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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TETE


Divisão de Economia e Gestão
Disciplina de Contabilidade Financeira II
CA e CAP/ Diurno e Nocturno
2017/1º Semestre/Texto de Apoio

TRABALHO DO FIM DE EXERCÍCIO


CONTABILÍSTICO

8 TRABALHO CONTABILÍSTICO DE FIM DO EXERCÍCIO

8.1 INTRODUÇÃO

Designa-se por Trabalho Contabilístico de Fim de Exercício aquele que é necessário executar, depois
da extracção do último balancete de verificação, para se apurar e demonstrar os resultados, apresentar o
balanço e encerrar as contas (Pereira 1987:286).

No nosso país (Moçambique), o exercício contabilístico tem a duração de 12 meses e coincide com o ano
civil, isto é, começa em 01 de Janeiro e termina em 31 de Dezembro, podendo ter menos de 12 meses,
nos casos em que a unidade económica começa ou encerra definitivamente suas actividades no meio do
ano.

O último Balancete de Verificação, reportado a 31 de Dezembro, mostra os valores contabilísticos dos


elementos patrimoniais que, podem não coincidir com os valores reais. É importante salientar que, a
Contabilidade regista os factos patrimoniais na base de documentos probatórios.

Para se proceder a reconciliação entre os registos contabilísticos e a realidade evidente, é importante que
se faça uma inventariação física geral de todo o património da entidade que sirva de base para
lançamentos de rectificação/regularização/ajustamento de algumas contas.

Depois da correcção efectuada em algumas contas e registos típicos do final de exercício, extrai-se um
novo balancete designado de Balancete Rectificado ou de Inventário.

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Com base nesse balancete, procede-se ao apuramento de diversas categorias de resultados, transferindo-
se os saldos das contas de gastos e perdas (classe 6) e de rendimentos e ganhos (classe 7) para as
contas de resultados (classe 8). Nesta fase, também podem ser apresentadas as Demonstrações de
Resultados (por natureza e por funções).

Depois dos lançamentos de apuramento de resultados, elabora-se outro balancete denominado Balancete
Final ou de Encerramento que apresenta, logicamente, contas de gastos e perdas (classe 6) e
rendimentos e ganhos (classe 7) saldadas, isto é, com saldos nulos. As contas ainda não saldadas irão
compor o Balanço Final.

Com base no Balanço Final ou Balancete Final procede-se, então ao encerramento da escrita.

Outros mapas podem ser elaborados, tal como é o caso da Demonstração de Fluxo de Caixa, Mapa de
Origem e Aplicação de Fundos, Demonstração das Variações no Capital Próprio entre outros que,
juntamente com o Balanço e a Demonstração de Resultados constituem as Demonstrações Financeiras.

Para complementar as Demonstrações Financeiras existem os Anexos compostos por Notas Explicativas
cuja função é explicar ou desenvolver de forma cruzada, valores constantes nas peças contabilísticas.

O Esquema apresentado a seguir ajuda a compreender os passos e fases fundamentais do trabalho de fim
de exercício:

Balancete de Verificação e Inventário Final em 31 de Dezembro

Lancamentos de Regularização/Ajustamentos/Correcção/Rectificação

Balancete Ajustado/Corrigido/Regularizado/Rectificado

Lançamentos de Apuramento de Resultados Elaboração da Demonstração de Resultados

Elaboração do Balancete Final ou de Encerramento

Elaboração do Balanço Final

Lançamentos de Encerramento e Elaboração de Outros Mapas das Demonstrações Financeiras

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O Balanço e a Demonstração de Resultados são as peças mais fundamentais a integrar as


Demonstrações Financeiras Finais.

8.2. BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

O Balancete de Verificação é extraido directamente da contabilidade em 31 de Dezembro. A importância


deste mapa reside no facto de ser um instrumento de controlo dos lançamentos efectuados ao longo do
exercício. A soma dos movimentos acumulados a débito deve ser igual a soma dos movimentos
acumulados a crédito e a soma dos saldos devedores deve ser igual a soma dos saldos credores – Dupla
Igualdade. Se esta condição se verifica, implica que os lançamentos, na sua globalidade foram bem
efectuados. Contudo, o balancete só detecta erros de violação do método de partidas dobradas de tal
forma que, erros de outra natureza tal como, omissão de lançamento, duplicação de quantias, alteração de
quantias, inversão de contas, desobediência das políticas contabilísticas previamente seleccionadas pela
entidade, entre outros, não são dectetados.

8.3. INVENTÁRIO ANUAL

Mesmo com um balancete de verificação contabilisticamente correcto, existe necessidade de comparar


seus valores com a realidade constatada no terreno. Surge assim, a pertinência de uma contagem física e
valorativa do património, tecnicamente designada de inventariação.

Inventariar um património significa contar os elementos que o compõem (arrolamento) e determinar os


respectivos valores (avaliação).

De acordo com a prática de cada unidade económica, faz-se o inventário das disponibilidades, de dívidas
a receber e a pagar, das imobilizações ou investimentos de capital, de existências entre outros elementos.
A reunião destes inventários parciais forma o inventário geral. Estas práticas são notáveis na maioria das
empresas do nosso sistema económico. No final do ano, fecham as portas e deixam informações para
seus clientes, nos portões com o seguinte conteúdo “Fechado por Motivos de Inventariação”.

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8.4. LANÇAMENTOS DE RECTIFICAÇÃO/ REGULARIZAÇÃO

Disponível o Balancete de Verificação e o Inventário Geral procede-se a comparação dos valores


apresentados nos dois mapas. Naturalmente, algumas contas poderão exigir correcção, debitando-as ou
creditando-as pelas diferenças. Outros registos, devido a sua natureza, só agora (final do exercício) é que
poderão ser efectuados. A seguir apresenta-se a sugestão de ajustamentos típicos e mais comuns:

8.4.1 CLASSE 1 – MEIOS FINANCEIROS

1.1 Caixa

Caso Mais Frequente


a) No caso em que, o saldo patente na conta 1.1 Caixa, de acordo com o balancete de verificação for
superior ao saldo fornecido pelo inventário físico, algum “dinheiro” desapareceu1
descontroladamente da instituição. Regra geral, prevalece o saldo fornecido pelo inventário físico
e, neste caso, o lançamento de correcção, implica a redução do saldo de 1.1 Caixa
apresentado pelo balancete:
 Debitar a conta 6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais (se não existir alguém por
responsabilizar) e creditar a conta 1.1 Caixa, pela diferença:
6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 1.1 Caixa
Si Si X
X

Pela redução do saldo de 1.1 Caixa (diferença X)

 Debitar a conta 4.5 Outros Devedores (se existir alguém por responsabilizar) e creditar a
conta 1.1 Caixa, pela diferença
4.5 Outros Devedores 1.1 Caixa
Si Si X
X

1
Os motivos podem ser de roubo, falhas não percebidas na conferência perante clientes, entre outros.
Geralmente os Caixas têm subsídios de falhas devido a natureza da função que desempenham. Depois da
conferência, se existir diferença significativa entre o saldo real e o contabilístico, os seus subsídios podem
ser chamados para cobrir a diferença, se esta estiver além da margem permitida pela instituição.

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Pela redução do saldo de 1.1 Caixa (diferença X)


As diferenças significativas são sujeitas a investigações. Após apuramento do responsável, se se concluir
que um trabalhador é conivente na matéria, o valor em causa é registado como sendo uma divida a
receber de outros devedores. Será descontado no seu próximo salário, creditando assim, a conta 4.5
Outros Devedores.

Caso Menos Frequente


b) No caso em que, o saldo patente na conta 1.1 Caixa, no balancete de verificação for inferior ao
saldo fornecido pelo inventário físico, algum “dinheiro” a mais 2 existe na instituição. Regra geral,
prevalece o saldo apresentado pelo inventário físico e, neste caso, o lançamento de correcção,
implica o aumento do saldo de 1.1 Caixa apresentado pelo balancete:
 Debitar a conta 1.1 Caixa e creditar 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais, pela
diferença:
7.6 Outros Rendimentos e Ganhos
1.1 Caixa Operacionais
Si Si
X X

Pelo aumento do saldo de 1.1 Caixa (diferença X)

Observe que, esta situação é menos frequente.

c) As notas, moedas metálicas e cheques de terceiros disponíveis em moedas estrangeiras são


convertidas pelas taxas de câmbio de compra, em vigor na data do Balanço (31 de Dezembro).
Por exemplo, se no cofre da empresa existem 2 notas de USD 100.00 e o mercado cambial, em
31 de Dezembro fornece as seguintes cotações do USD: compra 30.00MT e venda 31.50MT, o
valor correspondente é de 6,000.00MT=2 x USD 100x30.00MT.

1.2 Bancos

No final do exercício, é preciso fazer uma reconciliação bancária entre o saldo de 1.2 Bancos apresentado
pelo balancete de verificação e o saldo conforme o extracto bancário fornecido pelo Banco (instituição na

2
Os clientes podem se esquecer de exigir seus trocos e o Caixa ou Tesoureiro também não se aperceber
da situação;

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qual a conta esteja domiciliada). Neste processo, podem ser dectetados movimentos registados pelo
Banco mas que ainda não foram reflectidos na contabilidade da empresa. A reflexão desses movimentos
depende da sua natureza mas, em geral, segue-se o seguinte procedimento:

a) Juros e Comissões debitados automaticamente pelo Banco:


 Debitar 6.9 Gastos e Perdas Financeiras e creditar a conta 1.2 Bancos pelo seu valor:

6.9 Gastos e Perdas Financeiras 1.2 Bancos


Si Si X
X

P/ registo de juros ou comissões bancárias a favor de terceiros (X)

b) Juros e Comissões creditados automaticamente pelo Banco:


 Debitar 1.2 Bancos e creditar 7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros pelo seu valor:

1.2 Bancos 7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros


Si Si
X X

P/ registo de juros ou comissões bancárias a favor da empresa (X)

c) Transferências de Clientes:
 Debitar 1.2 Bancos e creditar 4.1 Clientes pelo seu valor:
1.2 Bancos 4.1 Clientes
Si Si X
X

P/ registo do valor transferido pelos clientes (X)

Se o valor transferido não provem de clientes regulares da empresa, pode se creditar a conta 4.5 Outros
Devedores, ao invés de 4.1 Clientes.

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No mundo moderno, clientes podem celebrar contratos de “over drafts” (descobertos bancários) que
possibilitam pagamentos através de suas contas bancárias, de valores ou despesas para além do saldo
disponível. Como resultado destas operações, o saldo da conta 1.2 Bancos pode ser credor/negativo.
Contudo, no balanço final da contabilidade da empresa, a conta 1.2 Bancos não pode ter saldo
credor/negativo. A correcção correspondente para esta situação é transferir o saldo credor da conta 1.2
Bancos para a conta 4.3 Empréstimos Obtidos:

 Debitar a conta 1.2 Bancos e creditar a conta 4.3 Empréstimos Obtidos, pelo saldo:

1.2 Bancos 4.3 Empréstimos Obtidos


X Si
X

P/ transferência do valor de “over drafts” de 1.2 para 4.3 (X)

Os “over drafts” permitidos pelos Bancos constituem um tipo especial de empréstimo que os clientes
contraem junto daquelas instituições ao efectuar pagamentos nos “Point Of Sale 3” ou “Automatic Teller
Machine4” . Assim que o cliente depositar algum valor na sua conta, o Banco terá de debitar
automaticamente o valor em dívida para regularizar a situação.

1.3 Outros Instrumentos Financeiros

Instrumentos financeiros registados na conta 1.3 são activos financeiros (acções, obrigações, derivados,
opções, entre outros) detidos pela empresa para efeitos de especulação 5.

a) No final do exercício, se as cotações6 fornecidas pelo mercado (Bolsa de Valores) forem inferiores
aos valores pelos quais os instrumentos financeiros foram adquiridos/comprados (valores
contabilísticos pelos quais estão registados na contabilidade) deve ser reconhecida uma perda,
embora não realizada:

3
POS
4
ATM
5
Termo que significa “comprar a preço baixo para revender a preço alto”
6
Preços pelos quais os instrumentos financeiros são transaccionados no mercado bolsista.

