Você está na página 1de 21

Unidade 2

Fluxos Relacionais
Uma entidade consiste num sistema, um organismo composto pelos seus recursos (inputs), e
os seus produtos e ou serviços (outputs) e os seus processos de transformação de uns (inputs)
em outros (outputs).
No decurso das atividades irá resultar naturalmente um conjunto de relações internas (dentro
da própria empresa) e externas (entre a entidade e outras entidades). Estas relações são fluxos
que ao serem traduzidos, recorrendo a uma qualquer unidade monetária, constituem um
sistema contabilístico. Assim podemos definir a contabilidade como uma atividade de registar e
relatar, numa mesma unidade monetária, sobre relações, os fluxos e os processos de uma
entidade.
A quantidade e a complexidade dos fluxos dependem da dimensão e organização da entidade,
podendo a cada fluxo corresponder um ou vários lançamentos, pelo que será necessário
organizar a informação.
Despesa- uma empresa compra mercadorias a um fornecedor, para venda, na altura da venda
o armazém envia os produtos ao cliente- gera uma receita (pq o cliente passa a ter obrigação
de pagar a entidade) e um rendimento (pela margem de lucro incluída no produto vendido).
Simultaneamente esta venda gera também um gasto (consumo das mercadorias que estavam
em armazém para venda). Apos isso vai receber do cliente (recebimento) e pagar ao
fornecedor (pagamento).

Meios Financeiros Líquidos


Classe 1- esta classe destina-se a registar os meios financeiros líquidos que incluem, quer o
dinheiro e depósitos bancários, quer todos os ativos ou passivos financeiros mensurados ao jv,
cujas alterações sejam reconhecidas na DR.
Esta classe inclui 3 categorias de elementos patrimoniais:
Os meios líquidos de pagamento imediatamente disponíveis (notas, cheques, vales de correio,
moedas) propriedade da empresa e que constitui a conta- 11- caixa
Importância depositadas nas instituições bancarias, independentemente da modalidade (à
ordem, a prazo e outros) e que constituem as contas de depósito bancários:
12-DO
13- Outros depósitos bancários
Importâncias aplicadas (a curto prazo) em instrumentos financeiros e outros, cujo objetivo é
a rentabilização dos excedentes de tesouraria, e são uma alternativa à clássica aplicação em
depósito a prazo, e que constituem a conta:
14- Outros instrumentos financeiros

Caixa-11
Unidade 2
Nesta conta apenas se consideram os meios líquidos de pagamento, pelo que devem ser
excluídos quaisquer outros valores, como, por exemplo, os representados por selos fiscais ou
selos de correio.
A caixa é uma das contas de balanço da classe dos meios financeiros líquidos, e inclui todos os
meios líquidos de pagamento, notas, moedas, cheques e vales postais nacionais ou
estrangeiros, sendo, por isso, uma conta do ativo.
As tarefas de controlo e conferência da caixa são funções de um funcionário (caixa ou
tesoureiro), a quem é exigida a responsabilidade pelos valores entregues à sua guarda
Para controlo dos movimentos de ccaixa, o tesoureiro utiliza as “folhas de caixa”, cujo formato
pode ser variado, sendo as + generalizadas as folhas de caixa em disposição bilateral e as folha
de caixa disposição vertical.
É uma folha escriturada na horizontal com formato em T registandp as entradas/ recebimentos
a débito e os pagamentos a crédito.

Fazer a conferência de caixa consiste em contar existência de dinheiro em determinado


momento, para verificar se coincide com o saldo contabilístico.
No caso de haver diferença entre o valor conferido da caixa e o saldo contabilístico da conta
caixa terá que ser efetuada uma regularização, por contrapartida de uma conta de gastos ou
rendimentos, consoante a diferença seja inferior ou superior.
A utilização dos chamados “vales de caixa” deve ser evitada. O numerário entregue para fazer
face às pequenas despesas, ou é rapidamente justificado pelo respeito documento de despesa
ou, em alternativa, dever-se-á utilizar o sistema de caixa pequena, que abordaremos mais à
frente.
Esta conta debita-se pelo saldo inicial e pelo recebimento e credita-se pelos pagamentos, o seu
saldo só pode ser devedor ou nulo. (regra de lançamento das contas do ativo)
As operações relacionadas com a caixa são, por vezes, muito frequentes e de pequeno
montante. Neste caso, os lançamentos no diário e no razão podem ser feitos periodicamente e
de uma forma sintética, desde que a empresa tenha registos analíticos dessas mesmas
operações.
Unidade 2
Fundo Fixo de Caixa
O fundo fixo de caixa carateriza-se por ser atribuído um determinado montante ao caixa, para
fazer face a pequenas despesas que, inevitavelmente, se têm de pagar em dinheiro.
O Fundo Fixo de Caixa facilita o controlo da caixa pois, em qualquer momento, a soma do
numerário existente com os documentos referentes aos pagamentos efetuados é sempre igual
ao montante fixado para o fundo de caixa. Parte-se do principio que todas as verbas recebidas
são de imediato depositadas.
A reposição do Fundo de Caixa, faz-se periodicamente, e de acordo com as necessidades de
cada empresa. Deve, no entanto, ser sempre realizada uma reposição no ultimo dia de cada
mês, para que não fiquem registadas na contabilidade como disponibilidades, verbas que
correspondem a documentos já pagos.

