antes de transportar os recipientes, verificar se estão bem
fixados. Quando se tratar de transporte de produtos perigosos, cumprir a legislação em vigor. No
transporte fracionado cada recipiente deverá estar devidamente identificado, portando a rotulagem
prevista em norma. Os mesmos deverão estar lacrados e protegidos por lona na eminência de chuva
durante o percurso.

Referências
http://www.dipaquimica.com.br
Avanex – Industria e Comércio Ltda.
Quirios Produtos Químicos SA

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Vidraria de laboratório: pipetas, provetas, béquer, etc.

Equipamentos de vidro (vidrarias)

As vidrarias são, em sua maioria, instrumentos de vidro cristal ou temperado, para que as medidas
sejam precisas e o recipiente não reaja com a substância contida nele. Entretanto, elas devem ser
tratadas com o maior cuidado possível, principalmente porque o vidro utilizado nelas é mais trabalhado
que os de outros vidros quaisquer, assim sendo mais caros, obviamente. Os materiais de metal podem
servir para suporte e manuseamento das vidrarias. Existem também materiais de porcelana, de borracha
ou plástico e materiais que são fontes de aquecimento.
Para trabalhar em um laboratório químico é preciso ter a formação em Química (Químico, Técnico em
Química, Engenheiro químico), esses profissionais são capacitados para lidar com situações previsíveis
em um laboratório.
Nele, os profissionais dessa área – professores de química ou de ciências, pesquisadores, químicos
industriais, técnicos de nível médio e engenheiros químicos – realizam diversas análises, reações
químicas e outros processos que são facilitados por meio do uso de alguns equipamentos, aparelhos e
dispositivos criados especialmente para essas atividades.
Existem vários tipos de equipamentos presentes em laboratórios de química. É verdade que a
qualidade e a quantidade desses aparelhos dependem da instituição e do investimento feito em cada
laboratório. No entanto, a seguir apresentaremos alguns equipamentos encontrados em qualquer
laboratório de química, apontando a função e o nome de cada um:

-Balão de fundo chato: dissolve substâncias por meio de agitação, preparando, dessa forma,
soluções; aquece líquidos e realiza reações com desprendimento de gases;
-Balão de fundo redondo: semelhante ao anterior, mas é usado principalmente em processos de
destilação;
-Balão volumétrico: por possuir uma medida exata de volume ele é usado para diluir e preparar
soluções que exigem um volume com maior precisão. Existem vários tamanhos de balões volumétricos,
sendo que cada um possui uma única graduação que é mostrada por um traço de aferição no gargalo;
-Proveta ou cilindro graduado: usado para medir e transferir líquidos e soluções, sem muita precisão;
-Bureta: como as pipetas, a bureta mede e transfere volumes de líquidos e soluções, mas eles são
colocados nela pela sua parte superior, que é aberta e maior. Além disso, ela possui uma torneira
embaixo que pode ser aberta para fazer escoar o líquido de forma rápida e gota a gota, de modo que
o volume transferido seja exatamente o desejado.

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Ela é muito utilizada em titulações, colocando-se nela o titulante e fazendo o seu gotejamento sobre
a solução titulada que se deseja descobrir a concentração e que está adicionada com um indicador
ácido-base. Seu uso é importante nessa técnica, pois uma única gota pode chegar ao ponto de valência
ou ponto de viragem do pH que é indicado pela mudança na cor do titulado.
-Pipeta graduada: mede e transfere volumes pequenos de líquidos e soluções com maior precisão
que a proveta. Podem ser volumes variáveis, pois ela possui uma escala;
-Pipeta volumétrica Tem a mesma finalidade que a pipeta graduada, mas tem a grande vantagem de
ter uma precisão bem maior. Todos os tipos de pipeta não podem ser aquecidos e os volumes medidos
nela são fixos, pois ela não possui uma escala, mas sim um traço fixo;
-Bastão de vidro: é usado para misturar ou agitar soluções;
-Funil: usado em filtrações simples;
-Béquer: usado para os mais diversos fins, tais como: realizar misturas, reações químicas,
dissoluções, ganhar líquidos e soluções. Pode-se até medir volumes pequenos, porém, a precisão é
mínima;
-Tubo de ensaio: testar reações com pequenas quantidades de reagentes;
-Erlenmeyer: usado para preparar e guardar soluções;
-Vidro de relógio: é usado para tampar béqueres, para evaporar e para pesar pequenas quantidades
de material.

Equipamentos de ferro:

-Bico de Bunsen: É a fonte de aquecimento mais utilizada em laboratório. Mas contemporaneamente


tem sido substituído pelas MANTAS E CHAPAS DE AQUECIMENTO.
O bico de Bunsen é um dispositivo usado em química para efetuar aquecimento de soluções em
laboratório. O bico de Bunsen foi aperfeiçoado por Robert Wilhelm Bunsen, a partir de um dispositivo
desenhado por Michael Faraday. Em biologia, especialmente em microbiologia e biologia molecular, é
usado para manutenção de condições estéreis quando da manipulação de micro-organismos, DNA, etc.
O bico de Bunsen queima em segurança um fluxo contínuo de gás sem haver o risco da chama se
propagar pelo tubo até o depósito de gás que o alimenta. Normalmente o bico de Bunsen queima gás
natural, ou alternativamente um GPL, tal como propano ou butano, ou uma mistura de ambos. (O gás
natural é basicamente metano com uma reduzida quantidade de propano e butano).
Diz-se que a área estéril do bico de Bunsen seja de 10 cm. Quando a janela do Bico de Bunsen está
fechada sua chama é igual à de uma vela, pois apenas queima o oxigênio que está em volta e sua chama
fica mais fraca.
-Tela de aquecimento: esse trançado de fios de ferro, com um material no centro adequado para
aquecimento, é usado exatamente para que o material a ser aquecido não receba diretamente a chama
do bico de Bunsen. Além disso, ela tem a função de distribuir o calor para que o equipamento de vidro
que está sendo aquecido não quebre;
-Tripé: apoio para a tela de amianto e outros equipamentos;

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-Suporte universal, garras e argolas de ferro: servem para montagem e sustentação de aparelhos
de laboratório.
Equipamentos de porcelana:

-Cadinho: usado em aquecimento de sólidos submetidos a altas temperaturas


-Almofariz e pistilo: usados para triturar sólidos;
-Cápsula de porcelana: usada na concentração e secagem de soluções;
-Triângulo de porcelana: suporte para cadinhos ao serem aquecidos pela chama de gás.

Outros equipamentos
Chapa Elétrica e Agitador: É utilizada para o aquecimento de substâncias de uma forma em geral,
principalmente as substâncias inflamáveis. Esta é a forma mais comum e segura de aquecimento em um
laboratório de química, atualmente. Ela também pode ser utilizada para o agitamento de soluções,
aquecidas ou não.

Condensador: Utilizado na destilação, tem como finalidade condensar vapores gerados pelo
aquecimento de líquidos.

Dessecador: Usado para guardar substâncias em atmosfera com baixo índice de umidade. Um
dessecador é um recipiente fechado que contém um agente de secagem chamado dessecante. A tampa
é engraxada (com graxa de silicone) para que feche de forma hermética. É utilizado para guardar
substancias em ambientes com baixo teor de umidade.
O agente dessecante mais utilizado é a sílica, que deve estar na coloração azul (seca). Quando a sílica
fica na coloração avermelhada, significa que já está saturada de água, impossibilitando que a mesma
absorva a água do interior do dessecador. Como auxílio ao processo de secagem de substâncias, é
comum o acoplamento de uma bomba de vácuo para reduzir a pressão no interior do dessecador, quando
o mesmo apresenta uma válvula para esta finalidade na tampa. Após o vácuo desejado, a válvula é
fechada e a bomba de vácuo desacoplada. Seu uso mais comum se dá nas etapas de padronização de
soluções, onde um sal de uma determinada substância é aquecido em estufa e posteriormente posto para
esfriar sob pressão reduzida no interior do dessecador.

Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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O resfriamento a pressão reduzida e no interior do dessecador impede a absorção de água pelo sal
enquanto sua temperatura se iguala à ambiente, para que seja posteriormente pesado.

Estante para Tubo de Ensaio: É usada para suporte de os TUBOS DE ENSAIO.

Manta Aquecedora: Equipamento usado juntamente com um balão de fundo redondo; é uma fonte
de calor que pode ser regulada quanto à temperatura.

Pinça Metálica: Usada para manipular objetos aquecidos

Pisseta ou Frasco Lavador: Usada para lavagens de materiais ou recipientes através de jatos de
água, álcool ou outros solventes.

Alonga: Serve para conectar o condensador ao frasco coletor nas destilações, direcionando o fluxo
de líquido.

Autoclave: É um aparelho utilizado para esterilizar artigos através do calor úmido sob pressão,
inventado pelo auxiliar de Louis Pasteur e inventor Charles Chamberland.

Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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Mufla (ou Forno Mufla): é um tipo de estufa para altas temperaturas usada em laboratórios,
principalmente de química, sendo utilizada na calcinação de substâncias.

Banho-maria: é um método científico utilizado tanto em laboratórios químicos e na indústria para


aquecer lenta e uniformemente qualquer substância líquida ou sólida num recipiente, submergindo-o
noutro, onde existe água a ferver ou quase.

Equipamentos de laboratório: phmetro

Noções de pH

A sigla pH significa potencial hidrogeniônico e indica o teor de íons hidrônio (H3O+(aq)) livres por
unidade de volume da solução. Quanto mais hidrônios houver no meio, mais ácida será a solução. Por
consequência, podemos dizer que quanto mais íons OH-(aq) houver no meio, mais básica ou alcalina será
a solução
Em uma solução aquosa, sempre há esses dois íons (H3O+ e OH-), pois a própria água sofre uma auto
ionização. Veja:

2 H2O  H3O+ e OH-

Assim, para ser ácida, uma solução deve ter uma concentração maior de cátions H3O+ do que de OH-
livres em seu meio, e o contrário ocorre com as soluções básicas.

Ácidas: [H3O+] > [OH-]


Básicas: [H3O+] < [OH-]

No caso da água, a quantidade desses íons no meio é igual ([H3O+] = [OH-]), por isso, ela é neutra.
Isso nos ajuda a entender melhor a escala de pH, que costuma ser usada entre os valores de 0 a
14, em temperatura de 25ºC. A temperatura precisa ser especificada porque ela altera a quantidade de
íons no meio. Se aumentarmos a temperatura, por exemplo, a energia das partículas também aumentará.
Por isso, elas se movimentarão mais rápido, o que resultará em um maior número de choques entre elas
e, portanto, em uma maior quantidade de íons produzidos.

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Veja a escala de pH a seguir e algumas soluções do cotidiano com o seu pH aproximado:

Quanto menor o valor do pH, mais ácida é a solução, pois a escala de pH é definida como o logaritmo
negativo da concentração de íons H3O+, ou H+, na base 10. Veja como ele pode ser determinado a seguir:

pH = - log [H+]
[H ] = 10-pH, em mol/L
+

Se temos uma solução de concentração igual a 0,01 mol . L1-, por exemplo, isso quer dizer que seu
pH é igual a 3. Veja:
0,01 mol . L1-= 10-2 mol . L1-
10 mol de H3O1+ ---------- 1000 mL
-2

pH = - log [H3O1+]
pH = - log [10-2]
pH = - (-2)
pH = 2
Os cálculos acima também nos levam à conclusão de que, a cada unidade de pH diminuída, a
solução fica com 10 vezes menos íons H3O+. Se temos uma solução com pH igual a 2 e outra com pH
igual a 3, por exemplo, a primeira possui dez vezes mais íons hidrônio do que a segunda.
Agora vamos falar sobre o pOH ou potencial hidroxiliônico. Essa escala refere-se à concentração
dos íons OH- na solução. Analogamente ao cálculo que mostramos para o pH, temos para o pOH:

pOH = - log [OH-]


[OH ] = 10-pOH, em mol/L
-

Voltando à auto ionização da água, temos que a água destilada (totalmente pura) possui pH igual a
7, por isso, é neutra. Dessa forma, o seu pOH também é igual a 7, pois, conforme dito, a concentração
desses dois íons na água é igual. À temperatura ambiente de 25ºC, o Kw (produto iônico da água) é
igual a 1,0 . 10-14 (mol/L)2. Sendo assim, chegamos à seguinte conclusão para a água:

Kw = [H+] . [OH-] = 1,0 . 10-14 mol/L


[H ] = [OH-] = 1,0 . 10-7 mol/L
+

pH = - log [H+] pOH = - log [OH-]


pH = - log 1,0 . 10-7 pOH = - log 1,0 . 10-7
pH = 7 pOH = 7

Visto que, como mostrado acima, [H+] . [OH-] = 1,0 . 10-14 mol/L, então, em todos os casos, sejam as
soluções ácidas, básicas ou neutras, a soma do pH com o pOH sempre resulta em um total de 14. Veja
como isso é verdadeiro quando aplicamos o fator (-log) nos dois lados da equação:

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- log ([H+] . [OH-]) = - log 1,0 . 10-14
- log [H+] - log[OH-] = 14
pH + pOH = 14

Se temos uma solução ácida, por exemplo, com pH igual a 4, sabemos que o seu pOH é igual a 10.
IMPORTANTE: Nos cálculos envolvendo o pH de uma solução, sempre utilizamos logaritmo de base
10.
A partir da equação logarítmica acima, podemos ainda utilizar a seguinte simplificação (obtida por
aplicação de função logarítmica) dessa equação:

Observação: A expressão simplificada acima só poderá ser utilizada se o valor do pH for inteiro; caso
contrário, a função logarítmica deverá ser utilizada.

Exemplos de cálculo de pH:

É importante ressaltar que os cálculos envolvendo o pH de uma solução estão sempre relacionados
com o pOH (potencial hidroxiliônico/ OH-), já que ambos os potencias baseiam-se na auto ionização da
água (Kw = 10-14, fenômeno no qual a água produz tanto H+ quanto OH-) e na lei da diluição de Ostwald
(quanto mais diluída uma solução, maior a quantidade de cátions H+ ). Assim:
Em relação à auto ionização da água:

, por isso pH + pOH=14


Lei de diluição de Ostwald (por meio dela, podemos saber quanto um determinado material
ioniza-se ou se dissocia na água): K= M.α2
Ki = Contante de ionização de uma substância em meio aquoso;
M = molaridade ou concentração molar da substância no meio aquoso;
α2 = grau de ionização ou dissociação do material no meio.
A classificação de uma solução em ácida, básica ou neutra terá os seguintes critérios (a 25 oC):
Uma solução será neutra quando a concentração de H+ for igual à concentração de OH- ou ter pH
igual a 7.
[H+] = [OH-]

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Uma solução será ácida quando a concentração de H+ for maior que a concentração de OH- ou o
pH estiver entre 0 e 7.
[H+] > [OH-]
Uma solução será básica quando a concentração de H+ for menor que a concentração de OH- ou o
pH estiver entre 7 e 14.
[H+] < [OH-]

Para facilitar a compreensão segue um esquema com as relações a seguir:

pHmetro

Muito usado em laboratórios, o pHmetro é um medidor de potencial hidrogeniônico (pH), indicando a


acidez, neutralidade ou alcalinidade de amostras diversas.
Esse equipamento é composto basicamente por um eletrodo conectado a um potenciômetro, que
possibilita a conversão do valor de potencial do eletrodo em unidades de pH. Quando o eletrodo é
submerso na amostra, ele produz milivolts que são transformados para uma escala de pH.

O pHmetro é um medidor de potencial hidrogeniônico que indicando a acidez, neutralidade ou


alcalinidade de uma amostras.

O funcionamento do pHmetro depende de sua calibragem, que deve ser feita de acordo com os valores
de referência que constam nas soluções de calibração. A frequência com que o pHmetro deve ser
calibrado está diretamente relacionada à frequência de medições e à qualidade do equipamento.

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Nos casos em que se conta com um aparelho estável e se realizam medições frequentes, não é
necessário calibrá-lo todos os dias. Em outros casos, quando as medições não são diárias, o ideal é
sempre calibrar o pHmetro antes de sua utilização.

Confira mais alguns fatores que podem influenciar e induzir erros na medição do pHmetro:

– Potencial de junção: a composição da solução usada na calibração do eletrodo deve ser semelhante
à composição iônica presente no meio interno e externo do eletrodo.

– Sódio: quantidades acima ou abaixo da indicada podem apresentar resultados diferentes do real.

– Ácido: os mais fortes podem alterar para mais o valor do pH.

– Hidratação: quando bem hidratado o eletrodo, mais precisos são os resultados

– Temperatura: a calibração e a medição devem ser feitas na mesma temperatura para que o resultado
no pHmetro seja o correto.

Conhecimentos das fases de tratamento de água e esgotos.

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO

A água é um constituinte inorgânico em relação a matéria viva: no ser humano, mais de 60% do seu
peso é constituído por água, sendo que em determinados animais aquáticos o percentual é de 98%.
A água abrange entre 97% referente aos mares e 3% relacionados às aguas doces. Entretanto,
apenas poderá ser usado para consumo 0,0,1% que é encontrada em rios e lagos e o restante em poços
ou nascentes.

Fonte: Sabesp

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1 – Represa
2 – Captação e bombeamento: após a captação, a água é bombeada para as Estações de Tratamento
de Água. Depois de bombeada, a água passará por um processo de tratamento, passando por diversas
etapas explicadas a seguir.
3 - Pré cloração , Pré-alcalinização e Coagulação
4 – Floculação
5 – Decantação
6 – Filtração
7 – Cloração e Fluoretação
8 – Reservatório
9 – Distribuição
10 – Redes de distribuição
11 - Cidade
Tratamento de água

Tratamento convencional: é aplicado às aguas com partículas divididas em suspensão e partículas


coloidais, que ensejam um tratamento químico mais avançado, que consiga fazer sua deposição, com
baixo período de detenção.
Para que este tratamento ocorra é necessário subdividi-lo em algumas etapas:

a. coagulação: ocorre através de uma mistura rápida adicionando-se sulfato de alumínio ou sulfato
ferroso, ocasionando a coagulação, em virtude dos compostos químicos. A união desses compostos por
meio de choques com as partículas de impurezas, são absorvidas por elas, causando desequilíbrio das
cargas elétricas superficiais.

b. floculação: os compostos químicos, misturados anteriormente, irão de encontro com a alcalinidade


da água e serão formados compostos que levam a adsorção, que nada mais é do que a capacidade de
atrair partículas com cargas elétricas contrárias. Este tipo de partícula tem cargas elétricas positivas, já
as impurezas possuem carga elétrica negativa.
Na fase da floculação é que será dado início a formação dos flocos, que crescem em tamanho, indo
em caminho ao decantador.

c. decantação: os flocos que já agregaram as impurezas dão início ao processo de sedimentação e


clarificação da água. Isto se dá porque os flocos que são mais pesados do que a própria água, juntamente
com a baixa velocidade da mesma, na área do decantador irão afundar em decorrência da ação
gravitacional. Desta maneira, ficarão depositados no fundo do tanque, de forma que deixe a água da
superfície mais clara, permitindo que dirija-se a próxima etapa.

d. filtração: grande parte das partículas fida retida no decantador, porém uma persiste na suspensão,
na qual a filtração irá remover essa parte. Hidraulicamente, a água irá transpassar uma camada filtrante,
formada por leito arenoso, com granulometria predimensionada, sustentada por uma camada de
cascalho, de forma que as impurezas, partículas e maiorias das bactérias fiquem retidos e água filtrada
ficará límpida.

e. desinfeção: uma água que tenha sido filtrada corretamente elimina as partículas e grande parte das
bactérias, contudo todas as bactérias devem ser removidas. A desinfecção irá cuidar desse procedimento,
com a adição de produtos químicos, em especial o cloro.
Este processo de aplicação do cloro na água é conhecido como cloração, que será feito com dosagens
de compostos de água e cloro, desinfetando a água.

f. fluoretação: será acrescido flúor à água em tratamento, com a finalidade de diminuir o elevado
número de cáries dentárias. Para esta finalidade será utilizado o fluorsilicato de sódio e o ácido
fluorsilícico.
Vejamos o esquema abaixo para entendermos o processo de tratamento da água:

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Fonte: http://www.samaecaxias.com.br/documents/50537/0/Apostila%20Operador%20ETAE.pdf

O tratamento convencional para que se dê de forma adequada deve obedecer aos controles de
processo, quais sejam:

a) Controle Analítico
A realização de análises físico-químicas, durante as várias etapas do tratamento, possibilita o
acompanhamento da eficiência do mesmo e determina a necessidade, ou não, da implementação de
medidas preventivas e/ou corretivas.
Além disto, serve para monitorar os principais parâmetros relativos à potabilidade da água. Para cada
etapa, distintas análises são feitas, a saber:
- Água Bruta: normalmente, são realizadas as seguintes análises: temperatura, cor, turbidez, pH, odor,
alcalinidade, matéria orgânica, oxigênio dissolvido, dióxido de carbono, ferro, manganês e dureza. Esta
bateria de análises é realizada a cada turno de trabalho e tem como objetivo monitorar a qualidade da
água bruta que chega à ETA e detectar alterações na mesma.
- Água Coagulada: analisa-se pH, alcalinidade, cor, turbidez e alumínio.
- Água Decantada: cor, turbidez, pH, alcalinidade.
- Água Tratada: na água tratada são analisados os mesmos parâmetros avaliados na água bruta. Além
disto, a cada duas horas, são efetuadas análises de pH, turbidez, cor, flúor, cloro residual livre e alumínio
residual. Diariamente, análise bacteriológica.

b) Controle Operacional
O controle operacional compreende todas as ações necessárias ao bom andamento do processo de
tratamento da água. A seguir estão elencadas as principais atividades relativas à operação de estações
de tratamento de água:
- medição da vazão de água bruta;
-ajustes e conferências nas dosagens dos produtos químicos utilizados no tratamento;
- preparo de soluções dos produtos químicos utilizados no tratamento;
- lavagem de filtros;
- medição dos níveis dos reservatórios de água tratada;
- registro de consumo de produtos químicos, e
- verificação periódica do funcionamento de bombas, válvulas, dosadores e demais equipamentos
existentes nas estações de tratamento de água.

As águas bruta e tratadas passam pela análise do parâmetro físico, que indica a turbidez da água, sua
cor, sabor e odor, além da temperatura.
Por sua vez os parâmetros químicos indicam o PH, alcalinidade, dureza, cloretos, ferro e manganês,
alumínio, fluoretos, oxigênio e cloro residual.
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Já os parâmetros bacteriológicos levam a transmissão de algumas doenças, como é o caso da cólera,
febre tifoide, disenterias. As principais doenças transmitidas pela água são causadas por bactérias e vírus.

Quanto à distribuição da água:


A água tratada será conduzida por meio de tubulações, aos mais diversos pontos de consumo da
população. Sua formação ocorre por malhas hidráulicas que são compostas por tubulações de adução,
subadução, redes distribuidoras e prédios. Essas malhas comportam grandes reservatórios de
distribuição, com estações de bombeamento para as regiões mais elevadas e o emprego de outros
equipamentos que permitam que a distribuição tenha continuidade.

A ESTAÇÃO CLÁSSICA DE TRATAMENTO DE ÁGUA

A estação clássica efetua o tratamento convencional em compartimentos separados uns dos outros.
Nesse tipo de estação existem, portanto, os misturadores rápidos, os floculadores, os decantadores,
os filtros e o tanque de contato (onde a adequada desinfecção é assegurada).
A Figura apresenta alguns dos arranjos possíveis para os floculadores, decantadores e filtros de uma
estação clássica de tratamento de água, mais a denominada casa de química.

Essa casa é, na realidade, um prédio no interior do qual são realizadas, entre outras, as seguintes
atividades:
(a) armazenagem, preparo e dosagem de produtos químicos;
(b) análises de qualidade da água;
(c) administração da estação de tratamento de água.
De acordo com esses processos, a floculação, a decantação e a filtração podem ser realizadas no
interior de meios granulares (e.g.: colunas contendo seixos rolados).
A reunião dos três processos anteriores numa só coluna constitui o que se denomina impropriamente
de clarificador de contato (também impropriamente denominado de filtro russo, ou ainda filtro ascendente,
tendo em vista que essa unidade não é apenas um filtro, mas a reunião dos três processos citados).

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Notação: CQ = casa de química; F = filtro; FL = floculador(es); D = decantador(es)

MISTURADORES RÁPIDOS

O conceito de mistura rápida


A mistura rápida é a fase crucial no tratamento convencional da água.
Nessa fase, as partículas existentes em suspensão na massa líquida, cuja remoção se pretende
efetuar, são bombardeadas por agentes químicos, com o objetivo de desestabilizá-las, para que, em fases
posteriores do tratamento, sejam aglutinadas umas às outras, formando flocos que serão removidos por
sedimentação e filtração.