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 Debitar a conta 6.7 Perdas por Redução do Justo valor e creditar a conta 1.3 Outros
Instrumentos Financeiros:

6.7 Perdas por Redução do Justo


Valor 1.3 Outros Instrumentos Financeiros
Si Si X
X

Pelo registo da perda gerada pela redução do justo valor (x)

8.4.2 CLASSE 2 – INVENTÁRIOS E ACTIVOS BIOLÓGICOS

2.2 Mercadorias, 2.3 Produtos Acabados, 2.6 Matérias Primas, Auxiliares e Materiais e 2.7 Activos
Biológicos

8.4.2.1 Sistema de Inventário Permanente

Se a empresa opera pelo sistema de inventário permanente, o primeiro ajustamento que deve ser feito
nestas contas é referente ao saldo patente na conta subsidiária 2.8 Regularizações. O saldo desta última
conta deve ser transferido, consoante a sua natureza, para a conta 2.2 ou 2.3 ou 2.6 ou 2.7, conforme a
natureza da actividade da empresa:

a) Se o saldo da conta 2.8 for devedor:


 Debitar 2.2 Mercadorias ou 2.3 Produtos Acabados ou 2.6 Matérias Primas, Auxiliares e
Materiais ou 2.7 Activos Biológicos e creditar 2.8 Regularizações pelo saldo:
Empresas Comerciais:

2.2 Mercadorias 2.8 Regularizações


Si Si X
X

Pela transferência do saldo devedor (X) de 2.8 para 2.2

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Empresas Industriais:

2.3 Produtos Acabados 2.8 Regularizações


Si Si X
X

Pela transferência do saldo devedor (X) de 2.8 para 2.3

2.6 Matérias Primas, Auxiliares e


Materiais 2.8 Regularizações
Si Si X
X

Pela transferência do saldo devedor (X) de 2.8 para 2.6

Empresas Rurais:

2.7 Activos Biológicos 2.8 Regularizações


Si Si X
X

Pela transferência do saldo devedor (X) de 2.8 para 2.7

b) Se o saldo da conta 2.8 for credor:


 Debitar a conta 2.8 Regularizações e creditar a conta 2.2 Mercadorias/2.3 Produtos
Acabados/2.6 Matérias Primas, Auxiliares e Materiais ou ainda 2.7 Activos Biológicos:
Empresas Comerciais:
2.8 Regularizações 2.2 Mercadorias
X Si Si X

Pela transferência do saldo credor (X) de 2.8 para 2.2

Empresas Industriais:

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2.8 Regularizações 2.3 Produtos Acabados


X Si Si X

Pela transferência do saldo credor (X) de 2.8 para 2.3

2.6 Matérias Primas, Auxiliares e


2.8 Regularizações Materiais
X Si Si X

Pela transferência do saldo credor (X) de 2.8 para 2.6

Empresas Rurais:

2.8 Regularizações 2.7 Activos Biológicos


X Si Si X

Pela transferência do saldo credor (X) de 2.8 para 2.7

Ao longo do exercício, a conta 2.8 Regularizações regista as variações de inventários que não estejam
relacionadas com compras, vendas ou consumos, nomeadamente, as decorrentes de quebras ou sobras
anormais e saídas ou entradas de ofertas.

Depois da regularização efectuada acima, falta a comparação do saldo de 2.2, 2.3, 2.6 ou 2.7 com os
valores reais fornecidos pelo inventário físico.

c) No caso em que os saldos contabilísticos daquelas contas são superiores aos saldos fornecidos
pelo inventário físico, significa que alguns bens (mercadorias, produtos acabados, matérias
primas, auxiliares e materiais ou activos biológicos desapareceram descontroladamente da
empresa. Regra geral, prevalece o saldo do inventário físico, devendo se reduzir os os respectivos
saldos de 2.2, 2.3, 2.6 ou 2.7 pelos seguintes lançamentos:

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 Debitar 6.8 Outros Gastos e Pedas Operacionais e creditar 2.2 ou 2.3 ou 2.6 ou 2.7 pela
diferença (se não existir alguém por responsabilizar):
Empresas Comerciais:

6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 2.2 Mercadorias


Si Si X
X

Pela redução do saldo da conta 2.2 (X)

Empresas Industriais:

6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 2.3 Produtos Acabados


Si Si X
X

Pela redução do saldo da conta 2.3 (X)

2.6 Matérias Primas, Auxiliares e


6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais Materiais
Si Si X
X

Pela redução do saldo da conta 2.6 (X)

Empresas Rurais:

6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 2.7 Activos Biológicos


Si Si X

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Pela redução do saldo da conta 2.7 (X)

Existindo alguém por responsabilizar deve se debitar 4.5 Outros Devedores e creditar 2.2 ou 2.3 ou 2.6 ou
2.7, conforme se trate de mercadorias ou produtos acabados ou matérias-primas ou activos biológicos,
pelas diferenças apuradas.

d) Se os saldos contabilísticos das contas 2.2, 2.3, 2.6 ou 2.7 forem inferiores aos valores fornecidos
pela inventariação física, existem sobras de bens a favor da empresa. Os lançamentos de
ajustamento para esta situação consistem no débito (aumento) das contas 2.2, 2.3, 2.6 ou 2.7
pelas diferenças apuradas e crédito de 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais:
Empresas Comerciais:

2.2 Mercadorias 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais


Si Si
X X

Pelo aumento do saldo de 2.2 (diferença X)

Empresas Industriais:

2.3 Produtos Acabados 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais


Si Si
X X

Pelo aumento do saldo de 2.3 (diferença X)

2.6 Matérias Primas, Auxiliares e Materiais 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais
Si Si
X X

Pelo aumento do saldo de 2.6 (diferença X)

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Empresas Rurais:

2.7 Activos Biológicos 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais


Si Si
X X

Pelo aumento do saldo de 2.7 (diferença X)

4.2.2 Sistema de Inventário Periódico ou Intermitente

No sistema de inventário permanente, as contas 2.2, 2.3, 2.6 e 2.7 não variam ao longo do exercício.
Estas contas ostentam saldos iniciais desde o início (01 de Janeiro) até ao fim (31 de Dezembro),
momento em que se faz a regularização. As variações motivadas pelas compras são reflectidas na conta
2.1 Compras e as saídas geradas pelas vendas não são objecto de registo contabilístico.

As variações de inventários que não estejam relacionadas com as compras ou vendas, nomeadamente, as
decorrentes de ofertas são reflectidas na conta 2.8 Regularizações.

O primeiro (1º) ajustamento a ser feito, neste sistema de inventário, consiste em transferir os saldos de 2.1
Compras e 2.8 Regularizações para as contas 2.2 ou 2.3 ou 2.6 ou 2.7, conforme se trate de mercadorias,
produtos acabados ou matérias-primas, auxiliares e materiais ou activos biológicos:

O segundo (2º) ajustamento tem a ver com a transferência do custo dos bens vendidos ou consumidos ao
longo de todo o exercício, creditando-se 2.2 ou 2.3 ou 2.6 ou 2.7 e debitando-se a conta 6.1, conforme
ilustra o lançamento seguinte:

Empresas Comerciais:

No caso em que a conta 2.8 ostenta um saldo devedor:

2.2 Mercadorias 2.1 Compras 2.8 Regularizações


Si Z Si X Si Y
X+Y

(1)P/ transferência do saldo devedor de 2.1 (X) e saldo devedor de 2.8 (Y) para 2.2

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6.1 Custo dos Inventários


Z
(2) Pelo registo do custo das mercadorias vendidas (Z)

Se a conta 2.8 tiver saldo credor:

2.2 Mercadorias 2.8 Regularizações 2.1 Compras


Si Y Y Si Si X
(Y) saldo credor de 2.8
X Z
transferido para 2.2

(X) Saldo devedor de 2.1 transferido para 2.2

6.1 Custo dos Inventários


Z
(Z) Custo das mercadorias vendidas

O valor (Z) corresponde ao custo das mercadorias vendidas ao longo de todo o periódo calculado pela
equação básica de stocks ou de contabilidade analítica:

Existência Iniciais + (Compras+/-Regularizações) = Custo Inventários+Existências Finais

O valor de Existências Finais é fornecido pelo inventário físico, e as Existências Iniciais, Compras e
Regularizações estão patentes nas contas 2.2 Mercadorias, 2.1 Compras e 2.8 Regularizações.

Depois dos lançamentos demonstrados acima, o saldo da conta 2.2 Mercadorias corresponde ao valor de
existências finais a ser patenteado no balanço final.

Empresas Industriais:

2.6 Matérias Primas,


2.1 Compras 2.8 Regularizações
Auxiliares e Materiais
Si Z Si X Si Y
X+Y

(X) saldo devedor de 2.1 e (Y) saldo devedor de 2.8 transferidos para 2.6

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2.3 Produtos Acabados 6.1 Custo dos Inventários


Si
Z W W
(Z) custo das matérias consumidas (W) custo dos produtos vendidos

O valor (Z) das matérias-primas consumidas na fabricação de produtos e o custo dos produtos vendidos
(W) são calculados pela equação de contabilidade analítica apresentada acima, com algumas adaptações
das variáveis.

Depois dos lançamentos apresentados acima, o saldo de 2.6 e 2.3 reflectem os valores de existências
finais de matérias-primas, auxiliares e materiais e de produtos acabados, respectivamente, a serem
patenteados no balanço final.

4.2.3 Ajustamentos Para Valor Realizável Líquido

Alguns bens que as empresas possuem nas suas instalações estão sujeitos a processos químicos
acelerados de desintegração e podem também, possuir prazos de validade, principalmente se forem de
consumo humano. No final do exercício, a empresa deve investigar e identificar itens que estejam com
prazos de validade para consumo humano ou outros objectivos afins, prestes a expirar e registar o seu
valor a débito na conta 6.4 Perdas por Imparidade do Período e a crédito na conta 2.9 Ajustamentos para
Valor Realizável Líquido.

Para além da verificação da situação referida anteriormente, faz-se análise do preço de mercado dos
inventários disponíveis para venda.

No caso em que o preço do mercado, em 31 de Dezembro, seja inferior relativamente ao custo com que
os bens se encontram registados na contabilidade, existe forte probabilidade de não se recuperar o custo
desses inventários. Assim, a diferença deve ser reconhecida como um gasto temporário a débito na conta
6.4 Perdas por Imparidade do Período e a crédito na conta 2.9 Ajustamentos para o Valor Realizável
Líquido, conforme se demonstra:

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2.9 Ajustamentos para Valor Realizável


6.4 Perdas por Imparidade do Período Líquido
Si Si
X X

(X) Valor de ajustamento de inventários

Este lançamento visa ajustar o valor dos inventários (Mercadorias, Produtos Acabados, Matérias Primas,
Auxiliares e Materiais e Activos Biológicos) para o justo valor que se possa recuperar.

O procedimento de reconhecimento da perda temporária é defendido pelo PRINCÍPIO DE PRUDÊNCIA


cujo conteúdo fundamental é:

“É possível integrar nas contas um grau de precaução ao fazer as estimativas exigidas em condições de
incerteza sem, contudo, permitir a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada
quantificação de activos e proveitos por defeito ou de passivos e custos por excesso. Devem também ser
reconhecidas todas as responsabilidades incorridas no período em causa ou num período anterior, mesmo
que tais responsabilidades apenas se tornem patentes entre a data a que se reporta o balanço e a data
em que este é elaborado.”

Relativamente a esta matéria, o parágrafo 28 da IAS 02 destaca o seguinte:


“O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados, se se
tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos
inventários pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos
estimados a serem incorridos para realizar a venda tiverem aumentado. A prática de reduzir o custo dos
inventários (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os activos
não devem ser escriturados por quantias superiores àquelas que se espera que sejam realizadas com a sua
venda ou uso.”

O lançamento apresentado é baseado em contas gerais. Dentro daquelas contas existem subcontas
específicas para reflectir perdas potenciais de mercadorias, matérias primas, auxiliares e materiais,
produtos acabados e activos biológicos.

O ajustamento de inventários para o seu valor realizável líquido é um procedimento contabilístico


observado, tanto no sistema de inventário permanente como no sistema de inventário periódico.

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8.4.3 - CLASSE 3 - INVESTIMENTOS DE CAPITAL

8.4.3.1 - TESTES DE IMPARIDADE


Na secção anterior, descreveu-se que, quando o preço de inventários (no mercado local) estiver abaixo do
custo com que se encontram registados (na empresa) deve se registar a diferença como custo temporário
a débito na conta 6.4 e a crédito na conta 2.9. Um procedimento idêntico ocorre nos investimentos de
capital.

No final do exercício, todos os investimentos de capital, incluindo os activos biológicos são submetidos a
testes de imparidade.

Conforme a NCRF, no parágrafo 4, diz-se que um elemento patrimonial está em imparidade quando a sua
quantia escriturada (valor contabilístico) supera a sua quantia recuperável (justo valor fornecido pelo
mercado numa certa data).