Movimentos Contabilísticos
Pela constituição do Fundo (neste caso de 100€) ou seja pela entrega inicial à pessoa ou
secção, tomemos como exemplo a constituição de um fundo fixo no armazém.

https://

aprender.ceac.pt/pluginfile.php/20526/mod_scorm/content/3/res/data/img10.png

No final do exercício e depois de regularizados os últimos documentos justificativos, existem


duas alternativas:
1- Saldar a conta 112- caixa e armazém, pela entrega do Fundo, por parte do empregado:

2- Manter o saldo da conta 112- caixa e armazém, situação mais corrente e que nos
parece mais consentâneo com a realidade.

Falhas de Caixa
As falhas de Caixa são consideradas ( do ponto de vista fiscal) como custo do exercício, pois não
se enquadram no art 23º do código IRC. Contudo é usual as empresas atribuírem aos
empregados que movimentam numerário, um subsídio mensal, designado por “abono para
falhas” com o qual, esses mesmos funcionários deverão cobrir as falhas que se verifiquem nos
valores á sua guarda. Este subsídio é fiscalmente aceite como custo. Voltaremos a abordar este
ponto no estudo da classe 6-custos com o pessoal.

Movimentação da conta 11-caixa


Unidade 2

Debita-se:
Pelas vendas e prestações de serviços a pronto (recebimentos em dinheiro ou cheque)
Pelos recebimentos de clientes, em dinheiro ou cheque;
Pelos levantamentos efetuados em branco.

Credita-se
Pelo pagamento efetuado em dinheiro (compras, dividas a fornecedores, ordenados e salários,
etc)
Pelos depósitos efetuados em numerário (ou cheques recebidos de clientes ou outros
devedores).

Exemplo:

Meios Financeiros moeda estrangeira


As disponibilidades em moedas estrangeiras (moedas, notas, cheques, vales) devem
ser registadas, no momento do reconhecimento inicial, pelo valor que resultar da
aplicação da taxa de câmbio da data da transação.
Como o câmbio da moeda estrangeira se altera dia a dia a diferença originada por essa
alteração aumenta ou diminui o saldo de caixa.
Conforme está estabelecido na Norma contabilística e de relato financeiro ( NCRF) nº
23- “ Efeitos de alterações em taxas de câmbio” que regula a forma como as transações
e os saldos em moeda estrangeira devem ser incluídas nas demonstrações financeiras
temos a mensuração inicial e a mensuração subsequente.

Mensuração inicial:
Unidade 2
De acordo com o paragrafo 21 da NCRF 23, as transações em moeda estrangeira devem
ser registadas, no momento do reconhecimento inicial, pelo valor que resultar da
aplicação da taxa de cambio da data da transação.
Taxa de cambio é o rácio de troca de duas moedas
Mensuração subsequente:
De acordo com o paragrafo 23 da NCRF 23, à data do balanço ( normalmente a 31/12)
os valores monetários em moeda estrangeira devem ser expressos ao câmbio nessa
data.
Por outro lado, na data de liquidação de valores monetários em moeda estrangeira, se
tiver ocorrido uma alteração na taxa de cambio entre a data de transação e a data da
liquidação, o resultado é uma diferença de câmbio. Por razoes praticas é muitas vezes
usada uma taxa que se aproxime de taxa real, por exemplo, pode ser usada uma taxa
média para uma semana ou um mês para todas as transações que ocorram durante
esse período.
Diferença de cambio- é a diferença resultante da transposição de um determinado
número de unidades de uma moeda para outra moeda a diferentes taxas de cambio.
Meios financeiros- moeda estrangeira
Movimento contabilístico

Se a taxa de câmbio tiver aumentado (o que se traduz num aumento da Caixa e num
rendimento) a diferença deve ser registada, debitando a conta 11 Caixa e, creditando a
conta 7861-Rendimentos e ganhos nos restantes ativos financeiros/Diferenças de
câmbio favoráveis (Classe 7-Rendimentos

De forma a aplicar os conhecimentos estudados até aqui, e à semelhança do que


temos vindo a fazer, deverá resolver o seguinte exercício, recorrendo às soluções
apenas no final.
Unidade 2
Unidade 2

A conta caixa representa os meios líquidos de pagamento imediatamente disponíveis.


