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SET 1989 NBR 10738


Água - Determinação de
surfactantes aniônicos pelo
ABNT-Associação
Brasileira de
método espectrofotométrico
Normas Técnicas do azul-de-metileno
Sede:
Rio de Janeiro
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NORMATÉCNICA

Método de ensaio
Origem: Projeto 01:602.04-006/1989 (MB-3031)
CEET - Comissão de Estudo Especial Temporária de Meio Ambiente
CE-01:602.04 - Comissão de Estudo de Análises Orgânicas
NBR 10738 - Water - Determination of anionic surfactants by methylene blue
spectrophotometric method - Method of test
Copyright © 1989,
ABNT–Associação Brasileira
Descriptors: Water. Anionic surfactants. Spectrophotometric method
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Água. Surfactantes aniônicos. Método 7 páginas
Impresso no Brasil espectrofométrico
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO APHA/AWWA/WPCF - Standard methods of the


1 Objetivo examination of water and wastewater
2 Documentos complementares
3 Definições 3 Definições
4 Aparelhagem
5 Execução do ensaio
6 Resultados Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de
3.1 a 3.4.

1 Objetivo
3.1 Surfactante
1.1 Esta Norma prescreve o método espectrofotométrico
do azul-de-metileno para a determinação de surfactantes Composto orgânico que apresenta, na mesma molécula,
aniônicos em amostras de água, efluentes domésticos e um ou mais grupos estruturais que têm afinidade pela fase
industriais. em que a molécula está dissolvida e um ou mais gru-pos
que não têm tal afinidade. Com relação ao grupo hidrófilo,
1.2 Nesta Norma aplicam-se os seguintes procedimentos: os surfactantes classificam-se em:
a) procedimento A - com extração simples;
a) catiônicos;
b) procedimento B - com pré-tratamento dos reagen-
tes e extração.
b) aniônicos;
Os dois procedimentos aplicam-se à determinação de
surfactantes apenas acima de 0,025 mg/L. c) não-iônicos;

Nota: O procedimento B apresenta maior exatidão.


d) anfóteros.
2 Documentos complementares
3.2 Surfactante aniônico
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:

NBR 9898 - Preservação e técnicas de amostragem Aquele que possui um ou mais grupos polares que, quando
de efluentes líquidos e corpos receptores - Método de dissolvidos ou dispersos em água, apresentam cargas
ensaio negativas.
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2 NBR 10738/1989

3.3 Substâncias ativas ao azul-de-metileno (SAAM) 5.2 Interferentes

Todas as substâncias que possuem um grupo aniônico 5.2.1 Compostos orgânicos que complexam o azul-de-
forte e outro hidrófobo, capazes de formar um composto metileno (tais como sulfonatos, sulfatos, fosfatos, carbo-
com o cátion azul-de-metileno, extraível em solvente. xilatos e fenóis) e inorgânicos que formam íons pares com
o azul-de-metileno (como cianato, nitrato, tiocianato e cloreto)
causam interferências positivas.
3.4 Alquil sulfonato linear (ASL)
5.2.2 Materiais catiônicos, como aminas, proteínas e com-
Surfactante aniônico, resultante da sulfonação de um postos quaternários de amônia, são considerados como
benzoalquilado linear. interferências negativas, pois reagem com o surfactante,
concorrendo com o azul-de-metileno.
4 Aparelhagem
5.2.3 Material particulado pode acarretar interferência ne-
gativa através da absorção dos surfactantes.
4.1 Vidraria, materiais e equipamentos para os métodos
AeB
5.2.4 Elevados teores de sulfeto ocasionam a descolo-ração
do azul-de-metileno.
a) espectrofotômetro para uso a 652 nm, provido de
cubetas calibradas com tampa e caminho óptico de 5.3 Reagentes e soluções
10 mm;
5.3.1 Método A
Nota: Alternativamente, poderá ser utilizado fotômetro
de filtro com caminho óptico de 10 mm, provido 5.3.1.1 Solução-estoque de ASL (Alquil Sulfonato Linear)
de filtro vermelho com transmitância máxima próxima
de 652 nm. Pesar uma quantidade igual a 1,00 g de ASL que tenha
100% de matéria ativa. Dissolver em água e diluir até 1000
b) pipetas graduadas de 10 mL; mL (1mg ASL/mL). Guardar em refrigerador para minimizar
a biodegradação. Para ASL com menos de 100 g de
matéria ativa, ver 5.3.2.5.
c) balão volumétrico de 50 mL e 1000 mL;
5.3.1.2 Solução-padrão de ASL
d) bureta de 25 mL;
Diluir 10,00 mL da solução-estoque de ASL para
e) proveta graduada de 100 mL com tampa; 1000 mL com água. Preparar no momento do uso.