As fontes de informação sobre imparidade de activos podem ser:

a) Externas:
 Variações significativas do preço do bem no mercado durante o período;
 Alterações tecnológicas significativas;
 Variações de taxas de juros ou de retorno no mercado;
b) Internas:
 Evidências de obsolescência económica ou danos físicos do bem;
 Alterações significativas na forma e extensão como o activo é usado;
 Fraco desempenho esperado do bem, no futuro.
Justo valor é a quantia pela qual um activo pode ser trocado entre partes conhecedoras, dispostas a isso,
numa transacção em que não exista relacionamento entre as mesmas.
Por exemplo, um equipamento adquirido a 1,000,000MT no início do exercício 200X, depreciado a uma
taxa de 10% anualmente, a sua quantia registada em 31 de Dezembro de 200X é o seu valor
contabilístico, de 900,000MT. se nesta data (31 de Dezembro), o seu justo valor for de 750,000MT, o
equipamento está em imparidade e deve ser registada a diferença (X) correspondente a 150,000MT,
como um gasto a débito na conta 6.4 Perdas por imparidade do Período, em contrapartida de 3.9
Imparidade Acumulada de Investimentos de Capital:

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6.4 Perdas por Imparidade do 3.9 Imparidade Acumulada de Investimentos


Periodo de Capital
Si Si
X X

(X) Perda por Imparidade

Repare que, a empresa espera que o valor do equipamento reduzirá de 900,000MT para 750,000MT no
próximo exercício. Se esta situação não se verificar, então, a diferença que foi anteriormente registada
como gasto na conta 6.4 e 3.9 será revertida como um rendimento, debitando a conta 3.9 Imparidade
Acumulada de Investimentos de Capital e a creditando a conta 7.4 Reversões do Período:

7.4 Reversões do
3.9 Imparidade Acumulada de Investimentos de Capital Período
X Si Si
X

(X) Pela Reversão da Perda por Imparidade do exercício anterior

8.4.3.2 REGISTO DE AMORTIZAÇÕES/DEPRECIAÇÕES


Pensemos numa máquina de uma certa empresa industrial. Para já sabe-se que, se no princípio do ano a
máquina tinha um valor X, no fim do ano terá um valor Y inferior a X – durante o ano a máquina sofreu
uma redução de valor (X-Y), ou seja uma depreciação.

A redução do valor deve se ao desgaste functional – sempre que estiver a funcionar sofre desgaste,
perdendo assim o seu valor original.

Mas se a máquina não estiver em funcionamento, também perde valor por simples decorrer do tempo.

Em ambas situações pode haver interferência de fenómenos externos (calor, frio, humidade, ambiente
corosivo, etc) que intensifiquem a perda do valor da máquina.

Por outro lado, a máquina pode envelhecer rapidamente – obsolescência económica devido ao
progresso tecnológico que gerou novas máquinas mais eficientes. A Tabela apresentada a seguir
resume as causas que geram a perda de valor de bens de capital nas unidades produtivas:

Causas

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Técnicas Económicas

Desgaste Funcional Envelhecimento Tecnólogico


Depreciação Envelhecimento de Produtos

Agora, pensemos novamente, no custo (V) de contrato de concessão, realizado entre uma empresa e o
Estado, referente à exploração de bens de domínio público, por tempo determinado (n anos). Também
aqui compreendemos que aquele valor (V) se vai reduzindo com decorrer do tempo, precisamente à
medida que se vai reduzindo o respectivo período de utilização.

Em resumo: a máquina e a concessão, tal como a generalidade de restantes elementos patrimoniais do


activo imobilizado corpóreo/tangível e incorpóreo/intangível que se destinam a utilização pela empresa
durante vários anos, vão sofrendo uma redução de valor, isto é, estão sujeitos a deperecimento em
consequência do uso e/ou do tempo.

O registo contabilístico da redução de valor de um bem destinado a utilização por vários anos designa-se
por:

a) Reintegração ou Depreciação – para casos de activos tangíveis/corpóreos;


b) Amortização – para caso de activos intangíveis/incorpóreos;
c) Exaustão – para casos de recursos naturais esgotáveis. Exemplo: Floresta de pastagem ou
de exploração de madeira, jazidas de ouro, carvão, platina, pedras entre outros.

O termo amortização é o mais genérico em termos de aplicação. Em condições mais rigorosas de gestão,
a depreciação/amortização também corresponde a depósitos de valores monetários em instituições
financeiras para que logo após depreciação/amortização total do bem, a unidade económica tenha fundos
destinados a reposição do respectivo bem.

Métodos de Depreciação/Amortização

Para a estimativa de quotas de depreciação/amortização existem três métodos mais usados: método de
quotas constantes, método da soma dos dígitos e o método das unidades de produção/utilização.

Se não se conhece a vida útil do bem, tal como pode acontecer com bens adquiridos em “segunda mão”,
podem ser usadas taxas constantes da lei 72/2013 que aprova o regime de amortizações e reintegrações.

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Calculadas as depreciações/amortizações cujo valor é (X), o seu registo contabilístico pode ser feito
seguindo dois métodos:

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a) Método Indirecto7:
 Debitar a conta 6.5 Amortizações do Período e creditar a conta 3.8 Amortizações
Acumuladas, pelo valor do desgaste:
6.5 Amortizações do Período 3.8 Amortizações Acumuladas
X Si
X

(X) Pelo registo de amortizações do período

b) Método Directo:
 Debitar a conta 6.5 Amortizações do Período e creditar 3.2 Activos Tangíveis ou 3.3
Activos Intangíveis, 3.6 Activos Tangíveis de Investimentos ou 2.7 Activos Biológicos,
conforme as depreciações/amortizações se relacionem com elementos registados
naquelas contas:

6.5 Amortizações do Período 3.2 Activos Tangíveis


X Si X

(X) Depreciação dos activos tangíveis

6.5 Amortizações do Período 3.3 Activos Intangíveis


X Si X

(X) Amortização dos activos intangíveis

6.5 Amortizações do Período 3.6 Activos Tangíveis de Investimento


X Si X

(X) Depreciaçcão dos activos tangíveis de investimento

7
Mais preferencial porque previlegia o Custo Histórico dos bens. Os bens são apresentados nas
demonstrações financeiras pelos seus custos originais.

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6.5 Amortizações do Período 2.7 Activos Biológicos


X Si X

(X) Depreciação dos activos biológicos

Nas empresas rurais, as depreciações de máquinas e equipamentos usados directamente para cuidar
culturas ou animais em formação são debitadas nas respectivas contas desses elementos, ao invés da
conta 6.5. Este procedimento é também observado em muitas empresas industriais. A teoria geral de
contabilidade analítica descreve que, o custo industrial de produção de um bem integra a matéria directa
mais mão-de-obra directa e os gastos gerais de fabricação. As depreciações de máquinas usadas ao
serviço de um produto integra a componente de gastos gerais de fabricação, no modelo citado
anteriormente.

No método indirecto, o registo das depreciações de um equipamento agrícola usado directamente ao


serviço de uma cultura ou animal em formação seria:

2.7 Activos Biológicos 3.8 Amortizações Acumuladas


Si Si
X X

(X) Pelo registo de depreciações da máquina

Aconselha-se a aplicação do método indirecto na contabilização de amortizações/depreciações.

8.4.4 - CLASSE 4 – CONTAS A RECEBER, CONTAS A PAGAR, ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

8.4.4.1 - Constituição de Perdas por Imparidade de Contas a Receber


O valor de dívidas de cobrança duvidosa deve ser registado a débito, na conta 6.4 Perdas por Imparidade
do Período, em contrapartida de 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber.

6.4 Perdas por Imparidade do 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas


período de Contas a Receber
Si Si
X X

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(X) Pelo registo do valor de dívidas de cobrança duvidosa

O procedimento de reconhecimento temporário de dívidas de cobrança duvidosa como despesa do


exercício está em conformidade com o princípio de prudência.

São factores que podem contribuir na formação de dúvidas quanto ao recebimento de uma dívida do
cliente ou outro devedor:

 A morte do cliente/devedor;
 Localização do cliente/devedor em parte incerta;
 Facturas vencidas há muito tempo e não recebidas;
 Falência do cliente/devedor.
No exercício seguinte, se de facto não se cobrar o valor considerado como de cobrança duvidosa, no
exercício anterior, então procede-se ao seu anulamento na respectiva conta a receber (procedimento
conhecido por “write off”), debitando a conta 4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber
e creditando a conta 4.1 Clientes ou 4.5 Outros Devedores. Neste momento, não necessitamos de registar
esse valor nas contas de gastos porque, isso já foi feito no exercício anterior.

No caso em que, o valor de cobrança duvidosa for recebido no exercício seguinte, procede-se ao
lançamento de reversão dos efeitos.

Se no exercício anterior, o valor foi registado como gasto na conta 6.4, assumindo-se que poderia não ser
recuperado, então, neste momento em que é recuperado, deve ser registado como rendimento/proveito,
debitando a conta
4.7 Perdas por Imparidade Acumuladas de Contas a Receber e creditando a conta 7.4 Reversões do
Período. Pelo recebimento, debita-se 1.1 Caixa ou 1.2 Bancos em contrapartida de 4.1 Clientes.

Existindo provas seguras e suficientes (sem dúvidas) de que um certo valor em dívida, não será
efectivamente recebido, o montante deve ser debitado directamente numa conta de gasto definitivo (6.8
Outros Gastos e Perdas Operacionais) em contrapartida da conta 4.1 Clientes ou 4.5 Outros Devedores:
6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 4.1 Clientes
Si Si X
X

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(X) valor de dívida incobrável

6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 4.5 Outros Devedores


Si Si X
X

(X) valor de dívida incobrável

Neste momento, após aturadas tentativas, a empresa acaba convencendo-se de que não vai recuperar o
valor. Este registo, também é conhecido por “write off” de uma dívida.

O lançamento mais usado para “write off” tem sido de débito de 4.7 e crédito de 4.1 ou 4.5 porque,
frequentemente, as dívidas incobráveis começam por ser de cobrança duvidosa.

Facturas em Moedas Estrangeiras

a) Facturas Emitidas pela Empresa


As facturas da empresa, emitidas sobre terceiros (clientes) em moedas estrangeiras são convertidas pela
taxa de câmbio de compra, na data da sua emissão. No fecho do exercício, as mesmas facturas são
convertidas pela taxa de câmbio de compra. Nestas operações são reconhecidas diferenças cambiais
(des)favoráveis geradas pelas oscilações de taxas de câmbio entre a data de emissão e do fecho do
exercício. Aquando da emissão da factura, o registo é feito pelo valor convertido a taxa de câmbio em
vigor nessa data. Em 31 de Dezembro, se a taxa de câmbio tiver baixado, então existe uma diferença de
câmbio desfavorável. Se for o contrário, reconhece-se uma diferença de câmbio favorável. As diferenças
de câmbio desfavoráveis são debitadas na conta 6.9 e as favoráveis são creditadas na conta 7.8.

Exemplo:

A empresa Tronco de Aço, Lda emitiu, em 25 de Dezembro de 2014 uma factura s/cliente Ryon, Ltd da
Europa, a 30 dias, no valor de USD 5,000.00 pela venda de madeira. Nesta data, o mercado cambial
apresentava os seguintes preços de USD: Compra 30.00MT e Venda 32.00MT. Em 31 de Dezembro do
mesmo ano, a taxa de câmbio de USD era a seguinte: Compra 28.00MT e Venda 31.50MT.

Pretende-se:

Mostre os lançamentos de regularização desta factura em 31 Dezembro de 2014, no Razão Esquemático.

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Valor a receber no dia 25 de Dezembro: USD 5,000.00 x 30.00MT=150,000.00MT

As facturas emitidas pela empresa sobre terceiros (clientes e outros devedores) em moeda estrangeira
são convertidas pela taxa de câmbio de compra.

* Sempre que haja redução da taxa de câmbio de compra, existe uma diferença de câmbio desfavorável
nas facturas a receber em moedas estrangeiras;

* Sempre que haja aumento da taxa de câmbio de compra, existe uma diferença de câmbio favorável nas
facturas a receber em moedas estrangeiras.

Lançamento:

4.1 Clientes 7.1 Vendas


(25/12) 150,000.00 150,000.00 (25/12)

Se recebesse a factura nesta data (25 de Dezembro), a empresa teria USD 5,000.00 e ao converter
obteria 150,000.00MT.

 10 Cenário
Imaginemos que, pela conjuntura económica, em 31 de Dezembro de 2014, as taxas cambiais sofreram
uma redução, tendo odólar registado os seguintes preços no mercado cambial: Compra 28.00MT e Venda
29.40MT.

Valor a Receber no dia 31 de Dezembro: USD 5,000.00 x 28.00MT = 140,000.00MT.

Se recebesse a factura nesta data (31 de Dezembro), a empresa teria USD 5,000.00 e obteria apenas,
140,000.00MT após conversão. Nesta data, deve ser reduzido valor da dívida a receber de 150,000.00MT
registado no dia 25 creditando a respectiva conta (4.1 Clientes) por 10,000.00MT referentes a redução da
taxa de câmbio de compra.

Data USD Taxa de Câmbio de Conversão MT


25 Dezembro 5,000.00 30.00 150,000.00
31 Dezembro 5,000.00 28.00 140,000.00
Diferença de Câmbio Desfavorável 10,000.00
Diferenças de Câmbio Desfavoráveis =150,000.00MT-140,000.00MT=10,000.00MT
Lançamento de Regularização:

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4.1 Clientes 69 Gastos e Perdas Financeiras


(25/12) 150,000.00 10,000.00 (31/12) (31/12) 10,000.00

 20 Cenário
Agora, suponhamos que, em 31 de Dezembro, pelas mesmas razões citadas no 1 0 cenário, as taxas de
câmbio sofreram agravamento (aumento) em comparação com as do dia 25 de Dezembro, estando o dólar
cotado da seguinte forma: Compra 31.10MT e Venda 32.40MT.

Percebe-se que, o valor a receber, em meticais será superior a 150,000.00MT.

Conversão da Factura em 31 de Dezembro: 155,500.00MT = USD 5,000.00 x 31.10MT.