As saídas em numerário devem ser imediatamente justificadas pelos documentos de despesa,
caso contrário deve utilizar-se o sistema de caixa pequena.
Cabe ao tesoureiro a responsabilidade de conferencia e registo de todos os movimentos de
caixa utilizando para o efeito as folhas de caixa que podem ter disposição bilateral ou vertical.
A conta caixa debita-se pelo saldo inicial e entradas ou recebimentos e credita-se pelas saídas
ou pagamentos.
Algumas empresas utilizam o fundo fixo de caixa, que é um valor fixo atribuído a esta conta,
usado para operações de pequeno montante, e que devem ser justificadas com os respetivos
documentos de despesas.
O valor de fundo fixo de caixa vai ser a soma de todos os documentos comprovativos das
despesas com o numerário existente em Caixa. Periodicamente, faz-se a reposição do fundo,
através da substituição dos documentos comprovativos das despesas por numerário.
Conforme as suas necessidades, as empresas separam a conta caixa em subcontas para melhor
organização de entradas e saídas de verbas, e para tornar mais fácil a identificação dos saldos
por proveniência.
As disponibilidades em moeda estrangeira no final do período devem expressar-se sempre ao
cambio do dia, originando, apos as regularizações diferenças de cambio favoráveis ou
desfavoráveis.
Apos o estudo da conta caixa vamos continuar na classe 1- meios financeiros líquidos,
estudando os depósitos bancários que podem assumir diferentes modalidades; depósitos a
ordem a prazo ou outros depósitos bancários, vamos ver cada um em pormenor.
Unidade 2
Conta 12- depósitos a ordem
Descrição
Respeita aos meios de pagamento existentes em contas a vista nas instituições de crédito.
Neste tipo de depósitos os depositantes tem direito a mobilizar a conta em qualquer momento
(salvo legislação especial). Os meios utilizados podem ser:
Caixa multibanco
Transferência bancaria
Cheque em que através deste o titular da conta ordena ao banco que pague à pessoa nele
indicada ou ao portador, a importância respetiva.
Movimento contabilístico

Subcontas da conta Depósito à ordem


Deve-se utilizar tantas subcontas quantas contas bancárias a empresa possua agrupadas por
cada uma das entidades bancárias, ou seja:

A conta de depósitos à ordem é uma conta de balanço, da classe dos meios financeiros
líquidos, representa todos os meios líquidos de pagamento disponíveis nas contas à ordem da
empresa em instituições bancárias.
Regra Geral:
O saldo da conta de DO é devedor ou nulo, no entanto os bancos podem autorizar que a
empresa utilize a conta para além do montante que está depositado, durante um certo tempo
e até certo limite.
Nesta circunstância, a conta de DO apresenta um saldo credor. Se esta situação se verificar, o
saldo credor deverá ser colocado na subconta 2512- descobertos bancários, visto que na
realidade, se trata de um financiamento que o banco concede. Sendo assim, o saldo desta
conta deverá ser inscrito no Passivo, como Financiamentos obtidos.
Unidade 2
Os descobertos da conta 12 geram juros devedores que são gastos e perdas de financiamento,
pelo que se debita a conta 6911 por contrapartida da conta 12:

Reconciliações Bancárias
Os bancos enviam às empresas os chamados extratos da conta (ou extrato bancário). O extrato
bancário é um mapa onde os bancos discriminam todos os movimentos da conta bancária,
num determinado período de tempo, bem como o saldo em determinada data.
Note se que um débito no extrato bancário corresponde a uma saída na conta DO de uma
entidade ou seja, um valor a crédito. Assim como, um valor creditado pelo banco é um
lançamento favorável á empresa e na sua conta de DO esse valor vai aparecer a débito.
Periodicamente deve-se conferir se o saldo do extrato bancário coincide com o saldo da conta
de DO na contabilidade. Frequentemente não coincidem não porque tivesse havido erros de
lançamento, mas simplesmente porque há movimentos desfasados no tempo.
Exemplo:
Quando se paga a um fornecedor com um cheque a empresa contabiliza o pagamento no
momento da emissão do cheque, no entanto pode acontecer que o fornecedor não levante o
valor do cheque senão alguns dias mais tarde.
Se o banco enviar um extrato após o lançamento do cheque na contabilidade da empresa antes
do fornecedor o ter levantado, no extrato bancário esse movimento não aparece.
É normal que haja movimentos com desfasamentos deste tipo. Apesar disso, quando chega o
extrato bancário tem que se conferir todos os movimentos e se estes não coincidem com os
movimentos e valores da conta teremos que investigar e explicar as diferenças.
Para se conseguir este tipo de controlo deve-se, mensalmente, proceder à reconciliação
bancária de todas as contas de DO de uma entidade. A reconciliação bancária consiste em
igualar o saldo do extrato ao saldo da contabilidade, somando-se ou subtraindo-se os
movimentos desfasados.
Apos a reconciliação bancária, o saldo de DO na ordem na contabilidade deve coincidir sempre
com o saldo do extrato enviado pelo Banco, investigar-se porque razão existem valores
omitidos no extrato bancário.
Unidade 2