Disposições da NBR-12216
A NBR 12216 reconhece como dispositivos de mistura os seguintes:
a) qualquer trecho ou seção de canal ou de canalização que produza perda de carga compatível com
as condições desejadas, em termos de gradiente de velocidade e tempo de mistura;
b) difusores que produzam jatos da solução de coagulante, aplicados no interior da água a ser tratada;
c) agitadores mecanizados;
d) entrada de bombas centrífugas.
Ainda, de acordo com essa Norma, podem ser utilizados como dispositivos hidráulicos de mistura:
a) qualquer singularidade onde ocorra turbulência intensa;
b) canal ou canalização com anteparos ou chicanas;
c) ressalto hidráulico;
d) qualquer outro trecho ou seção de canal ou canalização que atenda às condições especificadas por
essa Norma para dispositivos de mistura rápida.

Misturadores hidráulicos
Podem ser de diversos tipos. No Brasil, dois tipos são os mais utilizados: o medidor Parshall e a queda
d'água originária de vertedouros.
Outro tipo também utilizado no Brasil, porém com frequência bem menor, é a malha difusora, conforme
concebida originalmente ou com pequenas variações.

Medidor Parshall
Também denominado algumas vezes calha Parshall ou vertedor Parshall, este é, sem dúvida, o
dispositivo mais utilizado como misturador rápido em estações de tratamento de água brasileiras.
O medidor Parshall, idealizado pelo engenheiro R. L. Parshall, do Servico de Irrigação do
Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, alia, nas estações de tratamento de água, a função de
medidor de vazão à de misturador rápido, quando convenientemente utilizado.
A Figura representa um medidor Parshall em planta e em seção longitudinal.

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Observe, na próxima figura: a lâmina d’água a montante do Parshall é alta e, em consequência, a
velocidade média de escoamento é baixa. Nesse local, o número de Froude é inferior a 1, e o regime de
escoamento é subcrítico. Na garganta, a lâmina d’água vai baixando, de forma que a seção de
escoamento e, consequentemente, a velocidade média e o número de Froude, vão aumentando. Em
alguma seção da garganta, o número de Froude torna-se superior a 1, e o regime de escoamento passa
a ser supercrítico.
Ocorrendo a passagem do regime subcrítico para o supercrítico, é possível conhecer a vazão que
atravessa o medidor Parshall através da realização da leitura da altura da lamina d'água numa seção a
montante de sua garganta.
No tratamento da água, aproveita-se a ocorrência do ressalto hidráulico no trecho imediatamente a
jusante de sua garganta para a aplicação do produto químico coagulante, (na realidade, o valor do número
de Froude na garganta do medidor, embora superior a 1, é insuficiente para que se obtenha ressaltos
verdadeiros a jusante dessa unidade, segundo sua classificação conforme o número de Froude).

Esse ressalto precisa ser provocado, fazendo-se tentativas, aumentando-se a lâmina d'água no canal
de jusante através de um artifício qualquer, utilizando, por exemplo, stop-logs, afogados ou não. O
ressalto, como foi visto, produz uma dissipação de energia relativamente grande.

Queda d'água de vertedouros


Caso exista, numa estação de tratamento, um vertedouro para medir a vazão afluente, será possível
aproveitar a queda d'água resultante para efetuar a mistura rápida.
Para tanto, deve-se distribuir, do modo mais uniforme possível, o floculante ao longo de toda a queda
d'água

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Utiliza-se uma calha perfurada para esse fim, assegurando-se de que todos os seus orifícios estarão
sempre desobstruídos.
O ideal é que a lâmina d’água vertente caia sobre um pequeno anteparo. Nestas condições, a energia
resultante dessa queda propiciará a máxima energia, possibilitando excelentes condições de mistura
rápida.

Misturadores mecanizados
Muito especificados pelos projetistas há até alguns anos atrás, os misturadores mecanizados vem
caindo em desuso.
Isto porque os misturadores hidráulicos produzem resultados tão bons, ou mesmo superiores, e
apresentam uma grande vantagem: não possuem equipamentos que, devido ao uso, manutenção
inadequada, ou ambos, possam ficar fora de serviço, ainda que temporariamente.
Não obstante, algumas estações de tratamento de água ainda utilizam, com sucesso, misturadores
mecanizados.

Turbinas e hélices
São equipamentos especialmente construídos para efetuarem a mistura dos produtos químicos.
Por serem bastante utilizados na indústria, onde efetuam a mistura de líquidos diversos entre si, ou
mesmo de sólidos e gases em líquidos, diversos fabricantes especializaram-se em construir
equipamentos desse tipo.
Entretanto, por mais diversos que sejam os modelos oferecidos no mercado, podemos classificá-los
como turbinas ou hélices.

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FLOCULADORES
Uma vez desestabilizadas as partículas coloidais, na fase de tratamento denominada coagulação,
pode-se, em seguida, tratar de reuni-las umas às outras, formando os denominados flocos. Para tanto,
deve-se manter a água em agitação durante certo tempo, de forma que as partículas desestabilizadas
choquem-se entre si.
No início do processo, existem, na água em tratamento, muitas partículas desestabilizadas a serem
reunidas. Por este motivo, e para propiciar condições favoráveis ao choque entre elas, a agitação é
inicialmente intensa.
Com o passar do tempo, os flocos que se formam como resultado desses choques vão se tornando
menos numerosos e mais volumosos.
Flocos maiores não resistem a agitações intensas, como as utilizadas no início da floculação: as forças
de cisalhamento aí prevalecentes seriam capazes de rompê-los.
Por este motivo, a intensidade da agitação vai sendo reduzida com o tempo, e os flocos crescem cada
vez mais ao longo do processo.

Tipos de floculadores
Normalmente, inicia-se a floculação com muita agitação da água em tratamento (isto é, com gradientes
de velocidade mais elevados).
Ao longo do floculador, esse grau de agitação (vale dizer: o gradiente de velocidade) vai sendo
reduzido.
Com isto, os flocos vão crescendo e se tornando mais pesados.
Na saída do floculador, deseja-se obter flocos pesados o suficiente para que a maioria deles possa ser
separada da água em tratamento, por sedimentação, no interior dos decantadores.
Existem, basicamente, duas formas de se efetuar essa agitação:
· fazendo com que a água percorra um caminho cheio de mudanças de direção, ou...
· introduzindo equipamentos mecânicos, capazes de manter a água em constante agitação.
No primeiro caso, tem-se os floculadores hidráulicos.
No segundo caso, tem-se os floculadores mecanizados.

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DECANTADORES
Após sair do floculador, espera-se que praticamente toda a matéria em suspensão existente na água
bruta esteja aglutinada entre si e com o hidróxido de alumínio, constituindo o que se denomina de flocos.
Da mesma forma, espera-se que esses flocos tenham adquirido tamanho e peso suficientes para que
possam ser separados da água em tratamento através da decantação.
Decantar significa, segundo Aurélio Buarque de Holanda: separar, por gravidade, impurezas sólidas
que se contenham em (um líquido); limpar, livrar, purificar.
Portanto, água decantada é aquela que se purificou através de separação, por gravidade, das
partículas sólidas trazidas consigo. Tais partículas sólidas separam-se por ação da gravidade,
sedimentando-se no interior da água (citando novamente Aurélio: sedimento: substância depositada, pela
ação da gravidade, na água ou ar; sedimentar: formar sedimentos).
Assim sendo:
- os flocos separam-se da água porque sedimentam-se;
- a água, isenta desses flocos, é chamada de água decantada; (portanto, o floco não decanta, mas
sedimenta-se; quem decanta é a água!)
As partículas trazidas pela água podem sedimentar-se como partículas discretas ou como partículas
floculentas.
O primeiro caso aplica-se principalmente, no tratamento da água, aos desarenadores, enquanto que o
segundo caso aplica-se aos decantadores instalados após os floculadores.

Dimensionamento de desarenadores (caixas de areia)


O modelo apresentado a seguir, embora bastante simplista, é adotado de modo mais generalizado
pelos engenheiros no projeto de desarenadores.
Unidades desse tipo são muito utilizadas na captação de águas superficiais.
Destinam-se à remoção de areia e partículas mais pesadas que, por sua natureza, sejam capazes de
danificar equipamentos mecânicos (e.g.: rotores e carcaças de bombas centrífugas) ou sedimentarem no
interior de condutos, levando à sua obstrução parcial ou total.
Uma vez conhecida a velocidade terminal da partícula que se deseja remover, pode-se proceder ao
dimensionamento dessas unidades.

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Tipos de decantadores
De modo geral, dois tipos de decantadores são utilizados no Brasil para o tratamento da água:
• decantadores clássicos;
• decantadores tubulares.

Decantadores clássicos
O tipo mais utilizado é o de seção retangular, em planta.
Entretanto, algumas estações de tratamento de água possuem decantadores de seção circular,
também em planta.
Embora menos utilizado, esse último tipo permite, em determinadas situações, que se crie um manto
de lodo em seu interior, capaz de melhorar muito a qualidade da água decantada.

De modo geral, imediatamente após ser admitida no interior do decantador, a água floculada é
distribuída em toda sua seção transversal através de uma cortina distribuidora. Em seguida, ela percorre
a extensão do decantador com velocidade muito baixa, até atingir a zona de saída. Nesse local, a água
decantada é recolhida, através de calhas coletoras ou tubos perfurados, sendo o primeiro tipo o modo
mais comum no Brasil.

Decantadores tubulares
A água floculada é introduzida sob as placas, Ao escoar entre elas, ocorre a sedimentação dos flocos.
A água decantada sai pela parte de cima do decantador, após haver escoado entre as placas paralelas,
e é coletada por calhas coletoras.

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Observe que as bandejas, ou módulos para decantação laminar (que podem ser placas paralelas ou
dutos superpostos, de diversas seções) são dispostos de modo a formarem um ângulo com a horizontal
superior a 50 graus.
Essa inclinação assegura a autolimpeza dos módulos, ou seja, à medida que os flocos vão se
sedimentando em seu interior, e aglutinando-se uns aos outros, as maiores massas de flocos que vão se
formando adquirem peso suficiente para se soltarem dos módulos e se arrastarem em direção ao fundo.
Dessa forma, os flocos removidos pelo decantador acabam por se precipitarem para o poço de lodo,
onde permanecem acumulados até serem removidos através da abertura da descarga de fundo.

Em algumas situações, em que se faz necessário ampliar a capacidade de tratamento das ETAs, cujos
decantadores são clássicos, e em que não há interesse, ou possibilidade, de se construir novos
decantadores desse tipo, eles podem ser convertidos em decantadores tubulares.

Dimensionamento
O sistema distribuidor deve ser dimensionado de modo que os gradientes de velocidade em seu interior
sejam, no máximo, iguais ao da última câmara de floculação, com o objetivo de evitar a quebra dos flocos
previamente formados.
Além disto, devem assegurar que a água floculada seja distribuída do modo mais uniforme possível
sob as placas dos decantadores.
Para atingir esse objetivo, pode-se fazer com que o duto principal (que distribui a água floculada para
os orifícios ou tubos de prolongamento) tenha seção variável, como foi feito para o canal de acesso aos
decantadores clássicos.
Se isto não for possível, uma receita de bolo é fazer com que a área da seção transversal do duto
distribuidor seja igual ao superior ao dobro da soma das áreas dos orifícios ou tubos de prolongamento
alimentados por ele.
Finalmente, é importante assegurar que a velocidade média no interior do duto principal seja igual ou
superior a 0,10 m/s, com o objetivo de impedir a sedimentação de flocos em seu interior.

FILTROS
Em tratamento de água, a filtração pode ser realizada através de processos que podem ser:
a) predominantemente biológicos: nos filtros lentos;
b) predominantemente físicos, químicos e físico-químicos: nos filtros rápidos.
Após decantada, a água em tratamento é encaminhada aos filtros.
Em algumas estações de tratamento, a água é apenas previamente coagulada ou, noutros casos,
previamente coagulada e floculada.
Conforme vimos anteriormente, denominam-se estações clássicas de tratamento de água as estações
que realizam, em unidades separadas, a mistura rápida, a floculação, a decantação e a filtração.
Quando os filtros recebem água coagulada ou floculada, sem passar, portanto, pelo decantador, diz-
se que a estação de tratamento de água é do tipo de filtração direta.
A filtração, numa estação de tratamento clássica, remove, da água em tratamento, as partículas em
suspensão que não foram retidas na decantação.

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Juntamente com essas partículas, a filtração remove também os microrganismos que a elas estiverem
associados.
Existem diversos tipos de filtros, concebidos para atuarem de diferentes formas no tratamento da água.
Do ponto de vista da análise hidráulica do comportamento básico dos filtros, a filtração pode ser
efetuada segundo uma das seguintes concepções:
Filtração de fluxo descendente
· de baixa taxa de filtração (filtros lentos);
· de alta taxa de filtração (filtros rápidos):
a) de camada simples;
b) de camadas múltiplas: duplos (areia e antracito)

Filtração de fluxo ascendente


· de baixa taxa de filtração (filtros lentos ascendentes);
· de alta taxa de filtração: filtros rápidos ascendentes (ou clarificadores de contato, ou filtros russos).

Filtros lentos
Destinados a potabilizar águas brutas de excelente qualidade física, química e físico-química, os filtros
lentos são capazes de propiciar águas tratadas com expressivas reduções no índice de coliformes, entre
outras melhorias.
Entretanto, por requererem águas brutas de boa qualidade, e por imporem áreas filtrantes muito
grandes, isto é, por exigirem grandes áreas para sua implantação (esses dois requisitos infelizmente vêm
se tornando cada vez mais raros), os filtros lentos vêm caindo em desuso.

Filtros rápidos de fluxo descendente


São os mais utilizados em estações clássicas de tratamento de água.
Observe que a água a filtrar é introduzida na parte superior do filtro; percola, em seguida, através do
leito filtrante e, logo após, através da camada suporte; atravessa, posteriormente, o fundo falso e é
encaminhada, finalmente, ao duto ou reservatório de água filtrada.

Filtros rápidos de fluxo ascendente


Muitos estudos vêm sendo realizados a respeito desse tipo de filtro, procurando determinar, entre
outros elementos, as especificações mais adequadas para a camada de areia e para a camada suporte.
Acima da camada de areia, calhas coletoras ou tubos perfurados recolhem a água filtrada.
A lavagem é efetuada injetando-se água para lavagem da mesma forma – de baixo para cima - com
velocidade suficiente para expandir o leito de areia.
A água de lavagem é recolhida por calhas coletoras instaladas acima do leito de areia.

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Leitos filtrantes, camada suporte e fundos falsos
Basicamente, os filtros são constituídos de um leito filtrante, formado por uma ou mais camadas de
material granular, instalada(s) sobre um sistema drenante, denominado fundo falso (tendo em vista que
sob ele é que se encontra o fundo verdadeiro do filtro). Entre ambos é instalada a denominada camada
suporte.

TANQUE DE CONTATO
O tratamento da água para fins de potabilização só sé estará completo após haver sido assegurada à
eliminação dos organismos patogênicos que porventura tenham conseguido atravessar as fases de
tratamento anteriores.
Conforme foi visto, grande parte dos microorganismos patogênicos, especialmente vírus e bactérias,
é removida da água em tratamento pela decantação e filtração.
Entretanto, alguns deles poderão estar presente na água filtrada. Por este motivo, ela é desinfetada,
para o que quase sempre utiliza-se o cloro.
Outros métodos podem ser utilizados para a desinfecção, tais como: ozonização, utilização de raios
ultravioleta e utilização de compostos alternativos de cloro.
Além disto, o tratamento da água deve assegurar que a água tratada não seja corrosiva, nem
incrustante, aos componentes do sistema de abastecimento.
Finalmente, a água tratada deve ser utilizada para veicular, às crianças em fase de dentição, o íon
flúor, reconhecidamente capaz de reduzir o índice de cáries dentárias nas populações.
De modo geral, nas estações de tratamento de água brasileiras, os agentes desinfetantes,
fluoretadores e de correção do pH são adicionados à água filtrada numa mesma câmara, denominada
tanque de contato: o desinfetante imediatamente a montante do tanque; o produto químico destinado à
correção do pH, na saída desse tanque: e o produto destinado à fluoretação, num ponto qualquer entre
os dois anteriores. Este último é utilizado em estações de tratamento de água após as quais é necessário
bombear água tratada para a cidade.
Os principais tipos de microrganismos patogênicos existentes em águas contaminadas são: vírus,
bactérias, fungos, protozoários e vermes, originários, conforme foi visto, do lançamento de excrementos
humanos.

Identificar cada representante de uma população tão grande exigiria métodos e equipamento capazes
de tornar impraticável a implantação dos laboratórios de análise de águas, bem como a rotina de trabalho
de seus técnicos.

Referência
Hidráulica Aplicada as ETAs

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Análise de controle: ph, sólidos residuais. Oxigênio dissolvido (OD). Demanda
bioquímica de oxigênio (DBO). Demanda química de oxigênio (DQO).

DBO, DQO e OD

Algumas aplicações importantes incluem o tratamento de efluentes, processos fermentativos,


bioprocessos em geral e o monitoramento hídrico ambiental.
Oxigênio dissolvido (OD): Indicador da concentração de oxigênio dissolvido na água em mg L-1. O
oxigênio é um gás pouco solúvel em água e a sua solubilidade depende da pressão (altitude), temperatura
e sais dissolvidos, normalmente a concentração de saturação está em torno de 8 mg L-1 a 25oC entre 0 e
1.000 m de altitude).
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO5): indicador que determina indiretamente a concentração de
matéria orgânica biodegradável através da demanda de oxigênio exercida por microrganismos através da
respiração. A DBO é um teste padrão, realizado a uma temperatura constante de 20 oC e durante um
período de incubação também fixo, 5 dias. É uma medida que procura retratar em laboratório o fenômeno
que acontece no corpo d´água. Assim uma amostra é coletada em duplicata, e em uma das amostras é
medido o oxigênio dissolvido após a coleta; o oxigênio da outra amostra é medido após 5 dias, período
em que a amostra fica em uma incubadora a uma temperatura de 20 oC. A diferença de concentração de
oxigênio representa a demanda bioquímica de oxigênio (oxigênio consumido para oxidar a matéria
orgânica via respiração dos microrganismos). É um indicador estimativo, já que as condições: turbulência
das águas, aeração e insolação etc. não são consideradas. Quando a água possui muita matéria orgânica
e microrganismos, é necessário diluir a amostra e introduzir nutrientes. Para efluentes indústrias que não
possuem oxigênio suficiente e nem microrganismos, é necessário além da diluição e introdução de
nutrientes, adicionar "semente", ou seja uma porção de esgoto com microrganismos e DBO conhecido
para corrigir o resultado final.8 No período de 5 dias a 20oC (DBO5), é consumido cerca de 70% a 80% da
matéria orgânica (esgoto doméstico); após 5 dias começa a demanda nitrogenada, em que durante cerca
de 20 dias são consumidos 100 % da matéria orgânica. O esgoto é considerado biodegradável quando a
relação DQO/DBO é menor 5.

Metodologia de análise: DBO

A) Água de diluição:
1. Em um béquer de 3000 mL coloque aproximadamente 2500 mL de água destilada e aere por
aproximadamente 30 minutos;
2. Imediatamente após a aeração, transfira 2000 mL desta água para um balão volumétrico de 2000
mL e acrescente 2 mL da solução tampão de fosfato e das soluções de sulfato de magnésio, cloreto de
cálcio e cloreto férrico.

B) Diluição das amostras:


1. Em um balão volumétrico de 1000 mL faça a diluição necessária da sua amostra usando a água de
diluição. Essa diluição deve permitir que o consumo de oxigênio dissolvido (OD) durante a incubação da
amostra esteja entre 40 e 70% do OD inicial;
2. A determinação prévia da DQO da amostra é um bom indicativo para se obter a melhor diluição para
uma dada amostra.
C) Preenchimento dos frascos de DBO e incubação das amostras:
1. Transferir por sifonação a amostra diluída de cada balão para três frascos de DBO enchendo-os até
transbordar e tendo o cuidado de não deixar bolhas no interior dos mesmos. Anotar nos frascos a
denominação das amostras;
2. Para efetivar o controle da água de diluição, preencher dois frascos de DBO com água de diluição
de modo semelhante ao acima explicado;
3. Após 15 minutos determinar a concentração de oxigênio dissolvido inicial (ODi) de um dos três
frascos de cada uma das diferentes amostras e incubar as demais (2 réplicas para cada amostra) por um
período de 5 dias a 20 °C, utilizando-se a estufa incubadora de DBO.
Realizar esse mesmo procedimento com os frascos contendo a água de diluição;

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4. Após 5 dias determinar a concentração de oxigênio dissolvido final (ODf) para todas as amostras
incubadas;
5. Para efetivar o controle da água de diluição, verificar a quantidade de oxigênio dissolvido consumido
pela água de diluição, no período de incubação, que não deve ser superior a 0,2 mg/L.

CÁLCULOS

F - inverso do fator de diluição;ODi


- oxigênio dissolvido inicial;ODf
- oxigênio dissolvido final.

PRESERVAÇÃO DA AMOSTRA
• Frasco: polietileno, vidro ou borossilicato (pirex)
• Amostra: 2.000 mL
• Preservação: refrigeração a 4ºC
• Prazo: 24 horas

Importância dos dados de DBO: A determinação da DBO consiste em medidas da concentração de


oxigênio dissolvido nas amostras, diluídas ou não, antes e após o período de incubação de 5 dias a 20
ºC. Durante esse período ocorrerá redução da concentração de OD na água, consumido por
microrganismos aeróbios nas reações bioquímicas de decomposição de compostos orgânicos
biodegradáveis.
Ou seja, indica o consumo potencial de OD por micro-organismos decompositores, em águas que
receberam despejos orgânicos•
Caracterização do grau de poluição de corpos d’água•
Estudos de autodepuração dos cursos d’água•
Dá uma indicação da fração biodegradável dos efluentes•
Parâmetro utilizado na regulamentação da qualidade de efluentes lançados em corpos receptores•
Parâmetro de dimensionamento de estações de tratamento biológico de esgotos•
Parâmetro de avaliação da eficiência do tratamento de esgotos

Demanda química de oxigênio (DQO): Indicador de matéria orgânica baseado na concentração de


oxigênio consumido para oxidar a matéria orgânica, biodegradável ou não, em meio ácido e condições
energéticas por ação de um agente químico oxidante forte. Esta técnica apenas estima a concentração
de matéria orgânica em termos de oxigênio consumido já que nos corpos d’águas as condições não são
tão energéticas, além do fato de que algumas espécies inorgânicas, tais como nitritos, compostos
reduzidos de enxofre e substâncias orgânicas - como hidrocarbonetos aromáticos, compostos alifáticos
de cadeia aberta e piridinas - não são oxidadas. A principal vantagem da DQO é a rapidez, pouco mais
de duas horas, enquanto que a DBO leva 5 dias.
Embora a demanda química do oxigênio possa ser medida com vários oxidantes, o mais comum é
com o dicromato:

Cr2O72-(aq) + 14 H+(aq) + 6 e-  2 Cr3+(aq) + 7 H2O Eo = + 1,33 V

Oxigênio consumido: O termo "oxigênio consumido" quimicamente tem o mesmo significado que a
DQO, mas o mesmo é mais utilizado quando o oxidante é o permanganato. Assim o oxigênio consumido,
também conhecido como "matéria orgânica", é um indicador da concentração de matéria orgânica, como
a DQO, no entanto a oxidação é realizada em condições menos energéticas. A oxidação com
permanganato é mais utilizada para águas limpas, com baixa concentração de matéria orgânica.

MnO42- (aq) + 8 H+ (aq) + 5 e- Mn2+ (aq) + 4 H2O Eo = + 1,55 V

A DQO é mais utilizada para concentrações acima de 5 mgO2 L-1 (águas mais com maior teor de
matéria orgânica) e o permanganato para concentrações inferiores a 5 mgO2 L-1 (águas mais limpas,
avaliação de potabilidade). A DQO ocorre em condições mais energéticas, temperaturas acima de 150oC
e meio muito ácido; os seus resultados são normalmente maiores que do Oxigênio Consumido com
permanganato que ocorre em temperaturas e inferiores a 100oC e condições menos ácidas.

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O teste de DQO é uma análise indispensável nos estudos de caracterização de esgotos sanitários e
industriais. Este teste, em conjunto com a DBO, é muito útil para observar a biodegradabilidade de
despejos.