Data USD Taxa de Câmbio de Conversão MT


25 Dezembro 5,000.00 30.00 150,000.00
31 Dezembro 5,000.00 31.10 155,500.00
Diferença de Câmbio Favorável 5,500.00

A diferença favorável de 5,500.00MT é creditada na conta 7.8 em contrapartida de 4.1 no lançamento de


regularização:

Lançamento de Regularização:

7.8 Rendimentos e Ganhos


4.1 Clientes Financeiros
(25/12) 150,000.00 5,500.000 (31/12)
(31/12) 5,500.00

Uma diferença de câmbio favorável traduz a ideia de ganho gerado por oscilações cambiais.

b) Facturas de Terceiros (Fornecedores e Outros Credores)


As facturas de terceiros, emitidas sobre a empresa pelos fornecedores e outros credores são convertidas
pela taxa de câmbio de venda, na data de sua emissão. Se até ao fecho do exercício, a empresa não
tenha efectuado pagamento, as facturas devem ser convertidas pela taxa de câmbio de venda em vigor no
dia 31 de Dezembro. À semelhança das facturas emitidas pela própria empresa sobre terceiros, as

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facturas emitidas por terceiros sobre a empresa também geram diferenças de câmbio (des)favoráveis que
devem ser reconhecidas na conta 6.9 ou 7.8 conforme sejam desfavoráveis ou favoráveis.

Exemplo:

Pela compra de uma máquina de climatização da sala laboratorial, a empresa GreenHealth, Lda que
fabrica e vende medicamentos, recebeu, no dia 28 de Dezembro de 2014, a factura nr 2318 da
PowerTechnology, Ltd da RSA, no valor de ZAR 120,000.00, com vencimento em 30 dias úteis. Nesta
data, o mercado cambial apresentava os seguintes indicadores do ZAR: Compra 3.50MT e Venda
4.00MT.

Conversão da Factura em 28 de Dezembro:

 Valor da factura a pagar, 120,000.00 ZAR é convertido pela taxa de câmbio de venda: ZAR
120,000.00 x 4.00MT = 480,000.00MT.
As facturas emitidas por terceiros (fornecedores e outros credores) sobre a empresa em moeda
estrangeira são convertidas pela taxa de câmbio de venda.
* Sempre que a taxa de câmbio de venda sofre aumento, existe diferença de câmbio desfavorável nas
facturas a pagar em moedas estrangeiras;
* Sempre que a taxa de câmbio de venda sofre redução, existe diferença de câmbio favorável nas facturas
a pagar em moedas estrangeiras.
Lançamento:

3.2 Activos Tangíveis 4.6 Outros Credores


(28/12) 480,000.00 480,000.00 (28/12)
480,000.00 480,000.00

Se fosse para pagar o valor da factura nesta data (28 de Dezembro), a empresa iria a casa de câmbios e
esta por sua vez “venderia” os 120,000.00 ZAR à empresa, pelo preço de 4.00MT cada ZAR. Recorde-se
que, as referênciais cambiais de uma certa moeda são analisadas e interpretadas na óptica da instituição
financeira (casa de câmbios, banco comercial) que tem direito de comercializar as moedas. Por isso,
quando aparece nos “medias” expressões como:

Taxa de câmbio do dólar: Compra 30.00MT e Venda 32.00MT. Isto quer dizer que, a casa de câmbios
compra o dólar por 30.00MT cada unidade e vende a unidade de dólar por 32.00MT. Logo, se tivermos

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uma factura por pagar em dólares, nós iriamos à casa de câmbios e esta, por sua vez, vender-nos-ia uma
unidade de dólar por 32.00MT.

Voltando ao nosso exemplo da empresa GreenHealth, Lda:

 10 Cenário:
Imaginemos que, já em 31 de Dezembro (fecho do exercício de 2014), as taxas de câmbio sofreram
agravamento (aumento) pela conjuntura económica. Assim, o mercado cambial fornecia os seguintes
preços de ZAR: Compra 4.20MT e Venda 4.80MT

Se fosse para pagar a factura da PowerTechnology, Ltd, nesta data (31 de Dezembro), a empresa iria a
casa de câmbios e, esta por sua vez, venderia uma unidade de ZAR por 4.80MT. Podemos claramente
perceber que, agora a empresa GreenHealth, Lda precisaria de muitos meticais para poder adquirir os
ZAR 120,000.00 comparativamente ao dia 28 de Dezembro.

Conversão da Factura em 31 de Dezembro:

O valor da factura ZAR 120,000.00 é convertido pela taxa de câmbio de venda: ZAR 120,000.00 x 4.80MT
= 576,000.00MT

Comparação do Valor da Factura em Meticais

Data ZAR Taxa de Câmbio de Conversão MT


28 Dezembro 120,000.00 4.00 480,000.00
31 Dezembro 120,000.00 4.80 576,000.00
Diferença de Câmbio Desfavorável 96,000.00

Uma diferença de câmbio desfavorável traduz a ideia de que “serão necessários meticais adicionais para
se poder comprar os ZAR 120,000.00 no dia 31 de Dezembro, em comparação com o valor do dia 28 de
Dezembro”. A diferença é registada como perda financeira, a débito na conta 6.9. Por isso, deve-se
aumentar o valor em dívida através de um lançamento contabilístico de regularização:

Lançamento de Regularização:

6.9 Gastos e Perdas Financeiras 4.6 Outros Credores

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(31/12) 96,000.00 480,000.00 (28/12)


96,000.00 (31/12)

 20 Cenário:
Imaginemos que, em 31 de Dezembro (fecho do exercício de 2014), ao invés de aumento, houve redução
de taxas cambiais. Assim, o mercado cambial fornecia os seguintes preços de ZAR: Compra 2.80MT e
Venda 3.10MT:

Nesta situação, a GreenHelath, Lda precisaria de “poucos” meticais para adquirir os ZAR 120,000.00 em
comparação com o dia 28 de Dezembro.

Conversão da Factura em 31 de Dezembro:

O valor da factura ZAR 120,000.00 é convertido pela taxa de câmbio de venda: ZAR 120,000.00 x 3.10MT
= 372,000.00MT

Data ZAR Taxa de Câmbio de Conversão MT


28 Dezembro 120,000.00 4.00 480,000.00
31 Dezembro 120,000.00 3.10 372,000.00
Diferença de Câmbio Favorável 108,000.00

Uma diferença de câmbio favorável traduz a ideia de que “serão necessários poucos meticais para se
poder comprar os ZAR 120,000.00 no dia 31 de Dezembro, em comparação com o valor do dia 28 de
Dezembro”. A diferença é registada como ganho financeiro, a crédito na conta 7.8. Por isso, deve-se
reduzir o valor em dívida através de um lançamento contabilístico de regularização:

Lançamento de Regularização:

7.8 Rendimentos e Ganhos


4.6 Outros Credores Financeiros
(31/12) 108,000.00 480,000.00 (28/12) 108,000.00 (31/12)

As regularizações descritas nesta secção são válidas apenas para facturas emitidas pela empresa sobre
terceiros e ainda não recebidas e as emitidas pelos terceiros sobre a empresa, ainda não pagas até a data
do fecho do exercício (31 de Dezembro).

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8.4.4.2 - Constituição de Provisões


Sempre que no final do exercício existam casos judiciais ainda sem desfecho, os especialistas juristas
ajudam a criar previsões sobre o tipo de decisões a ser emitidas pelos tribunais.

Se existir forte indício de perda do caso e a empresa prever indemnização a contraparte, o respectivo valor
deve ser debitado na conta 6.6 Provisões do Período em contrapartida de 4.8 Provisões.

Os valores previstos (por experiência própria da empresa) para gastos de assistência técnica a bens
vendidos com garantia devem ser debitados na conta 6.6 Provisões do Período em contrapartida da conta
4.8 Provisões.

6.6 Provisões do Período 4.8 Provisões


Si Si
X X

(X) Provisões p/ casos judiciais ou garantias a clientes

Tal como, as perdas por imparidade, as provisões também são susceptíveis a reversão, no caso em que
os fins para os quais foram constituidos não se materializem no exercício seguinte.

O princípio de prudência exprime a ideia de precaução ou cautela de situações que, tendo origem em um
certo exercício, não possam afectar os resultados do outro exercício.

8.4.4.3 - Acréscimos e Diferimentos


Um dos pressupostos subjacentes a preparação das demonstrações financeiras é o REGIME DE
ACRÉSCIMO. Neste regime os efeitos das transações e outros acontecimentos são reconhecidos quando
ocorrem, escriturados nos períodos a que dizem respeito, e relatados nos demonstrações financeiras dos
respectivos exercícios ou períodos. Este regime opõe-se ao regime contabilístico na BASE DE CAIXA que
regista apenas as transações quando ocorrem os respectivos pagamentos ou recebimentos.
As demonstrações financeiras preparadas de acordo com o regime do ocréscimo relatam não apenas as
transacções passadas que envolvam pagamentos e re cebimentos de caixa, como também as obrigações
de pagamento e os recursos que representem caixa a ser pago e recebido no futuro.

8.4.4.3.1 Acréscimos de Gastos

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Acréscimos de Gastos - são gastos relativos ao periodo em curso que apenas serão pagos e
contabilizados como tal nos períodos seguintes. Representam passivos ainda sem documentos
vinculativos. Como exemplos podemos apresentar as férias e subsídios de férias, comunicações,
electricidade etc.
Valores estimados de gastos de electricidade, água, transportes, comunicações, segurança entre outros
do mês de Dezembro devem ser debitados na conta 6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros em
contrapartida da conta 4.9 Acréscimos e Diferimentos:

6.3 Fornecimentos e Serviços de


Terceiros 4.9 Acréscimos e Diferimentos
Si Si
X X

(X) FST do mês de Dezembro (por estimativas) mas ainda sem documentação vinculativa

Remunerações dos Trabalhadores (Férias e 130 Mês)


6.2 Gastos com Pessoal 4.9 Acréscimos e Diferimentos
Si Si
X X

(X) Remunerações de Férias e 130

b)

Os valores registados a crédito na conta 4.9 constituem passivos “especiais” ainda sem documentação
vinculativa (factura da EDM e folha de salário). Logo que os documentos estiverem disponíveis, aqueles
valores serão transferidos da conta 4.9 para a conta 4.6, passando assim a ser passivos efectivos.

8.4.4.3.2 Gastos Diferidos


Gastos Diferidos – são despesas realizadas no exercício corrente mas que só beneficiarão o exercício
seguinte. São exemplos:

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Seguros que beneficiam exercícios seguintes mas que tenham sido registados como despesas na conta
6.3; Transportes, Segurança, Electricidade (credelec que transita para o período seguinte),
Comunicações (Crédito que transita para o período seguinte) etc.

Sabe-se que, pelo pagamento, por exemplo, de prémio anual de seguros, no meio do ano, a contabilidade
deve respeitar o princípio de especialização no registo desta operação, independentemente do momento
em que for pago.

O referido princípio obriga ao Contabilista a registar nas contas de gastos apenas valores correspondentes
a consumos de um único exercício. E os valores a serem consumidos no exercício seguinte devem ser
diferidos, isto é, não devem ser debitados nas contas de gastos mas sim na conta 4.9 Acréscimos e
Diferimentos.

Se não for respeitado o princípio de especialização nos registos contabilísticos ao longo do período
(devido a natureza das operações que não possibilitam o conhecimento de valores a diferir), no final do
ano deve se fazer ajustamento por que já será possível conhecer valores consumidos e os
remanescentes.

Por exemplo, uma empresa compra recarga de credlec de 10,000MT (correspondente a 5,000 KW/h) no
dia 25 de Dezembro, através de numerário. Nesta data, não é fácil conhecer o valor de electricidade que
será gasto até 31 de Dezembro e o que poderá transitar para o exercício seguinte. Por isso, o
procedimento contabilístico de registo da operação é debitar a conta 6.3 Fornecimentos e Serviços de
Terceiros e creditar 1.1 Caixa, pelo valor total de 10,000MT.

No final do ano (dia 31 Dezembro) já é fácil conhecer o valor gasto e o que transita para o exercício
seguinte, pela leitura directa do contador. Neste caso, o valor que transita deve ser debitado na conta 4.9
Acréscimos e Diferimentos e creditado (reduzido) da conta 6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros:

4.9 Acréscimos e Diferimentos 6.3 Fornecimentos e Serviços de


Si Si Terceiros X
X

(X) pelo diferimento de gastos

8.4.4.3.3 - Rendimentos Diferidos


A especialização não se verifica apenas nos gastos, mas também nos rendimentos/proveitos/receitas.

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Por exemplo, uma empresa recebeu, em 01 de Dezembro de 2014, um valor de 100,000MT de um


inquilino referente a renda de um edifício por um período de 5 meses. Repare que o lançamento desta
operação em 01 de Dezembro de 2014 é:

 Debitar 1.1 Caixa por 100,000MT, creditar a conta 7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros
por 20,000MT e creditar 4.9 Acréscimos e Diferimentos por 80,000MT;
Ou
 Debitar 100,000MT na conta 1.1 Caixa, creditar 100,000 na conta 7.8 Rendimentos e Ganhos
Financeiros.
O primeiro lançamento é o mais correcto porque não necessita de ajustamentos no final do ano. O valor de
20,000MT é de facto receita para o ano de 2014. Mas os 80,000MT só serão receitas em 2015 por isso diz
que são rendimentos diferidos na conta 4.9.