A reconciliação bancária constitui um procedimento de controlo interno muito importante.


Como podemos ver, pelo exemplo acima, uma diferença pouco significativa entre os dois saldos
(no caso do exemplo é de 19 935,22- 19 726, 72 = 208.50) pode “esconder” vários lançamentos
a regularizar (no caso do exemplo existem 6 movimentos omissos).
No exemplo do vencimento de juros credores na conta DO a empresa obtém um rendimento,
deve ser creditado na conta 7911:

Exemplo 2
Unidade 2
Lançamentos

A conta 12 ficou com saldo devedor de 17€


A conta 11 ficou c saldo devedor de 260€
Para concluir a conta DO agrupa os meios líquidos de pagamento existentes em contas à ordem
da empresa, nas instituições bancárias.
Estas contas podem ser acedidas em qualquer momento pelo seu titular, seja por cheque seja
por caixa multibanco.
A conta de DO debita-se pelo saldo inicial depósitos efetuados, transferências recebidas dos
clientes, empréstimos obtidos, juros recebidos, etc. Credita-se pelos pagamentos efetuados
por cheque, multibanco ou transferência bancária, liquidação de empréstimos, juros pagos.
Podem utilizar-se tantas subcontas quantas contas bancárias a empresa possuir em instituições
de crédito.
O saldo desta conta é devedor ou nulo, e faz parte do ATIVO.
Se a entidade bancária permitir um plafond superior aquele que está depositado, durante um
determinado tempo e até um certo valor, o saldo poderá ser credor mas, se assim for terá de
ser transferido para o Passivo.
Os descobertos bancários devem ser registados na conta 2512, sendo assim apresentados no
balanço como financiamentos obtidos no passivo.
Os juros descobertos bancários devem ser debitados na conta 6911.
Os juros a favor da empresa vencidos pela conta de DO devem ser creditados 7911.
Mensalmente a empresa deve proceder à reconciliação bancaria, comparando os seus registos
contabilísticos, com os extratos bancários de todas as contas de DO de que seja titular, fazendo
as regularizações e justificações necessárias.
Unidade 2
Conta 13- outros depósitos bancários

Tem carater residual, registando-se nela os depósitos em instituições bancarias que não
tenham cabimento na conta anterior.
Os depósitos a prazo mais comuns que são depósitos feitos por um prazo pré-estabelecido e
remunerado de acordo com uma taxa de juro acordada, estão no âmbito desta conta. Em
princípio, estes depósitos só poderiam ser movimentados após o prazo estabelecido, contudo a
legislação bancária prevê que se possam movimentar antes do final do prazo, com perda de
parte ou da totalidade do respetivo juro.
Existem também certificados de depósito. Estes certificados diferem dos DP por serem
nominativos (tem mencionado o nome do titular) e transmissíveis poe endosso (ou seja,
podem ser transmitidos a terceiros). Em caso de transmissão dos certificados, são também
transmitidos todos os direitos inerentes ao depósito que representam, tais como, o próprio
deposito e os juros a vencer.
O pagamento dos juros pode ser feito de uma só vez à data do vencimento do deposito, ou
escalonadamente, sendo a ultima entrega coincidente com a data de vencimento. Estes serão
pagos a quem apresente o certificado ou os cupões, respeitantes ao respetivo período de
tempo.
Normalmente na constituição o depósito debita-se esta conta por contrapartida da conta de
DO, uma vez que este tipo de depósitos se contrata, habitualmente, quando existem meios
liquidos excedentes na conta à ordem, permitindo, assim rentabilizar esse valor.