Nota: 1,00 mL contém 10,0 µg ASL.


f) provetas graduadas de 10 mL, 25 mL, 50 mL, 100
mL e 500 mL;
5.3.1.3 Solução indicadora de fenolftaleína alcoólica

g) funis de separação de 250 mL, 500 mL e 2000 mL, Dissolver 0,5 g de fenolftaleína p.a. em 50 mL de álcool
com tampa e torneira de PTFE; etílico ou isopropílico p.a. 95% e diluir a 100 mL com água
destilada.
h) béqueres de 50 mL, 100 mL, 150 mL, 250 mL,
500 mL e 1000 mL; 5.3.1.4 Solução de hidróxido de sódio 1 N

i) funil de vidro; Dissolver 40 g de hidróxido de sódio p.a. (NaOH) em água


destilada e completar a 1000 mL.
j) lã de vidro;
5.3.1.5 Ácido sulfúrico concentrado p.a. (H2SO4)

Nota: Lavar previamente a lã de vidro com clorofórmio 5.3.1.6 Solução de ácido sulfúrico 1 N
p.a. (CHCl3) para remoção de interferentes.
Adicionar cuidadosamente, com agitação, 28 mL de ácido
l) balança analítica. sulfúrico concentrado p.a. (H2SO4) em água destilada e
completar a 1000 mL.
5 Execução do ensaio
5.3.1.7 Clorofórmio p.a. (CHCl3)

5.1 Princípio dos métodos Nota: Os vapores de clorofórmio são tóxicos. Recomenda-se seu
manuseio em capela.
O surfactante aniônico associa-se com o cátion intensa-
mente colorido do azul-de-metileno, formando um com-plexo 5.3.1.8 Fosfato diácido de sódio monoidratado p.a.
extraível no clorofórmio. (NaH2PO4.H2O)
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5.3.1.9 Reagente azul-de-metileno ser tomada:

Dissolver 100 mg de azul-de-metileno p.a. em 100 mL de 100


água destilada. Transferir 30 mL da solução de azul-de- m =
% M.A.
metileno para um béquer de 1000 mL. Adicionar 500 mL de
água destilada, 6,8 mL de ácido sulfúrico concentrado p.a.
Guardar a solução em frasco de vidro, com tampa, em um
(H2SO4) e 50 g de fosfato diácido de sódio mono-idratado,
refrigerador com temperatura abaixo de 5°C. Verificar
p.a. (NaH2PO4.H2O). Agitar até completa dis-solução e diluir
quinzenalmente a concentração da solução por titulação
a 1000 mL com água destilada.
com indicador misto.

5.3.1.10 Solução de lavagem 5.3.2.6 Solução-padrão de ASL

Adicionar 6,8 mL de ácido sulfúrico concentrado p.a. Diluir 10,00 mL da solução-estoque de ASL (5.3.2.5) a 1000
(H2SO4) a 500 mL de água destilada. Adicionar 50 g de mL com água. Preparar diariamente.
fosfato diácido de sódio monoidratado p.a. (NaH2PO4.H2O),
agitar até completa dissolução e diluir a 1000 mL com água Nota: 1,00 mL contém 10,0 µg ASL.
destilada.
5.3.2.7 Solução de etanol a 10%
5.3.1.11 Solução de peróxido de hidrogênio a 30% (H2O2)
Diluir 10 mL de etanol p.a. (C2H5OH) a 100 mL com água
5.3.2 Método B
destilada.