O segundo lançamento é menos prático porque exige que, no final do ano (31 de Dezembro) se faça
correcção, debitando a conta 7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros e creditando a conta 4.9 Acréscimos
e Diferimentos por 80,000MT como valor de rendimentos diferidos para o ano de 2015:

4.9 Acréscimos e
7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros Diferimentos
X Si Si
X

(X) valor de rendimentos diferidos para exercício seguinte

Em resumo, no final do ano, os ajustamentos exigem que:

 As contas de Gastos e Perdas (classe 6) sejam debitados pelos acréscimos de gastos e


creditados pelos gastos diferidos;
 As contas de Rendimentos e Ganhos sejam debitados pelos rendimentos diferidos e
creditados pelos acréscimos de rendimentos.
Esta prática visa garantir que as contas reflictam apenas gastos e perdas e rendimentos e ganhos de um
único exercício para apuramento correcto de resultados líquidos.

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O trabalho de fim de exercício é um processo de revisão simplificada da contabilidade. As operações


registadas erradamente por engano ou omitidos são agora estornados/regualrizados na contabilidade.

Depois destas e outras correcções, pode ser elaborado o Balancete Ajustado/Regularizado/Corrigido que
permitirá o apuramento correcto dos resultados do período.

8.5 - APURAMENTO DE RESULTADOS


Em contabilidade, o apuramento de resultados é o processo de transferência de todos os saldos das
contas de classe 6 e classe 7 para as contas de resultados de classe 8. Existem quatro tipos de resultados
de acordo com a natureza dos rendimentos e ganhos e gastos e perdas envolvidas no apuramento.

8.5.1 - Resultados Operacionais


Matematicamente, os resultados operacionais são obtidos pela diferença entre rendimentos e ganhos
operacionais e gastos e perdas operacionais. Em contabilidade, o apuramento destes resultados consiste
em transferência dos saldos devedores das contas 6.1, 6.2, 6.3, 6.4, 6.5, 6.6, 6.7, 6.8 para a conta 8.1 e
transferência dos saldos credores das contas 7.1, 7.2, 7.3, 7.4, 7.5, 7.6, 7.9 para a conta 8.1. O saldo
desta conta (8.1) depois de receber valores de gastos e perdas a débito e valores de rendimentos e
ganhos a crédito, constitui o Resultado Operacional. O resultado operacional é apurado na conta 8.1.

Esquema de Apuramento de Resultados Operacionais no Diário:

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS xx
a 6.1 Custo dos Inventários Vendidos xx
a 6.2 Gastos com Pessoal xx
a 6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros xx
a 6.4 Perdas por Imparidade do Período xx
a 6.5 Amortizações do Período xx
a 6.6 Provisões do Exercício xx
a 6.7 Perdas por Redução do Justo Valor xx
a 6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais xx
P/ transferência de gastos e perdas operacionais xx
---------------------------//----------------------------
7.1 Vendas yy
7.2 Prestação de Serviços yy
7.3 Investimentos Realizados pela Própria Empresa yy
7.4 Reversões do Período yy
7.5 Rendimentos Suplementares yy
7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais yy
7.9 Ganhos por Aumento do Justo Valor yy
a 8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS YY
P/ transferência de rendimentos e ganhos operacionais
---------------------------//----------------------------

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8.5.2 Resultados Financeiros


Matematicamente, os resultados financeiros são obtidos pela diferença entre o saldo da conta 7.8 e o
saldo da conta 6.9.

Contabilisticamente, o apuramento de resultados financeiros implica transferência do saldo da conta 7.8


para a conta 8.2 e transferência do saldo da conta 6.9 para a conta 8.2. O saldo da conta 8.2 reflecte o
resultado financeiro da empresa num determinado período. O resultado financeiro é apurado na conta 8.2.

Esquema de Apuramento de Resultados Financeiros no Diário:

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.2 RESULTADOS FINANCEIROS ww
a 6.9 Gastos e Perdas Financeiras ww
P/ transferência de gastos e perdas financeiras
---------------------------//-------------------------------
7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros zz
a 8.2 RESULTADOS FINANCEIROS zz
P/ transferência de rendimentos e ganhos financeiros

8.5.3 Resultados Correntes/Antes de Impostos


É a soma algébrica do saldo da conta 8.1 e do saldo da conta 8.2. Os saldos das contas 8.1 e 8.2, de
acordo com a sua natureza são transferidos para a conta 8.3. O saldo desta conta, depois de receber os
valores da 8.1 e 8.2, é o resultado corrente ou antes de impostos.

Transferência do Saldo Credor de 8.1 para 8.3

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS LO
a 8.3 RESULTADOS CORRENTES LO
P/ transferência do saldo credor de 8.1 para 8.3
----------------------------//-------------------------------
LO –Lucro Operacional

Transferência do Saldo Devedor de 8.1 para 8.3

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.3 RESULTADOS CORRENTES PO
a 8.1 RESULTADOS OPERACIONAIS PO
P/ transferência do saldo devedor de 8.1 para 8.3
-----------------------------//----------------------------------
PO – Prejuízo Operacional

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Transferência do Saldo Credor de 8.2 para 8.3

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.2 RESULTADOS FINANCEIROS LF
a 8.3 RESULTADOS CORRENTES LF
P/ transferência do saldo credor de 8.2 para 8.3
-----------------------------//----------------------------------
LF – Lucro Financeiro

Transferência do Saldo Devedor de 8.2 para 8.3

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.3 RESULTADOS CORRENTES PF
a 8.2 RESULTADOS FINANCEIROS PF
P/ transferência do saldo devedor de 8.2 para 8.3
------------------------------//-----------------------------------
PF – Prejuízo Financeiro

8.5.4 Resultados Líquidos do Período


Os resultados líquidos do período são apurados na conta 8.8 e o processo consiste em transferir saldo da
conta 8.3 para a conta 8.8.

Se o saldo de 8.3 for credor, isso evidencia um lucro corrente/contabilístico sujeito ao imposto sobre
rendimento de pessoas colectivas (IRPC). Neste caso, 32% do saldo credor de 8.3 é creditado na conta
8.5 e o remanescente é creditado na conta 8.8 como resultado líquido do período. O imposto provisionado
na conta 8.3 é posteriormente transferido para a conta 4.4 que é de balanço.

No caso em que, o saldo de 8.3 é devedor, exprime um prejuizo corrente/contabilístico e não está sujeito
ao imposto. O valor é transferido e debitado totalmente na conta 8.8 como resultado líquido do período a
ser patenteado no balanço patrimonial final da empresa.

Transferência do Saldo Credor de 8.3 para 8.5 e 8.8

Maputo, 31 Dezembro de 2014

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Transporte
8.3 RESULTADOS CORRENTES LC
a 8.5 IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO t
a 8.8 RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO LL
P/transferência do saldo credor de 8.3 para 8.5 e 8.8
--------------------------------//------------------------------------
LC-Lucro Corrente; t-Imposto e LL-Lucro Líquido

Transferência do Saldo Devedor de 8.3 para 8.8

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.8 RESULTADO LIQUIDO DO PERIODO PL
a 8.3 RESULTADO CORRENTE PC
P/transferência do saldo devedor de 8.3 para 8.8
-------------------------------//----------------------------------
PL – Prejuízo Líquido e PC –Prejuízo Corrente

Transferência do Saldo de 8.5 para 4.4

Maputo, 31 Dezembro de 2014


Transporte
8.5 IMPOSTO SOBRE RENDIMENTO t
a 4.4 ESTADO t
P/transferência do imposto de 8.5 para 4.4
------------------------------//----------------------------------

O processo de apuramento de resultados obdece a regras de contabilidade. Sempre que debita a conta
deve, em contrapartida, creditar uma outra conta.

O Esquema apresentado a seguir resume todo o processo de apuramento de resultados, no razão


esquemático:

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9. RELATÓRIO CONTABILÍSTICO FINAL


“O Relatório Contabilístico é a exposição resumida e ordenada dos principais factos registados pela
contabilidade em determinado período” (Iudícibus e Marion 2004:183).

Desde o início do exercício até ao final, a contabilidade sempre regista os factos patrimoniais nas contas.
No fim do exercício é preciso resumir esta actividade em mapas especiais cujo conjunto completo
denomina-se relatório contabilístico.

Entre os relatórios contabilísticos os mais importantes são as demonstrações financeiras.

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De acordo com Plano Geral de Contabilidade (PCG) aprovado pelo Decreto nr 70/2009, um conjunto
completo de Demosntrações Financeiras (DFs) inclui:

PGC-NIRF PGC-PE
Balanço Balanço
Demonstração de Resultados por Natureza Demonstração de Resultados por Natureza
Demonstração de Resultados por Funções Demonstração de Resultados por Funções
Demonstração de Fluxo de Caixa
Demonstração das Alterações no Capital Próprio
Notas às Demonstrações Financeiras Notas às Demonstrações Financeiras
As Notas Explicativas incluem um resumo de políticas contabilísticas mais significativas.
A compilação do relatório contabilístico é a útlima fase do trabalho contabilístico do fim de exercício.

9.1 BALANÇO
O Balanço é um mapa que reflecte a posição financeira em determinado período, normalmente no final
do ano ou de um período prefixado (Iudícibus e Marion (2004:184). O balanço é constituido por dois
membros (10 Membro – Activo e 20 Membro – Capital Próprio e Passivo).

O Activo é o conjunto de bens e direitos, o Passivo é o conjunto de obrigações (dívidas) e o Capital Próprio
é a diferença entre Activo e Passivo e reflecte a riqueza líquida da empresa.

O Framework do IASB define estas grandezas contabilísticas da seguinte forma:

a) Activo é:
 Um recurso;
 Controlado pela entidade;
 Como resultado de evento(s) passado(s);
 Do qual se esperam que benefícios económicos fluam para a entidade.
b) Passivo é:
 Uma obrigação presente (não cometimento futuro);
 De uma entidade;
 Como resultado de evento(s) passado(s);
 Cuja resolução implicará um exfluxo ou defluxo de benefícios económicos da entidade.
c) Capital Próprio é:
 Interesse residual sobre os Activos depois de deduzir todas as obrigações.

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Pela óptica contabilística, a equação básica de contabilidade impoe que, a soma dos elementos do 1 0
membro seja igual a soma dos elementos do 2 0 membro, isto é:

Activo = Capital Próprio + Passivo

Conforme o Decreto 70/2009, a estrutura do balanço deve ser vertical e os elementos de Activo (10
membro) dispostos pela ordem crescente de liquidéz (do menos líquido para o mais líquido). Isto implica
que, na secção de activos, primeiro sejam arroladas as contas de activos não correntes e de seguida
apresentam-se contas de activos correntes (terminando sempre com as contas de disponibilidades). Os
elementos do Capital Próprio e Passivo (2 0 membro) devem ser dispostos pela ordem crescente de
exigibilidade (do exigível a longo e médio prazo para o exigível a curto prazo). Esta regra implica que, na
secção de passivo sejam apresentadas, em primeiro lugar, as contas de passivos não correntes e de
seguida as contas de passivos correntes. É importante recordar que, as classes de contas que compoem o
balanço são: classe 1, classe 2, classe 3, classe 4, classe 5 e a conta 8.8 Resultado Líquido do Período.

9.1.1 Contas de Activos


1.1 CAIXA
1.2 BANCOS
1.3 OUTROS INSTRUMENTOS FINANCEIROS
2.1 COMPRAS
2.2 MERCADORIAS
2.3 PRODUTOS ACABADOS E INTERMÉDIOS
2.4 SUBPRODUTOS, DESPERDÍCIOS, RESÍDUOS E REFÚGOS
2.5 PRODUTOS OU SERVIÇOS EM CURSO
2.6 MATÉRIAS PRIMAS, AUXILIARES E MATERIAIS
2.7 ACTIVOS BIOLÓGICOS
2.8 REGULARIZAÇÃO
2.9 AJUSTAMENTOS PARA VALOR REALIZÁVEL LÍQUIDO
3.1 INVESTIMENTOS FINANCEIROS
3.2 ACTIVOS TANGÍVEIS
3.3 ACTIVOS INTANGÍVEIS
3.4 INVESTIMENTOS EM CURSO
3.5 ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA
3.6 ACTIVOS TANGÍVEIS DE INVESTIMENTO
3.8 AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS
3.9 IMPARIDADE ACUMULADAS DE INVESTIMENTOS DE CAPITAL
4.1 CLIENTES
4.4 ESTADO
4.5 OUTROS DEVEDORES
4.7 PERDAS POR IMPARIDADE ACUMULADAS DE CONTAS A RECEBER
4.9 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

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As contas 2.1 e 2.8 são subsidiárias de 2.2, 2.3, 2.6, 2.7 por isso os seus saldos (as primeiras duas
contas) são transferidos no acto do apuramento de custo de inventários ou de resultados, no final do
exercício, para as últimas contas. Não figuram no balanço final. As contas 2.9, 3.8, 3.9 e 4.7 subtraem os
activos brutos. Por isso, no Balanço, os seus saldos entram na secção de activo com sinal negativo. Mas a
prática do nosso PGC é de apresentar os activos já líquidos/ajustados e assim sem necessidade de
apresentar contas de ajustamentos.

