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CURSO DE BIOMEDICINA E FARMÁCIA


Laboratório de Bioquímica Metabólica
Ano: 3o/4 o Semestre
Professor: Mara Lúcia Zucheran Silvestri de Carvalho
2018

NOME DO ALUNO: ________________________________TURMA:____________

O LABORATÓRIO
A palavra laboratório provém da união de duas palavras
latinas: labor = trabalho + oratorium = lugar de reflexão.
Assim, o laboratório é um local de muito trabalho e muita
concentração. Este ambiente é um recinto construído
especialmente para a execução de experiências,
adequado para o trabalho experimental de Biologia e
Química. Resultados tais que podem ser utilizados para
uma série de estudos, visando o entendimento de
fenômenos químicos e de organismos além de nós
mesmos. Pelo grau de sua importância, faz-se
necessário que haja um mínimo conhecimento de como é
um laboratório, como se trabalha nele, os cuidados que
se deve ter e a aparelhagem básica nele existente.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs)

A maioria das pessoas já ouviu falar a respeito de EPIs. Estes tão comentados
Equipamentos de Proteção Individual devem ser utilizados pelos alunos e/ou profissionais
em todas as situações que possam oferecer qualquer tipo de risco físico ou psicológico. Os
EPIs são acessórios indispensáveis em escolas, universidades, fábricas, processos de
construção, indústrias, laboratórios, ambientes ruidosos e lugares que estejam susceptíveis
à contaminação.
Mas o que realmente é um EPI? Qual a sua finalidade e por que eles devem ser utilizados?
Caso essas e outras dúvidas a respeito dos equipamentos de proteção individual não
estejam esclarecidas, não se preocupe! Vamos detalhá-los ao longo das aulas....

De acordo com a Norma Regulamentadora NR 6, é considerado Equipamento de Proteção


Individual todo acessório ou produto de uso individual utilizado que tem como finalidade
protegê-lo de riscos ou ameaças à segurança e à saúde. Os EPIs incluem itens como:
aventais de manga longa, óculos de proteção, protetores auriculares, abafadores de som,
máscaras, capacetes, luvas, cintos de segurança, protetor solar entre outros acessórios de
proteção dependendo sempre qual a atividade
desenvolvida..

AVENTAIS DE MANGA LONGA - Existem diversos


tipos de aventais de segurança, eles proporcionam ao
usuário a segurança adequada nas atividades com
produtos químicos, respingos de líquidos aquecidos,
além de protegerem a vestimenta contra a umidade
proveniente do trabalho com água e outros.
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ÓCULOS DE PROTEÇÃO - Utilizado com a
finalidade de proteger os olhos contra possíveis
respingos de substâncias corrosivas e/ou tóxicas que
possam causar lesão ao globo ocular.

LUVAS - Existem vários tipos e materiais.

Luvas de Latex
Por tem um baixo custo as Luvas de Látex geralmente são as mais
usadas nos ramos e atividades de serviço a saúde. Fabricada de
borracha natural a Luva descartável de Látex são confortáveis e oferecem
uma boa barreira de proteção. A única desvantagem dessa luva é a
sensibilidade a reações alérgicas que pode apresentar após o uso das
Luvas Descartáveis de Látex. As reações alérgicas variam de mediana a
grave. Pode ser apresentada apenas por uma coceira,
urticária. Confortáveis e maleáveis, não prejudicam o tato, excelente para
atividades em áreas molhadas e imersão, evitando a penetração de líquidos.
Tem seu uso recomendado para Indústria alimentícia, química, agroindustrial e higienização.

Luvas de Vinil
A Luva De Vinil, é um produto mais robusto e em alguns casos
pode ser reutilizada, além de ser econômica. As Luvas de Vinil,
são comumente utilizadas em indústrias onde as bactérias e vírus
podem ser transmitidos. As indústrias alimentícias utilizam em
grande escala essa luva de vinil porque são mais acessíveis e
muito eficazes em conter a propagação de germes, bactérias e
vírus. Ou seja, são mais fortes que as Luvas de Látex e mais
econômicas também. A luva de vinil é uma substância sintética
que muito raramente causa uma reação alérgica.