5.3.2.8 Solução de ácido sulfúrico 10 N


5.3.2.1 Solução-tampão de borato alcalino (pH = 10,4)

Em um béquer contendo aproximadamente 500 mL de água


Dissolver 19,0 g de tetraborato de sódio decaidratado destilada, cautelosamente e sob constante agitação,
(Na2B4O7.10H2O) p.a. em água destilada e transferir a um acrescentar 278 mL de ácido sulfúrico concentrado p.a.
balão volumétrico de 1000 mL. Deixar um volume sufici- (H2SO4). Esfriar à temperatura ambiente e transferir para
ente de água a ser adicionado no balão, para dissolver 4,00 um balão volumétrico de 1000 mL. Completar o volume com
g de hidróxido de sódio p.a. (NaOH) em lentilhas. Elevar o água destilada.
volume da solução combinada (0,05 M para te-traborato de
sódio e 0,1 M para hidróxido de sódio) a 1000 mL com água. 5.3.2.9 Solução-estoque de indicador misto
A solução pode ser guardada em um frasco de vidro com
tampa de polietileno, sendo estável por um mês. Pesar 0,5 g de brometo de 3,8 diamino 5 metil 6 fenil-
fenantridínio(1) em um béquer de 50 mL. Pesar 0,250 g de
5.3.2.2 Solução de ácido sulfúrico 1 N sal sódico de hidróxido de N [4-[[4-(Dietilamino) fenil] (2, - 4
- dissulfofenil)metileno] 2,5 - cicloexadieno - 1 - ilideno] - N -
Adicionar 28 mL de ácido sulfúrico p.a. (H2SO4) concen- Etiletanamínio(2) em um segundo béquer. Adicionar 30 mL
trado a aproximadamente 500 mL de água destilada. Es- de etanol a 10% (5.3.2.7), quente, em cada béquer. Transferir
friar e elevar o volume a 1000 mL com água destilada. as duas soluções para um balão volumétrico de 250 mL e
completar o volume com etanol a 10% (5.3.2.7).

5.3.2.3 Clorofórmio p.a. (CHCl3)


5.3.2.10 Solução de indicador misto

Nota: Os vapores do clorofórmio são tóxicos. Pipetar 20 mL da solução-estoque (5.3.2.9) e transferir para
um balão volumétrico de 500 mL. Juntar aproxima-damente
5.3.2.4 Solução de azul-de-metileno 200 mL de água destilada, 10 mL de ácido sulfú-rico 10 N
(5.3.2.8) e completar o volume com água des-tilada.
Dissolver 0,250 g de azul-de-metileno em água destilada e
diluir a 1000 mL. Guardar em frasco de vidro, com tampa de 5.3.2.11 Solução padronizada de cloreto de N, N-dimetil-N [2-
vidro e preferivelmente no escuro. Esta solução é es-tável [2- [4- (1, 1, 3, 3-tetrametil butil] fenoxi] etoxi] etil] benzeno
por muitas semanas. metanoamínio(3), (C27H42ClNO2) a 0,004 M

Dissolver 1,8 g da solução padronizada acima em


5.3.2.5 Solução-estoque de ASL (Alquil Sulfonato Linear)
200 mL de água destilada, transferir quantitativamente para
um balão volumétrico de 1000 mL e completar o volume.
Dissolver 1,0 g de ASL em água destilada e elevar o vo-
lume a 1000 mL em balão volumétrico. Para ASL com menos 5.3.2.12 Lauril sulfato de sódio p.a. (C12H25NaSO4)
de 100% de matéria ativa (M.A.), pode ser usada a seguinte
expressão para determinar a massa (m) do surfactante a