Metodologia de análise:DQO
Aplicado para amostras com DQO<50 mg O2/L. Exemplos: águas brutas em geral, de rios, represas e
na ausência de poluição elevada e esgotos com baixo teor de matéria orgânica.
- Adicionar num balão de 500 mL, através de uma pipeta, 50 mL de amostra;
- Adicionar no balão 1,0g de sulfato mercúrico p.a. e pérolas de ebulição;
- Adicionar no balão, através de uma pipeta, 20 mL de solução de ácido sulfúrico/sulfato de prata para
dissolução do sal;
- Adicionar no balão, através de uma pipeta, 25 mL de solução padrão de dicromato de potássio
0,00417M e misturar;
- Adicionar 50 ml de ácido sulfúrico/sulfato de prata lentamente pelas paredes do balão, de modo que
o ácido chegue ao fundo sem reagir com a solução;
- Preparar de maneira semelhante ao balão com amostra, a prova em branco, utilizando 50 mL de
água deionizada e o controle do padrão utilizando 50 mL de solução padrão de biftalato de potássio.
Esta solução deve estar diluída de modo a cair na faixa de DQO < 50 mg O2/L.;
- Deixar os balões por 2 horas em refluxo na chapa. Esperar esfriar, lavar as paredes do condensador
com água deionizada e desconectar os condensadores;
- Lavar as paredes internas dos balões com água deionizada;
- Titular o conteúdo de cada balão sob agitação magnética com solução de sulfato ferroso amoniacal,
0,025M utilizando como indicador 2 a 3 gotas de solução indicadora de ferroin;
- Anotar os volume gastos correspondentes da solução de sulfato ferroso amoniacal. A mudança de
cor é nítida, de azul esverdeado a marrom avermelhado.
- Proceder à padronização da solução de sulfato ferroso amoniacal diariamente, conforme descrito a
seguir:
- Num erlenmeyer de 250 mL adicionar, através de uma pipeta, 10 mL de solução padrão de dicromato
de potássio 0,00417M;
- Adicionar no erlenmeyer, através de um balão volumétrico, 100 mL de água deionizada e, através de
uma pipeta, 30 mL de solução de ácido sulfúrico/sulfato de prata;
- Deixar esfriar e adicionar algumas gotas de solução indicadora de ferroin;
- Titular com solução de sulfato ferroso amoniacal 0,025M até a viragem de verde para marrom
avermelhado. Anotar o volume de titulante gasto na padronização da solução de sulfato ferroso
amoniacal. Com este volume calcular a molaridade M da solução, conforme a fórmula:

EXPRESSÃO DE RESULTADOS

onde,

A = volume (mL) de solução padrão de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação da prova em branco;
B = volume (mL) de solução padrão de sulfato ferroso amoniacal gasto na titulação da amostra; M =
Molaridade da solução padrão de sulfato ferroso amoniacal; V (mL) = volume da amostra

Vantagens do teste de DQO em relação ao de DBO


Maior rapidez para obtenção dos resultados. Aproximadamente 3 horas, comparados com5 dias para
o teste de DBO5.
O teste não é afetado pela nitrificação, dando uma indicação apenas da matéria orgânica carbonácea
(e não da nitrogenada).

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Limitações do teste de DQO
No teste são oxidadas tanto a matéria orgânica biodegradável quanto a não biodegradável. Desta
forma, o teste superestima o oxigênio a ser consumido no tratamento biológico do efluente.
Não fornece indicação da taxa de consumo de oxigênio ao longo do tempo.
Alguns constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir no resultado. Ex.: cloretos

A relação DQO/DBO5
Dá indicações sobre a biodegradabilidade dos despejos e o processo de tratamento a ser empregado.
Baixa relação DQO/DBO5
A fração biodegradável é elevadaprovável indicação para tratamento biológico
Elevada relação DQO/DBO5
A fração inerte (não biodegradável) é elevada
Se a fração não biodegradável não for importante em termos de poluição do corpo receptorpossível
indicação de tratamento biológico
Se a fração não biodegradável for importante em termos de poluição do corpo receptor provável
indicação para tratamento físico-químico

Valores práticos da relação DQO/DBO5


Se a relação DQO/DBO5: é baixa (< 2,5) indicação para tratamento biológico
Se a relação DQO/DBO5: é intermediária (2,5 a 3,5)
A fração biodegradável não é elevadadeve-se fazer estudo de tratabilidade para avaliar a viabilidade
do tratamento biológico
Se a relação DQO/DBO5 é elevada (>3,5)
A fração inerte (não biodegradável) é elevadapossível indicação para tratamento físico-químico.

Tipos de tratamento de esgoto para afluentes domésticos. Lagoas de


estabilização. Valas de oxidação. Lodo ativado com aeração prolongada e filtros
biológicos.

Sistema de Tratamento do Esgoto2

O que é esgoto?
É todo despejo proveniente dos diversos usos da água, tais como as de uso doméstico, contendo
matéria fecal e águas servidas, industrial, de utilidade pública, de áreas agrícolas, de superfície, de
infiltração, pluviais e outros efluentes sanitários. Outra denominação: águas residuárias.

Classificação dos esgotos


Os esgotos que chegam as Estações de Tratamento de Esgotos são basicamente originados de três
fontes distintas:
•Esgotos domésticos;
•Águas de infiltração;
•Efluentes não domésticos - os esgotos não domésticos deverão passar por pré-tratamentos e/ou
tratamentos específicos antes de serem lançados no sistema coletor público ou no corpo receptor.

Esgotos Domésticos: Provem principalmente das residências, edificações comerciais, instituições ou


quaisquer edificações que contenham instalações de banheiro, lavanderias, cozinhas ou qualquer
dispositivo de utilização de água para fins domésticos.
Esgotos Não Domésticos: Provem principalmente de industrias – esgotos industriais, de hospitais,
laboratórios, unidades de saúde, lavanderias, lava jatos, oficinas mecânicas. Esses esgotos possuem
características próprias em função da atividade e do processo industrial empregados.
Águas de infiltração: parcela de contribuição dos esgotos que provem das águas do subsolo, que
penetra nas canalizações de esgotos através das juntas, poços de visita e defeitos nas estruturas do
sistema.

2
Apostila elaborada pelos servidores do SAMAE, Eng.ª Liseane Peluso Rech, Eng.º Edson Charles Rippel, Eng.ª Fernanda Ballardin Spiandorello e Silvana de
Fátima da Silva Mastella, designados através da Portaria n.º 23.314, de 01 de agosto de 2014.

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Caracterização quantitativa dos esgotos sanitários
A vazão geralmente é medida com uma calha Parshall, mas existem também outros tipos de
equipamentos para este fim, a serem montados dentro ou fora da tubulação.

Vazão de infiltração
Dependendo da execução da tubulação da rede de esgoto, água infiltra na rede, especialmente em
partes porosas da tubulação, poços de inspeção e conexões. Esta água de infiltração pode ter uma vazão
significante, especialmente se a maior parte da rede de coleta for construída usando materiais permeáveis
e/ou se o nível do lençol freático estiver acima da rede coletora.
A vazão de infiltração geralmente varia entre 0,05 l/s e 1,0 l/s por quilômetro de rede de esgoto
construída, dependendo das condições.

Níveis de tratamento
O tratamento de esgotos pode ser dividido em níveis de acordo com o grau de remoção de poluentes
ao qual se deseja atingir:
1- Preliminar
2 -Primário
3 -Secundário
4 -Terciário.

Tratamento Preliminar - remoção de grandes sólidos e areia para proteger as demais unidades de
tratamento, os dispositivos de transporte (bombas e tubulações) e os corpos receptores. A remoção da
areia previne, ainda, a ocorrência de abrasão nos equipamentos e tubulações e facilita o transporte dos
líquidos. É feita com o uso de grades que impedem a passagem de trapos, papéis, pedaços de madeira,
etc; caixas de areia, para retenção deste material; e tanques de flutuação para retirada de óleos e graxas
em casos de esgoto industrial com alto teor destas substâncias.

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Tratamento Primário - os esgotos ainda contém sólidos em suspensão não grosseiros cuja remoção
pode ser feita em unidades de sedimentação, reduzindo a matéria orgânica contida no efluente. Os sólidos
sedimentáveis e flutuantes são retirados através de mecanismos físicos. Os esgotos fluem
vagarosamente, permitindo que os sólidos em suspensão de maior densidade sedimentem gradualmente
no fundo, formando o lodo primário bruto. Os materiais flutuantes como graxas e óleos, de menor
densidade, são removidos na superfície. A eliminação média do DBO é de 30%.

Poluentes removidos:
- Sólidos em suspensão sedimentáveis: matéria orgânica em suspensão (lodo primário)
- Sólidos flutuantes: óleos e graxas

Tratamento Secundário - processa, principalmente, a remoção de sólidos e de matéria orgânica não


sedimentável e, eventualmente, nutrientes como nitrogênio e fósforo. Após as fases primária e secundária
a eliminação de DBO deve alcançar 90%. É a etapa de remoção biológica dos poluentes e sua eficiência
permite produzir um efluente em conformidade com o padrão de lançamento previsto na legislação
ambiental. Basicamente, são reproduzidos os fenômenos naturais de estabilização da matéria orgânica
que ocorrem no corpo receptor, sendo que a diferença está na maior velocidade do processo, na
necessidade de utilização de uma área menor e na evolução do tratamento em condições controladas.

Tratamento Terciário - remoção de poluentes tóxicos ou não biodegradáveis ou eliminação adicional


de poluentes não degradados na fase secundária.

Etapa de Desinfecção - grande parte dos microrganismos patogênicos foi eliminada nas etapas
anteriores, mas não a sua totalidade. A desinfecção total pode ser feita pelo processo natural - lagoa de
maturação, por exemplo – ou artificial - via cloração, ozonização ou radiação ultravioleta. A lagoa de
maturação demanda grandes áreas, pois necessita de pouca profundidade para permitir a penetração da
radiação solar ultravioleta. Entre os processos artificiais, a cloração é o de menor custo, mas pode gerar
subprodutos tóxicos, como organoclorados. A ozonição é muito dispendiosa e a radiação ultravioleta não
se aplica a qualquer situação. O desenvolvimento tecnológico no tratamento de esgotos está concentrado
na etapa secundária e posteriores. Uma das tendências verificada é o aumento na dependência de
equipamentos em detrimento do uso de produtos químicos para o tratamento. Os fabricantes de
equipamentos para saneamento, por sua vez, vêm desenvolvendo novas tecnologias para o tratamento
biológico.

Requisitos de qualidade do efluente


Para a escolha do tratamento e/ou o grau de eficiência de remoção de determinado poluente no
tratamento ou em uma etapa pode ser dado pela formula:

Onde:
E = eficiência de remoção (%)
Co = Concentração afluente do poluente (mg/l)

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Ce = Concentração efluente do poluente (mg/l)

Processos de tratamento
Para a definição do processo de tratamento dos efluentes são testadas e utilizadas diversas operações
unitárias. Os processos podem ser classificados em físicos, químicos e biológicos em função da natureza
dos poluentes a serem removidos e ou das operações unitárias utilizadas para o tratamento.

A comporta de entrada é utilizada para liberar ou impedir a entrada de esgoto afluente à ETE,
desviando para o canal de by-pass, eventualmente, quando a vazão for maior do que a admitida para a
operação da Estação, quando se percebe que o afluente possui características prejudiciais ao tratamento,
ou ainda, no caso da necessidade de manutenção e limpeza em equipamentos

Processos físicos
São os processos que basicamente removem os sólidos em suspensão sedimentáveis e flutuantes
através de processos físicos, tais como:
- Gradeamento;
- Peneiramento;
- Separação de óleos e gorduras;
- Sedimentação;
- Flotação;

Gradeamento
Com o objetivo da remoção de sólidos grosseiros capazes de causar entupimentos e aspecto
desagradável nas unidades do sistema de tratamento são utilizadas grades mecânicas ou de limpeza
manual. O espaçamento entre as barras varia normalmente entre 0,5 e 2 cm.

Gradeamento em caixas de areia (efluentes industriais e sanitários)

Peneiramento
Com o objetivo da remoção de sólidos normalmente com diâmetros superiores a 1 mm, capazes de
causar entupimentos ou com considerável carga orgânica são utilizadas peneiras.
As peneiras mais utilizadas têm malhas com barras triangulares com espaçamento variando entre 0,5
a 2mm, podendo a limpeza ser mecanizada (jatos de água ou escovas) ou ser estática.

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Peneiramento - Este consiste de uma grade automática de 3mm

Separação água/óleo
O processo de separação é um processo físico que ocorre por diferença de densidade, sendo
normalmente as frações oleosas mais leves recolhidas na superfície. No caso de óleos ou borras oleosas
mais densas que a água, esses são sedimentados e removidos por limpeza de fundo do tanque.

Os separadores de Água e Óleo são equipamentos compactos destinados a separação física


(Água/Óleo)
Sedimentação
O processo de sedimentação é uma das etapas de clarificação, devendo ser aplicado conforme as
características de cada efluente e do processo de tratamento. No caso dos processos que gerem lodos
orgânicos deve-se evitar a permanência exagerada desses no fundo dos decantadores para reduzir a sua
anaerobiose e a consequente formação de gases que causam a flutuação de aglomerados de lodos. Os
decantadores apresentam diversas formas construtivas e de remoção de lodo, com ou sem mecanização

Fonte: enasa.com.br

Filtração
É o processo da passagem de uma mistura sólido – líquido através de um meio poroso (filtro), que
retém os sólidos em suspensão conforme a capacidade do filtro e permite a passagem da fase líquida.

Principais processos de separação por membranas: Microfiltração (MF), Ultrafiltração (UF),


Nanofiltração (NF) e Osmose Inversa (OI)

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Flotação
A flotação é outro processo físico muito utilizado para a clarificação de efluentes e a consequente
concentração de lodos, tendo como vantagem a necessidade reduzida de área, tendo como desvantagem
um custo operacional mais elevado devido à mecanização.

A flotação no tratamento de efluentes e água separa líquidos de sólidos com nuvens de microbolhas de
ar que arrastam as impurezas em suspensão para a superfície.

Processos químicos
São considerados como processos químicos esses que utilizam produtos químicos, tais como: agentes
de coagulação, floculação, neutralização de pH, oxidação, redução e desinfecção em diferentes etapas
dos sistemas de tratamento; através de reações químicas promovem a remoção dos poluentes ou
condicionem a mistura de efluentes a ser tratada aos processos subsequentes.

A clarificação de efluentes
Os processos físico-químicos aplicados com o objetivo de clarificar efluentes são baseados na
desestabilização dos colóides por coagulação seguido da floculação e separação de fases por
sedimentação ou flotação.
Os colóides podem ser formados por microorganismos, gorduras, proteínas, e argilas, estando o
diâmetro das partículas coloidais na faixa de 0,1 de 0,01μm.

Eletrocoagulação
A Eletrocoagulação (EC) se obtém com a passagem de eletricidade pela água desestabilizando a
solução e coagulando os contaminantes. É considerada uma tecnologia amigável, sem grande impacto
ambiental.

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Precipitação química
Tem a finalidade de alterar, através da adição de reagentes, o estado físico de substâncias que existem
em solução (ou dispersas), facilitando a sua remoção por sedimentação.
É usada para:
- aumentar a eficiência da sedimentação primaria;
- na remoção de metais pesados;
- na remoção de fósforo.
Processos biológicos
Os processos biológicos de tratamento reproduzem em escala de tempo e área os fenômenos de
autodepuração que ocorrem na natureza.
Os processos de tratamento biológicos têm como princípio utilizar a matéria orgânica dissolvida ou em
suspensão como substrato para microrganismos tais como bactérias, fungos e protozoários, que a
transformam em gases, água e novos microrganismos.

Lagoas

LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
A DBO solúvel e finamente particulada é
estabilizada aerobiamente por bactérias
dispersas no meio liquido, ao passo que a DBO
Lagoa Facultativa suspensa tende a sedimentar, sendo estabilizada
anaerobiamente por bactérias no fundo da lagoa.
O oxigênio requerida pelas bactérias aeróbicas é
fornecido pelas algas, através da fotossíntese
A DBO é em torno de 50% estabilizada na
lagoa anaeróbia (mais profunda e com menor
volume), enquanto a DBO remanescente é
Lagoas anaeróbia – lagoa facult.
removida na lagoa facultativa. O sistema ocupa
uma área inferior ao de uma lagoa facultativa
única.
O mecanismos de remoção da DBO são
similares aos de uma lagoa facultativa. No
entanto, o oxigênio é fornecido por aeradores
mecânicos, ao invés de através da fotossíntese.
Lagoa aerada facultativa
Como a lagoa é também facultativa, uma grande
parte dos sólidos do esgoto e da biomassa
sedimenta, sendo decomposta anaerobiamente
no fundo.
A energia produzida por unidade de volume da
lagoa é elevada, o que faz com que os sólidos
(principalmente a biomassa) permaneçam
dispersos no meio liquido, ou em mistura
completa. A decorrente maior concentração de
bactérias no meio liquido aumenta a eficiência do
sistema na remoção da DBO, o que permite que
Lagoa aerada de mistura completa – lagoa de
a lagoa tenha o voluma inferior ao de uma lagoa
decantação
aerada facultativa. No entanto o efluente contém
elevados teores de sólidos 0bactérias), que
necessitam ser removidos antes do lançamento
do corpo receptor. A lagoa de decantação a
jusante proporciona condições para esta
remoção. O iodo da lagoa de decantação deve
ser removido em período de poucos anos.

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Lodos ativados

LODOS ATIVADOA
A concentração de biomassa no reator é
bastante elevada devido a recirculação dos
sólidos (bactérias) sedimentares no fundo do
decantador secundário. A biomassa permanece
mais tempo no sistema do que o líquido, o que
garante uma elevada eficiência na remoção da
DBO. Há a necessidade da remoção de uma
Lodos Ativados Convencional quantidade de lodo (bactérias) equivalente à que
é produzida. Este lodo removido necessita uma
estabilização na etapa de tratamento do lodo. O
fornecimento de oxigênio é feito por aeradores
mecânicos ou por ar difuso. A montante do reator
há uma unidade de decantação primária, de
forma a remover os sólidos sedimentáveis ao
esgoto bruto.
Similar ao sistema anterior, com a diferença
de que a biomassa permanece mais tempo no
sistema (os tanques de aeração são maiores).
Com isto, há menos DBO disponível nas
bactérias, o que faz com que elas se utilizem da
Lodos ativados por aeração prolongada
matéria orgânica do próprio material celular para
sua manutenção. Em decorrência, o lodo
excedente retirado (bactérias) já sai estabilizado.
Não se incluem usualmente unidades de
decantação primária.
A operação do sistema é intermitente. Assim,
no mesmo tanque ocorrem, em fases diferentes,
as etapas de reação (aeradores ligados) e
sedimentação (aeradores desligados). Quando os
aeradores estão desligados, os sólidos
Lodos ativados de fluxo intermitente sedimentam, ocasião em que se retira o efluente
(sobrenadante). Ao se religar os aeradores, os
sólidos sedimentados retornam à massa líquida,
o que dispensa as elevatórias de recirculação.
Não há decantadores secundários. Pode ser na
modalidade convencional ou aeração prolongada.

Biofilmes

SISTEMA AERÓBIOS COM BIOFILMES


ADBO é estabelecida aerobiamente por bactérias
que crescem aderidas a um meio suporte
(Comumente pedras). O esgoto é aplicado na
superfície do tamanho do tanque através de
distribuição rotativos. O liquido percola pelo
tanque, saindo pelo fundo, ao passo que a
matéria orgânica fica retida pelas bactérias. Os
Filtro de baixa carga espaços livres são vazios, o que eu permite a
circulação de ar. No sistema de baixa carga, há
pouca disponibilidade de DBO para as bactérias,
o que faz com que as mesmas sofram uma
autodigestão, saindo estabilizadas do sistema. As
placas de bactérias que se despregam das
pedras são removidas no decantador secundário.
O sistema necessita de decanção primaria.

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Similar ao sistema anterior, com a diferença de
que a carga de DBO aplicada é maior. As
bactérias (todo excedente) necessitam de
Filtro de alta carga estabilização no tratamento do todo. O efluente
do decantador secundário é recirculado para o
filtro, de forma a diluir o afluente e garantir uma
carga hidráulica homogênea.
Os biodiscos não são filtros biológicos, mas
apresentam a similaridade de que a biomassa
Biodisco cresce aderida a um meio suporte, este meio é
provido por discos que giram, ora expondo a
superfície ao liquido, ora ao ar.

Reator
SISTEMAS ANAERÓBIOS
A DBO é estabelecida anaerobiamente por
bactérias dispersas no reator. O fluxo do liquido é
ascendente. A zona parte superior do reator é
dividida nas zonas de sedimentação e de coleta
de gás. A zona de sedimentação permite a saída
Reator anaeróbio de mania de lodo do efluente clarificação e o retorno dos sólidos
(biomassa) ao sistema, aumentando a sua
concentração no reator. Entre os gases formados
incluir-se o metano. O sistema dispensa
decantação primaria. A produção de lado é baixa,
e o mesmo já sai estabelecido.
A DBO ´estabelecida anaerobiamente por
bactérias aderidas a um meio suporte
(usualmente pedras) no reator. O tanque trabalha
Filtro anaeróbio submerso, e o fluxo é ascendente. O sistema
requer decantação primaria (frequente fossas
sépticas). A produção de lodo é baixa, e o
mesmo já sai estabelecido.

Disposição no solo
DISPOSIÇÃO NO SOLO
Os esgotos são aplicados ao solo, fornecendo
agua e nutrientes necessários para o crescimento
das plantas. Parte do liquido é evaporado, parte
percola no solo, e a maior parte é absolvida pelas
Infiltração lenta
plantas. As taxas de aplicação no terreno são
bem baixas. O liquido pode ser aplicada segundo
os métodos de aspersão, do alagamento e da
crista e vala.
Os esgotos são dispositivos em bacias rasas, o
liquido passa pelo fundo poroso e percola pelo
solo. A perda por evaporação é menor, faça as
maiores taxas de aplicação. A aplicação e
Infiltração rápida intermitente, proporcionando um período de
descanso para o solo. Os tipos mais comum são:
percolação para a agua subterrânea,
recuperação por drenagem sub-superficial e
recuperação por poços freáticos.
O esgoto pré-decantado é aplicado abaixo do
nível do solo. Os locais da infiltração são
Infiltração sub-superficial preenchidos com um meio porção, no qual ocorre
o tratamento. Os tipos mais comuns são as valas
de infiltração e os sumidouros.

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Os esgotos são distribuídos na parte superior de
terrenos com uma carta declividade, através do
qual escoem, até serem coletados por velas na
parte inferior. A aplicação é intermitente. Os tipos
Escoamento superficial
de aplicação são: aspersores de alta pressão,
aspersores de baixa pressão a tubulações ou
canais de distribuição com aberturas
intervaladas.

Etapas de Tratamento

Gradeamento grosso (manual) e Gradeamento fino (mecanizado)


Composto por grade de barras em aço inox, seguido de grade mecanizada com sistema autolimpante,
tem a função de reter sólidos presentes no esgoto afluente com dimensões maiores de 10mm, recolhendo
os mesmos em uma calha com rosca transportadora, que encaminha os resíduos para um contêiner, para
posterior envio a aterro sanitário.

Desarenadores mecanizados
O sistema de remoção de areia é constituído por caixas de areia com diâmetro de 6,0m, com um
sistema mecanizado de raspagem do fundo que encaminha a areia para um poço de acúmulo, de onde
é feita a retirada do material sedimentado através de rosca transportadora, para um contêiner de resíduos
a ser encaminhado a aterro sanitário.

Calha Parshall
Após a saída dos dois tanques desarenadores, o esgoto já destituído de sólidos minerais é
encaminhado para um canal de reunião do fluxo, onde está instalada a calha Parshall, com vistas à
medição da vazão afluente. Após a calha tem-se uma série de comportas e válvulas, as quais permitem
efetuar manobras de desvio de esgoto para as 4 linhas de tratamento (Linhas A-B-C-D), conforme for
conveniente para a operação do sistema.

Controle da velocidade por calha Parshall


Para se manter a mesma velocidade na caixa de areia tipo canal com velocidade constante controlada
por calha Parshall, para Qmín e Qmáx, tem-se:

Fórmula da calha Parshall:


Q = K.HN, em que:
Q = vazão (m3/s)
H = altura de água (m)

Valores de K e N - Fórmula da Calha Parshall:


Q = K.HN (Q em m3/s e H em m)

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Tratamento Secundário (remoção de matéria orgânica – DBO e sólidos suspensos)

Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente com Manta de Lodo (UASB)


O esgoto já destituído dos sólidos grosseiros e dos sólidos minerais removidos na caixa de areia será
conduzido por tubulação e descarregado nas nove coroas de alimentação de cada reator, na parte
superior de cada unidade. Cada coroa de alimentação é dividida em 30 partes, de onde partem as
tubulações de distribuição do esgoto fixadas por todo o fundo do reator, que têm por finalidade promover
uma distribuição de esgoto o mais uniformemente possível no fundo do reator.
Denominado originalmente na Holanda de UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket Reactor) – Reator
Anaeróbio de Fluxo Ascendente e Manta de Lodo, no Brasil são também denominados de DAFA (Digestor
Anaeróbio de Fluxo Ascendente), RAFA (Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente), RALF (Reator
Anaeróbio de Leito Fluidificado), etc.
A principal função dos reatores UASB é fornecer as condições ideais para promover a remoção de
matéria orgânica presente no esgoto afluente, por meio de micro-organismos anaeróbios. O processo de
tratamento se dá devido à formação de uma colônia específica de bactérias e outros micro-organismos
dentro do reator, cujo metabolismo se dá em meio anaeróbio, ou seja, sem a presença de oxigênio
dissolvido na massa líquida.
O lodo de esgoto é retido nessa unidade de tratamento por separação de fases gasosa, líquida e
sólida. As bactérias em flocos ou grânulos formam uma manta de lodo no interior do reator. Dispositivos
projetados e instalados para separar gases, sólidos e líquidos garantem a permanência do lodo no
sistema e a retirada do biogás e a coleta do efluente tratado.
A coleta do efluente se dá na parte superior do reator, por meio de canaletas com vertedores em fibra
de vidro, e encaminhado para a unidade de tratamento seguinte. O gás produzido no processo anaeróbio
é separado da fração líquida por meio dos separadores trifásicos, e encaminhado por tubulação até o
filtro de carvão ativado e em seguida é queimado no flare. O lodo excedente descartado do sistema, com
idade (tempo de residência celular) superior a 30 dias já se encontra estabilizado. A remoção do lodo
estabilizado se dá pelo fundo do reator e encaminhado para o tanque de acúmulo e recalque de lodo por
sistema de válvulas, registros e tubulações.