Pelo seu levantamento:

Recebimento de juros:
Unidade 2

Os juros de DP, estão sujeitos à retenção de IRC, por parte da entidade bancária mas
não levámos isso em consideração, por não ter sido ainda estudada a conta 241.
Os dp cujo vencimento seja superior a 1 ano deverão ser contabilizados na conta 4151 ,
detidos até à maturidade, estes depósitos devem ser representados nas
Demonstrações Financeiras no ativo não corrente.

Exemplo 3

Conclusão:
A conta 13 inclui os valores depositados pela empresa em instituições bancarias, por um prazo
definido, uma taxa de remuneração previamente acordada.
Esta conta só pode ser movimentada após o prazo acordado, sob pena de perda de parte ou
totalidade do valor do respetivo juro.
Unidade 2
Esta conta inclui depósitos a prazo e outros depósitos, nomeadamente os depósitos com aviso
prévio. É debitada pela constituição ou reforço dos depósitos sendo creditada pelo resgate
total ou parcial, desses depósitos.
Os juros obtidos podem ser pagos de uma só vez ou faseados até à data do seu vencimento e
geralmente são debitados na conta de DO.
Todos os depósitos com vencimento superior a 1 ano são considerados investimentos
financeiros.
Esta conta apresenta saldo devedor fazendo parte do ATIVO.

Conta 14- outros investimentos financeiros


Esta conta poderá ter natureza devedora ou credora, dependendo do justo valor do
instrumento financeiro e será movimentada:

Instrumentos financeiros ativos


A conta é debitada pelo reconhecimento do instrumento financeiro e pelas alterações positivas
de jv.
É creditada pelas alterações negativas do jv (ate o reduzir a zero) e pelo desreconhecimento do
instrumento financeiro.

Instrumentos financeiros passivos


É creditada pelo reconhecimento do instrumento financeiro e pelas alterações
positivas de jv.
É debitada pela redução do seu jv (até reduzir a 0) e pelo desreconhecimento do
instrumento financeiro.

Para as entidades que os emitem os valores mobiliários representam uma forma de


financiamento alternativa, enquanto para os investidores são uma forma de aplicação das
Unidade 2
poupanças que se caracterizam por uma grande variedade de níveis de risco e de diferente
rendibilidade esperada.
Alem dos valores mobiliários, podem ser também negociados em bolsa instrumentos
financeiros derivados dos valores mobiliários, nomeadamente os futuros e as opções. O
tratamento de
derivados e
operações de
cobertura de risco
é uma área de
elevada
complexidade, dada
a diversidade de
instrumentos que
existem.

Valores mobiliários:
Ações , obrigações, unidades de participação em fundos de investimento, títulos de
participação.
O risco associado:
A aplicação em obrigações tem normalmente uma rentabilidade pequena, mas também é certo
que o risco é substancialmente baixo.
Já com ações, a situação é inversa á das obrigações.
Quanto as unidades de participação em fundos de investimento, porque se trata de uma
carteira de títulos geridos por especialidades, temos uma situação de baixo risco, mas também
a espectativa de rendimento é menor.
Quanto aos títulos de participação porque são constituídos por um misto de ações e
obrigações, a taxa de rentabilidade e o risco são intermédios.

Custos associados:
A transação de valores monetários tal como já foi referido são feitas ou através do banco ou
diretamente através dum corretor. Transações essas que ocorrem na bolsa de valores e são
geradoras de determinados custos:
1 taxa corretagem (remuneração do corretor)
2- taxa de realização das operações (verbas que reverte a favor da bolsa onde se tiver efetuado
a operação).
Unidade 2
3- taxa de instituição de crédito (e se existir intervenção do banco)

Exemplo 4
Unidade 2
Unidade 2
Unidade 2
Unidade 2

Mensuração dos meios líquidos financeiros


No SNC o jv surge cariadas vezes como sendo o método de valorização dos ativos e dos
passivos. Da análise das normas concluímos que o registo das alterações do jv nos meios
líquidos financeiros é feita por contrapartida de resultados (gastos ou rendimentos).

Os ativos que se classificam como detidos para negociação , adquiridos para venda num futuro
próximo, não devem ser considerados por mais do que a sua quantia recuperável.
As cotações em bolsa, por exemplo, constituem uma base de mensuração fiável. Os jv
determinados desta forma fornecem uma informação objetiva e verificável e portanto
fidedigna.
As alterações de valor conduzem necessariamente a alterações de resultados o que vai permitir
aos utilizadores das DF a tomada de decisão com base na mesma.
A verdade da informação contida nas DF de uma entidade depende de muitos fatores e de
entre eles a qualidade do juízo técnico do profissional que tem intervenção no processo de
preparação da contabilidade.
Unidade 2

Você também pode gostar