(1)
Também conhecida como dimidium bromide.
(2)
Também conhecida como disulphine blue.
(3)
Também conhecida como Hyamine 1622.
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5.3.2.13 Solução de hidróxido de sódio 1 N (5.3.1.4) reagente azul-de-metileno (5.3.1.9). Agitar o funil
vigorosamente por 30 s, tendo o cuidado de abrir a torneira
5.3.2.14 Solução de fenolftaleína alcoólica (5.3.1.3) do funil algumas vezes durante a agitação. Deixar que as
duas fases se separem. Excessiva agitação pode causar
5.4 Procedimento formação de emulsão. Se persistir a emulsão, adicionar
pequeno volume de álcool isopropílico (< 10 mL). Adi-cionar
5.4.1 Limpeza do equipamento o mesmo volume de álcool isopropílico para as soluções-
padrão. Algumas amostras requerem um período maior para
a) os funis de separação usados na extração do sol- a separação das fases. Após a sepa-ração das fases, girar
vente devem ser limpos através de sucessivas la- lentamente o funil e aguardar nova separação de fases.
vagens com água fria de torneira e água destilada;
5.4.3.5 Transferir a camada de clorofórmio para um se-gundo
b) ocasionalmente, uma lavagem mais rigorosa com funil de separação. Enxaguar a haste do primeiro funil de
metanol pode ser necessária; separação com pequenas quantidades de clo-rofórmio
(5.3.1.7). Repetir a extração mais duas vezes, usando 10
c) os balões volumétricos usados para coletar os ex- mL de clorofórmio (5.3.1.7).
tratos de azul-de-metileno devem ser lavados com
porções de 10 mL de metanol e então enxaguados 5.4.3.6 Juntar os extratos de clorofórmio no segundo funil de
com apenas 1 mL ou 2 mL de clorofórmio. Os funis separação. Adicionar 50 mL da solução de lavagem
pequenos para filtração devem ser lavados com (5.3.1.10) e agitar fortemente por 30 s. Não devem se for-
metanol e deixados para secar; mar emulsões neste estágio. Deixar separar as duas fa-
ses. Após a separação das duas camadas, deslocar as
d) os outros materiais de vidro devem ser limpos, gotículas aderidas na parede do funil de separação.
usando-se uma solução de ácido clorídrico 10%, Transferir a fase de clorofórmio, filtrando-a através de lã de
água de torneira e água destilada. vidro (4.1-j) para um balão volumétrico de 100 mL. O filtrado
deve ser claro. Extrair a solução de lavagem mais duas
5.4.2 Amostragem vezes com 10 mL de clorofórmio (5.3.1.7) de cada vez e
adicionar ao balão através da lã de vidro (4.1-j). Enxaguar a
A coleta e a preservação da amostra para análise de sur- lã de vidro e o funil com clorofórmio (5.3.1.7). Coletar as
factantes aniônicos devem ser executadas conforme lavagens no balão volumétrico, diluir à marca com
a NBR 9898. clorofórmio e misturar bem.

5.4.3 Método A - Extração simples 5.4.3.7 Efetuar uma prova em branco com água destilada,
processando conforme 5.4.3.1 a 5.4.3.6.
5.4.3.1 para análise de água, efluentes domésticos e in-
dustriais, selecionar um volume de amostra, adequado à 5.4.3.8 Ler a absorvância a 652 nm, usando o branco
concentração de surfactante aniônico esperada, con-forme como referência.
a Tabela 1.
5.4.3.9 Preparar padrões de surfactantes na faixa de
Tabela 1 - Seleção da amostra em função da 10 µg a 200 µg, conforme a Tabela 2, pela diluição da
concentração de surfactante aniônico solução-padrão de ASL (5.3.1.2) em balão volumétrico de
esperada 100 mL. Processar cada padrão conforme 5.4.3.3 a 5.4.3.8.
Tabela 2 - Padrões de surfactantes na faixa de 10 µg a
Concentração esperada de Amostra
200 µg
surfactante aniônico
(mg/L) (mL) Concentração Volume de solução (5.3.1.2), a elevar
de ASL a 100 mL com água destilada
0,025 - 0,080 400 (µg) (mL)
0,080 - 0,40 250 0 (branco) 0
0,4 - 2,0 100 10 1,0
2,00 - 10,0 20 30 3,0

Nota: Para volumes inferiores a 100 mL, diluir a amostra com água 50 5,0
destilada a 100 mL. 70 7,0
5.4.3.2 Se for necessário, evitar a descoloração do azul- de- 90 9,0
metileno por sulfetos e adicionar cinco gotas de pe-róxido
110 11,0
de hidrogênio (5.3.1.11).
130 13,0
5.4.3.3 Colocar a amostra no funil de separação e adi-cionar,
150 15,0
gota a gota, solução de hidróxido de sódio 1 N (5.3.1.4) até
tornar a solução alcalina à fenolftaleína. Eli-minar a cor rosa, 200 20,0
adicionando, gota a gota, a solução de ácido sulfúrico 1 N
5.4.3.10 Construir uma curva de transmitância ou absor-
(5.3.1.6).
vância x µg ASL.
5.4.3.4 Adicionar 10 mL de clorofórmio (5.3.1.7) e 25 mL de
Notas: a) Opcionalmente, pode-se fazer a regressão linear dos
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pares absorvância/concentração e, com a equação obtida, tratado (5.4.4.1) a ambos os funis. Fechar cada
elaborar uma tabela. frasco;