Tratamento Terciário (remoção de nutrientes – nitrogênio amoniacal e fósforo)

Filtro Biológico Aerado Submerso (FBAS)


Após passar por tratamento anaeróbio nos UASB, o líquido efluente segue para o tratamento nos
filtros aerados, compostos por uma camada filtrante com pedra britada Nº 4, e fornecimento de ar através
de sopradores e sistema de distribuição de ar por tubulações e difusores instalados no fundo de cada
filtro. A entrada do afluente no filtro se dá pelo fundo da estrutura, onde se distribui pelo fundo falso da
mesma, e então segue com fluxo ascendente, permeando pelo meio filtrante, até ser coletado por
canaletas situadas na parte superior do filtro. O filtro biológico aerado submerso desempenha duas
funções: a remoção de um percentual de matéria orgânica restante do processo anaeróbio e,
principalmente, a transformação do nitrogênio amoniacal presente no líquido em outros compostos
nitrogenados. O processo de tratamento se dá em ambiente com abundância de oxigênio dissolvido,
fornecido mecanicamente pelo sistema de aeração submersa, o qual favorece o crescimento de
microorganismos de características metabólicas aeróbias, ou seja, com a presença de oxigênio dissolvido
no meio líquido, que, além de utilizar a matéria orgânica presente no líquido percolado, utiliza o nitrogênio
amoniacal também no mecanismo metabólico, transformando em outros compostos nitrogenados menos
danosos ao meio ambiente natural (corpo receptor).
A limpeza do filtro se dá por dreno de fundo, que quando acionado, encaminha o lodo para a estação
elevatória de reciclo, retornando ao sistema.

Câmara de Mistura Rápida/Floculador/Decantador Secundário


Após passar pelo FBAS, o efluente é encaminhado para a câmara de mistura rápida, onde é adicionada
a solução de coagulante ao líquido. O coagulante a ser utilizado é o Cloreto Férrico, cuja mistura na
massa líquida é feita mecanicamente por um misturador rápido instalado nesta câmara. A função do
coagulante é desestabilizar as partículas coloidais presentes no esgoto, a fim de promover a formação de
flocos na estrutura seguinte. A seguir o efluente passa para o sistema de floculação do tipo Alabama,
onde o líquido passa por uma série de câmaras, construídas de forma a propiciar uma agitação ideal para
que as partículas coloidais desestabilizadas se unam e formem flocos com peso específico maior que a
água, que serão removidos na etapa seguinte, nos decantadores retangulares.

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Os flocos formados na etapa anterior sedimentam e ficam depositados no fundo dos decantadores
retangulares. Para evitar o acúmulo e promover a remoção do material decantado, entram em
funcionamento as pontes raspadoras, que arrastam o lodo de fundo dos decantadores para um canal
localizado na extremidade oposta à entrada do líquido, de onde uma bomba de sucção negativa retira o
lodo e encaminha para a elevatória de reciclo. O líquido clarificado é coletado na parte superior do tanque,
na extremidade oposta à entrada, e encaminhado para a próxima etapa denominada desinfecção.

Desinfecção (eliminação de agentes patogênicos – Coliformes termotolerantes)

Câmara de Contato
Consiste em um tanque de passagem do efluente tratado onde é dosada uma solução de dióxido de
cloro, que é um agente com alto potencial oxidante, cuja função é a eliminação de agentes patogênicos
presentes no efluente tratado, medidos por meio de análises laboratoriais de coliformes termotolerantes.
Esta câmara de contato é formada por chicanas que permitem que o efluente fique em contato com o
dióxido de cloro por cerca de 30 minutos, antes de seguir para o corpo receptor, garantindo assim o tempo
necessário para a eliminação de agentes patogênicos do esgoto. Após a passagem pela câmara de
contato, o esgoto tratado é encaminhado para o canal de emissário, e lançado no corpo hídrico receptor
do sistema.

Estruturas Anexas e acessórias

Filtro de carvão ativado com queimador de gases (flare)


O processo anaeróbio apresenta como subproduto do metabolismo bacteriológico a formação de
biogás, composto por vários tipos de gases, entre eles o gás sulfídrico H2S e o gás metano CH4. O gás
formado dentro dos reatores anaeróbios é coletado por meio de separadores trifásicos formados por
campânulas de fibra de vidro ou lona, e encaminhado por meio de tubulação de PVC até o filtro de carvão
ativado, formado por várias camadas de meio filtrante com granulometrias diferentes, sendo a última
camada formada por carvão ativado em pó, onde o biogás é filtrado e queimado no flare, instalado acima
do filtro. O flare é equipado com sistema de ignição automático, para garantir que a queima do gás não
seja interrompida.

Elevatória de reciclo
O lodo proveniente do sistema de limpeza dos floculadores, decantadores retangulares e dos filtros
aerados submersos, bem como o líquido purgado da centrífuga são encaminhados por meio de um
conjunto de válvulas, registros e tubulações até as estações elevatórias de reciclo, onde bombas
submersíveis instaladas dentro do poço de acúmulo recalcam o líquido afluente para dentro dos reatores
anaeróbios, sofrendo novo processo de tratamento.

Tanque de acúmulo e recalque de lodo


O lodo em excesso gerado dentro dos reatores anaeróbios é removido apenas em um único nível,
junto ao fundo dos mesmos. Do poço de acúmulo, o lodo é bombeado por meio de dois conjuntos de
bombas helicoidais para os decanters centrífugos localizados na casa da centrífuga, onde será feito o
deságue do lodo.

Casa da centrífuga
Local onde estão instalados dois conjuntos de decanters centrífugos, um conjunto de preparo e
dosagem de polieletrólito e o painel geral de controle do sistema de deságue do lodo gerado na ETE, de
onde é possível efetuar todos os comandos referentes à operação de descarte e deságue de lodo, como
acionamento da válvula de controle, bombas helicoidais, sistema de dosagem de polieletrólito,
acionamento dos decanters centrífugos e sistema de limpeza dos mesmos. As bombas helicoidais
recalcam o lodo para os decanters centrífugos, onde na entrada é adicionada a solução de polieletrólito
que auxilia na separação da água/sólido. O lodo desaguado é descartado em contêineres localizados
abaixo das centrífugas, e o líquido clarificado e de limpeza do sistema é encaminhado para as estações
elevatórias de reciclo, onde retornam para o sistema de tratamento.

Casa de química
A armazenagem das soluções químicas, o sistema de geração de dióxido de cloro, e os sistemas de
dosagem dos produtos químicos utilizados no processo de tratamento estão localizados na casa de
química.

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Administração, laboratório, vestiário e guarita
Como unidade de apoio à operação a ETE possui estrutura para comportar a parte administrativa
operacional da ETE composta por salas, sanitários e cozinha. A administração possui também dois
laboratórios de análises químicas e biológicas, com sala para separação de amostras e almoxarifado, e
sala para comportar uma balança analítica.

LODOS ATIVADOS
É um processo biológico onde o esgoto afluente, na presença de oxigênio dissolvido, agitação
mecânica e pelo crescimento e atuação de microrganismos específicos, forma flocos denominados lodo
ativado ou lodo biológico. Essa fase do tratamento objetiva a remoção de matéria orgânica biodegradável
presente nos esgotos. Após essa etapa, a fase sólida é separada da fase líquida em outra unidade
operacional denominada decantador. O lodo ativado separado retorna para o processo ou é retirado para
tratamento específico ou destino final.

Este processo de tratamento de esgotos apresenta vantagens e desvantagens:

Vantagens
- exige pouca área para implantação;
- maior eficiência no tratamento;
- maior flexibilidade de operação;

Desvantagens
- custo operacional elevado;
- controle laboratorial diário;
- operação mais delicada.

LODOS ATIVADOS REGIME INTERMITENTE OU BATELADA


Os sistemas de tratamento de esgotos denominados lodos ativados convencional e aeração
prolongada, são exemplos de sistemas de tratamento que apresentam fluxo contínuo. Em outras palavras,
à medida que o esgoto bruto alimenta o sistema, o tratamento está sendo realizado. Há sempre fluxo
(movimento) no sistema – esgoto bruto alimentando e esgoto tratado deixando o sistema.
No processo de tratamento de esgoto denominado lodos ativados regime intermitente ou batelada, há
uma diferença, onde se tem apenas um único tanque que serve tanto de reator biológico (quando aeração
presente) quanto de tanque de decantação (quando aeração ausente). Desta forma, as etapas de aeração
e decantação, necessárias para o tratamento do esgoto, tornam-se apenas sequências no tempo e não
são mais unidades físicas distintas construídas em separado. Assim sendo, a incorporação de todas as
unidades, operações e processos normalmente associados ao tratamento convencional de lodos
ativados, sejam elas decantação primária, oxidação biológica e decantação secundária, em um único
tanque, é o princípio do processo de lodos ativados conhecido como regime intermitente ou batelada.

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Representação esquemática simplificada de um sistema de tratamento de esgotos lodos ativados do
tipo regime intermitente.
O sistema de tratamento de esgotos do tipo lodos ativados intermitente pode ser utilizado tanto na
modalidade convencional como também na aeração prolongada, sendo que nesta última, o tanque único
passa a agregar adicionalmente a unidade de digestão do lodo.
Conforme mencionando anteriormente, este processo consiste em um reator de mistura completa onde
acontecem todas as etapas do tratamento. Isso é alcançado porque no fluxo intermitente, o sistema de
lodos ativados possui ciclos bem definidos de operação, sendo eles:
1. Enchimento (entrada de esgoto bruto ou decantado para o interior do reator).
2. Reação (aeração/mistura da massa líquida contida no reator).
3. Sedimentação (sedimentação e separação dos sólidos em suspensão da fase líquida sobrenadante
do esgoto tratado).
4. Esvaziamento (retirada do esgoto tratado do interior do reator).
5. Repouso (ajuste de ciclos e remoção do lodo excedente).

A massa biológica permanece no reator durante todos esses ciclos, eliminando assim a existência de
tanques decantadores como unidades físicas separadas. A duração usual de cada ciclo pode sofrer
alterações em função das variações da vazão afluente, das características do esgoto, das necessidades
do tratamento e da biomassa no sistema.
No ciclo denominado repouso é onde geralmente ocorre o descarte do lodo excedente, mas como o
descarte é opcional, tendo em vista que sua função é permitir o ajuste entre os ciclos de operação de
cada reator, ele pode se dar também em outras fases do processo. Existem algumas modificações nos
sistemas intermitentes, relacionadas à forma de operação e à sequência e duração dos ciclos associados
a cada fase do processo. Com estas variações permitem-se a simplificação adicional no processo ou a
remoção biológica de nutrientes.

VALO DE OXIDAÇÃO
Os valos de oxidação são unidades compactadas de tratamento com os mesmos princípios básicos
da aeração prolongada e constituem estações de tratamento completo de nível secundário. Suas
instalações, com o mínimo possível de unidades de tratamento, concentra processos físicos químicos e
biológicos.
A decantação no final é uma inclusão optativa e dependem do tipo de operação estabelecido mas, a
existência desta unidade no efluente do valo eliminará sólidos decantáveis transportados além de permitir
o funcionamento contínuo do sistema.

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As unidades mais simples são compostas de:
- dispositivo de entrada: caixa de passagem e de distribuição quando houver mais de um valo que
podem ser precedidas por sistema de gradeamento e medição;
- tanque de aeração: têm os formatos mais variados, sendo que o mais comum é o de fluxo orbital. O
importante sobre o seu funcionamento é que seja mantido os critérios estabelecidos para a velocidade
média do fluxo de 0,3m/s durante o período de operação e que o fluxo escoe sem a possibilidade de
zonas mortas.
O esgoto é submetido a um processo de aeração onde ocorre a oxidação biológica e o que promove
o crescimento de flocos biológicos e consequentemente a redução da DBO (Demanda bioquímica de
Oxigênio).
- dispositivo de saída: são projetados em função do tipo de operação, que poderá exigir fluxo contínuo
ou intermitente.

Sistema de tratamento de esgotos da Lagoa de Conceição – Florianópolis

Lagoas de Estabilização
De maneira geral, as lagoas de estabilização são bastante indicadas para regiões de clima quente e
países em desenvolvimento, devido aos seguintes aspectos:
- Suficiente disponibilidade de área em um grande número de localidades;
- Clima favorável (temperatura e insolação elevadas);
- Operações simples;
- Necessário de poucos ou nenhum equipamento.

São indicados para as condições brasileiras devido ao clima favorável, suficiente disponibilidade de
área, à operação simples e à utilização de poucos equipamentos. As lagoas de estabilização podem ser
classificadas em três tipos: lagoas anaeróbias, lagoas facultativas e lagoas de maturação.

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Processos de tratamento de águas residuárias

Lagoas anaeróbias: São lagoas com profundidades da ordem de 3 a 5 metros, cujo objetivo é
minimizar ao máximo a presença de oxigênio para que a estabilização da matéria orgânica ocorra
estritamente em condições anaeróbias.
A eficiência nesse tipo de sistema poderá atingir até 60% na remoção de DBO (Demanda Bioquímica
de Oxigênio) dependendo da temperatura.

É uma das melhores soluções técnicas, mas esbarra no problema de necessitar de uma grande área
para sua implantação. Na lagoa anaeróbia ocorre à retenção e a digestão anaeróbia do material
sedimentável e na facultativa ocorre predominantemente a degradação dos contaminantes solúveis e
contidos em partículas suspensas muito pequenas. O lodo retido e digerido na primeira lagoa tem de ser
removido em intervalos que geralmente variam de 2 a 5 anos. Na primeira, predomina o processo
anaeróbio e na segunda o aeróbio, onde se atribui às algas, a função da produção do oxigênio a ser
consumido pelas bactérias.

Lagoas facultativas: São lagoas com profundidade de 1,5 a 3 metros. Neste tipo de lagoa ocorrem 2
processos distintos: aeróbios e anaeróbios. Na região superficial ocorre os processos fotossintéticos
realizados pelas algas onde há liberação de oxigênio no meio, favorecendo o processo aeróbio e, no
fundo quando a matéria orgânica tende a sedimentar ocorrem os processos anaeróbios.

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O uso de lagoa facultativa é uma solução simples e de baixo custo, isto quando se dispõe de área com
topografia adequada e custo acessível. Esta técnica exige o uso de tratamento preliminar, provido de
grade e desarenador. Esta é uma alternativa simples para a construção, e que exige operação mínima,
sem qualquer necessidade de se contratar operador especializado.

Lagoa Aerada Facultativa: Esta diminui a necessidade de grande área, mas em consequência da
utilização de aeradores, aumenta o seu custo de operação. Quando o sistema incluir um decantador
primário, a lagoa aerada pode ter o tempo de detenção (ou retenção) menor, porém, quando somente se
usa grade e caixa de areia, normalmente é empregado um tempo de detenção maior.

Lagoa Aerada de Mistura Completa – Lagoa de Decantação: O tempo de detenção típico da lagoa
aerada é da ordem de 2 a 4 dias. A operação deste tipo de lagoa são mais complicados devido ao fato
de se ter um menor período de armazenagem na lagoa, comparado com os outros sistemas.

Lagoas de maturação: São lagoas com profundidades de 0,8 a 1,5 m e sua principal função é remover
patogênicos devido a boa penetração de radiação solar, elevado pH e elevada concentração de oxigênio
dissolvido. A função desta lagoa é a remoção de patogênicos. Esta é uma alternativa mais barata à outros
métodos como por exemplo a desinfecção por cloração.

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Lagoa Facultativa
Descrição do processo
O efluente entra por uma extremidade da lagoa e sai pela outra. Durante este caminho, que pode
demorar vários dias, o esgoto sofre os processos que irão resultar em sua purificação. Após a entrada do
efluente na lagoa, a matéria orgânica em suspensão (DBO particulada) começa a sedimentar formando
o lodo de fundo. Este sofre tratamento anaeróbio na zona anaeróbia da lagoa.

Há necessidade de suficiente iluminação solar, portanto, estas lagoas devem ser implantadas em
lugares de baixa nebulosidade e grande radiação solar. Na zona aeróbia há um equilíbrio entre o consumo
e a produção de oxigênio e gás carbônico. Enquanto as bactérias produzem gás carbônico e consomem
oxigênio através da respiração, as algas produzem oxigênio e consomem gás carbônico na realização da
fotossíntese.
Tem-se o perfeito equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio e gás carbônico:

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O efluente de uma lagoa facultativa possui as seguintes características principais: (Cetesb, 1989)
- Cor verde devida às algas;
- Elevado teor de oxigênio dissolvido;
- Sólidos em suspensão, embora praticamente estes não sejam sedimentáveis.

Influências das algas


Numa lagoa de estabilização facultativa, as algas desempenham um papel fundamental. A sua
concentração é mais elevada do que a de bactérias. Em termos de sólidos em suspensão secos, a
concentração é usualmente inferior a 200mg/l embora em termos de números elas podem estar na
contagens na faixa de 104 a 106 organismos por ml.
Grupos de algas de importância encontrados nas lagoas de estabilização:
- Algas verdes (clorofíceas);
- Cianobactérias
As espécies variam de local para local, e, ainda, com a posição na série de lagoas (facultativas e
lagoas de maturação)

Profundidade da zona aeróbia em função da carga de DBO


A profundidade da zona aeróbia, além de variar ao longo do dia, varia também com as condições de
carga da lagoa. Lagoas com uma maior carga de DBO tendem a possuir uma maior camada anaeróbia,
que pode ser praticamente total durante a noite.
O pH na lagoa também varia ao longo da profundidade e ao longo do dia. Durante o dia, nas horas de
máxima atividade fotossintética, o pH pode atingir valores em torno de 10.

Influências das condições ambientais


As principais condições ambientais em uma lagoa de estabilização são a radiação solar, temperatura
e o vento.

Mistura e estratificação térmica


Em lagos de pequena profundidade a mistura pode ocorrer uma vez ao dia, de acordo com a seguinte
sequência:
- Início da manhã, com vento: Mistura completa. A temperatura é uniforme ao longo da profundidade.

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- Meio da manhã, com sol, sem vento: Aumento da temperatura na camada superficial. A temperatura
no fundo, varia pouco, sendo influenciada pela temperatura do solo.
- Inicio da noite, sem vento: A camada acima da termoclima perde calor mais rapidamente do que a
camada de fundo. Caso as temperaturas das camadas se aproximem, ocorre a mistura
- Noite, com vento. O vento auxilia na mistura das camadas. A camada superior afunda, e a inferior se
eleva.

Profundidade da zona aeróbia em função da carga de DBO

Influência da carga aplicada à lagoa e da hora do dia na espessura das camadas aeróbias (Sperling,
2002).

Rotina de operação – lagoas


• seguir as rotinas gerais de operação de lagoas de estabilização;
• retirar todo o material sobrenadante - escumas, óleos, graxas, lodo e folhas usando peneiras ou jatos
d’água. O material removido deve ser desidratado, tratado e disposto em valas na área da ETE, com
recobrimento diário, ou em aterro sanitário preferencialmente licenciado;
• variar o nível d’água em função da maior ou menor insolação - mais alto no período de maior insolação
e mais baixo no de menor insolação;
• verificar a coloração do efluente tratado - deve estar preferencialmente verde-claro e sem cheiro;
• verificar diariamente as condições de tempo, da temperatura do ar e do líquido, do pH e do oxigênio
dissolvido - OD. Os dados devem ser anotados no registro de operação da ETE.

Estimativa da concentração efluente de DBO


A remoção de DBO processa-se segundo uma reação na qual a taxa de reação é diretamente
proporcional à concentração do substrato. Nestas condições o regime hidráulico da lagoa influencia a
eficiência do sistema.

Características dos modelos hidráulicos

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Filtro Biológico (Leito Percolador)
Filtros biológicos são unidades de tratamento de esgotos destinados a oxidação biológica da matéria
orgânica remanescente de decantadores.
O efluente do decantador é aspergido continuamente sobre um leito de pedras justapostas entre os
quais o ar pode circular.
O ambiente ecológico desempenhado pelo filtro biológico tem como condicionantes a matéria orgânica,
luz, oxigênio temperatura e pH.O leito de pedras, atravessado por líquido contendo matéria orgânica e os
outros fatores acima citados, propicia o desenvolvimento de microrganismos aeróbios. A variabilidade dos
fatores de oxigenação também permite desenvolvimento anaeróbio resultando uma alternância de
condições que permite a predominância de organismos facultativos.
As populações microbianas nos leitos dos filtros biológicos são principalmente bactérias heterotróficas
formadoras da zooglea, são consumidoras da matéria orgânica predominante e por isso consideradas os
principais agentes primários da purificação.

Destinação final de lodos de ETAS e ETES3


Os lodos de ETAs têm sido dispostos em cursos de água sem nenhum tratamento. Todavia essa
prática tem sido questionada pelos órgãos ambientais devido aos possíveis riscos à saúde pública e à
vida aquática. Estima-se que a produção de lodos de ETA’s nos municípios operados pela Sabesp, no
Estado de São Paulo seja de aproximadamente 90 toneladas por dia, em base seca.
Observou-se uma grande variabilidade nos quantitativos de lodos gerados ao longo do período de
um ano em cada ETA. Normalmente, ocorreu uma maior produção de lodo no período chuvoso, que vai
de novembro a março, época em que há piora na qualidade geral das águas dos mananciais,
representada pelos parâmetros cor aparente e turbidez, necessitando, consequentemente, da aplicação
de maiores quantidades de produtos químicos para o tratamento, notadamente de coagulantes.
Os usos benéficos mais utilizados ou de maior potencial de utilização para o Estado de São Paulo
são: fabricação de cimento, disposição no solo, cultivo de grama comercial, fabricação de tijolos, solo
comercial, compostagem e plantações de cítricos. O lodo também poderá ser utilizado para a melhoria
da sedimentabilidade em águas de baixa turbidez, recuperação de coagulantes e controle de H2S. Além
das utilizações benéficas citadas, muitas vantagens têm sido observadas, quando os lodos de ETAs são
lançados em redes coletoras de esgotos ou diretamente nas estações de tratamento de esgotos.
A busca de soluções economicamente viáveis e ambientalmente vantajosas para o tratamento e
disposição final de lodos de ETAs continua sendo um desafio em vários países, principalmente no Brasil,
onde o assunto é mais recente. A caracterização adequada do lodo é o passo inicial para poder avançar
nesse sentido. As legislações ambientais específicas devem ser analisadas para cada tipo de disposição
final desejada.
Também é imprescindível que seja realizada uma pesquisa de mercado, identificando potenciais
clientes, aceitação do produto por fabricantes e pelo consumidor final, além da viabilidade da
comercialização do produto. Dentre as várias soluções de disposição final para o Estado de São Paulo
destacam- se: a fabricação de tijolos, o aterro e a descarga em redes coletoras de esgoto.

3
www.tratamentodeagua.com.br

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Conhecimentos básicos de eletricidade: voltagem

Eletricidade Básica4
Eletricidade
Tão utilizada nos tempos atuais e, por conseguinte, bastante mencionada, praticamente todos
compreendem a sua importância. Mas, na verdade, o que é a eletricidade?

Conceito
Eletricidade é o resultado do movimento de elétrons de um ponto para outro ou do excesso ou falta de
elétrons em um corpo.
Essa definição, apesar de compacta, engloba os conceitos da eletricidade dinâmica, quando cita a
movimentação dos elétrons, e da eletricidade estática ou potencial, quando menciona a quantidade de
elétrons em um corpo.
Ao apreciarmos o conceito físico em geral, podemos observar que tanto em sua parte dinâmica como
em sua parte estática a participação dos elétrons é essencial, sendo estes considerados como partículas
minúsculas de eletricidade que estão presentes em todas as substâncias.

Elétrons em órbitas

Teoria atômica
Foi no século XX, entre 1921 e 1930, que os cientistas conseguiram visualizar um átomo, a menor
parte de uma substância que mantém as características dessa substância, e, assim, estudá-lo e
compreendê-lo.
Observou-se que um átomo é composto de duas partes distintas: um núcleo, onde se armazenam os
prótons e os nêutrons e, a girar em torno desse núcleo, a chamada órbita, os elétrons.
Se observarmos a representação de um átomo de Hidrogênio, notaremos que sua estrutura é como a
de um sol com um planeta girando a seu redor.

Átomo de hidrogênio

O sol é o núcleo do átomo enquanto o planeta vem a ser o elétron.


O elétron possui carga elétrica negativa e o núcleo, por influência do próton, carga elétrica positiva. A
órbita do elétron é mantida por uma força de atração entre este e o núcleo.