9.1.2 Contas de Passivos


4.2 FORNECEDORES
4.3 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
4.4 ESTADO
4.6 OUTROS CREDORES
4.8 PROVISÕES
4.9 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

Repare que algumas contas fazem parte do grupo de activos e de passivos simultaneamente. Essas
contas são mistas e o seu posicionamento no balanço depende da natureza do saldo final. Por exemplo,
se no final do exercício, a conta 4.9 evidencia a seguinte situação:

4.9 Acréscimos e Diferimentos


2,000.00 1,500.00

Neste caso, a conta 4.9 tem saldo devedor de 500.00MT e integra a secção de activos. Mas se no final do
exercício, a conta 4.9 evidenciar um acumulado a débito e a crédito conforme se mostra a seguir, então a
conta passa a integrar a secção de passivos com um saldo credor de 1,100.00MT.

4.9 Acréscimos e Diferimentos


2,400.00 3,500.00

Este comportamento é notável também na conta 4.4 Estado.

9.1.3 Contas de Capital Próprio


5.1 CAPITAL
5.2 ACÇOES OU QUOTAS PRÓPRIAS
5.3 PRESTAÇÕES SUPLEMENTARES
5.4 PRÉMIOS DE EMISSÃO DE ACÇÕES OU QUOTAS

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5.5 RESERVAS
5.6 EXCEDENTES DE REVALORIZAÇÃO DE ACTIVOS TANGÍVEIS E INTANGÍVEIS
5.8 OUTRAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
5.9 RESULTADOS TRANSITADOS
8.8 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO
Qualquer conta desta secção que ostente um saldo devedor, o seu valor tem efeitos dedutivos, devendo
carregar sinal negativo, no Balanço.

Pela óptica financeira, o Activo (10 membro) reflecte as aplicações de recursos e o Capital Próprio e
Passivo (20 membro) são as origens de recursos, isto é, as fontes de proveniência dos fundos aplicados
no primeiro membro. Portanto, as aplicações são iguais as origens.

Aplicações = Origens

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9.1.4 Modelo de Balanço, conforme o PGC-NIRF:


Balanço da Empresa_______________________________em 31 de Dezembro do Ano________ (Valores em ________de MT)
Notas Ano______ Ano_______
1 ACTIVO
1.1 ACTIVO NÃO CORRENTE ----- ------------------ ----------------
a) Activos Tangíveis
b) Activos Tangíveis de Investimentos
c) Goodwill
d) Activos Intangíveis
e) Activos Biológicos
f) Investimentos em Associadas
g) Outros Activos Financeiros
h) Activos por Impostos Diferidos
i) Activos Não Correntes Detidos para Venda
Total de Activo Não Corrente
1.2 ACTIVO CORRENTE ----- ------------------ ------------------
j) Inventários
e) Activos Biológicos
k) Clientes
l) Outros Activos Financeiros
m) Outros Activos Correntes
n) Caixa e Bancos
Tota de Activo Corrente
TOTAL DO ACTIVO
2 CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
2.1 CAPITAL PROPRIO ----- ------------------ ------------------
Capital Social
Reservas
Resultados Transitados
Outras Componentes de Capital Próprio
Resultado Liquido do Período
Interesses Minoritários
Total do Capital Próprio
2.2 PASSIVO ----- ------------------ ------------------
2.2.1 PASSIVO NÃO CORRENTE ----- ------------------ ------------------
o) Provisões
p) Empréstimos Obtidos
q) Outros Passivos Financeiros
r) Passivos por Impostos Diferidos
s) Outros Passivos Não Correntes
Total de Passivo Não Corrente
2.2.2 PASSIVO CORRENTE ----- ------------------ ------------------
o) Provisões
u) Fornecedores
p) Empréstimos Obtidos
q) Outros Passivos Financeiros
x) Impostos a Pagar
z) Outras Contas a Pagar
Total do Passivo Corrente
Tota do Passivo
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Informações Adicionais:

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Os activos devem ser apresentados por valores líquidos, evitando introduzir contas de ajustamentos,
nomeadamente: 2.9, 3.8, 3.9 e 4.7. A informação detalhada destas contas é divulgada nas Notas.
Neste novo modelo de Balanço existem rubricas que agregam mais de uma conta. Por exemplo: Outras
Activos Correntes e Outras Contas a Pagar.
Vamos descrever, de forma resumida, o conteúdo de cada rubrica do Balanço. Os detalhes podem ser
apreciados em outras unidades deste manual:
a) Activos Tangíveis – são activos que sejam detidos para uso na produção ou no fornecimento de
bens e serviços, para arrendamento ou para fins administrativos e que se esperam que sejam
utilizados por mais de um período;
b) Activos Tangíveis de Investimentos – são terrenos e/ou edifícios, ou partes deles, que sejam
detidos para obtenção de rendas e/ou valorização do capital investido e que não sejam para uso na
produção ou no fornecimento de bens ou serviços, com fins administrativos ou venda no decorrer
normal do negócio;
c) Goddwill – activo não monetário, sem substância física de que se esperam benefícios económicos
futuros resultantes de activos que não são individualmente identificáveis e separadamente
reconhecíveis;
d) Activos Intangíveis – Activos não monetários, sem substância física, mas identificáveis;
e) Activos Biológicos (de Produção) – valores de animais ou plantas com vida destinados a
produção ou exploração de seus derivados e que possam viver mais de 12 meses. Ex: Gado – numa
empresa de extracção de leite; Plantas de Coqueiro – numa empresa que explora copra. Caso a
sua vida seja de até 12 meses, então são classificados na secção de activos correntes;
f) Investimentos em Associadas – Investimentos financeiros em entidades sobre as quais o
investidor tenha influência significativa e que não sejam subsidiárias nem interesses em
empreendimentos conjuntos;
g) Outros Activos Financeiros – instrumentos financeiros não correntes que não tenham sido
inclusos noutros itens dos activos;
h) Activos por Impostos Diferidos – impostos sobre rendimentos recuperáveis ou pagáveis em
periódos futuros respeitantes a diferenças temporárias dedutíveis e tributáveis, reporte de perdas
fiscais não utilizadas e reporte de créditos fiscais não utilizados;
i) Activos Não Correntes Detidos para Venda – são activo não correntes que a entidade tenha em
sua carteira de alienação. Para que um item seja classificado nesta categoria, deve satisfazer certas
condições: (i) a entidade tenha um plano de venda do activo (ii) o activo esteja imediatamente
disponível para venda e (iii) a venda seja provável nos próximos 12 meses;
j) Inventários – são activos detidos para venda, no decurso normal da actividade empresarial, ou para
consumo no processo de produção de bens e serviços para venda. Esta rubrica inclui saldos de
todas as contas de classe 2, nomeadamente: 2.2, 2.3, 2.4, 2.5 e 2.6 com a excepção da conta 2.7
que aparece de forma separada, e das contas transitórias (2.1 e 2.8) assim com as de ajustamentos
(2.9);

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k) Clientes – abrange todas as contas a receber que derivam da venda de mercadorias ou de


prestação de serviços nos negócios principais da entidade;
l) Outros Activos Financeiros - instrumentos financeiros correntes que não tenham sido inclusos
em outros itens do activo;
m) Outros Activos Correntes – todos os itens que não tenham sido inclusos em outras categorias de
activos correntes. Trata-se de uma rubrica residual que acolhe valores não integrados em outras
contas de activos correntes;
n) Caixa e Bancos – engloba a conta caixa e seus equivalentes (instrumentos financeiros convertíveis
em menos de 3 meses) e depósitos bancários;
o) Provisões – estimativas dos dispêndios exigidos para liquidar uma obrigação presente a data do
balanço, que deverá ter em consideração os riscos e incertezas que rodeiam o acontecimento
passado. Se se prevê liquidar a referida obrigação nos próximos 12 meses, o respectivo valor integra
passivo corrente. Caso a liquidação seja prevista para um período superior a 12 meses, então fará
parte do passivo não corrente;
p) Empréstimos Obtidos – dívidas contraídas junto de instituições de crédito, ou outras entidades.
Se o reembolso for previsto para os próximos 12 meses, então, os valores integram o passivo
corrente. Se o reembolso for previsto para um período superior a 12 meses, o valor integra o passivo
não corrente;
q) Outros Passivos Financeiros – todos os instrumentos financeiros que não tenham sido
apresentados em outras categorias de passivo. Podem estar nesta conta os instrumentos
financeiros de cobertura e outros instrumentos financeiros e que a classificação pode ocorrer em
passivos correntes ou não correntes;
r) Passivos por Impostos Diferidos – quantias de imposto sobre rendimento, pagáveis em períodos
futuros (períodos que superam 12 meses) que dizem respeito a diferenças temporárias tributáveis;
s) Outros Passivos Não Correntes – outras dívidas pagáveis num prazo superior a 12 meses e que
não tenham sido classificadas em outras rubricas de passivos;

u) Fornecedores – dívidas a pagar pela aquisição de inventários, materiais e serviços derivados de


transacções nos negócios básicos (actividade principal) da entidade;
x) Impostos a Pagar – dívidas a pagar ao Estado e outras entidades públicas que tenham
características de impostos e taxas. Inclui-se nesta rubrica, os impostos correntes e não correntes
ainda pagos excluindo impostos diferidos;
z) Outras Contas a Pagar – inclui todas as outras dívidas correntes a pagar não inclusas em outras
categorias de passivos. Trata-se, neste caso, de uma rubrica resiual.
O Balanço das empresas subordinadas ao PGC-PE é mais resumido e não possui algumas rubricas
patentes no modelo apresentado para empresas subordinadas ao PGC-NIRF.

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9.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO


“A demonstração de Resultados é um resumo ordenado das receitas e despesas da empresa,
mostrando o desempenho económico em determinado período - 12 meses” (Iudícibus e Marion
2004:194). É apresentada de forma dedutiva (vertical), ou seja, das receitas subtraem-se despesas, e em
seguida indica-se o resultado líquido. A demonstração de resultados evidencia as várias categorias de
resultados (operacionais, financeiros, correntes ou antes de impostos e líquidos do período). Os custos
podem ser classificados segundo a natureza, dando origem a Demonstração de Resultados por Natureza,
ou por funções originando a Demonstração de Resultados por Funções.

9.2.1 Contas de Gastos/Perdas e Rendimentos/Ganhos Operacionais


Gastos e Perdas Operacionais Rendimentos e Ganhos Operacionais
6.1 Custo dos Inventários 7.1 Vendas
6.2 Gastos com Pessoal 7.2 Prestação de Serviços
6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros 7.3 Investimentos Realizados pela Própria Empresa
6.4 Perdas por Imparidade do Período 7.4 Reversões do Período
6.5 Amortizações do Período 7.5 Rendimentos Suplementares
6.6 Provisões do Período 7.6 Outros Rendimentos e Ganhos Operacionais
6.7 Perdas por Redução do Justo Valor 7.9 Ganhos por Aumento do Justo Valor
6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais

Estas contas geram resultados operacionais.

Assim, o Resultado Operacional = (7.1+7.2+7.3+7.4+7.5+7.6+7.9)-


(6.1+6.2+6.3+6.4+6.5+6.6+6.7+6.8)=7.1+7.2+7.3+7.4+7.5+7.6+7.9-6.1-6.2-6.3-6.4-6.5-6.6-6.7-6.8

9.2.2 Contas de Gastos/Perdas e Rendimentos/Ganhos Financeiros


Gastos e Perdas Financeiras Rendimentos e Ganhos Financeiros
6.9 Gastos e Perdas Financeiras 7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros

Estas contas geram resultado financeiro. O Resultado Financeiro = 7.8-6.9

9.2.3 Contas de Resultados


Contas de Resultados
8.1 Resultado Operacional
8.2 Resultado Financeiro
8.3 Resultado Corrente
8.5 Imposto Sobre Rendimento
8.8 Resultado Líquido Período

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A ligação entre Balanço e Demonstração de Resultados é feita pela conta 8.8 Resultados Líquidos do
Período e o Imposto provisionado na conta 8.5 que deve ser transferido para a conta 4.4 Estado.