b) Nova curva de calibração deve ser elaborada cada vez


que sejam preparados novos reagentes ou após alguma c) adicionar 15 mL de clorofórmio (5.3.2.3) no funil de
alteração do aparelho. separação de cima. Agitar o funil por 1 min de
preferência no plano horizontal. Despressurizar o
5.4.4 Método B - Pré-extração, extração alcalina seguida de funil, abrindo a torneira em área bem ventilada. Deixar
extração ácida que as fases se separem tanto quanto pos-sível e
girar o funil para retirar as gotas de cloro-fórmio
5.4.4.1 Tratamento do reagente azul-de-metileno aderidas às paredes;

a) colocar em um funil de separação de 2000 mL, 10


Nota: É bom inclinar o funil e girá-lo vagarosamente em
mL da solução de azul-de-metileno (5.3.2.4), 10 mL
um eixo quase horizontal para retirar as gotículas
da solução de borato alcalino (5.3.2.1) e 100 mL de
presas às paredes.
água destilada para cada determinação a ser
efetuada. Adicionar 60 mL de clorofórmio (5.3.2.3).
Agitar o funil e liberar a pressão gerada pela agitação d) deixar em repouso pelo menos por 2 min e passar
do clorofórmio. Continuar a agitação por 30 s e (tanto quanto possível) a fase de clorofórmio para o
esperar até que as fases se separem; segundo funil de separação, contendo azul-de-
metileno acidificado. Agitar o conteúdo do funil como
b) descartar a fase de clorofórmio (os primeiros ex- descrito em 5.4.4.2-c) e deixar que as fases se
tratos são geralmente de coloração vermelha-púr- separem;
pura intensa, como resultado de extração dos pro-
dutos de oxidação do azul-de-metileno. A remoção e) deixar em repouso pelo menos por 2 min transferir a
desta impurezas do azul-de-metileno resulta em uma fase de clorofórmio através de um funil analítico
elevada reprodutibilidade e sensibilidade para as pequeno contendo algodão que tenha sido ume-
análises subseqüentes). Lavar a fase aquo-sa sem decido com uma pequena quantidade de clo-rofórmio
agitação com 10 mL a 20 mL de clorofórmio (5.3.2.3) (1 mL) para um balão volumétrico de
e desprezar a lavagem. Repetir a extração do 50 mL;
reagente azul-de-metileno com duas outras porções
de 60 mL de clorofórmio (5.3.2.3) com uma lavagem
(10 a 20 mL) entre elas. Se a terceira extração estiver Nota: Não deixar que gotas da fase aquosa passem
colorida, fazer uma quarta ex-tração. Entretanto, se pela torneira do funil de separação.
houver necessidade de mais extrações, isto
provavelmente sugeriria que o pH do tampão de f) repetir 5.4.4.2-c) e 5.4.4.2-e);
borato alcalino estivesse muito alto;
g) lavar o algodão do funil com cerca de 1 a 2 mL de
Nota: Deve ser obtido um extrato de clorofórmio com
clorofórmio (5.3.2.3) após a transferência completa
absorvância ao redor de 0,03.
dos extratos de clorofórmio ao balão volumétrico.
c) após a extração final, assegurar que todo o cloro- Remover o funil analítico e elevar os extratos com-
fórmio aderido às paredes do funil seja removido por binados cuidadosamente ao volume final de
meio de agitação vigorosa (esta operação ne-cessita 50 mL, com clorofórmio (5.3.2.3);
ser repetida mais de uma vez). Se neces-sário,
deixar que um pouco de azul-de-metileno já tratado h) medir a absorvância dos extratos de clorofórmio das
passe através de torneira do funil para assegurar amostras em branco em celas de 10 mm, usan-do
uma remoção de clorofórmio tão com-pleta quanto clorofórmio (5.3.2.3) como referência a 652 nm.
possível.
Nota: Lavar as celas com clorofórmio, após cada leitura.
5.4.4.2 Extração das amostras

a) colocar os funis de separação de 250 mL um em 5.4.4.3 Preparação da curva de calibração