Luvas de Nitrila ou Nitrílicas


As luvas “Azuis” como são conhecidas comercialmente são as Luvas
Nitrílicas. Diferente das Luvas de Látex elas são muito mais
resistentes a materiais corrosivos, óleos e alguns ácidos.
Por não conter as proteínas do Látex, é a mais indicada em casos de
alergias ao Látex. Pois as Luvas Nitrílicas são fabricadas de borracha.
Diferente das outras luvas descartáveis as luvas de borracha de
nitrilio, Nitrílica, possuem baixa resistência ao atrito, ou seja, as vezes
no momento da colocação da Luva, pode ser que seja necessário
passar algum talco hipoalergênico nas mãos.
Por ter um alto grau de flexibilidade e resistência a solventes essas Luvas Nitrílicas são
fabricadas com ampla variedade de tamanhos, texturas, comprimentos e espessuras de
mangas. E geralmente as luvas nitrílicas são fabricadas na cor azul.
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EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPCs)

Já os EPCs são itens fixos ou móveis, instalados no local de trabalho para a proteção
coletiva de todos os indivíduos. Entre os principais Equipamentos de Proteção Coletiva
destacamos os cones, fitas e placas de sinalização, alarmes, plataformas, grades e
dispositivos de bloqueio, barreiras contra luminosidade e radiação, exaustores, corrimão,
capela etc. Uma das vantagens dos EPCs é que são mais eficientes e não
proporcionam incômodo ao indivíduo. Outro fator importante é que os Equipamentos de
Proteção Coletiva resguardam a integridade física de outros funcionários e de terceiros
presentes no laboratório.

CAPELA - Local adequado para o manuseio de reagentes


tóxicos que desprendam gases, para determinadas reações
químicas que também venham a apresentar desprendimento
de gases tóxicos ou ainda risco de explosão.

CHUVEIRO DE EMERGÊNCIA E LAVA-OLHOS - Utilizado em situações de emergência em


que algum produto químico tenha entrado em contato com a superfície corporal e/ou os
olhos.
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EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO

As atividades de laboratório exigem por parte dos alunos não só o conhecimento das peças
e aparelhos utilizados mas também o emprego correto de cada um deles. Portanto, antes de
qualquer coisa, é necessário que se observe bem cada uma das peças, memorize sua forma
e conheça sua utilidade.
Apresentamos a seguir a função dos equipamentos mais utilizados em um laboratório e
Ensino médio:
OBS: AS FOTOS E ESQUEMAS APRESENTADOS ESTÃO FORA DE ESCALA.

MATERIAIS DE LABORATÓRIO

ALMOFARIZ E PISTILO - Empregados para triturar e pulverizar sólidos.

ANEL OU ARGOLA - Preso à haste do suporte universal, sustenta o funil na filtração


universal.

APARELHAGEM DE DESTILAÇÃO -
Montagem de aparelhos para uma
destilação. É utilizado, um condensador
reto, uma alonga, um balão volumétrico,
um adaptador para destilação e uma
manta aquecedora.
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BALANÇA - Utilizada para efetuar medidas de peso de substâncias, sendo possível uma
determinada precisão de massa. É a balança mais utilizada em laboratórios qualitativos.

BALÃO DE DESTILAÇÃO - Destinado a destilação, pode ter um ou dois gargalos.

BALÃO DE FUNDO CHATO - Utilizado como recipiente para conter líquidos ou soluções, ou
mesmo, fazer reações com desprendimento de gases. Pode ser aquecido sobre o TRIPÉ
com TELA DE AMIANTO.
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BALÃO DE FUNDO REDONDO - Nele são aquecidos líquidos e reações com liberação de
gases. Para aquecê-lo, use o tripé, argola com a proteção da tela de amianto.

BALÃO VOLUMÉTRICO - É utilizado para realizar reações sem


aquecimento, no entanto, ele também pode ser aquecido, com
uma manta aquecedora ou até mesmo adaptações com bico de
Bunsen.

BASTÃO DE VIDRO - baqueta ou bagueta. Haste


maciça de vidro com que se agitam misturas,
facilitando reações. É utilizado, principalmente para
ajudar na dissolução de substâncias
sólidas em líquidas.
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BÉQUER OU BECKER- Apropriado para


reações, dissolução de substâncias,
precipitações e aquecimento de líquidos. Para
levá-lo ao fogo, use tripé com a proteção da
tela de amianto.

BICO DE BUNSEN - Também conhecido como bunsen. É


a fonte de aquecimento mais empregada em laboratório.
No entanto não se deve utilizá-lo para aquecer
substâncias inflamáveis, para isso, deve-se utilizar uma
chapa elétrica.
Quando se usa o bico de Bunsen, deve-se primeiramente
fechar a entrada de ar; em seguida, um fósforo deve ser
aceso perto do ponto mais alto da câmara de
mistura, daí, a válvula de gás pode ser aberta,
dando origem a uma chama grande e amarela que
desprende fuligem. Esta chama não tem uma
temperatura suficiente para o aquecimento de
substância alguma, para conseguir uma
chama mais "quente", a entrada de ar deve
ser aberta até que se consiga uma chama azul; isto ocorre
porque o oxigênio mistura-se com o gás, tornando a queima deste mais eficiente.