9.2.4 Modelos de Demonstração de Resultados:


DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA DA EMPRESA XYZ, LDA EM 31/12/2016
Notas Ano N Ano N-1
Venda de Bens e de Serviços
Variação de Produção e de Trabalhos em Curso
Investimentos Realizados pela Própria Empresa
Custo dos Inventários Vendidos ou Consumidos
Custos com Pessoal
Fornecimentos e Serviços de Terceiros
Amortizações
Provisões
Ajustamentos de Inventários
Imparidade de Contas a Receber
Imparidade de Activos Tangíveis e Intangíveis
Outros Ganhos e Perdas Operacionais
Rendimentos e Ganhos Financeiros
Gastos e Perdas Financeiras
Ganhos/Perdas Imputados de Associadas
Resultados Antes de Impostos
Imposto sobre Rendimento
Resultados do Período de Operações Continuadas
Resultados Líquidos das Operações Descontinuadas
Resultados Líquidos do Período
Resultados Líquidos do Período Atribuídos a:
Detentores do Capital da Empresa - Mãe
Interesses Minoritários

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES DA EMPRESA XYZ, LDA EM 31/12/2016


Notas Ano N Ano N-1
Venda de Bens e de Serviços
Custo das Vendas de Bens e Serviços
Resultado Bruto
Outros Rendimentos

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Gastos de Distribuição
Gastos Administrativos
Rendimentos/Gastos Financeiros
Outros Ganhos/Perdas Operacionais
Ganhos/Perdas Imputadas de Associadas
Resultados Antes de Impostos
Imposto sobre Rendimento
Resultados do Período de Operações Continuadas
Resultados Líquidos das Operações Descontinuadas
Resultados Líquidos do Período
Resultados Líquidos do Período Atribuídos a:
Detentores do Capital da Empresa - Mãe
Interesses Minoritários
O valor de “Resultados Líquidos do Período” evidenciado nas duas versões deve ser o mesmo.

9.3 Demonstração de Fluxos de Caixa

9.3.1 Definições
Para efeitos de eleboração deste mapa, Caixa – compreende o dinheiro existente nos cofres e em
depósitos a ordem. Por abrangir até depósitos bancários, alguns autores preferem dar a denominação de
Demonstração de Fluxos de Disponibilidades.
Equivalentes de Caixa – são investimentos a curto prazo, altamente líquidos, que sejam prontamente
convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de
alterações de valor.
Fluxos de Caixa – são influxos (recebimentos ou entradas) e exfluxos (pagamentos ou saídas) de caixa e
seus equivalentes.
Actividades Operacionais – são as principais actividades produtoras de rédito da entidade e outras
actividades que não sejam de investimentos ou financiamento.
Actividades de Investimentos – são actividades que provocam pagamentos pela compra de imobilizado e
recebimentos pela alienação do imobilizado.

O Gestor deve compreender que o resultado de um período está relacionado com os rendimentos e gastos
ocorridos no mesmo, e que isto pode não ter relação com as variações no “cash flow” durante o período. A
explicação das diferenças pontuais entre Recebimentos e Receitas é apresentada na tabela a seguir que,
retrata operações ocorridas na empresa M & Y, Lda, no ano N:
(valores em milhares de meticais)

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Valores Ano N
Recebimentos Receitas
1 Vendas a pronto, efectuadas no ano N 5,000.00 5,000.00 5,000.00
2 Vendas a crédito, do ano N-1, recebidas do ano N 1,000.00 1,000.00 -
3 Vendas a crédito do ano N, recebidas no ano N 50,000.00 50,000.00 50,000.00
4 Vendas a crédito do ano N, recebidas no ano N+1 50,000.00 - 50,000.00
Total 56,000.00 105,000.00

Esta tabela mostra que, a empresa teria de declarar uma receita de 105,000MT no ano N. Contudo, o valor
dos recebimentos do mesmo período é apenas de 56,000MT. Não seria de estranhar que esta empresa
apresentasse um óptimo resultado líquido do período mas estando sob pressões de tesouraria (falta de
dinheiro). A Demosntração do Fluxo de Caixa mostra a diferença entre Recebimentos e Pagamentos feitos
em “Caixa e Bancos” durante o período em análise.

9.3.2 Modelo do Mapa de Fluxo de Caixa:


DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DA EMPRESA XYZ, LDA EM 31/12/2016 (MÉTODO DIRECTO)
Rubricas Notas Ano N Ano N-1
Fluxo de Caixa das Actividades Operacionais
+ Recebimentos de Clientes
- Pagamentos a Fornecedores
- Pagamentos ao Pessoal
= Caixa Gerada pelas Operações
+/- Pagamento/Recebimento do Imposto sobre Rendimento
+/- Outros Recebimentos/Pagamentos
= Caixa Liquida Gerada pelas Actividades Operacionais (1)
Fluxo de Caixa das Actividades de Investimento
Pagamentos Respeitantes a:
- Aquisição de Activos Tangíveis
- Aquisição de Activos Intangíveis
- Aquisição de Outros Investimentos

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Recebimentos Respeitantes de:


+ Vendas de Activos Tangíveis
+ Vendas de Activos Intangíveis
+ Venda de Outros Investimentos
+ Subsídios ao Investimento
+ Juros e Rendimentos Similares
+ Dividendos
+ Outros Recebimentos
= Caixa Liquida Usada nas Actividades de Investimento (2)
Fluxo de Caixa de Actividades de Financiamento
Recebimentos Provenientes de:
+ Empréstimos e Outros Financiamentos Obtidos
+ Realizações de Aumentos de Capital e de Contribuições dos Sócios
+ Cobertura de Prejuízos pelos Detentores de Capital
+ Doações
+ Outras Operações de Financiamento
Pagamentos Respeitantes a:
- Reembolso de Empréstimos e Outros Financiamentos Obtidos
- Juros e Gastos Similares
- Dividendos
- Reembolso de Capital Social e de Outras Contribuições dos Sócios
- Outras Operações de Financiamento
= Caixa Liquida Usada nas Actividades de Financiamento (3)
Variação de Caixa e seus Equivalentes (1+2+3)
Caixa e seus Equivalentes no Inicio do Período
Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período

Formulário aplicado para as diferentes rubricas:

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9.3.3 REQUISITOS GERAIS DE APRESENTAÇÃO


Os mapas que compoem as demonstrações financeiras devem reunir, no mínimo, os seguintes requisitos:

a) Cabeçalho
 Denominação da Empresa;
 Título do Mapa;
 Data de encerramento:
Exemplo:
Balanço da Empresa Alfa & Ómega, Lda em 31 de Dezembro de 2014, ou Demonstração de Resultados
da Alfa & Ómega, Lda em 31 de Dezembro de 2014.

b) Corpo

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 No corpo, faz-se a descrição das contas do 10 grau que compoem o mapa apresentado.
No caso do Balanço é necessária a discriminação de activos em não correntes e
correntes e os passivos, também em não correntes e correntes. As contas do 10 membro
que apresentarem saldos credores devem ser subtraidos no cáculo do activo líquido total
(exemplo: 2.9, 3.8, 3.9, 4.7) e as contas do 2 0 membro que apresentarem saldos
devedores, também devem ser subtraidos na determinação da correspondente soma de
capital próprio e passivo (5.2, 5.9, 8.8). As contas mistas são apresentadas ou no 1 0
membro, se o saldo for devedor, ou no 2 0 membro, se o saldo for credor (exemplos: 4.4 e
4.9).

c) Colunas Comparativas
 As demonstrações financeiras devem ser publicadas com a indicação dos valores
correspondentes do exercício corrente e do anterior. Assim, todos os mapas que
compoem as demonstrações financeiras (balanço, demonstração de resultados entre
outros) serão apresentados com duas colunas: coluna de Período n (para valores do
exercício actual/corrente) e coluna de Período n-1 (para valores de exercício anterior).
 Esta apresentação facilita ao usuário a apreciação rápida da evolução de um exercício
para o outro.

d) Coluna de Notas
 Nas faces das demonstrações financeiras são apresentados valores agregados, isto é,
saldos de contas gerais (contas do 1 0 grau). Assim, por exemplo, ao invés de se
apresentar valores em subcontas separadas de viaturas, computadores, mesas, edifícios
entre outros, na face do balanço, apresenta-se um único valor total daqueles bens na
conta 3.2 Activos Tangíveis. Ao invés de se apresentar valores em subcontas separadas
de açúcar, arroz, óleo, para uma empresa comercial, apresenta-se um único valor total na
rubrica de “Inventários”.
 As notas inseridas nas faces das demonstrações financeiras explicam (fora das faces), a
formação de valores agregados apresentados em contas gerais com referência cruzadas

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entre o balanço, demonstração de resultados e demonstração do fluxo de caixa. As notas


também descrevem as principais políticas adoptadas pela entidade e outras informações
relevantes para a tomada de decisões dos usuários.

e) Redução de Dígitos
 As demonstrações financeiras podem ser publicadas com a eliminação de dígitos,
principalmente, se os valores forem muito grandes. Assim, por exemplo, se temos
números como 936,428,621MT, podemos eliminar os três últimos dígitos (621) e ficarmos
com 936,428MT, desde que se coloque, no cabeçalho das demonstrações financeiras, a
expressão “valores em milhares de meticais” ou “valores em mil meticais” ou “valores em
103 meticais” ou outra expressão correspondente.

Em relação as notas, o Decreto 70/2009, afirma que, cada entidade é responsável pela preparação das
notas explicativas com a sua própria sequência numérica. Contudo, uma entidade deve manter a
numeração das notas 1 a 4 para PGC-PE e de 1 a 9 para PGC-NIRF relativamente aos temas aí
abordados, desenvolvendo sistematicamente, a partir da nota 5 ou 10, inclusive, as divulgações a ela
aplicáveis, tendo por base a sequência da informação financeira apresentada nas demonstrações
financeiras exigidas no SCE-NIRF.

A apresentação das notas segue a seguinte estrutura:

Identificação da Empresa

Nota 1: Bases de Preparação

 Identificação das bases de preparação das DFs bem como a moeda e unidade de
apresentação;
 Indicação e justificação das derrogações às disposições do SCE-NIRF bem como os
efeitos;
 Apresentação do comentário resumido das contas do balanço, demonstração de
resultados.
Nota 2: Principais Políticas Contabilísticas

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 Indicação das principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação DFs. Por


exemplo deve-se indicar os critérios adoptados para valorização de inventários (FIFO,
CMP ou Custo Específico), métodos de amortização, sistema de inventário, entre outras
políticas.
Nota 3: Principais Julgamentos, Estimativas e Pressupostos Contabilísticos;

Nota 4: Alterações de Políticas Contabilísticas, de Estimativas e Erros;

Nota 5: Efeitos da Primeira Aplicação do SCE-NIRF;

Nota 6: Concentração de Actividades Empresariais;

Nota 7: Interesses em Empreendimentos Conjuntos;

Nota 8: Investimentos em Associadas;

Nota 9: Relato por Segmento;

Nota 10: Activos Tangíveis

E assim por diante…

Em cada uma das notas deve se inserir informação relevante que possa influenciar a tomada de decisão
dos usuários das demonstrações financeiras (vide o seu SCE ou consulte Iudícibus e Marion 2004, pag.
233, para mais detalhes).

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9.3.4 EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO PRÁTICA

7.1 CASO: FEEDYOURSELF, LDA


A FeedYourSelf, Lda é uma sociedade por quotas, com NUIT 800040605 criada, no final de Setembro de
2014 para comercializar dois tipos de produtos alimentares (açúcar e arroz), localizada na Av. P. S.
Nkankomba, edifício Guilotine, nr 35, Telefone +258 84 78 03 141, cidade da Maxixe. O seu capital social
de 4,000,000MT foi subscrito e realizado por dois sócios, Hassane com 60% e Badrú com 40%. Políticas
seleccionadas:
 Sistema de inventário permanente e custo médio ponderado para valorização de saidas de
mercadorias;
 Depreciação e Amortização de investimentos de capital pelo método de quotas constantes (Taxas
Genéricas na Tabela II do Decreto 72/2013), traduzidas para o período em que os bens foram
usados (2 meses) e registo pelo método indirecto;
 Dedução do IVA, a taxa normal, apenas na compra de bens de capital e serviços;
 O Fundo Fixo de Caixa é de 20,000MT. Pagamentos de montantes até 10,000MT são feitos por
Fundo Fixo de Caixa e os que superam aquele valor são feitos por cheques ou transferências
bancárias;
 A sociedede funciona com um total de 2 trabalhadores efectivos: Pacioli, com 1 dependente e
salário bruto de 30,000MT e a Crystine com 3 dependentes e salário bruto de 25,000MT. Os
trabalhadores são contribuintes da Segurança Social Obrigatória e sujeitos passivos de IRPS,
observados todos os requisitos legais;
 O arroz é adquirido junto do fornecedor Mpunga, Lda e o açúcar é fonecido por Marágra, Lda.
Existem dois clientes regulares, a WFP (World Food Program) e o INGC.