cima do outro. No funil de cima colocar um volume
adequado de amostra, de preferência não exce- 5.4.4.3.1 Padronização da solução mencionada em 5.3.2.11
dendo 50 mL e contendo cerca de 10 µg a 100 µg do
material aniônico ativo. Adicionar algumas gotas de
solução de hidróxido de sódio 1 N (5.3.2.13) e Pesar analiticamente ao redor de 0,12 g de lauril sulfato de
fenolftaleína (5.3.2.14). Eliminar a cor, gotejando sódio p.a. (5.3.2.12). Dissolver com 20 mL de água destilada.
solução de ácido sulfúrico 1 N (5.3.2.2). Se neces- Transferir quantitativamente para um balão vo-lumétrico de
sário, elevar o volume total, aproximadamente 100 mL. Completar o volume com água des-tilada e pipetar
50 mL, com água destilada. Para cada série de 10 mL desta solução para uma proveta de 100 mL com
amostras, efetuar uma determinação em branco com tampa. Adicionar 20 mL de água destilada, 15 mL de
50 mL de água destilada; clorofórmio (5.3.2.3) e 10 mL de solução de in-dicador misto
(5.3.2.10). Titular com a solução de (5.3.2.11), 0,004 M,
b) adicionar ao funil de baixo 50 mL de água destilada e agitando fortemente após cada adição do titulante, até o
3 mL da solução de ácido sulfúrico 1 N (5.3.2.2). aparecimento de uma coloração azul nítida, sem traços de
Adicionar 60 mL do reagente azul-de-metileno pré-
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violeta na fase de clorofórmio. O fator de correção da solução (0 - 100 µg) em uma série de funis de separação de
é calculado pela seguinte expressão: 250 mL. Elevar os padrões em cada caso a aproximada-
mente 50 mL com água destilada e efetuar o procedimento
de 5.4.4.2-a) a 5.4.4.2-h). Deduzir a absorvância do branco
W.P. (amostra com volume “0”de ASL) das leituras das soluções-
fc =
V . 0,004 . 0,2884 . 100 padrão e preparar uma curva, relacionando absorvância
deduzida contra microgramas de ASL.
Onde:
Notas: a) Opcionalmente pode-se fazer a regressão linear dos pares
fc = fator de correção da solução absorvância/concentração e, com a equação obtida,
elaborar uma tabela.
W = massa de lauril sulfato de sódio, em g
b) Nova curva de calibração deve ser elaborada cada vez
P = pureza do lauril sulfato de sódio, em %
que forem preparados novos reagentes ou após alguma
alteração nos aparelhos.
V = volume da solução de 5.3.2.11 gasto na ti-
tulação, em mL
6 Resultados
0,2884 = miliequivalente do lauril sulfato de sódio
6.1 Cálculo e expressão dos resultados
Nota: Fazer a padronização em triplicata.
6.1.1 Método A
5.4.4.3.2 Determinação da porcentagem de matéria ativa (MA)
do ASL
Ler na curva de calibração as µg de ASL correspondentes
Pesar analiticamente ao redor de 4,0 g de ASL em às absorvâncias medidas.
Erlenmeyer de 250 mL. Dissolver com 50 mL de água quente
sob agitação. Adicionar cerca de 100 mL de água à µg ASL aparente
temperatura ambiente. Transferir a solução para balão SAAM (mg / L) =
mL amostra original
volumétrico de 500 mL, completar com água destilada e
agitar. Pipetar 100 mL dessa solução para um segundo
balão volumétrico de 500 mL, completar com água des- O resultado é expresso em termos de substâncias ativas
tilada e agitar. Pipetar 5 mL desta solução para proveta ao azul-de-metileno, ou seja, em termos de ASL aparente.
graduada de 100 mL com tampa e diluir com água até cerca Expressar SAAM calculado como ASL, massa molecular.
de 30 mL. Adicionar algumas gotas de fenolftaleína e, se
necessário, neutralizar com solução de hidróxido de sódio 6.1.2 Método B
0,1 N até obter uma cor rósea. Adicionar 10 mL da solução
de indicador misto (5.3.2.10) e 15 mL de clorofórmio (5.3.2.3). 6.1.2.1 Subtrair a absorvância do branco das leituras da
Agitar o frasco e iniciar a titulação com a solução de 5.3.2.11, amostra. As faixas típicas de absorvância para a prova em
adicionando 1,0 mL a cada vez e agitando fortemente após branco são (0,010 a 0,020) (celas 10 mm). Valores de branco
cada adição. Prosseguir nessa forma até aproximadamente maiores que estes sugerem contaminação do equipamento
1,0 mL antes do ponto final (neste ponto a fase de clorofórmio (por exemplo, funis de separação/celas ópticas, etc.) e/ou
adquire uma cor rosa forte). Então, adicionar o titulante, pré-tratamento inadequado do azul-
gota a gota, agi-tando fortemente após cada adição, até o de-metileno. O branco deve ser visualmente incolor. Se o
ponto final. Este é o primeiro ponto em que a cor rosa deixa valor do branco for maior do que o máximo prescrito acima,
a fase de clorofórmio, que adquire uma fraca coloração então o teste deverá ser repetido. A absorvância corrigida é
rosa-azu-lada. calculada pela seguinte expressão:

Nota: Uma coloração azul ou azul-acinzentada indica que o ponto A corrig. = Aa - Ab


final foi ultrapassado.
Onde:
O ASL é calculado pela seguinte expressão:

% MA = V . 0,004 . fc . PM . 50 W1 Aa = absorvância da amostra

Onde: Ab = absorvância branco


% MA = percentagem de matéria ativa de ASL
6.1.2.2 O fator de inclinação (f) da curva de calibração
V = volume de solução de 5.3.2.11, em mL previamente preparada é calculada pela seguinte ex-
pressão:
W1 = massa de amostra de ASL, em g

PM = massa molecular do ASL valor da concentração (eixo y)


f =
valor da absorvância (eixo x)
fc = fator de correção da solução de 5.3.2.11

5.4.4.3.3 Curva de calibração

Usando uma bureta de 25 mL, medir 0 mL, 2 mL, 4 mL, 6


mL, 8 mL e 10 mL de solução 10 mg/L de ASL

6.1.2.3 A concentração “C” do surfactante aniônico


Cópia não autorizada
NBR 10738/1989 7

C = (A corrig.) (f) contendo 270 µg ASL/L em água destilada foi analisada em


110 laboratórios, com um desvio-padrão relativo de 14,8%
6.1.2.4 A concetração do surfactante aniônico (como SAAM
e um erro relativo de 10,6%. Amostra de água, de torneira
em mg/L) na amostra é calculado pela seguinte expressão: na qual foi adicionado 480 µg ASL/L, foi analisada em 110
laboratórios com um desvio-padrão relativo de 9,9% e um
erro relativo de 1,3%. Uma amostra de água de rio na qual
C foi adicionada 2,94 mg ASL/L foi analisada em 110
SAAM (mg / L) = laboratórios com desvio-padrão relativo de 9,1% e erro
V
relativo de 1,4%.

Onde: 6.2.2 Método B

Os valores de concentração de surfactante aniônico e


V = volume da amostra tomada para análise, em mL desvio-padrão encontrados em estudos feitos por diversos
(5.4.4.2-a)) laboratórios, são dados na Tabela 3
(APHA/AWWA/WPCF,16ª edition).
6.2 Precisão e exatidão

6.2.1 Método A

Conforme APHA/AWWA/WPCF uma amostra sintética


Tabela 3 - Concentração de surfactante aniônico e
desvio-padrão

Concentração de Desvio-padrão total Graus de liberdade


surfactante aniônico

(mg/L) (mg/L)

0,16 (1) 0,017 6

0,40 (2) 0,046 41

1,6 (3) 0,045 6

7,45 (4) 0,31 42

Notas: a) (1) e (3) foram os dados obtidos pelo laboratório do Government Chemist
em soluções-padrão de Manoxol OT em água destilada (amostras de
100 mL).

b) (2) foram os dados obtidos em 42 laboratórios com solução de alquilbenze-


zeno sulfonato em água destilada conforme referência de Finnecy, EE and
Nicholson, NJ, em Proc. Soc. for Water Treatment and Examination 17
nº 8, pg.25, 1968.

c) (4) foram os dados obtidos em 43 laboratórios de água de esgoto domésti-


co filtrada, contendo 7,45 mg/L de alquilbenzeno sulfonato. A referência é
a mesma da alínea anterior.

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