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Resumo
Considera-se que uma obra de arte é tradicionalmente vista como uma expressão
da experiência e conhecimento do artista. No entanto, a Inteligência Artificial (IA)
generativa de imagem introduz um novo paradigma, em que a criação artística é
delegada a algoritmos que se baseiam em vastos conjuntos de banco de dados, para usar
como referência para criação de uma nova obra de arte digital. Deste modo, a proposta
deste artigo é analisar, comparativamente, a representação de elementos da cultura
amazônica no imaginário da produção artística de fotografias digitais do fotógrafo Luiz
Braga, frente à produção de obras de arte digital feita com auxílio de IA generativa de
imagem criada pelo artista Kenji Ichihara, com o objetivo de examinar as mudanças no
processo de referencialidade e apropriação criativa que esta tecnologia demonstra.
Palavras-chave
1.Introdução
1
Artigo apresentado como conclusão da disciplina “Imagem, vulnerabilidade e resistência” com o Prof.
Dr. Leandro Lage realizado no Programa Programa de Pesquisa em de Pós-graduação em Comunicação ,
Cultura e Amazônia (PPGCom) da Universidade Federal do Estado do Pará (UFPA).
2
Graduado em Comunicação Social – Habilitação em Jornalismo pela Universidade da Amazônia
(Unama) com pós-graduação em Mídia, Informação e Cultura pela Universidade de São Paulo (USP)
com, também, título de mestrado no PPGCom da UFPA e atualmente é doutorando no PPGCom da
UFPA.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO, CULTURA E
AMAZÔNIA
tradicionalmente, uma obra de arte é vista como uma expressão direta da trajetória de
vida do artista, haja vista que a arte se configura como um meio pelo qual o artista
compartilha sua visão única do mundo.
Portanto, há questões éticas novas que emergiram desde então, e isso pode
afetar a forma como vemos o conceito de computação social postulada pelo autor, ao
pensarmos os processos de referenciabilidade e apropriação criativa que a inteligência
artificial generativa de imagem demonstra praticar. Deste modo, as ideias de Lévy
(1999) devem ser consideradas à luz das mudanças e desafios atuais no campo da
tecnologia e da sociedade, haja vista que muitas das questões que ele levantou referentes
ao debate sobre as tecnologias da informação na estarem se configurando como agentes
promotoras de processos de colaboração e criação coletiva de conhecimento e
informação.
referencialidade e apropriação criativa executada pelas redes neurais artificias e seus vastos
banco de dados, conectados a todo conhecimento, criação e produto humano registrado na
web. Dessa maneira, compreender quais são as implicações éticas e estéticas que o
surgimento da IA generativa estimula no paradigma da produção artística digital.
Por outro lado, as duas obras de arte digital do artista Kenji Ichihara foram
criada com o uso da IA generativa de imagem chamada Midjourney e isto implica que o
artista não esteve presencialmente nos lugares e com as pessoas que representou e,
também, afirmou em entrevista concedida para a pesquisa que nunca teve nenhuma
vivência com a cultura da aparelhagem paraense, apesar de ter nascido e viver no
Estado do Pará.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO, CULTURA E
AMAZÔNIA
presença do artista junto aos signos e elementos que deseja representar esteticamente em
uma obra de arte.
5,Referências Bibliográficas
6.Anexos