4FOWLER, Richard J. Eletricidade - Princípios e Aplicações. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1992.
4GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985.
4U.S. NAVY, Bureau of Naval Personnel. Curso completo de eletricidade. São Paulo: Hemus, 1980.
4MARINHA DO BRASIL - DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS - ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO - CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS -
MÓDULO MARÍTIMO - CFAQ - III

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Eletricamente, o nêutron não é importante, sendo desconsiderado quando do estudo do átomo, por
não apresentar nenhum tipo de carga elétrica, vindo daí sua designação que reflete sua condição elétrica:
neutra.
Sob condição normal, em um átomo o número total de elétrons, carregados negativamente, que
orbitam ao redor do núcleo se iguala ao número total de prótons, carregados positivamente, existentes
nesse núcleo. Assim, sob condição normal, um átomo possui carga elétrica neutra, ou não possui carga
elétrica, devido à carga positiva dos prótons anular a carga negativa dos elétrons. Em resumo: sob
condição normal, a quantidade de elétrons de um átomo é igual à quantidade de prótons desse mesmo
átomo.
Átomos de elementos diferentes possuem quantidades diferentes de prótons em seus núcleos e,
consequentemente, quantidades diferentes de elétrons em suas órbitas, que acompanharão em número
a quantidade de prótons de seus respectivos átomos.
Vejamos por exemplo um átomo de Carbono.

Os elétrons das órbitas externas, ou seja, das órbitas mais distantes do núcleo, são atraídos pelo
núcleo com menor força que os elétrons das órbitas mais próximas. Esses elétrons externos são
chamados de “elétrons livres”, pois podem ser facilmente retirados das suas órbitas. Já os elétrons das
órbitas internas, ou seja das órbitas mais próximas do núcleo, são chamados de “elétrons presos”, porque
não podem ser retirados de suas órbitas com facilidade.
É o movimento dos elétrons livres, ao serem retirados de suas órbitas, que forma uma corrente elétrica,
ou seja, a eletricidade dinâmica.

Fontes da eletricidade
Para a retirada dos elétrons livres, uma força externa ao átomo, chamada de fonte de eletricidade,
deverá ser utilizada.
São em número de seis as fontes básicas de eletricidade que podem ser utilizadas:
1) Fricção (ou atrito) - friccionando-se dois materiais distintos, um cederá elétrons livres ao outro.
2) Pressão (ou piezoeletricidade) - a pressão mecânica sobre certos cristais, como o cristal de quartzo
por exemplo, faz com que estes cedam elétrons livres.
3) Calor (ou termoeletricidade) - o aquecimento da junção de dois metais diferentes faz com que um
dos metais ceda elétrons livres ao outro. Também conhecido como sistema do “termopar”, que não deve
ser confundido com a “termoelétrica”.
4) Luz (ou fotoeletricidade) - a incidência de luz sobre substâncias fotossensitivas faz com que estas
liberem elétrons livres.
5) Ação química - a reação química entre elementos distintos envoltos numa solução faz com que um
dos elementos ceda elétrons livres ao outro elemento.
6) Magnetismo - o movimento de um corpo dentro de um campo magnético faz com que este varie sua
quantidade de elétrons livres.
Das seis fontes citadas, as fontes da “ação química”, encontrada nas pilhas e baterias em geral, e do
“magnetismo”, encontrada nos geradores, são os meios comumente utilizados como fontes de
eletricidade nas condições industriais e comerciais, sendo as demais fontes utilizadas em condições
específicas ou laboratoriais.

Cargas elétricas
Os elétrons livres que forem retirados de suas órbitas causarão uma falta de elétrons no lugar de onde
saíram e, consequentemente, um excesso no ponto que atingiram.
A quantidade de elétrons livres que foram retirados de um corpo e atingiram um outro corpo é expressa
em “Coulomb”.
Para uma melhor compreensão dessa unidade, podemos fazer uma comparação com a medição de
cereais. Cada grão em si, como o do arroz por exemplo, é muito pequeno para ser usado como unidade

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de medida e por isso emprega-se o quilograma, que contém algumas dezenas, centenas ou mesmo
milhares de grãos, dependendo do tipo de cereal, como unidade prática. O mesmo raciocínio emprega-
se para a medição dos elétrons livres que formarão a carga elétrica, visto o elétron ser muito pequeno.
Assim, como unidade prática para suas quantificação emprega-se o Coulomb, que representa
aproximadamente 6,25 milhões de milhões de milhões de elétrons. Portanto, o Coulomb mede a
quantidade de carga elétrica ou o número de elétrons de uma carga.
O excesso de elétrons em uma substância é chamado de carga negativa, devido ao maior número de
elétrons em relação ao número de prótons, enquanto que a falta de elétrons em uma substância é
chamada de carga positiva, devido ao menor número de elétrons em relação ao número de prótons.
Quando essas cargas existirem, positiva ou negativa, teremos o que é conhecido como eletricidade
estática ou potencial.

Forças de atração e repulsão entre as cargas


Quando os corpos se apresentam carregados de eletricidade estática, eles se comportam de maneira
diferente do normal.
Se uma esfera carregada positivamente for colocada próxima de outra carregada negativamente, elas
se atrairão mutuamente, ou seja uma atrairá a outra. Esta atração acontece porque o excesso de elétrons
da carga negativa procura encontrar um lugar que tenha necessidade de elétrons, o corpo carregado
positivamente.
Já se uma esfera carregada positivamente for colocada próxima de outra também carregada
positivamente, ou estando ambas carregadas negativamente, elas se repelirão mutuamente, devido a
ambas as cargas terem o mesmo interesse: o de obter elétrons, quando carregadas positivamente, ou o
de descarregar elétrons, quando carregadas negativamente.

Lei de Coulomb
A força que age entre dois corpos carregados é variável, dependendo da carga elétrica de cada corpo
e da distância entre esses dois corpos.

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Após observar e estudar esse fenômeno, o pesquisador físico Coulomb resumiu seu trabalho no
seguinte enunciado, que em sua homenagem recebeu a designação de “Lei de Coulomb”: “A intensidade
da força elétrica entre duas cargas elétricas é diretamente proporcional ao produto dos módulos das
quantidades de carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre esses dois corpos.”
Pelo enunciado da Lei, podemos, então, observar que para uma mesma quantidade de carga, quanto
mais próximos estiverem os corpos maior será a força atuante entre eles e vice-versa, ou que para uma
mesma distância entre os corpos carregados, quanto maior for a quantidade de carga elétrica dos corpos
maior será a força atuante entre esses e vice-versa.

Tensão, corrente e resistência elétricas

Resistividade e condutividade elétricas


Assim como observamos que átomos de elementos diferentes apresentam quantidades diferentes de
prótons em seus núcleos e, consequentemente, de elétrons em suas órbitas, também átomos de
elementos diferentes apresentam uma maior ou menor facilidade em liberar seus elétrons livres.
Substâncias consideradas de boa, ou grande, condutividade elétrica são aquelas formadas por átomos
com maior facilidade em liberar seus elétrons livres, enquanto outras substâncias, ditas de maior
resistividade elétrica, são aquelas compostas por átomos que libertam facilmente seus elétrons das
órbitas externas.
Portanto, a condutividade elétrica é o oposto da resistividade elétrica e vice-versa.

Materiais condutores e isolantes


Materiais ditos condutores elétricos são aqueles compostos por substâncias de grande condutividade
elétrica, oferecendo assim baixa resistência à passagem do fluxo de elétrons. Empregados para conduzir
ou transportar a eletricidade, são os metais, como o ouro, a prata, o cobre e o alumínio os condutores
elétricos mais empregados. O carbono e a água, principalmente a salgada, são exemplos de substâncias
não metálicas, entre outras, que podem ser usadas como condutores elétricos.
Já os materiais ditos isolantes elétricos são aqueles compostos por substâncias de grande
resistividade elétrica, oferecendo assim grande resistência à passagem do fluxo de elétrons. São
utilizados para bloquear ou isolar a eletricidade. Dentre os materiais isolantes elétricos mais utilizados
podemos destacar o vidro, o papel, a borracha, a madeira, a cerâmica e alguns tipos de plásticos.
Um fio elétrico comum de emprego doméstico é um bom exemplo de um condutor elétrico.

Tensão, força eletromotriz, diferença de potencial e voltagem


Chama-se “força eletromotriz” (FEM) a força responsável pelo fluxo de elétrons de uma carga elétrica
mais negativa, maior número de elétrons, para uma carga menos negativa, com menor número de
elétrons, ou positiva, com ausência de elétrons em relação ao seus prótons.

Força eletromotriz

O potencial elétrico de uma carga é igual à quantidade de trabalho, de uma das fontes de eletricidade,
que se utilizou para produzir a carga, sendo a unidade utilizada para representar esse trabalho expressa
em Volt, cujo símbolo é V.
No caso da retirada de elétrons de um corpo, considera-se o potencial elétrico desse corpo como
sendo positivo, enquanto na adição de elétrons a um corpo, considera-se seu potencial elétrico como
negativo.
A força eletromotriz que existe entre duas cargas é igual à diferença dos potenciais elétricos entre
essas cargas, sendo, portanto, também expressa em Volt. Observe-se que, como numa conta comum de
subtração, o valor menor será sempre retirado do valor maior.
Em termos práticos, podemos considerar as designações tensão, força eletromotriz, diferença de
potencial e voltagem como sinônimos, expressando uma mesma grandeza, sendo todas essas
designações expressas em Volt.

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Existirá sempre uma tensão entre duas cargas elétricas que não sejam exatamente iguais, a diferença
de potenciais elétricos, pois no caso de potenciais idênticos, em grandeza e sentido, o diferencial será
zero.
Exemplos:

(12 V) – (12 V) = 0 V
(-24 V) – (-24 V) = 0 V

Mesmo um corpo sem carga elétrica, 0 V, terá uma diferença de potencial elétrico em relação a um
outro corpo carregado.
Exemplos:

(36 V) – (0 V) = 36 V
(0 V) – (-36 V) = 36 V

Entre duas cargas de potenciais elétricos positivos ou de potenciais elétricos negativos, ou seja, cargas
elétricas de mesmo sentido, haverá uma voltagem, desde que quantitativamente as cargas não sejam
iguais.
Exemplos:

(12 V) – (10 V) = 2 V
(-24 V) – (-36 V) = 12 V. Não esqueça que é o menor retirado do maior.

Portanto, a tensão não é usada para expressar a quantidade de carga elétrica disponível, mas para
indicar uma comparação entre as cargas, ou os potenciais elétricos e, consequentemente, a força
eletromotriz entre estas.
Pelo princípio da diferença entre potenciais, podemos afirmar que uma tensão sempre terá um valor
positivo, mesmo que obtida entre cargas negativas.
O referencial maior para se medir o potencial elétrico de um corpo é compará-lo com a Terra,
representada pelo solo propriamente dito, que apresenta potencial 0 V. Assim, ao se comparar o potencial
pretendido com o potencial da Terra, ou seja, obter a tensão, encontra-se o valor do potencial.
Exemplo:

(X V) – (0 V) = 12 V. Representa que potencial X V vale 12 V.

Tensões contínua e alternada


Quando a diferença de potencial entre dois corpos mantiver a condição de um dos corpos ser sempre
o mais positivo, ou o mais negativo, entre as duas cargas, independentemente das grandezas dessas
cargas, durante todo o tempo de suprimento da tensão teremos a chamada tensão contínua, expressa
como VCC, voltagem de corrente contínua, ou, em inglês, VDC, “voltage of direct current”.
Exemplos:
Corpo “A” (12 V) Corpo “B” (10 V) = 2 V. (Instante 1)
Corpo “A” (12 V) Corpo “B” (8 V) = 4 V. (Instante 2)
Corpo “A” (10 V) Corpo “B” (6 V) = 4 V. (Instante 3)
Corpo “A” (10 V) Corpo “B” (8 V) = 2 V. (Instante 4)
Corpo “A” (-12 V) Corpo “B” (-24 V) = 12 V. (Instante 5)
Corpo “A” (-10 V) Corpo “B” (-12 V) = 2 V. (Instante 6)

Mesmo variando as grandezas das cargas e das tensões, o Corpo “A” é sempre o mais positivo, ou o
Corpo “B” é o mais negativo em todos os instantes da tensão. Ou seja, o fluxo de elétrons sempre será
do Corpo “B” para o Corpo “A”.
Quando numa diferença de potencial entre dois corpos, mesmo mantendo o valor da tensão constante,
variar a condição de um dos corpos ser o mais positivo, ou o mais negativo, durante o tempo de
suprimento da tensão teremos a chamada tensão alternada, expressa como VCA, voltagem de corrente
alternada ou, em inglês, VAC, “voltage of alternated current”.

Exemplos:
Corpo “A” (12 V) Corpo “B” (4 V) = 8V (Instante 1)
Corpo “B” (20 V) Corpo “A” (12 V) =8 V (Instante 2)

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Corpo “A” (10 V) Corpo “B” (2 V) = 8V (Instante 3)
Corpo “B” (3 V) Corpo “A” (-5 V) = 8V (Instante 4)
Corpo “A” (-5 V) Corpo “B” (-13 V) = 8V (Instante 5)
Corpo “B” (-4 V) Corpo “A” (-12 V) = 8V (Instante 6)

Mesmo mantendo o valor da tensão constante, nota-se que durante o tempo de suprimento da tensão,
ora o Corpo “A” era o mais positivo, ou o Corpo “B” era o mais negativo, ora o Corpo “A” era o mais
negativo, ou o Corpo “B” era o mais positivo. Portanto, em alguns instantes, 1, 3 e 5, o fluxo de elétrons
será do Corpo “B” para o Corpo “A”, enquanto nos demais instantes, 2, 4 e 6, o fluxo de elétrons será do
Corpo “A” para o Corpo “B”.
Enfim, quando numa diferença de potencial os elétrons mantiverem um sentido de fluxo contínuo,
temos a tensão contínua, enquanto se numa diferença de potencial os elétrons alternarem seu sentido de
fluxo, temos a tensão alternada.

Valores das tensões contínua e alternada


A representação gráfica de uma tensão contínua, na condição “tempo” X “valor da tensão”, será uma
reta horizontal, paralela ao eixo horizontal das abcissas, já que seu valor é constante e, no mesmo sentido,
por todo o tempo do seu suprimento.

Já a representação gráfica de uma tensão alternada, na mesma condição “tempo” X “valor da tensão”,
será uma senóide, pela variação de seus valores e mesmo do seu sentido. A senóide iniciará no valor 0
V, com o passar do tempo aumentará o valor da tensão até um valor máximo, depois, ainda com o passar
do tempo, diminuirá este valor até retornar a 0 V, quando, ainda com o passar do tempo, aumentará o
valor da tensão até a um valor máximo, no sentido oposto ao da condição máxima anterior, devido à
inversão de sentido do fluxo de elétrons, retornando após, à condição inicial de 0 V.

Esta representação, “zero”, “máximo positivo”, “zero”, “máximo negativo” e “zero”, representa a
descrição de um ciclo, ou um período, da tensão alternada, que repete-se indefinidamente enquanto
houver o suprimento da tensão.

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Ciclo ou período de tensão alternada

Devido à variação dos valores da tensão alternada, o que não acontece com a tensão contínua, o valor
final da tensão alternada foi determinado por meio de estudos e ensaios laboratoriais, considerando-se
somente o lado positivo de um ciclo, sendo este valor denominado como “valor eficaz” da tensão
alternada, ou valor “RMS”, que representa 70,7 % do valor máximo, também chamado “valor de pico” da
tensão. Assim, uma tensão de 127 VCA, fornecida por exemplo para o consumo elétrico doméstico, é o
“valor eficaz” de uma tensão de “valor máximo” de, aproximadamente, 180 VCA.

Valor eficaz da tensão alternada

Frequência elétrica de uma tensão


Chama-se frequência elétrica ao número de ciclos realizados por segundo de uma tensão alternada.
A realização de um ciclo por segundo recebe a designação de um Hertz, cuja simbologia é Hz. Assim,
uma frequência de 60 Hz, que é o valor mais usual na instalações elétricas em geral, representa uma
tensão alternada que descreve 60 ciclos no tempo de 1 segundo.

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O valor da frequência de uma tensão é determinado quando de sua geração.
Uma tensão contínua, por não apresentar ciclos, não tem como indicação o parâmetro frequência.
Portanto, ao se mencionar a frequência de uma tensão subentende-se que esta seja alternada.
Descarga elétrica
Quando dois corpos com potenciais elétricos que não sejam exatamente iguais são postos em contato,
seja fisicamente ou através de um condutor, haverá um fluxo de elétrons da carga mais negativa, ou
menos positiva, para a carga menos negativa, ou mais positiva.
Este fluxo tem a característica de procurar um equilíbrio elétrico entre os corpos pela igual distribuição
da carga elétrica.
Este fluxo de elétrons é a denominada descarga elétrica, ou descarga estática, sendo momentânea,
pois tão logo a carga esteja distribuída, isto é, haja o mesmo potencial elétrico nos dois corpos, perderá
sua razão de existência.
Mesmo sendo momentânea, essa descarga, dependendo da grandeza da tensão elétrica entre os
corpos, poderá ter um valor muito alto, causando risco à vida.
No caso de corpos com alta tensão elétrica, a descarga elétrica é possível independentemente do
contato, pois o fluxo de elétrons poderá “pular” entre os corpos numa descarga sob a forma de arco
voltaico, que muitas vezes chama-se simplesmente de raio.
A descarga elétrica por arco voltaico é a que acontece, por exemplo, nas tempestades de nuvens
pesadas, quando, pelo atrito dos ventos, as nuvens adquirem um alto potencial elétrico que acaba sendo
descarregado em relação à terra, o corpo sem carga, na forma de raios.

A descarga elétrica

Corrente elétrica
Apesar de basicamente sua concepção ser a mesma de uma descarga elétrica, sua diferença é a
condição de não ser considerada momentânea, pois uma corrente existirá, por meio do contato ou mesmo
por arco voltaico, enquanto for mantida a tensão, ou diferença de potencial entre os corpos. Ou seja,
enquanto uma das fontes de eletricidade suprir os elétrons do potencial mais negativo e retirar os elétrons

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do potencial mais positivo, mantendo a tensão mesmo após a descarga elétrica, teremos a corrente
elétrica.
A intensidade de uma corrente é a quantidade de elétrons que flui por um condutor, a quantidade de
Coulombs, por unidade de tempo (segundo). Assim, uma corrente é uma vazão de elétrons na unidade
de Coulombs por segundo, que recebe a denominação de Ampère, cujo o símbolo é o “A”.
Portanto, uma corrente de 1 A representa a passagem de 1 C/s numa área de seção reta do condutor.
A passagem de 2 C/s representa uma corrente elétrica de 2 A e assim sucessivamente.
Resumindo, em tese, inicialmente a intensidade de uma corrente elétrica depende da quantidade de
elétrons que fluem pelo condutor que, por sua vez, depende da diferença de potencial entre os corpos,
ou seja da tensão. Assim, a princípio, quanto maior a tensão entre dois corpos, maior será a corrente que
fluirá entre esses corpos e vice-versa.

Corrente elétrica

Correntes contínua e alternada


Como já pudemos perceber, a tensão é de vital importância à existência da corrente elétrica. Dentro
desse raciocínio, podemos concluir que uma tensão contínua gerará uma corrente também contínua,
enquanto uma tensão alternada gerará uma corrente alternada.
As correntes terão suas representações gráficas similares, em formato, às das tensões que lhes deram
origem. Ou seja, haverá uma proporcionalidade entre as tensões e suas respectivas correntes.

Sentido da corrente elétrica


Podemos concluir que o sentido da corrente é da carga mais negativa para a menos negativa ou,
ainda, da carga menos positiva para a mais positiva. Enfim, pela teoria eletrônica, a corrente flui no sentido
do “negativo” para o “positivo”, sendo este também chamado de “sentido real da corrente”.
Porém, antes do conhecimento e estudo da teoria atômica, de onde iniciou-se a teoria eletrônica, o
homem já conhecia e utilizava a eletricidade, visto a lâmpada elétrica ser uma invenção ainda do século
XIX e, portanto, já imaginava que “alguma substância” passasse pelo fio, fazendo com que a lâmpada se
acendesse. Nesse tempo, estudava-se a eletricidade pela compreensão da hidráulica. Se em dois
tanques iguais, posicionados numa mesma altura, um cheio de água e o outro vazio, fosse colocado um
cano comunicando os dois tanques pelos fundos, a água fluiria do cheio para o vazio até que a altura dos
níveis de água nos tanques ficassem iguais.

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Sentido eletrônico da corrente

Resistência elétrica
Em síntese, resistência elétrica é a oposição ao fluxo de corrente elétrica, agindo como uma “cola” que
tende a segurar os elétrons em movimento. Quanto maior o valor da resistência elétrica, melhor a
eficiência da cola e vice-versa.

Resistência elétrica

Para uma alimentação de intensidade constante de força eletromotriz, a tensão, quanto maior for a
oposição ao fluxo de corrente, a resistência elétrica, menor será o número de elétrons que circularão
através do condutor, a corrente elétrica, e vice-versa. Assim, pela variação da intensidade da resistência
elétrica pode-se ajustar a intensidade da corrente elétrica, de modo que está satisfaça às necessidades
de determinado equipamento elétrico.
Para se expressar a grandeza de uma resistência elétrica, utiliza-se como unidade o Ohm, que é
representado pela letra grega maiúscula ômega, “Ω”.
É necessária uma resistência elétrica de 1 Ω inserida num condutor alimentado por uma tensão elétrica
de 1 V para que possa fluir uma corrente elétrica de 1 A.

Condutor
Lei de OHM
Ohm foi o físico que transcreveu, matematicamente, a relação existente entre tensão, resistência e
corrente elétrica.

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Por sua equação, a Lei de Ohm, compreende-se que o valor da grandeza de uma corrente elétrica é
o resultado do valor da grandeza de uma tensão elétrica aplicada num condutor dividido pelo valor da
grandeza de uma resistência elétrica inserida neste condutor, estando todas as grandezas expressas em
suas unidades padrões.

Lei de Ohm: I = V/R, onde:


I – é a intensidade da corrente elétrica, expressa em Ampère;
V – é a tensão elétrica, expressa em Volt;
R – é a resistência elétrica, expressa em Ohm.

O emprego da Lei de Ohm torna-se fundamental para a compreensão e utilização dos fenômenos
elétricos.

Choque elétrico
Caracteriza-se como choque elétrico a passagem de um fluxo de elétrons pelo corpo de um ser vivo.
Ao contato com um condutor energizado, ou seja, por onde esteja circulando uma corrente, o corpo
humano serve como um caminho alternativo desse fluxo de elétrons entre o condutor energizado e a
terra, ou, ainda, ao se aproximar de um terminal com alto potencial elétrico, uma descarga elétrica por
arco voltaico pode também se utilizar do corpo humano como um caminho para terra.
Em ambas as situações, por corrente ou descarga elétrica, um fluxo de elétrons percorrerá o corpo
humano, podendo ser fatal para a vida desse corpo.
Estudos já realizados comprovam que a partir da intensidade de 0,2 A, ou 200 mA, uma corrente ou
descarga elétrica já causa consequências ao organismo vivo, podendo mesmo chegar ao ponto de ser
fatal a este.
Além de possíveis queimaduras, que se estenderão e agravarão em função da intensidade do fluxo de
elétrons, outra característica do choque elétrico é a de provocar contrações musculares que podem afetar
o coração e o diafragma, acarretando numa situação de irregularidade de funcionamento ou mesmo
parada cardiorrespiratória, que, se não tratadas devida e prontamente, podem levar à morte.
Portanto, ao se lidar com eletricidade, toda a atenção e cuidado devem ser observados. Atenção ao
que se está fazendo, mesmo com uma simples troca de lâmpada queimada, e cuidado em verificar se o
objeto de trabalho está devidamente isolado eletricamente.
O emprego de Equipamento de Proteção Individual, EPI, como luvas, calçados, capacete, óculos e
necessárias ferramentas e acessórios, todos com a máxima segurança possível quanto ao aspecto
isolamento elétrico, minimiza sensivelmente o perigo de um choque elétrico.
Infelizmente, a grande maioria dos acidentes elétricos acontece com “técnicos experientes” que, pela
“vasta experiência”, menosprezam a atenção, o cuidado e consideram o emprego do EPI como
desnecessário.

Potência e energia

Potência elétrica
Fisicamente, potência é a rapidez com que se faz um trabalho. Por sua vez, um trabalho é efetuado
sempre que uma força produz um movimento. Uma força exercida sem causar movimento, como a força
de uma mola sob tensão mecânica entre dois objetos imóveis, não produz trabalho e, consequentemente,
não apresenta potência.

Mola sob tensão mecânica e imóvel

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Mola produzindo trabalho

Tensão elétrica é a força que pode causar uma corrente, ou seja, o movimento de elétrons. A tensão
elétrica existente entre dois pontos sem causar corrente, pela falta de um condutor por exemplo, é
semelhante à mola sob tensão mecânica e imóvel, não produzindo trabalho.
Desde que a tensão elétrica, “força”, cause uma corrente elétrica, “movimento” de elétrons, é realizado
um trabalho.
A razão em relação ao tempo em que esse trabalho é realizado é chamada de potência elétrica.
O fator tempo já está incluído na própria definição de corrente elétrica, que é uma vazão da quantidade
de elétrons, o Coulomb “por segundo”. Assim, potência elétrica é produto da tensão multiplicada pela
corrente elétrica.
Portanto, a fórmula básica da potência elétrica é: P = V. I.