BURETA - Tubo cilíndrico e graduado que possui uma torneira em uma extremidade. Tal
torneira permite controlar a vazão de saída com absoluto rigor e precisão. Utilizada para
adicionar volumes conhecidos de um líquido e na medição de pequenos volumes, como
exemplo em titulações.
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CADINHO - Geralmente é feito de porcelana. Serve para calcinação (aquecimento a seco e


muito intenso) de substâncias. Poder ser colocado em contato direto com a chama do bico
de Bunsen ou apoiado sobre o triângulo de porcelana ou tela de amianto. Suporta altas
temperaturas, dependendo do material que foi feito.

CÁPSULA DE PORCELANA - Empregada na evaporação de líquidos em soluções.

CONDENSADOR - Dispositivo para liquefazer vapores. É utilizado como método de


separação na destilação de soluções.
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CONTA GOTAS - É utilizado para retirar pequenas quantidades de volume de líquidos de


soluções.

COPO GRADUADO OU CÁLICE - Tem forma cônica e seu fundo é arredondado com vidro
espesso sendo apropriado para o preparo de soluções (a frio) com o auxílio do bastão de
vidro. É usado para medidas não rigorosas de volumes e normalmente quando esses são
maiores que 60mL.

DESSECADOR - Nele se guardam substâncias sólidas para secagem. Sua atmosfera


interna deve conter baixo teor de umidade, para isso, se utilizam agentes secantes, como
sílica gel com vácuo.
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ERLENMEYER - Utilizado em titulação, aquecimento de líquidos,


dissolução de substâncias e realização de reações. Quando aquecê-lo,
empregue o tripé com a proteção da tela de amianto.

ESPÁTULAS E
COLHERES - Utilizadas
para transferência de
sólidos, são encontradas
em aço inox, porcelana, níquel,
plástico e ossos.

ESTANTE DE TUBOS DE ENSAIO - Utilizado para colocação dos tubos de ensaio. Existem
diferentes tipos de estante tendo formatos diferentes e podendo ser feitas de plástico,
madeira ou ferro

FRASCOS DE VIDRO - Podem existir nos mais diversos tamanhos, cores e materiais e
utiliza se para armazenamento de substâncias. Nos frascos de cor âmbar são colocadas as
substâncias que se decompõem em presença da luz. Nos frascos brancos são colocadas as
soluções que não se decompõem em presença da luz.
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FUNIL - O funil é utilizado para filtração, sendo que para filtrações mais delicadas
(geralmente, em análises quantitativas), emprega-se o funil analítico, que tem diâmetro
pequeno e haste maior. Às vezes, o analítico apresenta internamente estrias no cone e na
haste. O papel de filtro é utilizado para filtrações quando acoplado a um funil e pode ter
porosidade variável.

FUNIL DE BUCHNER - Utilizado para realização de


filtragem à vácuo, é empregado juntamente com o kitassato.

FUNIL DE SEPARAÇÃO, DECANTAÇÃO OU DE BROMO - Utilizado na separação de


misturas de líquidos imiscíveis.

FUNIL PARA SÓLIDOS - É utilizado para direcionamento de sólidos à um recipiente com a


abertura reduzida.
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GARRA - Espécie de braçadeira que prende o condensador (ou outras peças, como balões,
erlenmeyers etc.) à haste do suporte universal.

KITASSATO - Compõe a aparelhagem das filtrações a vácuo. Sua saída lateral se conecta a
uma trompa de vácuo. É utilizado para uma filtragem mais veloz, e também para secagem
de sólidos precipitados.

LAMPARINA – É outra fonte de calor usada para aquecimentos


mais brandos.

MANGUEIRA - usada para conectar e transportar a água para o condensador, ou outras


utilidades.
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MUFA - Adaptador para prender peças ao suporte.

PINÇA DE MOHR E PINÇA DE HOFMANN - Servem para reduzir ou obstruir a passagem


de gases ou líquidos em tubos flexíveis.

PINÇA DE MADEIRA - Utilizada para segurar tubos de ensaio em aquecimento, evitando


queimaduras nos dedos.

PINÇA METÁLICA OU TENAZ - Serve para manipular objetos aquecidos.


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PISSETA - Frasco para lavagem de materiais e recipientes por meio de jatos de água, álcool
e outros solventes.