Factos Patrimonais ocorridos na sociedade em 2014:

Mês de Outubro:

Dia 01 Nota de Subsc. nr 01, o sócio Badrú subscreveu 2,400,000MT e o Hassane 1,600,000MT para
formação do capital socia;

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Dia 05 N/Recibo nr 001, com 1,600,000MT pelo depósito a ordem efectuado pelo sócio Hassane na conta
a ordem domiciliada no CapitalBank, para a realização do capital;
Dia 10 N/Recibo nr 002, com 2,400,000MT pelo depósito a ordem efectuado pelo sócio Badú na conta a
ordem, CapialBank, referente a realização do capital;
Dia 13 Talão Lev nr 546 CapitalBank pelo levantamento de 20,000MT para fundo fixo de caixa;

Dia 15 Recibo nr 45 da Imobrico, Lda, com 1,000,000MT pela compra do edifício Guilotine. Recibo nr
40 da Recebedoria do CMM, pelo pagamento de sisa de 20,000MT;
Dia 20 Recibo nr 342 da Sidat, pela compra dos seguintes elementos: 1 computadores@20,000MT+IVA;
1 impressora@5,000MT+IVA; 1 Mesas@10,000MT+IVA, 1 DVD de Primavera@400,000MT+IVA,
4 resmas de papel A4@200MT+IVA, 8 tonners HP@1,000MT+IVA;
Dia 25 Factura nr 21 da FlyCars, Ltd, da RSA, a 60 dias, pela compra de 1 viatura Isuzu @100,000ZAR
para uso nas deslocações do pessoal da empresa. Nesta data, no mercado cambial, o ZAR era
comprado por 4,5MT e vendido a 5MT. Recibo nr 1904 da AT I’bane, com 250,000MT
referentes a direitos de importação e 170,000MT de IVA;
Dia 29 Recibo nr 1532 da EDM, 4,000MT, Recibo nr 3644 da FIPAG, 2,000MT, pelos contratos de
ligações de electricidade e água, respectivamente;
Dia 30 Folha de Salários de Outubro ainda não pagos;

Mês de Novembro

Dia 01 Recibo nr0895 da Tranquilidade, pelo n/pagamento de 2,000MT de prémio de seguros da viatura
Isuzu;

Dia 05 Factura nr 324 da Marágra, Lda, a 60 dias, pela compra de 2,500 sacos de açúcar@1,500MT.

Dia 10 Factura nr 465 da Marágra, Lda, a 60 dias, pela compra de 500 sacos de açúcar@1,350MT;

Dia 12 Nota Transf. Bancária nr 3452 CapitalBank pelo pagamento de salários de Outubro;

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Dia 14 N/Factura nr 01 s/INGC, a 30 dias, pela venda de 2,000 sacos de açúcar@1,917.5MT;

Dia 15 Factura nr 453 da Mpunga, Lda, a 60 dias, pela compra de 3,000 sacos de arroz@1,200MT;

Dia 20 Factura n 576 da Mpunga, Lda a 60 dias, pela compra de 1,000 sacos de arroz@1350MT;

Dia 25 N/Factura-Recibo nr 01 s/WFP pela venda de 2,000 sacos de arroz@1608.8MT, recebimento por
cheque s/BCI;
Dia 26 Recibo nr3459 da AT e Recibo nr 45621 de INSS pela entrega, em numerário, das retenções de
IRPS e INSS do mês de Outubro respectivamente;
Dia 28 Recibo nr 356 da Galp, pelo abastecimento da viatura 75 litros@36MT;

Dia 30 Folha de salários de Novembro, ainda não pagos;

Mês de Dezembro:

Dia 05 Factura nr 235 da EDM, com um valor de 550MT e Factura nr 456 de FIPAG, com um valor de
342MT pelas despesas de electricidade e água do mês de Novembro;
Dia 10 N/Recibo nr 002 pelo recebimento de 3,835,000MT, por cheque nr 354 s/BIM, da N/Factura nr 01
s/INGC emitida no dia 14 de Novembro;
Dia 11 Talão de Dep nr 45635 CapitalBank, pelo depósito do cheque recebido no dia 10 Dezembro, com
um valor de 3,835,000MT e do cheque recebido no dia 25 Novembro com um valor de
3,217,600MT;
Dia 25 Recibo nr3542 da FlyCars, Ltd pelo n/pagamento por cheque nr 238 s/CapitalBank, da sua
Factura nr 21, com 100,000 ZAR pela compra da viatura no dia 25 de Outubro. Nesta data, no
mercado cambial, o ZAR era comprado a 4.00MT e vendido a 4.50MT;
Dia 28 Recibo nr 64528 da EDM, 550MT e Recibo nr 46423 de FIPAG, 342MT, pelo n/pagamento, em
numerário, das suas facturas nr235 e nr 456, recebidas no dia 05 de Novembro, referentes a
despesas de electricidade e água, respectivamente;

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Dia 30 Nota nr01, 5 sacos de arroz e 5 sacos de açúcar foram distibuidos gratuitamente a famílias
carenciadas identificadas na comunidade local;

Dia 31 Trabalho do Fim de Exercício:


 Nota nr 02, pelo registo de Depreciações (valor total de activos tangíveis) e Amortizações (valor
total de activos intangíveis). Todos os bens de capital foram usados apenas dois meses
(Novembro e Dezembro);
 Nota nr 03, pelo registo de gastos de electricidade no valor de 550MT e água no valor de 342MT
do mês de Dezembro. As respectivas facturas ainda não foram recebidas;
 Folha de salários de Dezembro, referente a salários ainda não pagos do mês de Dezembro;

Na qualidade de um Técnico de Contas faça a contabilidade da FeedYourSelf, Lda e no fim apresente o


Relatório Contabilístico (incluindo balanço e a demonstração de resultados).

7.2 CASO: SELL & REPAIR CARS, LDA


Balancete de Verificação da Empresa Sell & Repair Cars, Lda em 31/12/2014 (valores em meticais), que
se dedica a compra, venda e reparação de viaturas, na cidade de Tete:

Descrição Saldo
Devedor Credor

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1.1 Caixa 10,000


1.2 Bancos 25,000
2.1 Compras 400,000
2.2 Mercadorias 5,000
3.2 Activos Tangíveis 1,359,000
3.3 Activos Intangíveis 300,000
4.1 Clientes 12,500
4.3 Empréstimos Obtidos 125,000
5.1 Capital 1,269,500
6.2 Gastos com Pessoal 75,000
6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros 44,000
6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 23,000
7.1 Vendas 717,000
7.2 Prestação de Serviços 142,000
Total 2,253,500 2,253,500

INFORMAÇÃO PARA AJUSTAMENTO:


(1) As existências finais apuradas pela inventariação física são de 5 viaturas @5000 meticais;
(2) Os activos tangiveis e intangíveis são depreciados a taxas de 15% e 10% respectivamente;
(3) Despesas de electricidade e água do mês de Dezembro foram estimadas em 900MT e 726MT,
respectivamente, mas as facturas ainda não foram recebidas;
(4) A empresa tem um caso judicial no tribunal local desde Novembro de 2014 ainda sem desfecho,
movido pelo cliente “Madururo” sobre operações de reparação de viatura. No caso de perda de
razão (probabilidade de 97%), a empresa terá de indeminizar o cliente por 15.000MT;
(5) De acordo com o extracto bancário em 31 de Dezembro, o Banco debitou na conta da empresa
5.000MT referentes a juros sobre empréstimo. Os juros ainda foram registados na contabilidade
da empresa;
(6) Existe uma factura cuja cobrança é duvidosa do cliente Tzotsi no valor de 10.000 milhares de
meticais em mora há mais de 10 meses;
(7) A inventariação física realizada no cofre apurou um saldo final de caixa de 8.000MT;
(8) Na conta 6.3 FST foi registado, em 01 de Outubro de 2014, um valor de 2.000MT, referente a
renovação de prémio anual de seguros de uma viatura usada na empresa;
(9) A conta 7.1 inclui 40.000MT referentes a renda do edifício. O valor foi recebido em 01 de
Dezembro de 2014, para um período de 5 meses do inquilino Roberto;
(10) Os valores gastos em 2014, na construção de uma garagem foram debitados totalmente na conta
3.2 embora a referida garagem esteja ainda inacabada. A quantia ascende a 200,000MT.

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Pretende-se:

a) Lançamentos de regularização e de apuramento de resultados (operacionais, financeiros,


correntes e líquidos);
b) Apresentação do Relatório Contabilístico (incluindo a Demonstração de Resultados por
Natureza e Balanço Final em 31 de Dezembro).

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7.3 CASO: HW, LDA


A sociedade HW, Lda comercializa produtos alimentares na cidade de Manica. O seu Balancete Ajustado
(composto somente por saldos) em 31 de Dezembro de 2014 é apresentado a seguir, com valores em
milhares de meticais:

Saldos
Descrição devedor credor
1.1 Caixa 500.00
1.2 Bancos 900.00
2.2 Mercadorias 5,000.00
3.1 Investimentos Financeiros 11,000.00
3.2 Activos Tangíveis 17,000.00
3.8 Amortizações Acumuladas 2,125.00
4.1 Clientes 1,750.00
4.2 Fornecedores 850.00
4.3 Empréstimos Obtidos 2,500.00
4.7 Perdas p/Imparidade 460.00
5.1 Capital 28,000.00
5.5 Reservas 200.00
6.1 Custo dos Inventários 8,000.00
6.2 Gastos c/ Pessoal 7,100.00
6.3 Fornecimentos e Serviços de Terceiros 900.00
6.4 Perdas por Imparidade do Período 210.00
6.5 Amortizações do Período 2,125.00
6.8 Outros Gastos e Perdas Operacionais 250.00
6.9 Gastos e Perdas Financeiras 903.00
7.1 Vendas 15,903.00
7.2 Prestações de Servicos 5,000.00
7.4 Reversões do Período 100.00
7.8 Rendimentos e Ganhos Financeiros 500.00
Total 55,638.00 55,638.00

Pretende-se:

a) Lançamento de Apuramento de Resultados Operacionais no Razão Esquemático; 3.0 V


b) Lançamentos de Apuramento de Resultados Financeiros no Razão Esquemático; 3.0 V
c) Lançamentos de Apuramento de Resultados Correntes no Razão Esquemático; 3.0 V
d) Lançamentos de Apuramento de Resultados Líquidos no Razão Esquemático (IRPC 32%); 3.0 V
e) Elaboração da Demonstração de Resultados por Natureza; 4.0 V
f) Elaboração do Balanço Final 4.0 V

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Remorços para que as empresas não consigam resolver seus problemas pontuais da vida
económica e financeira. Nos termos da classe empresarial, deve se aventar hipóteses de desvandar
todos os segredos do mercado. Recorde-se de tudo o que se passou nos primeiros anos da vida
económica e empresarial

RESOLUÇÃO

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a) O Resultado Operacional da HW, Lda é de 2,418 milhares de meticais;


b) O Resultado Financeiro da HW, Lda é uma perda de 403 milhares de meticais;
c) O Resultado Corrente/Antes de Imposto da HW, Lda é de 2,015 milhares de meticais;

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d) O Resultado Líquido do Período é de 1,370.2 milhares de meticais.


O estudante deve demonstrar os lançamentos de apuramento de resultados, conforme apresentado
acima, sem obrigação de indicar setas de transferência de saldos (uma abordagem simplesmente
didáctica). Para cada resultado devidamente apurado, a ponderação é de 3,0 valores.

10. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA


1. António BORGES; João MACHADO; José MORGADO; António MOREIRA; Helena HISÍDRO.
Práticas de Contabilidade Financeira. Lisboa: Áreas Editora 3a ed, 2002;
2. António BORGES e Azevedo RODRIGUES. Contabilidade e Finanças para Gestão. Lisboa: Áreas
Editora, 4a ed, 2008;
3. António BORGES; Azevedo RODRIGUES e Rogério RODRIGUES. Elementos de Contabilidade
Geral. Lisboa: Áreas Editora, 20a ed, 2010;
4. António BORGES, Azevedo RODRIGUES e Rogério RODRIGUEs. Elementos de Contabilidade
Geral. Lisboa: Áreas Editora, 19a ed, 2007;
5. Carlos Rosa LOPES; Daniel OLIVEIRA; João Rui PIRES; Rui MALAQUIAS; Samuel COVANE e
Brasiliano RABAÇA. Manual de Contabilidade (IFRS e NCRF): Teoria e Casos Práticos. Lisboa:
Escolar Editora, 2013;
6. DALVA Brito e PAULA Ferreira. Sistema de Contabilidade para o Sector Empresarial em
Moçambique. Maputo: Texto Editores, 2014;
7. João Manuel Esteves PEREIRA. Contabilidade Geral. Lisboa: Plátano Editora, 7a ed, 1988;
8. João Manuel Esteves PEREIRA. Contabilidade Básica. Lisboa: Plátano Editora, 11a ed, 1994;
9. José Pedro FARINHA e Domingos CASCAIS. Plano Geral de Contabilidade-Normas
Internacionais de Contabilidade e Relato Financeiro Em Casos Práticos. Maputo:
Minervapress;
10. Sérgio de IUDICIBUS e José Cárlos MARION. Contabilidade Comercial. São Paulo: Atlas, 6a ed,
2004;
11. Sónia Maria da Silva MONTEIRO. Manual de Contabilidade Financeira. Porto:VidaEconómica
Editorial, Sa, 2013;
12. IASB. Norma Internacional de Contabilidade nr 02: Inventários;

Documentos
CÓDIGO COMERCIAL DE MOÇAMBIQUE
Conselho de Ministros. Decreto nr 70/2009 de 31 de Dezembro – Sistema de Contabilidade para
Sector Empresarial em Moçambique;
Lei n0 20/2013 de 23 de Setembro – Alterações ao Código do Imposto sobre Rendimento de Pessoas
Singulares;
ACIS. O Quadro Legal para Plano Geral de Contas – Pequenas Empresas, 2010

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