A unidade representativa básica da potência elétrica é o “Watt”, cujo o símbolo é o W, sendo a tensão
e a corrente elétricas apresentadas em suas unidades básicas, ou seja Volt e Ampère, respectivamente.

Potência elétrica em corrente contínua


Por ser a corrente contínua gerada por uma tensão contínua, que não apresentam variações em suas
gerações, podemos considerar a potência elétrica por sua fórmula básica.
Assim, para um circuito elétrico de corrente contínua, a potência elétrica será calculada pela
expressão: P = V. I.

Potência elétrica em corrente alternada


Por ser a corrente alternada gerada por uma tensão alternada, que apresentam variações de
intensidade em suas gerações, um fator de correção deverá ser aplicado ao cálculo da potência elétrica.
Esse fator de correção recebe a designação de “fator de potência”, normalmente representado como
“cos ϕ”, cosseno de fi, que, apesar de na prática ter seu valor variável entre 0,62 e 0,98, para fins de
cálculos teóricos de potência tem seu valor estipulado em 0,8.
Assim, para um circuito elétrico de corrente alternada, a potência elétrica será calculada pela
expressão: P = V . I . cos f.
Portanto, para mesmos valores de tensões e correntes, um circuito de corrente contínua apresentará
uma potência elétrica maior do que um outro circuito de corrente alternada.

Diferentes potências elétricas


A potência aplicada para produzir um trabalho elétrico pode apresentar, e normalmente apresenta,
perdas, quer seja por calor, por efeitos magnéticos, ou outras razões. Enfim, parte da potência aplicada
é perdida, sendo esta perda denominada como “potência elétrica reativa”.
Assim, de uma potência aparentemente aplicada será subtraída uma potência reativa, resultando então
numa potência efetiva ou real.
Esta é a representação das potências elétricas: Pe = Pa – Pr, onde “Pe” é a potência efetiva, “Pa” é a
potência aparente e “Pr” é a potência reativa.
Para facilitar a distinção entre as potências, pois as três são potências elétricas, convencionou-se
designar cada tipo de potência elétrica por uma unidade específica.
Por essa convenção, a potência efetiva é expressa em Watt, “W”, a potência aparente é expressa em
Volt-Ampère, “VA”, e a potência reativa em Volt-Ampère reativo, “VAr”.
Portanto, outra representação das potências elétricas, considerando-se suas unidades representativas
específicas, é: W = VA – VAr.

Efeito Joule
É o efeito do aquecimento de um condutor quando da passagem de corrente elétrica por ele.
Sua intensidade, ou seja a intensidade do aquecimento, varia, principalmente, em função da
intensidade da corrente elétrica circulante ou do valor da resistência contida no condutor.

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O Efeito Joule é utilizado nos serviços elétricos de aquecimento, como em fornos, fogões, torradeiras,
chuveiros, entre outros, onde a produção de calor é a intenção do emprego da eletricidade, mas é também
uma forma de perda quando o objetivo do circuito elétrico não é o da produção de aquecimento, o que
acontece na maioria dos casos.
Assim, o calor produzido por uma lâmpada incandescente, que tem a função de iluminar e não de
aquecer, é uma forma de perda elétrica por Efeito Joule.
Sua intensidade pode ser calculada, como demonstrada pelo físico Joule, pelo emprego da expressão
matemática: Ej = I². R, que representa que a intensidade do Efeito Joule é igual ao produto da intensidade
da corrente elevada ao quadrado pelo valor da resistência inserida no circuito.
Por uma manipulação matemática, pode-se observar que o Efeito Joule é uma forma de potência
elétrica, ou seja:
P = V . I. Pela Lei de Ohm, I = V / R donde V = R . I. Pela substituição do valor da tensão na equação
da potência, teremos P = R . I . I, ou seja: P = I² . R donde P = Ej.
Assim, o Efeito Joule tanto pode atuar como uma potência efetiva, expressa em “W”, quando o objetivo
da eletricidade é produzir calor, como pode atuar como uma potência reativa, expressa em “VAr”, como
nos demais empregos da eletricidade.

Energia Elétrica
Denomina-se energia elétrica a quantidade de potência elétrica fornecida durante um período de
tempo.
Como representação dessa grandeza convencionou-se o Watt como unidade de potência e a hora
como unidade de tempo.
Portanto, a unidade representativa de energia elétrica é o “Wh”, Watt-hora, que é a maneira como se
representa o consumo de uma potência elétrica. Em outras palavras: consome-se energia elétrica e não
potência elétrica, sendo por esta razão que o consumo doméstico, por exemplo, é expresso dessa forma
nas contas apresentadas pelas concessionárias.

Mecânica: motores.

Motores

As máquinas térmicas são dispositivos que permitem transformar calor em trabalho. O calor pode ser
obtido de diferentes fontes: combustão, energia elétrica, energia atômica, etc.

Fluxos de massa e energia em um motor de combustão interna – MCI. [A]

Os motores de combustão podem ser classificados como de:


• COMBUSTÃO EXTERNA (MCE): no qual o fluido de trabalho está completamente separado da
mistura ar/combustível, sendo o calor dos produtos da combustão transferido através das paredes de um
reservatório ou caldeira.

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. 65
Ciclo Rankine representativo de um motor de combustão externa – MCE.

• COMBUSTÃO INTERNA (MCI): no qual o fluido de trabalho consiste nos produtos da combustão da
mistura de ar/combustível. Uma vantagem fundamental do motor alternativo de combustão interna, sobre
as instalações de potência de outros tipos, consiste na ausência de trocadores de calor no circuito do
fluido de trabalho, tal como a caldeira e condensador de uma instalação a vapor. A ausência dessas
peças não apenas conduz à simplificação mecânica mas, também, elimina a perda inerente ao processo
de transmissão de calor através de um trocador de área finita.

Quanto à forma de se obter trabalho mecânico, os MCIs são classificados em:


- Motores alternativos: quando o trabalho é obtido pelo movimento de vaivém de um pistão,
transformado em rotação contínua por um sistema biela-manivela.
- Motores rotativos: quando o trabalho é obtido diretamente por um movimento de rotação. São
exemplos: turbina a gás e o motor Wankel.
- Motores de impulso: quando o trabalho é obtido pela força de reação dos gases expelidos em alta
velocidade pelo motor. Neste caso são exemplos: motor a jato e foguetes.

Uma vantagem fundamental do motor alternativo de combustão interna, sobre as instalações de


potência de outros tipos, consiste na ausência de trocadores de calor no circuito do fluido de trabalho, tal
como a caldeira e condensador de uma instalação a vapor. A ausência dessas peças não apenas conduz
à simplificação mecânica mas, também, elimina a perda inerente ao processo de transmissão de calor
através de um trocador de área finita.
O motor alternativo de combustão interna possui outra vantagem fundamental importante sobre a
instalação a vapor ou turbina a gás, a saber: todas as peças podem trabalhar a temperaturas bem abaixo
da máxima temperatura cíclica. Este detalhe possibilita o uso de temperaturas cíclicas bastante altas e
torna possível alta eficiência.

Nomenclatura básica
Um motor de combustão interna, alternativo, se divide em três partes principais:

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Componentes do motor:

01 – Bloco
02 – Cabeçote
03 – Carter
04 – Válvulas
05 - Eixo comando de válvulas
06 - Balancim (eixo de balancins)
07 – Molas
08 – Anéis
09 - Pistão
10 – Biela
11 - Pino do pistão
12 - Casquilhos (Bronzinas)
13 - Árvore de manivelas (Virabrequim)
14 - Volante do motor
15 - Vareta
16 - Tucho
OHV- “over head valves” – válvulas no cabeçote
OHC - “over head camshaft” - eixo comando de válvulas no cabeçote
DOHC - “double over head camshaft” - dois eixos comando de válvulas no cabeçote

Bloco
Componente que abriga em seu interior o virabrequim, bielas e pistões. Na prática, é a "estrutura de
suporte" do motor, na qual ficam os suportes da sede de casquilhos e também os cilindros. É de ferro-
gusa fundido ou de liga de alumínio e apresenta uma série de ranhuras de reforço nos pontos mais
críticos. Normalmente o bloco de um motor é fechado por cima pelo cabeçote e por baixo pelo cárter.

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Cabeçote

Pistão

Obs.: Para controle de dilatação, a cabeça do pistão é cônica e ele é de seção transversal oval.

Classificação dos motores de combustão interna


Quanto ao tipo de movimento:
• Alternativos (a pistão)
• Rotativos (Turbinas a gás - Wankel)

Quanto à forma de iniciar a combustão:


• Ignição por faísca (motores a gasolina e álcool)
• Ignição espontânea (motores diesel)

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Quanto à disposição dos órgãos internos:
• Em linha

• Em V

• Opostos

Quanto ao número de cursos do pistão por ciclo motor:


• Dois tempos (dois cursos do pistão por ciclo)
• Quatro tempos (quatro cursos por ciclo)
* (Um ciclo motor é composto de quatro fases: admissão, compressão, expansão e escapamento.)

Motor de ignição por faísca:

Motor de ignição espontânea:

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Definições:

Motores de ignição espontânea (MIE)


Quando o pistão se encontra no PMI, estão abertas as janelas de admissão e a válvula de escape. Ar
é empurrado para dentro do cilindro por uma bomba, chamada de “bomba de lavagem”, auxiliando no
escapamento dos gases queimados. Fecha-se a válvula de escape e o ar fica retido no cilindro. O pistão
se desloca do PMI ao PMS comprimindo o ar e antes dele atingir o PMS ocorre à injeção do combustível,
que dá origem à combustão e consequentemente a expansão, deslocando o pistão do PMS para o PMI,
quando será feita uma nova lavagem do cilindro.

Aplicações: Navios de grande porte e instalações estacionárias de grande porte.

Motores rotativos
No grupo dos motores rotativos estão incluídos, as turbinas a gás e os motores Wankel.

Turbina a gás - O seu princípio de funcionamento está baseado no ciclo termodinâmico criado em
1873 por Brayton. Seus componentes básicos estão indicados na figura.

O ar é aspirado pelo compressor que o comprime no interior da câmara de combustão, onde o


combustível é injetado e queimado. Devido ao aumento da temperatura causado pela combustão, os
gases expandem através da turbina, provocando rotação da mesma e produzindo trabalho útil.

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Motor Wankel - Idealizado por Felix Wankel, em 1957, aperfeiçoado com a ajuda do físico Dr. Froede
foi mostrado em 1960. Em 1963 a N.S.U. apresentou um veículo equipado com esse motor e a partir de
1964 foi iniciada a venda desses veículos. O motor Wankel tem seu princípio de funcionamento descrito
abaixo.
Como é mostrado na figura abaixo, o motor Wankel possui uma carcaça fixa (estator) e um rotor
girando em seu interior (movimento epitrocoide), que além do movimento de rotação sofre também um
movimento de translação, mantendo os seus três vértices em permanente contato com o estator, mas
permitindo que as faces do rotor se afastem e se aproximem do estator. A cada volta, cada face do rotor,
realiza um ciclo motor.

Vantagens e desvantagens dos motores de combustão interna

Vantagens para o motor de combustão interna alternativo sobre instalações de turbinas de


vapor:
1. Maior eficiência máxima;
2. Menor razão de peso e volume da instalação para a potência máxima (exceto, possivelmente, no
caso de unidades maiores do que 7353 kW ou 10.000 CV);
3. Maior simplicidade mecânica;
4. O sistema de refrigeração de um motor de combustão interna transfere uma quantidade de calor
muito menor do que o condensador de uma instalação a vapor de igual potência e, normalmente, é
operada com temperaturas mais elevadas na superfície. O menor tamanho do trocador de calor é uma
vantagem nos veículos de transporte e em outras aplicações, nas quais o resfriamento deve ser feito por
meio de ar atmosférico.

Vantagens práticas da instalação a vapor sobre o motor alternativo de combustão interna


1. A instalação a vapor pode usar maior variedade de combustíveis, incluindo os sólidos;
2. Menos suscetíveis a vibrar;
3. A turbina a vapor é prática nas unidades de grande potência (de 147000 kW ou mais) em um único
eixo.

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. 71
Noções de Eletrônica e Instrumentação.

Noções de Eletrônica5

Conceitos básicos
Sabe também que tudo na vida evolui. No nosso século, a humanidade produziu tanto com a
eletricidade, que a própria eletricidade mudou, adquirindo uma nova cara: a cara da Eletrônica.
Eletrônica é um ramo da eletricidade que opera com correntes elétricas baixas, porém muito bem
controladas. Na automação, a eletrônica é mais usada no controle dos equipamentos. A eletrônica está
sempre presente no dia-a-dia. Quando você assiste a uma partida de futebol pela tevê, ouve música no
rádio ou lê um livro, como neste momento, está desfrutando de coisas que só a eletrônica é capaz de
proporcionar.
Os componentes eletrônicos vistos nesta aula são o transistor, o resistor, o capacitor, o indutor e o
diodo.

Transistor
A eletrônica moderna começou com o aparecimento do transistor em 1947. Um transistor é feito de
três camadas, geralmente de silício (elemento químico encontrado em grande quantidade na natureza).
No processo de fabricação do transistor, se uma das camadas é enriquecida com elétrons, passa a ser
chamada N; se é empobrecida, isto é, perde elétrons, vira camada P. Há dois tipos de transistores que
podem ser construídos com camadas P e N:
· transistores NPN;
· transistores PNP.

Todo transistor possui três terminais. Aquele que está ligado à camada do meio chama-se base. Os
que estão ligados às camadas das pontas, chamam-se emissor e coletor. A figura ao lado ilustra os
transistores PNP e NPN com seus símbolos.

A figura a seguir, mostra o aspecto físico de vários transistores, com a identificação dos terminais.

5
Curso de formação de operadores de refinaria - Física Aplicada - Eletricidade básica – Nestor Cortez Saavedra Filho - UNICENP – Petrobras
Telecurso 2000 - Curso Profissionalizante - Automação

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. 72
Os transistores funcionam de maneira semelhante ao registro de água. Entre coletor e emissor do
transistor aplica-se uma tensão elétrica, e entre a base e o emissor faz-se circular uma corrente, que irá
controlar a corrente entre coletor e emissor.
A corrente da base deve ser obtida por uma tensão elétrica adequada. Se a base é P, o pólo positivo
da tensão deve ser ligado na base, e o negativo no emissor. Assim, os elétrons em excesso no emissor
são acelerados em direção à base. Como a base é fina, os elétrons entram no coletor.
Assim como no registro de água o controle de abertura faz variar o fluxo de água, no transistor a
corrente de base controla a corrente entre coletor e emissor. A figura mostra como deve ser ligado um
transistor NPN, de tal forma que a corrente de base (ali chamada de IB) controle a corrente do coletor
(IC) e do emissor (IE).

Resistor
O resistor é um componente de dois terminais, feitos de carbono, película metálica, ou fio. O resistor
é usado para controlar a corrente num circuito.

Em muitas situações, é necessária uma mudança rápida da resistência elétrica, para controlar tensão
ou corrente. Você observa isto no controle de volume de um amplificador, na intensidade do brilho da
televisão ou ainda no controle da velocidade de um motor elétrico. Nesses casos, usa-se um resistor
variável, chamado potenciômetro.

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. 73
Leitura de Resistores – Código de Cores
Há resistores dos mais diversos tipos e valores de resistência. Ao escrevermos o valor de uma
resistência, há algumas convenções a serem observadas.
Alguns exemplos:
Resistência de 5 ohms: R1 = 5 Ω
Resistência de 5,3 ohms: R2 = 5R3 Ω = 5R3
Resistência de 5300 ohms: R3 = 5k3 Ω = 5k3

A colocação da letra R (Resistência) ou do prefixo k (quilo, que equivale 1000 unidades) no lugar da
vírgula é para evitar que uma falha de impressão da vírgula possa ocasionar a leitura errada da
resistência.
Embora alguns resistores tragam impressos o valor da resistência, o código de cores é muito utilizado,
já que em alguns casos os resistores são tão pequenos que impossibilitariam a leitura de qualquer
caractere impresso nele. A tabela abaixo representa o código:

http://eletronsdadepressao.blogspot.com.br

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. 74
Tomemos como exemplo um resistor que possui os seguintes anéis coloridos:

Para evitar equívocos como definir o 1º anel pela esquerda ou pela direita, ele é sempre o mais próximo
das extremidades do resistor. Na nossa figura, é o da esquerda, que é verde. Para identificarmos o valor
do resistor, tomamos as duas primeiras cores em sequência, no caso, verde e azul. Consultando a tabela,
temos 5 do verde e 6 do azul, 56.
O terceiro anel é o multiplicador, que pode ser um múltiplo (quilo, mega, etc) ou submúltiplo (deci,
centi) do valor obtido nos dois primeiros anéis. No nosso exemplo, o terceiro anel é marrom, cujo valor é
10. Assim, o valor da resistência é 56 x 10 = 560 Ω.
Finalmente, o quarto anel é a tolerância no valor da resistência, ou seja, a margem de erro admitida
pelo fabricante. No nosso resistor, o quarto anel é prata, dando uma tolerância de 10%. Assim, a leitura
de nossa resistência é:

R = (560 ± 10%) Ω

O que significa isto? Considerando-se que,


10% de 560 é 56, os valores possíveis para a resistência estariam entre:
560 – 56 = 504 Ω (valor mínimo).
560 + 56 = 616 Ω (valor máximo).

Capacitor
Este componente possui duas placas condutoras (armaduras), separadas por um material isolante
chamado dielétrico. Serve para acumular cargas elétricas.

Indutor
Indutor é uma bobina, enrolada com fios condutores em torno de um núcleo que pode ser de ferro,
ferrite ou ar. Seu efeito é o de se opor às variações de corrente elétrica num circuito, por meio do
magnetismo criado no seu interior.

Diodo
Construído com duas camadas, P e N, geralmente de silício, o diodo é um componente usado como
uma chave: a corrente elétrica (os elétrons em movimento) passa pelo diodo quando entra pela camada
N e sai pela camada P; quando se tenta fazer a corrente passar da camada P para N, o componente
fecha a passagem.

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Certos diodos emitem luz visível quando atravessados por corrente elétrica. São os LEDs (diodo
emissor de luz), feitos geralmente com fosfeto de arsenieto de gálio ou fosfeto de gálio.

Circuito de controle
Vejamos como construir um circuito de controle transistorizado para um motor de corrente contínua de
baixa potência. Quando a chave está aberta, não haverá corrente na base do transistor. Sem corrente de
base, não há corrente no coletor, e o motor fica parado, pois toda corrente que passa pelo motor deve
passar pelo coletor do transistor.
Quando a chave é acionada, começa a existir corrente de base. Os resistores R1 e R2 controlam esta
corrente. Quanto maior a corrente de base, maior a corrente entre coletor e emissor do transistor, isto é,
maior a corrente no motor. Com este circuito, conseguimos controlar a velocidade do motor, variando a
resistência do potenciômetro, que modifica a corrente de base do transistor.

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Instrumentos Elétricos Para Medições6, 7, 8, 9

Voltímetro
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma tensão elétrica.

Voltímetro

Assim como uma tensão apresenta duas modalidades distintas, a contínua e a alternada, também um
voltímetro apresentará terminais diferentes, devidamente identificados, para o emprego específico da
medição em cada modalidade.
Antes do seu emprego, deverá ser observada a capacidade máxima de leitura do instrumento tanto
para a tensão contínua como para a tensão alternada, pois nessas duas modalidades podem haver limites
distintos.
Outro aspecto que também deve ser apreciado previamente ao uso, é a escala a ser utilizada em
função da grandeza da tensão a ser medida. Na dúvida do valor a ser medido, a maior escala deverá ser
utilizada, sendo empregada a escala subsequente inferior no caso de não sensibilidade à medição.
A unidade padrão de representação da tensão é o Volt, podendo ainda o voltímetro, dependendo de
suas especificações e devido emprego, apresentar escalas em múltiplos do Volt, como o quilovolt, “kV”,
que representa 1000 V, e submúltiplos do Volt, como o milivolt, “mV”, que representa 0,001 V.
Para se realizar a medição, sua ligação ao circuito é feita pelo contato de suas ponteiras com os
terminais dos potenciais elétricos que geram a tensão, numa ligação chamada de paralela, que representa
uma ligação por um caminho alternativo à corrente no circuito.

Amperímetro
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma corrente elétrica.

Amperímetro

Assim como no caso do voltímetro, apresenta leitura para os dois tipos de corrente elétrica, a contínua
e a alternada, com terminais específicos.
Geralmente, seu campo de medição é restrito, devido principalmente aos fatores risco e robustez entre
outros, sendo suas medições restritas à grandeza de 10 A ou mesmo em limite ainda menor.
Como consequência da limitação de seu campo de medição, a unidade padrão de representação da
corrente é o Ampère, “A”, não apresentando, geralmente, múltiplos dessa unidade mas sim submúltiplos
como o miliampère, “mA”, que representa 0,001 A, e mesmo o microampère, “mA”, que representa
0,000001 A. Para se realizar a medição, sua ligação ao circuito é feita pela inserção no circuito, ligação

6
FOWLER, Richard J. Eletricidade - Princípios e Aplicações. São Paulo: Makron Books do Brasil, 1992.
7
GUSSOW, Milton. Eletricidade básica. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1985.
8
U.S. NAVY, Bureau of Naval Personnel. Curso completo de eletricidade. São Paulo: Hemus, 1980.
9
MARINHA DO BRASIL - DIRETORIA DE PORTOS E COSTAS - ENSINO PROFISSIONAL MARÍTIMO - CURSO DE FORMAÇÃO DE AQUAVIÁRIOS -
MÓDULO MARÍTIMO - CFAQ - III

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. 77
de suas ponteiras com terminais de um mesmo condutor, numa ligação chamada de série, que representa
uma ligação onde a corrente circulante é a mesma do circuito.
Alicate amperímetro
É um tipo de amperímetro especial, aplicado à medição de maiores intensidades de correntes
alternadas.

Alicate amperímetro

Seu princípio de funcionamento baseia-se no processo de indução eletromagnética, o que resolve os


problemas de periculosidade e robustez, já que a corrente em medição não circula pelo interior do
instrumento.
Sua instalação no circuito a ter sua corrente medida é feita pela abertura de garras móveis
possibilitando o envolvimento do condutor onde a medição será realizada. Em nenhum momento o alicate
amperímetro é inserido no circuito, o que torna seu emprego seguro e ágil.
Quanto aos cuidados na escolha de escala, devem ser seguidos os mesmos procedimentos do
amperímetro.

Ohmímetro
É o instrumento utilizado para medir a grandeza de uma resistência elétrica.

Ohmímetro

Dos instrumentos de medição elétrica, é o único que, obrigatoriamente, deve ser utilizado com o
circuito desenergizado.
Sua unidade básica de representação é o Ohm, “Ω“ havendo ainda escala em múltiplos, como o
quilohm, “kΩ“, que representa 1000Ω, e em submúltiplos, como o miliohm, “mΩ “, que representa 0,001Ω.
Sua instalação para efetuar a medição é feita pelo contato de suas ponteiras com os terminais da
resistência elétrica a ser medida, sempre com o circuito desenergizado.
Outro emprego para o ohmímetro é a realização do “teste de continuidade”, que consiste de, pela
medição da resistência elétrica, verificar se um condutor encontra-se íntegro ou rompido.
Estando o condutor íntegro, a resistência elétrica será mínima, praticamente “zero”. Porém, estando o
condutor rompido, o ohmímetro estará ligado como que a dois condutores distintos, compondo uma alta
resistência elétrica pela falta de continuidade.

Megohmetro
É um tipo especial de ohmímetro utilizado para medições de grandes resistências elétricas. Para tanto,
sua unidade básica de representação da resistência elétrica é o megaohm, “MW”, que representa
1000000 W, daí vindo sua designação.

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Megohmetro

Seu princípio de funcionamento é, basicamente, idêntico ao do ohmímetro, assim como também seus
cuidados operacionais.
Em termos práticos, utiliza-se um ohmímetro para se realizar medições de resistências elétricas de um
circuito, enquanto utiliza-se um megohmetro para medir resistências de isolamento elétrico.

Wattímetro
É o instrumento utilizado para se medir a grandeza da potência elétrica de um circuito. Por estar ligado
à tensão e à corrente do circuito, ou seja informações reais, sua indicação é de potência efetiva, portanto
em Watt, “W”.

Wattímetro

Normalmente possui três terminais de ligações, sendo um comum, a ser ligado num terminal do
condutor, um paralelo, ligado em relação ao comum, que medirá a intensidade da tensão no circuito, e
um série, ligado em relação ao comum, que medirá a intensidade da corrente no circuito.
No caso de um circuito de corrente contínua, sua indicação é basicamente o mesmo valor da
multiplicação do valor demonstrado pelo voltímetro pelo valor demonstrado pelo amperímetro.
Já no caso de um circuito de corrente alternada, onde a presença de um wattímetro torna-se essencial,
o valor da leitura deste dividido pelo produto dos valores das leituras do voltímetro e do amperímetro,
permitirão a determinação real do valor de grandeza do fator de potência, o “cos ϕ”, que, como já
observado, tem valor real variável.
Geralmente, sua unidade básica de representação potência elétrica é feita em quilowatt, “kW”, que
representa 1000 W.