PIPETA GRADUADA E PIPETA VOLUMÉTRICA - São utilizadas para medir com exatidão
e transferir pequenos volumes de líquido. (Nunca se deve pipetar líquidos com a boca, utilize
uma "pera" ou pipetador de borracha para puxar o líquido).
Consiste em um bastão de vidro estreito e oco que permite a medição ou transferência de
volumes precisos. Existem dois tipos de pipetas, as graduadas e as volumétricas.
As graduadas possuem escala e permitem a captação de volumes variados. Já as
volumétricas possuem um bulbo central e um aferidor acima do bulbo que permite a
captação de um volume único predeterminado sendo mais precisas que as graduadas.
As pipetas graduadas possuem uma ou duas listras em suas extremidades superiores que
permitem sua divisão em parciais ou totais respectivamente.
Nas pipetas parciais não se deve descartar a última gota que fica na pipeta. Já nas pipetas
totais a gota final deve ser descartada através de um sopro ou de mecanismos do pipetador.
As graduações nas pipetas são variadas sendo apresentadas também na extremidade
superior. O primeiro número mostra o volume total da pipeta e os dois números seguintes
referem-se à escala. Por exemplo: 5 in 1/10 significa que o volume total da pipeta é de 5mL
e sua escala é de 0,1mL.
Limites de erro em pipetas (mL)

Capacidade (até) Limite de erro


2 0,006
5 0,01
10 0,02
30 0,03
50 0,05
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PIPETA PASTEUR - Usada, dentre outros fins, para lavagem de vidrarias com solventes
não-aquosos ou então para transferências de pequenos volumes de líquidos.

PIPETADOR DE BORRACHA OU PERA - Utensílio


que é acoplado na extremidade da pipeta para sugar o
líquido necessário. Os pipetadores podem ser do
tipo roldana ou as peras.

Os do primeiro tipo possuem uma roda que ao ser


deslizada para cima suga o líquido e este vai sendo
descartado através de um “botão”. Quando se
estiver trabalhando com pipetas totais deve-se
apertar a extremidade deste pipetador para
descartar a última gota. Tais pipetadores são
utilizados de acordo com suas cores sendo o
amarelo para volumes de até 0,2ml; o azul para
volumes de até 2ml; o verde para volumes até 10ml e
o vermelho para volumes até 25ml.

PLACAS DE PETRI - Possui diversos usos em um laboratório entre eles Usada em cultura
de micro-organismos.
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PLACA ELÉTRICA E AGITADOR - É utilizada para o aquecimento de substâncias de uma


forma em geral, principalmente as substâncias inflamáveis. Esta é a forma mais comum e
segura de aquecimento em um laboratório de química, atualmente. Ela também pode ser
utilizada para o agitamento de soluções, aquecidas ou não adicionando se barras
magnéticas.
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AGITADOR DE TUBOS TIPO VORTEX COM VELOCIDADE VARIÁVEL - Acionamento
automático quando o tubo é pressionado, perpendicularmente, na plataforma ou
funcionamento continuo com velocidade variável. Importante utilizar volumes menores
do que a metade da altura dos tubos. Observar atentamente se os tubos não estão
danificados ou trincados.

PROVETAS - São cilindros graduados empregados nas medições aproximadas de volumes


de líquidos, sendo pouco rigorosas. Sua capacidade varia de 5mL a 2.000mL e podem ser
de vidro ou polipropileno. Nunca deve ser aquecida. Para volumes menores e mais precisos
deve-se usar a pipeta.

ROLHAS E FURADORES DE ROLHAS - Jogo de furadores utilizado para produzir orifícios


de diferentes diâmetros em rolhas de cortiça ou de borracha.
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SUPORTE UNIVERSAL - É empregado em várias operações, para sustentação de peças.

TELA DE AMIANTO - Serve para evitar o aquecimento direto de vidros refratários


distribuindo o calor do bico de gás de forma uniforme.

TERMÔMETRO - usado nas medidas de temperatura. Sempre checar os limites para


medição e a escala.

TRIÂNGULO DE PORCELANA - Suporte para cadinhos de porcelana colocados em contato


direto com a chama do bico de Bunsen.
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TRIPÉ DE FERRO – Sustentação utilizada com a tela de amianto para aquecimento de
várias vidrarias.

TUBO DE ENSAIO - Empregado para reações em pequena escala, principalmente testes de


reação. Com cuidado, pode ser aquecido diretamente na chama do bico de Bunsen.

VARETA DE VIDRO - Cilindro oco, feito de vidro de


baixo ponto de fusão. Interliga peças como balões,
condensadores, erlenmeyers etc.

VIDRO DE RELÓGIO - Peça côncava para evaporação


em análises de líquidos. Para aquecê-lo, use tripé com
tela de amianto.

BOM TRABALHO !!

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