Multímetro ou multiteste
Muito cuidado deve ser tomado com esta designação pois, a princípio, multímetro ou multiteste quer
dizer aparelho de várias medições, não havendo vínculo com o tipo de medição e nem mesmo se esta
medição se refere ao universo eletricidade.

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Multímetro

Assim, por exemplo, um multímetro ou multiteste não efetua a medição de uma tensão, que é realizada
pelo voltímetro, mas sim, pode ser composto por um voltímetro entre seus outros medidores.
Portanto, um multímetro ou um multiteste pode ser composto por um voltímetro, um amperímetro e um
ohmímetro, ou somente por um ou dois destes entre outros medidores.

Conceitos sobre normas de segurança do trabalho e uso de EPIs.

Códigos

CÓDIGOS E SÍMBOLOS DE SAÚDE E SEGURANÇA DOTRABALHO10

SST (SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO) / SMT (SAÚDE E MEDICINA NO TRABALHO)

A SST (Saúde e Segurança no Trabalho) ou SMT (Segurança e Medicina no Trabalho) visa, por
meio de leis e princípios, buscar a diminuição dos riscos existentes no ambiente de trabalho. As atividades
relacionadas com SST, temos:
PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador);
CANPAT (Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho.

MTE (Ministério do Trabalho e Emprego)

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) é um órgão de âmbito Nacional com sede em Brasília e
tem entre suas diversas funções as de:
Fiscalizar:
Os dispositivos de SST (Saúde e Segurança do Trabalho);
As NR (Normas Regulamentadoras);
Emitir o CAI (Certificado de Aprovação das Instalações) para estabelecimentos novos.

Função:
Fomentar o emprego;
Liberar o seguro desemprego;
Emitir CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social).

Dentro do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) existe a SIT (Secretaria de Inspeção do


Trabalho). A SIT é uma secretaria fiscalizadora e que edita as NR (Norma Regulamentar) de que tratam
as SST (Segurança e Saúde do Trabalho).

10
https://docslide.com.br/documents/codigos-e-simbolos-de-saude-e-seguranca-do-trabalho.html.

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. 80
Temos também, dentro do MTE a fundação pública chamada FUNDACENTRO (Fundação Jorge
Duprat e Figueiredo). Essa fundação tem como principal função a de produzir e difundir conhecimento
sobre SST(Saúde e Segurança do Trabalho).

O MTE também é auxiliado pelo SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e


Qualidade Industrial). O SINMETRO é composto por entidades como ABNT (Associação Brasileira de
Normas Técnicas) e INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

ABNT - Órgão responsável pela normalização técnica no Brasil, ou seja, elabora normas técnicas para
facilitar o comércio e fornecer base para melhorar processos.
INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) – Responsável por planejar
e executar atividades de acreditação de laboratórios de calibração e de ensaios de avaliação de
conformidade de produtos. O INMETRO é o órgão responsável por realizar testes laboratoriais em EPI
(Equipamento de Proteção Individual).

Após a aprovação nos testes, o INMETRO confere ao EPI o número de CA (Certificado de Aprovação),
o qual demonstra conformidade às exigências técnica de proteção.

SIT (SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO)

A SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) cria e edita as normas regulamentadoras de que tratam o
SST(Saúde e Segurança do Trabalho) em nível Nacional. Ela possui dois departamentos;
DEFIT (Departamento de Fiscalização do Trabalho);
DSST (Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho).

A SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) supervisiona, orienta, coordena e controla a fiscalização.

SRTE (SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL DO TRABALHO E EMPREGO) / DRT


(DELEGACIAREGIONAL DO TRABALHO

O SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), também conhecida como DRT


(Delegacia Regional do Trabalho) executa a fiscalização à nível estadual. Portanto, cada estado possui
sua unidade.
É como se fosse o braço do MTE em ação nas diversas unidades da federação.

AFT (AUDITOR FISCAL DO TRABALHO)

AFT (Auditor Fiscal do Trabalho), também conhecido como “Fiscal Azia” é um servidor público
investido de poderes para fiscalizar o cumprimento das normas de SST (Saúde e Segurança no
Trabalho) e penalizar os infratores através do AI (Auto de Infração).

CIPA (COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO)

Dentro das medidas existentes em SST para buscar a prevenção de acidentes e doenças no trabalho,
existe a obrigatoriedade de que algumas empresas implantem uma comissão formada por empregados
dos mais diversos setores do estabelecimento com a missão de atuar como vigias das condições de
trabalho. Essa comissão se chama CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho).
A obrigatoriedade de existência da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de
Trabalho) depende do número de empregados que tenha o estabelecimento.
A CIPA determina que todos os anos sejam realizados uma semana com palestras e cursos sobre
prevenção de acidentes e doenças do trabalho, a qual chamamos de SIPAT (Semana Interna de
Prevenção de Acidentes de Trabalho).
Algumas empresas ainda são obrigadas a terem um serviço chamado SESMT (Serviço Especializado
em Segurança e Medicina do Trabalho) com funções essencialmente prevencionistas e encarregado
de aconselhar o empregado e os empregados sobre os requisitos necessários para manter a segurança
e a salubridade do local de trabalho.

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OBS: A obrigatoriedade de existência do SESMT (Serviço Especializado em Segurança e Medicina
do Trabalho) depende do número de empregados que tenha no Estabelecimento e do GR (Grau de
Risco) do local.
Já nos estabelecimentos de saúde, deve existir uma comissão diferenciada: CCIH (Comissão de
Controle de Infecção Hospitalar).
PROGRAMAS DO SST (SAÚDE E SEGURANÇA DOTRABALHO)

Os programas mais importantes são o PPRA e o PCMSO, visto que são obrigatórios em todas as
empresas:
PPRA (PROGRAMA DE PREVENÇÃO A RISCOS AMBIENTAIS)

O PPRA (Programa de Prevenção a Riscos Ambientais), é um programa de segurança que visa à


preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores por meio do estudo dos riscos existentes no
ambiente do trabalho e da implementação de medidas de segurança para proteger os trabalhadores
destes riscos.

PCMSO (PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL)

O PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional) é um programa de caráter de


prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive
de natureza subclínica, além da constatação de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à
saúde dos trabalhadores. Visa garantir a saúde do conjunto de trabalhadores da empresa por meio de
várias medidas, dentre elas a submissão dos empregados a exames admissionais, periódicos e
demissionais, por exemplo. Ao ser avaliado, o médico do trabalho emitirá um atestado denominado ASO
(Atestado de Saúde Ocupacional).
As empresas são obrigadas a manter dentro do seu estabelecimento placas indicativas da
obrigatoriedade de uso do EPI.

A OIT (Organização Internacional do Trabalho) trata de assuntos de SST (Saúde e Segurança do


Trabalho) à nível internacional.

A ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists) é uma organização


Americana semelhante à nossa FUNDACENTRO, onde seus integrantes promovem pesquisas científicas
sobre SST.

EST – Engenheiro de Segurança do Trabalho;

TST – Técnico de Segurança do Trabalho;

GR – Grau de Risco;

OS – Ordem de Serviço (Avisos aos funcionários);

DDS (Diálogo Diário de Segurança) todos os dias, os TST e os EST reúne os trabalhadores para
falar sobre assuntos relacionados à SST.

Estabelecimentos de saúde deverão conter o PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de


Serviços de Saúde), que é um projeto que descreve as ações relativas ao manejo dos resíduos sólidos,
observadas suas características e riscos.
Símbolos

A NR 26 é a Norma Regulamentadora que tem por objetivo fixar as cores que devem ser usadas nos
locais de trabalho para prevenção de acidentes.

Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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Ela tem como objetivos:
• Prevenção de Acidentes;
• Identificar os equipamentos de segurança;
• Delimitar áreas;
• Identificar de Tubulações de líquidos e gases advertindo contra riscos;
• Identificar e advertir acerca dos riscos existentes.

Esse estudo das cores pode ser representado pelo Mapa de Risco do local de trabalho.

Mapa de Risco – Identificação dos riscos no Mapa

Sinalização de Segurança11

Nos locais de trabalho, devem ser empregadas cores, inclusive nas sinalizações de perigo (Artigo 200,
VIII, CLT).
Os materiais e substâncias empregados, manipulados nos locais de trabalho, quando perigosos ou
nocivos à saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro e o símbolo de
perigo correspondente, segundo a padronização internacional.
Os locais de trabalho deverão conter avisos ou cartazes, com advertência quanto aos materiais e
substâncias perigosos ou nocivos à saúde, ou seja, o mapa de risco.
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de
trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.

11
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 28ª edição. São Paulo: Atlas, 2012, p. 675-676.

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As normas quanto à sinalização de segurança são especificadas pela NR 26 da Portaria 3.214/78.
A sinalização destina-se à prevenção de acidentes, mostrando os equipamentos de segurança,
delimitando áreas, identificando as canalizações de líquidos e gases e advertindo contra riscos.

No local de trabalho, devem ser utilizadas cores.

VERMELHA Usada para indicar e distinguir equipamentos de proteção e combate a incêndio, como
hidrantes, bombas de incêndio, etc.
AMARELA Utilizada para identificar gases não liquefeitos, em canalizações, ou é empregada para
indicar cuidado, em portas, escadas, corrimões.
BRANCA Será empregada para mostrar passarelas e corredores de circulação, localização de
bebedouros, áreas destinadas a armazenagem, zonas de segurança.
PRETA Será empregada para indicar as canalizações de inflamáveis e combustíveis de alta
viscosidade (óleo lubrificante, asfalto, alcatrão, piche).
AZUL É utilizada para identificar cuidado, ficando seu emprego limitado a aviso contra uso e
movimentação de equipamentos, que deverão permanecer fora de serviço.
VERDE É usada para indicar segurança.
PÚRPURA Será usada para indicar perigos provenientes das radiações eletromagnéticas
penetrantes de partículas nucleares.
LILÁS Deverá ser usada para indicar canalizações que contenham álcalis.
CINZA- Deverá ser usada para identificar canalizações em vácuo.
CLARO
CINZA- Usada para identificar eletrodutos.
ESCURO
ALUMÍNIO Será usado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis e combustíveis
de baixa viscosidade (exemplo: óleo diesel, gasolina, querosene).
MARROM Será adotada, a critério da empresa, para identificar qualquer fluido não identificável
pelas demais cores.

Exemplos de utilização das cores no trabalho:

Outras Cores:

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LARANJA

Cores de Canalizações:

Formas das Placas

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Formas e Cores de Sinalização

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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Categorias de Sinalizações

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Sinalização de Proibição

São sinais que proíbem um comportamento suscetível de expor uma pessoa a um perigo ou de
provocar um perigo.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Sinalização de Perigo

Os sinais nesta categoria visam advertir para uma situação, objeto ou ação susceptível de originar
dano ou lesão pessoal e/ou instalações.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Sinalização de Obrigação

Os sinais incluídos nesta categoria visam prescrever um determinado comportamento.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Apostila gerada especialmente para: Juscimara Rodrigues Silva 053.357.635-07


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Sinalização de Emergência

Os sinais incluídos nesta categoria visam indicar, em caso de perigo, saídas de emergência, o caminho
para o posto de socorro ou local onde existam dispositivos de resgate.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

Sinalização de Incêndio

Os sinais inseridos nesta categoria visam indicar, em caso de incêndio, a localização dos
equipamentos de combate a incêndio à disposição do utilizador.

Fonte:https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=forums&srcid=MTM3NzE0Mjg2ODYzMDQ2NTAxMzQBMDA3MzQwNDU4MTc3Mjc2MDM5OTEBM2ZsUkNILU
RKd0FKATAuMQEBdjI.

NR 26 - Sinalização de Segurança12

26.1 Cor na segurança do trabalho


26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim
de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
26.1.2 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança,
delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra
riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.
26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão
e fadiga ao trabalhador.
26.2 Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com Dados de Segurança de Produto Químico
26.2.1 O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para
a segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização
das Nações Unidas.
26.2.1.2 A classificação de substâncias perigosas deve ser baseada em lista de classificação
harmonizada ou com a realização de ensaios exigidos pelo processo de classificação.
26.2.1.2.1 Na ausência de lista nacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas pode
ser utilizada lista internacional.
26.2.1.3 Os aspectos relativos à classificação devem atender ao disposto em norma técnica oficial
vigente.

12
Disponível em: http://trabalho.gov.br/images/Documentos/SST/NR/NR26.pdf.

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26.2.2 A rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso a segurança e saúde
dos trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.
26.2.2.1 A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou
gráficas, relativas a um produto químico, que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que
contém o produto.
26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.
26.2.2.3 Os aspectos relativos à rotulagem preventiva devem atender ao disposto em norma técnica
oficial vigente.
26.2.2.4 O produto químico não classificado como perigoso a segurança e saúde dos trabalhadores
conforme o GHS deve dispor de rotulagem preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação
do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e recomendações de
precaução.
26.2.2.5 Os produtos notificados ou registrados como Saneantes na ANVISA estão dispensados do
cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva estabelecidas pelos itens 26.2.2, 26.2.2.1, 26.2.2.2
e 26.2.2.3 da NR-26. (Inserido pela Portaria MTE n.º 704, de 28 de maio de 2015).
26.2.3 O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e
tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico
classificado como perigoso.
26.2.3.1 O formato e conteúdo da ficha com dados de segurança do produto químico devem seguir o
estabelecido pelo Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.
26.2.3.1.1 No caso de mistura deve ser explicitado na ficha com dados de segurança o nome e a
concentração, ou faixa de concentração, das substâncias que:
a) representam perigo para a saúde dos trabalhadores, se estiverem presentes em concentração igual
ou superior aos valores de corte/limites de concentração estabelecidos pelo GHS para cada
classe/categoria de perigo; e
b) possuam limite de exposição ocupacional estabelecidos.
26.2.3.2 Os aspectos relativos à ficha com dados de segurança devem atender ao disposto em norma
técnica oficial vigente.
26.2.3.3 O disposto no item 26.2.3 se aplica também a produto químico não classificado como
perigoso, mas cujos usos previstos ou recomendados derem origem a riscos a segurança e saúde dos
trabalhadores.
26.2.3.4 O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com dados de segurança
dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho.
26.2.4 Os trabalhadores devem receber treinamento:
a) para compreender a rotulagem preventiva e a ficha com dados de segurança do produto químico.
b) sobre os perigos, riscos, medidas preventivas para o uso seguro e procedimentos para atuação em
situações de emergência com o produto químico.

Referências Bibliográficas:
http://cpan.sites.ufms.br/wp-content/blogs.dir/73/files/2014/06/2014-UFMS-Grupo-D-SINALIZA%C3%87%C3%83O-Sinaliza%C3%A7%C3%A3o.pdf.

Uso de EPIs

Qualquer atividade profissional que possa gerar algum tipo de risco físico para o trabalhador deve ser
executada com o auxílio de EPI's.13
Acidentes do trabalho vem sendo algo muito comum conforme o passar dos anos. São números
assustadores que deveriam ser evitados com iniciativas simples. Empresas, organizações do ramo de
construção civil, estão liderando este cenário de acidentes.
O órgão do trabalho de risco elaborou uma pesquisa, a fim de fazer um levantamento dos acidentes
nos últimos anos. É representada uma queda das casas dos 24,3% para 7%, porém mesmo com essa
13
Disponível em: http://www.yorgos.com.br/blog/a-importancia-do-uso-de-epi.html.

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queda nos números o cenário não é positivo. As empresas demonstram descuido ou despreparo para
amparar seus colaboradores e oferecer mais segurança a fim de evitar essas causas.
Para isso separamos algumas dicas que valem muito a pena de serem seguidas e vão ajudar a sua
empresa a entrar nas normas de segurança do trabalho de risco, garantindo que seus colaboradores não
englobem essa estatística trágica.
O uso de EPI vem se tornando algo importante para evitar esse tipo problema nas empresas. Segue
logo abaixo algumas dicas e obrigações que devem ser seguidas a respeito destes equipamentos de
segurança.

O que é EPI?
Acredito que muitos não tenham o real conhecimento sobre este assunto, então vamos partir do básico.
A sigla EPI significa Equipamento de Proteção Individual e caracteriza todo equipamento de segurança
utilitário a fim de garantir a segurança do colaborador.
Existe também o EPC ou Equipamento de Proteção Coletiva que engloba todos os utensílios de
proteção local, os mais conhecidos são os extintores, sistemas de sprinters que são os chuveiros
automáticos, fitas zebradas, cones, correntes que colocamos para isolar uma área, sinais sonoros para
avisos de emergência ou eventuais sinistros.
Sendo assim o uso de EPI é importantíssimo para proteção dos funcionários, mas não se trata apenas
do simples uso destes dispositivos, se faz necessário eliminar os riscos do ambiente e contar com o uso
do EPI como sendo um último recurso em caso de acidentes.

Diferentes tipos de EPI


O uso de EPI é um fator fundamental para a segurança dos colaboradores organizacionais, contudo é
necessário saber quais os tipos de EPI existentes para fazer a implantação nas empresas. Existem
normas que regulamentam o uso de EPI e devem ser seguidas à risca.

Outro fator que deve ser destacado aqui quanto ao uso de EPI, são os fabricantes deste equipamento
de segurança. Todo material fabricado deve ter uma amostra enviada para o MTE (Ministério do Trabalho
e Emprego) que fará uma série de baterias de testes de qualidade.

Segue logo abaixo os tipos de EPI:

A - PROTEÇÃO DA CABEÇA – Capacete


O Capacete de proteção é produzido em polietileno de alta densidade garantindo proteção contra fortes
impactos. É muito comum o uso deste tipo de equipamento em obras de construção civil e fabricas
industriais.

B - PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE - Protetor Facial e Óculos de Proteção


É um item muito comum do uso de EPI, pois se trata de uma área muito exposta em nosso corpo. O
protetor facial deve garantir a cobertura de toda parte respiratória do nosso rosto, isso é do nariz a boca,
comportando uma proteção total dessa área sensível evitando a contaminação pelo ar.
Óculos de proteção também é outro fator muito importante no uso de EPI e deve ser incluso com todos
os demais itens. Este item serve para proteção contra pequenas partículas que possam entrar em contato
com nossa face ou atingir nossa visão.

C - PROTEÇÃO AUDITIVA - Protetor Auricular


É um dos mais conhecidos e utilizados já que ruídos contínuos são prejudiciais à saúde e podem
causar um grande problema com o decorrer do tempo. Outro fator também é que os barulhos nos tiram a
atenção das atividades e consequentemente atrapalhando no foco do trabalho.
Protetores articulares ou abafadores auditivos podem ser facilmente encontrado em lojas para
segurança do trabalho.

D - PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA - Máscaras e Filtros


Pensando no uso de EPI, a Proteção Respiratória sem dúvida alguma é um dos itens de segurança
indispensáveis, além de ser obrigatório nas organizações que lidam com situações de insalubridade.
Como destacado em um dos tópicos acima, máscara protetora serve para impedir o ar contaminante
atinja o funcionário.

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Essas Mascaras de Proteção possuem alguns filtros e desses existem vários tipos e níveis diferentes
que você pode identificar abaixo e ver qual vai ser melhor para utilizar na sua empresa.
• Filtro Químico VO (Vapores Orgânicos): Indicado para vapores orgânicos de até 1000 ppm ou até 10
vezes o seu limite de tolerância. Também até o acumulo de IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida e a
Saúde) o que for menor.

Exemplos: piridina, heptano, tetrahidrofurano (THF), xileno, tolueno, triclorobenzeno, acetato de etila,
acetona, éter, álcool, etílico, formaldeído.
• VO/GA (Vapores Orgânicos e Gases ácidos): Indicado para gases ácidos de até 1000ppm ou 10
vezes a sua capacidade de tolerância e também ao acumulo de IPVS menor que seja. Exemplo de Gases:
brometo de hidrogênio, cloro, peróxido de cloro, dióxido de enxofre, etc.
• Filtro combinado PE+P2: Indicado para quem trabalha com pesticidas. A aplicação de agrotóxicos
em baixo nível e lugares abertos é indicado que se use esse filtro. Filtro Químico (Amônia) indicado para
uso quem trabalha com amônia e metilamina até 1000ppm ou 10 vezes o seu limite de tolerância ou até
a concentração IPVS.

E - PROTEÇÃO DO TRONCO - Aventais


O uso de EPI se trata de proteger os colaboradores em todas as partes do corpo a fim de proteger ao
máximo contra qualquer perigo químico que seja. O avental para proteção do corpo pode ser aquele de
material feito em poliéster laminado para não haver infiltração de liquido indesejado.

F - PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES - Luvas e Mangote


A proteção de toda parte do corpo é uma norma básica do uso de EPI. Hoje devido alguns fatores do
trabalho rotineiro o uso de luvas e mangote torna-se indispensável nas tarefas. Alguns trabalhadores que
precisam do contato do tato para realizar tarefas em peças ou superfícies sólidas ou trabalhos com
líquidos mais viscosos podem optar por usar pomadas apropriadas para a segurança.
G - PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES - Calçados de Segurança e Calça de Brim
Em determinadas empresa o uso de EPI como botas e calças é obrigatório e sua falta pode gerar
multas em caso de fiscalização.

H - PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO - Uniforme


O Uniforme além de ser uma padronização da empresa, serve também como proteção aos
funcionários. Alguns uniformes são produzidos com lonas leves que resistem até a pontas agudas
evitando cortes.

I - PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL - Cadeira Suspensa, Talabarte,


Trava quedas, Cabo de Aço, Afastador e Cinto Paraquedista
Aqui vemos uma das obrigatoriedades do uso de EPI, pois trabalhos em altura talvez sejam um dos
que mais vêm tendo acidentes. É caracterizado trabalho em altura, atividades que ultrapassem uma altura
de 2 metros.

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Existem uma série de Normas para o trabalho em altura que devem ser seguidas. Caso essas normas
não sejam seguidas corretamente pela empresa em prol da segurança do colaborador, ocorrerá uma
multa muito grave.
A Norma que regulamenta os dispositivos que devem ser usados é a NBR 35 para trabalhos em altura
e de fato ela é muito assertiva, pois presa pela vida e saúde dos colaboradores em suas tarefas de
trabalho.

Qual a importância do uso de EPI?


O Uso de EPI garante que o funcionário das organizações esteja seguro em seu meio de trabalho
evitando grandes fraturas e acidentes graves.
Isso significa que o funcionário fique livre de qualquer tipo de acidente? Não. O uso de EPI é a última
medida de proteção ao colaborador. Deve ser de uso obrigatório e quem deve proporcionar esses
dispositivos de segurança é a própria empresa.
Acidentes podem acontecer, mas os cuidados proporcionados devido ao uso de EPI garantem que
esses acidentes sejam minimizados garantindo uma fácil recuperação do colaborador.

Como funcionam as NR (Normas Regulamentares)?


A norma regulamentadora ou NR, tem como fim a aplicação de todo Equipamento de Proteção
Individual (EPI) pelo colaborador. Destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e
a integridade da saúde do colaborador.
Quanto a compra dos dispositivos de uso de EPI você pode ficar atento se este é legalizado e
certificado.
Todo dispositivo de EPI, seja ele importado ou nacional deve passar por uma bateria de testes proposto
pela C.A. (Certificado de Aprovação), legalizado pelo órgão nacional responsável em matéria de
segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
E o mais básico de tudo que devemos estar cientes quanto a NR, é que o uso de EPI é uma obrigação
que a empresa ceda gratuitamente a seu funcionário esses dispositivos.

Como comprar um EPI de qualidade?


Para comprar seus equipamentos e garantir o uso de EPI para seus colaboradores, você deve ficar
atento se esses dispositivos tem a certificação de aprovação do ministério do trabalho e emprego junto
ao órgão de saúde do trabalhador.
Também é preciso que você fique muito atento aos detalhes de utilização. Caso procure uma máscara
para gases, verifique se ela atende aos requisitos do qual você precisa que ela atenda, pois existem
inúmeros modelos que servem em níveis diferentes.

Manutenção de EPI
O EPI é um produto de alto valor dependendo da qualidade e grau de segurança que você precisa na
sua organização. Existem assistências técnicas que fazem esse tipo de serviço e são preparadas para
oferecer atendimento personalizado a sua empresa oferecendo junto um seguro assistência.
Por se tratar de segurança individual é necessário que essas vistorias sejam feitas com uma frequência
continua evitando assim qualquer tipo de problema futuro.
Procure sempre manter os dispositivos limpos, isso serve para máscaras, óculos de proteção,
uniformes, luvas, mangotes e botas. Manter o EPI limpo garante uma durabilidade maior do seu produto.
Procure deixar lubrificado e limpo os dispositivos de trabalhos em altura. Revisá-los diariamente
garante que você não tenha problemas.

Saúde e Segurança do Trabalho para Operador de Sistema de Água e Esgotos

O Operador de Sistema de Água e Esgotos executa atividades de operação, manutenção e controle


dos sistemas de águas e esgotos nos processos de produção.

Fonte:http://www.prosafe.com.br/getfile?MONITOR=NO&FL=OGVjYzM2OGM0Mzk5ZDdlMzg5NzNmMWJhOWY4M2FmOTA0NmQyODBmMF9mbF8xMjk0LlB
ERg.PDF.

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Abaixo estão selecionadas as descrições dos perfis que os Operadores de Água e Esgotos têm como
função:

Operar conjunto e grupo moto-bomba, geradores


• Efetuar e controlar o tratamento da água e efluentes
• Realizar manutenção
• Executar serviços de manutenção em adutoras
• Executar serviços de extensões de redes
• Auxiliar as equipes de manutenção e eletromecânica
• Executar serviços de limpeza e manutenção
• Entregar as faturas de consumo de água
• Efetuar a medição de consumo de água e registro de irregularidades
• Fiscalizar ramais
• Relacionar-se com o cliente
• Executar serviços de ligação, instalação de hidrômetros
• Estabelecer a comunicação com colaboradores
• Fazer a reposição de pavimentação
• Manter atenção sobre higiene e segurança do trabalho
• Manter e controlar os equipamentos
• Conduzir motocicletas
• Executar outras atividades
Para o exercício de todas essas atividades é estritamente necessário a utilização de Equipamentos
de Proteção:

• Capacete de segurança
• Óculos de segurança
• Protetores auriculares (tipo concha ou plug)
• Máscara e respiradores
• Protetores faciais
• Aventais
• Macacão e/ou jardineira impermeável tipo saneamento
• Luvas impermeáveis/ de raspa de couro
• Luvas para eletricidade para baixa e alta tensão
• Calçados de segurança
• Capa de chuva
• Cinto de segurança

Fonte:http://www.prosafe.com.br/getfile?MONITOR=NO&FL=OGVjYzM2OGM0Mzk5ZDdlMzg5NzNmMWJhOWY4M2FmOTA0NmQyODBmMF9mbF8xMjk0LlB
ERg.PDF.

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Equipamentos de proteção individual (EPI) são todos dispositivos de uso individual, destinados a
proteger a integridade física do trabalhador.

Questões

01 (UFF - Engenheiro Civil) Existe um método de determinação da qualidade de um curso d'água


que mede a quantidade de oxigênio necessária para que microrganismos aeróbios mineralizem a matéria
orgânica carbonada de uma amostra, sob determinadas condições. Esse teste tem grande utilidade na
determinação do grau de poluição de cursos de água, no estudo de cargas poluidoras e na avaliação da
eficiência dos sistemas de tratamentos. Esse teste mede o(a):

(A) OD;
(B) DQO;
(C) DBO;
(D) pH;
(E) SS.

02 (UNISOCIESC - Companhia Águas de Joinville - Operador de Estação) A demanda bioquímica


da água é importante fator para avaliar se a mesma possui ou não grande carga orgânica dissolvida.
Como balizador deste parâmetro está a demanda química de oxigênio, pois guarda uma relação entre
seus valores. Pode-se dizer que quando a DBO é alta:
(A) A DQO será sempre inferior.
(B) Existirá igual possibilidade da DQO ser superior ou inferior a DBO.
(C) Foi eliminada a matéria orgânica do meio.
(D) A DQO será maior ainda.
(E) Necessitará de uma DQO baixa para compensar

03(FCC -MPU - Analista Pericial – Antropologia) A DBO e a DQO são métodos para caracterizarem
efluentes quanto à carga de poluentes.
I. Substâncias, como cloretos dissolvidos nos efluentes, influenciam no resultado da DQO, sendo
necessária uma correção levando em conta este problema.
II. Enquanto que na determinação da DQO se utiliza um oxidante forte como uma mistura de dicromato
de potássio e ácido sulfúrico, na determinação da DBO, o oxidante utilizado é o oxigênio e a oxidação
requer a interferência de bactérias.
III. A determinação da DBO, para um mesmo efluente, é sempre mais rápida do que a determinação
da DQO.
IV. A diferença entre a DQO e a DBO indica aproximadamente a porcentagem de matéria orgânica
não biodegradável presente no efluente.
V. DQO e DBO medem a quantidade de oxigênio dissolvido nos efluentes através de processos
químicos e biológicos respectivamente.
Sobre estes métodos é correto o que se afirma em

(A) I, II, III, IV e V.


(B) I, II, III e V, apenas.
(C) I, II e IV, apenas.
(D) III, IV e V, apenas.
(E) I e II, apenas.

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04(BIO-RIO - IF-RJ - Tecnólogo - Gestão Ambiental- 2015) A Demanda Química de Oxigênio,
identificada pela sigla DQO, é um parâmetro importante nos estudos de caracterização de esgotos
sanitários e de efluentes industriais. Ela avalia a quantidade:
(A) de oxigênio dissolvido (OD) necessário para ocorrer a redução da matéria orgânica biodegradável.
(B) de componentes ligados ao oxigênio e que podem servir como precursores de substâncias tóxicas.
(C) total de componentes reduzíveis, seja nitrogênio, enxofre ou fósforo, provenientes de detergentes.
(D) de oxigênio dissolvido (OD) consumido em meio ácido que leva à degradação de matéria orgânica.
(E) de substâncias livres de oxigênio e que podem permitir o crescimento de organismos patogênicos.

05(CESPE - POLÍCIA CIENTÍFICA - PE - Perito Criminal - Engenharia Agronômica- 2016) Alguns


parâmetros físicos, químicos e biológicos são utilizados para caracterizar a qualidade da água e indicar
possíveis contaminações dos corpos d’água. A respeito dos indicadores de qualidade de água, é correto
afirmar que:
(A) os compostos nitrogenados, como nitrito e nitrato, podem indicar o grau de estabilização da matéria
orgânica.
(B) a cor da água é decorrente da presença de materiais em suspensão, finamente divididos ou em
estado coloidal.
(C) a clorofila-a é utilizada raramente como indicadora da biomassa fitoplanctônica presente na água.
(D) valores elevados da relação DBO/DQO são indicativos de efluentes menos facilmente
biodegradáveis.
(E) a bactéria Escherichia coli não é um indicador de contaminação fecal.

06. Sobre o Código Sanitário Estadual, julgue o item a seguir:

As ações de vigilância sanitária e epidemiológica serão desenvolvidas através de métodos científicos,


mediante pesquisas, monitoramento através da análise da situação, mapeamento de pontos críticos e
controle de riscos.
( ) Certo
( ) Errado

07. A política de recursos humanos da Secretaria de Estado da Saúde deverá manter atividade de
capacitação permanente dos profissionais que atuam em vigilância sanitária e epidemiológica, de acordo
com os objetivos e campo de atuação das mesmas.
( ) Certo
( ) Errado

08. É permitida a reciclagem de resíduos sólidos infectantes gerados por estabelecimentos prestadores
de serviços de saúde.
( ) Certo
( ) Errado

09. A comercialização dos produtos importados de interesse à saúde ficará sujeita à prévia autorização
da autoridade sanitária competente.
( ) Certo
( ) Errado

10. Os estabelecimentos de assistência à saúde deverão possuir quadro de recursos humanos


legalmente habilitados, em número adequado à demanda e às atividades desenvolvidas.
( ) Certo
( ) Errado

11. Vigilância Epidemiológica é o conjunto de ações que proporcionam o conhecimento, a detecção


ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual e
coletiva, com a finalidade de adotar ou recomendar medidas de prevenção e controle das doenças e
agravos à saúde.
( ) Certo
( ) Errado

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12. É dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência, comprovada ou
presumível, de doença e agravos à saúde de notificação compulsória, nos termos do artigo anterior.
( ) Certo
( ) Errado

13. Os atestados de vacinação obrigatória não poderão ser retidos por qualquer pessoa natural ou
jurídica.
( ) Certo
( ) Errado

14. Existindo indícios de que o óbito tenha ocorrido por doença transmissível, a autoridade sanitária
determinará a realização de necropsia.
( ) Certo
( ) Errado

15. O órgão de vigilância sanitária que interditar estabelecimentos de interesse à saúde ou suas
subunidades, deverá publicar edital de notificação de risco sanitário em Diário Oficial e veículos de grande
circulação.
( ) Certo
( ) Errado

16. (Banco do Brasil – Médico do Trabalho – CESGRANRIO) A elaboração do mapa de riscos é


uma atribuição da(o)

(A) SESMT, com auxílio dos membros da CIPA.


(B) CIPA, com auxílio dos trabalhadores e do SESMT.
(C) SESMT, com auxílio dos trabalhadores.
(D) médico coordenador do PCMSO.
(E) responsável pelo PPRA, pois o mapa é parte integrante deste.

17. (Prefeitura de Canavieira – Vigia – IMA/2015) Sobre os aspectos gerais relacionados ao Mapa
de Riscos, assinale a única alternativa INCORRETA.

(A) É um instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de conformidade com as


suas sensibilidades.
(B) O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação tipicamente quantitativa dos
riscos existentes nos locais de trabalho.
(C) É a representação gráfica dos riscos por meio de círculos de diferentes cores e tamanhos,
permitindo fácil elaboração e visualização.
(D) São objetivos do Mapa de Risco: reunir as informações básicas necessárias para estabelecer o
diagnóstico da situação da segurança e saúde no trabalho na empresa, e possibilitar, durante a sua
elaboração, a troca e a divulgação de informações entre os trabalhadores, bem como estimular sua
participação nas atividades de prevenção

18. (SES/PR – Técnico de Segurança do Trabalho – IBFC/2016) De acordo com o que está disposto
na Norma Regulamentadora N°26 (NR26; 26.1.4) que regulamenta sobre as normas de sinalização de
segurança, sobre as cores que devem ser adotadas na segurança do trabalho, está INCORRETO o que
se afirmar em:

(A) As cores a serem adotadas para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, possuem
a finalidade de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
(B) A utilização de cores adotadas na sinalização de segurança não dispensa o emprego de outras
formas de prevenção de acidentes.
(C) O uso de cores deve ser potencializado o máximo possível, a fim de alertar o trabalhador.
(D) As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar
áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos,
devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais.

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19. (EBSERH – Engenheiro de Segurança do Trabalho – IADES/2015) De acordo com a Norma
Regulamentadora no 26 (NR 26), que diz respeito à sinalização de segurança, assinale a alternativa
correta.

(A) A utilização de cores dispensa o emprego de qualquer outra forma de prevenção de acidentes.
(B) As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança e as
tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases são escolhidas aleatoriamente pelo
empregador.
(C) O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e
fadiga ao trabalhador.
(D) O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a
segurança e saúde dos trabalhadores, de acordo com os critérios estabelecidos pela Comissão Interna
de Prevenção de Acidentes (CIPA).
(E) A rotulagem preventiva de produtos químicos utilizados no local de trabalho não necessita conter
palavras de advertência nem pictogramas de perigo.

20. (Prefeitura de Jandira – Enfermeiro do Trabalho – IBFC/2016) De acordo com a norma


regulamentadora 26 (NR 26), que trata da sinalização de segurança, a rotulagem preventiva é um
conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico,
que deve ser afixada, impressa ou anexada à embalagem que contém o produto. Sobre rotulagem
preventiva, é incorreto afirmar:

(A) A rotulagem preventiva deve conter pictograma(s) de perigo.


(B) A rotulagem não deve conter preventiva frase (s) de perigo.
(C) A rotulagem preventiva deve conter palavra de advertência.
(D) A rotulagem preventiva do produto químico classificado como perigoso à segurança e saúde dos
trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas.

21. (Ceron/RO – Técnico em Segurança do Trabalho – EXATUS/2016) Assinale a alternativa que


está correta em relação a NR-26, item 26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes
elementos:

(A) Identificação e composição do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência;


frase(s) de perigo; frase(s) de precaução; informações suplementares.
(B) Identificação do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência; informações
suplementares.
(C) Identificação e composição do produto químico; pictograma(s) de perigo; palavra de advertência.
(D) Indicação do nome, a informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e
recomendações de precaução.

22. (CASAN – Técnico de Segurança do Trabalho – INSTITUTO AOCP/2016) Sobre a sinalização


de segurança, conforme a NR-26, assinale a alternativa correta.

(A) O uso de cores é uma medida efetiva para a sinalização. O uso de cores não possui probabilidade
de causar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
(B) Na ausência de lista internacional de classificação harmonizada de substâncias perigosas, pode
ser utilizada lista nacional, com pictograma de dano do produto químico.
(C) O produto químico utilizado no local de trabalho deve ser classificado quanto aos perigos para a
segurança e a saúde dos trabalhadores de acordo com os critérios estabelecidos pelo Sistema Universal
Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização das Nações Unidas.
(D) O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar
disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado
como perigoso.
(E) Os trabalhadores devem receber treinamento para compreender a rotulagem corretiva e a ficha
com dados de segurança do produto químico.

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23. (SABESP – Agente Saneamento – FCC) Numa estação de tratamento de água e esgoto, é comum
a utilização de produtos químicos que podem estar acondicionados em sacarias de até 60 Kg, bombonas
plásticas de até 50 litros ou tambores de até 200 litros. A norma regulamentadora (NR) que rege a
atividade no que tange ao transporte de materiais, independentemente de periculosidade, é a

(A) NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.


(B) NR 11 − Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.
(C) NR 16 – Atividades e Operações Perigosas.
(D) NR 12 − Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos.
(E) NR 21 − Trabalho a Céu Aberto.

24. (EBSERH – Engenheiro de Segurança do Trabalho – IBFC/2016) De acordo com a NR-11, é


correto afirmar que:

(A) Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos
(B) Os equipamentos de transporte motorizados com capacidade superior a 1 tonelada, deverão
possuir sinal de advertência visual
(C) É permitido transporte manual de sacos, através de pranchas, sobre vãos inferiores a 1,00m (um
metro) de extensão, desde que as pranchas tenham largura mínima de 0,40m (quarenta centímetros)
(D) As pilhas de sacos, nos armazéns, devem ter altura máxima limitada a 3,00m (três metros) baseada
na geometria, tipo de amarração e inclinação mais desfavoráveis
(E) Na operação manual de carga e descarga de sacos, em caminhão ou vagão, o trabalhador terá o
auxílio de ajudante, quando a distância exceder 80,00m (oitenta metros)

25. (IFB – Professor – IFB/2017) Na avaliação da adaptação das condições de trabalho às


características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do
trabalho, visando melhorar as condições laborais, conforme estabelecido na Norma Regulamentadora
(NR):

(A) NR 5.
(B) NR 6.
(C) NR 7.
(D) NR 9.
(E) NR 17.

26. (EBSERH – Engenheiro de Segurança do Trabalho – INSTITUTO AOCP/2015) Em relação à


NR 17 – Ergonomia –, assinale a alternativa correta.

(A) Trabalhador jovem designa todo trabalhador com idade inferior a trinta anos e maior de dezoito
anos.
(B) Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves, deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar, com
vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.
(C) Deverá ser exigido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível
de comprometer sua saúde ou sua segurança.
(D) Para as atividades em que os trabalhos devem ser realizados sentados, a partir da análise
ergonômica do trabalho, o comprimento da perna do trabalhador deverá se adaptar ao mobiliário, portanto
pessoas pequenas ou grandes demais não poderão trabalhar nesse mobiliário.
(E) Em todos os locais de trabalho deve haver iluminação adequada, apropriada à natureza da
atividade, exceto quando o empregador passar por uma crise financeira.

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27. (Prefeitura de Poá – Engenheiro de Segurança do Trabalho – VUNESP/2015) A Ergonomia
(A) é a disciplina que, aplicada à organização do trabalho de um sistema produtivo, obriga considerar,
entre outros aspectos, as normas de produção, o modo operatório, a exigência de tempo, a determinação
do conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das tarefas.
(B) fundamenta-se, na análise do levantamento de cargas, em estudos desenvolvidos em outras áreas
do conhecimento, como a fisiologia e a biomecânica, que apontam como risco principal do excesso de
carga a força de cisalhamento do disco L5/S1 na coluna vertebral.
(C) aplicada na análise da atividade, mais especificamente na determinação do conteúdo do tempo,
tem o propósito exclusivo de avaliar o impacto à saúde causado por demandas cognitivas superiores
àquelas suportáveis pelo operador padrão.
(D) antropométrica, que se observava na Administração Científica do Trabalho, considera que a
adequação do posto de trabalho às características métricas e biomecânicas do operador é independente
dos fatores organizacionais, ambientais e sociais.
(E) aplicada à organização do trabalho foi conceituada, em 1959, pela American Ergonomics Society,
como o conjunto de conhecimentos empíricos e científicos relacionados ao homem e imprescindíveis à
adaptação de instrumentos, máquinas e dispositivos que proporcionem conforto, segurança e eficiência.

28. (EBSERH – Técnico em Enfermagem – INSTITUTO AOCP/2015) Qual é a Norma


Regulamentadora que estabelece os princípios de ergonomia?
(A) NR- 23.
(B) NR- 21.
(C) NR- 17.
(D) NR- 16.
(E) NR- 7.

29. (IF/RJ - Fonoaudiólogo - BIO-RIO/2015) A Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) define


a ergonomia como sendo o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o
ambiente para intervenções e projetos que visem melhorar de forma integrada e não dissociada a
segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades humanas (BRASIL, 2002). No âmbito
internacional, a ergonomia é dividida em três domínios de especialização; são eles:
(A) ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional.
(B) ergonomia corporal, ergonomia psíquica e ergonomia do trabalho.
(C) ergonomia estrutural, ergonomia emocional, ergonomia do trabalho.
(D) ergonomia física, ergonomia emocional e ergonomia organizacional.
(E) ergonomia corporal, ergonomia cognitiva e ergonomia do trabalho.

30. (CVM - Analista - Recursos Humanos – ESAF) Marque a única informação sobre ergonomia que
está incorreta.
(A) Ergonomia física: está relacionada com as características da anatomia humana, antropometria,
fisiologia e biomecânica em sua relação à atividade física. Os tópicos relevantes incluem o estudo da
postura no trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculoesqueletais
relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e saúde.
(B) Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio
e resposta motora conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema. Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, interação homem computador, estresse e treinamento conforme esses se
relacionem a projetos envolvendo seres humanos e sistemas.
(C) Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sociotécnicos, incluindo suas
estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem comunicações,
gerenciamento de recursos de tripulações (domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização
temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho
cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, teletrabalho e gestão da qualidade.
(D) Os Ergonomistas contribuem para o planejamento, projeto e a avaliação de tarefas, postos de
trabalho, produtos, ambientes e sistemas de modo a torná-los compatíveis com as necessidades,
habilidades e limitações das pessoas.
(E) A Ergonomia (ou Fatores Humanos) é uma disciplina científica relacionada ao entendimento das
interações entre os seres humanos, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim
de otimizar o bem estar humano.

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31. Qual das alternativas abaixo NÃO apresenta um EPI?

32. (UFF – Técnico em Equipamento Médico-Odontológico – COSEAC/2015) São considerados


equipamentos de proteção individual:
(A) abafador de ruído e cone de sinalização.
(B) grade dobrável e tapete de borracha.
(C) botina de couro e luva isolante.
(D) máscara filtradora e aterramento temporário.
(E) manga isolante e guarda-corpo.

33. (EMBASA – Analista – IBFC/2015) Não é um equipamento de proteção individual:


(A) Capacete para proteção do crânio e face contra agentes térmicos.
(B) Capuz para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica.
(C) Luvas para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água.
(D) Capa para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de
operações com uso de água.

34. (Prefeitura de Cascavel/PR – Segurança do Trabalho – CONSULPLAN/2016) Diversos são os


equipamentos de proteção individual específicos para proteção de membros inferiores (pernas),
EXCETO:
(A) Calça para proteção das pernas contra agentes térmicos.
(B) Calça para proteção das pernas contra agentes químicos.
(C) Calça para proteção das pernas contra agentes biológicos.
(D) Calça para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes.
(E) Calça para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água.

35. (IF/CE – Técnico – IF/CE/2017) São equipamentos de proteção individual (EPIs):


(A) protetor auricular, capacete, capela química, touca para cabelos.
(B) extintor de incêndio, capacete, luvas de látex, máscara de proteção.
(C) luvas de látex, touca para cabelos, máscara de proteção, protetor auricular.
(D) Óculos de proteção, capela química, chuveiro de emergência, touca para cabelos.
(E) Chuveiro de emergência, luvas de látex, máscara de proteção, capacete.

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Respostas
01 Resposta: C
02 Resposta: D

03 Resposta: C
I. Substâncias, como cloretos dissolvidos nos efluentes, influenciam no resultado da DQO, sendo
necessária uma correção levando em conta este problema. (CORRETA)
II. Enquanto que na determinação da DQO se utiliza um oxidante forte como uma mistura de dicromato
de potássio e ácido sulfúrico, na determinação da DBO, o oxidante utilizado é o oxigênio e a oxidação
requer a interferência de bactérias. (CORRETA)
III. A determinação da DBO, para um mesmo efluente, é sempre mais rápida do que a determinação
da DQO. (ERRADA)
Correção >>> É exatamente o contrário, o método químico (DQO) tem duração de 2 a 3 horas,
enquanto que o método bioquímico (DBO) equivale ao tempo de 5 dias. Sendo assim, a DQO é bem mais
rápida que a DBO.
IV. A diferença entre a DQO e a DBO indica aproximadamente a porcentagem de matéria orgânica
não biodegradável presente no efluente. (CORRETA)
V. DQO e DBO medem a quantidade de oxigênio dissolvido nos efluentes através de processos
químicos e biológicos respectivamente. (ERRADA)
Correção >>> A definição de DBO é um referente a Demanda bioquímica de oxigênio.

04 Resposta: D
Demanda Química de Oxigênio, identificada pela sigla DQO, avalia a quantidade de oxigênio dissolvido
(OD) consumido em meio ácido que leva à degradação de matéria orgânica, sendo essa biodegradável
ou não. É neste ponto que ela se diferencia da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), onde é medida
a quantidade de oxigênio necessária para ocorrer a oxidação da matéria orgânica biodegradável.

05 Resposta: A
A demanda nitrogenada (nitratos e nitritos) é um processo de transformação da matéria orgânica que
permitem determinar a DBO. A DBO é o parâmetro mais empregado para medir a poluição; quanto maior
o grau de poluição, maior a DBO.

06. Resposta: Certo.


Art. 3º

07. Resposta: Certo.


Art. 6º.

08. Resposta: Errado.


De acordo com o disposto no art. 26 da Lei n. 10.083/98 fica proibida a reciclagem de resíduos sólidos
infectantes gerados por estabelecimentos prestadores de serviços de saúde.

09. Resposta: Certo.


Art. 44.

10. Resposta: Certo.


Art. 53.

11. Resposta: Certo.


Art. 61.

12. Resposta: Certo.


Art. 65.

13. Resposta: Certo.


Art. 77.

14. Resposta: Certo.


Art. 84.
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15. Resposta: Certo.
Art. 91.

16. Resposta: B.
A CIPA terá por atribuição, identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos,
com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver.

17. Resposta: B.
Mapa de Risco é uma representação gráfica de um conjunto de fatores presentes nos locais de
trabalho, capazes de acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores: acidentes e doenças de trabalho.

18. Resposta: C.
26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão
e fadiga ao trabalhador.

19. Resposta: C.
26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão
e fadiga ao trabalhador.

20. Resposta: B.
26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.

21. Resposta: A.
26.2.2.2 A rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos:
a) identificação e composição do produto químico;
b) pictograma(s) de perigo;
c) palavra de advertência;
d) frase(s) de perigo;
e) frase(s) de precaução;
f) informações suplementares.

22. Resposta: D.
26.2.3 O fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e
tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico
classificado como perigoso.

23. Resposta: B.
NR 11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.

24. Resposta: A.
11.1.4 Os carros manuais para transporte devem possuir protetores das mãos.

25. Resposta: E.
NR 17 – ERGONOMIA: 17.1. Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que
permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores,
de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.

26. Resposta: B.
17.2.3. Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá utilizar,
com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes.

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27. Resposta: A.
Ergonomia14 vem do grego ergon, que significa trabalho e nomos, que quer dizer normas, ou seja,
normas para organizar o trabalho.
Ergonomia é a ciência que estuda as relações do homem com seu trabalho sob o aspecto
psicofisiológico.

28. Resposta: C.
A NR 17 da Portaria nº 3.214/78 estabelece regras para as condições de trabalho relacionadas com
levantamento, transporte e descarga de materiais.

29. Resposta: A
No âmbito internacional, a ergonomia é dividida em três domínios de especialização; são eles:
ergonomia física, ergonomia cognitiva e ergonomia organizacional.

30. Resposta: E
Segundo a Associação Brasileira de Ergonomia – Abergo (2013), Em agosto de 2000, a Associação
Internacional de Ergonomia – IEA adotou a definição oficial de ergonomia, como sendo uma disciplina
científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e diferentes elementos
ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos com o objetivo de
aperfeiçoar o bem estar humano e o desempenho global do sistema. Não podemos dizer que a ergonomia
é a ciência que estuda as interações entre os seres humanos! A ergonomia estuda a relação dos homens
com as maquinas, equipamentos e com o ambiente (ou seja, a relação do homem com os diferentes
elementos e sistemas).

31. B
32.C
33. D
34. C
35. C

14
MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 31ª edição. São Paulo: Atlas, 2015, p. 727-728.

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