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Centro de Ciências Naturais e Humanas

Universidade Federal do ABC

BCJ0205 - Fenômenos Térmicos

Aula 1
Pressão, Medições de Pressão,
Empuxo e o Princípio de Arquimedes
Profa. Dra. Romarly Fernandes da Costa
(romarly.costa@ufabc.edu.br)
Sala 290 – Bloco Delta, Campus São Bernardo
16/02/2024
O que vamos ver hoje ?

Pressão;

Variação da pressão com a profundidade;

Medições de pressão;

Empuxo e o princípio de Arquimedes.

Caso I: Um corpo totalmente submerso;

Caso II: Um corpo flutuando.


Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma. A forma de um líquido
depende do recipiente que o contém;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma. A forma de um líquido
depende do recipiente que o contém;

Um gás não possui nem volume e nem forma bem


definidos.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma. A forma de um líquido
depende do recipiente que o contém;

Um gás não possui nem volume e nem forma bem


definidos. Tanto o volume como a forma de um gás
dependem do recipiente que o contém;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição formal do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma. A forma de um líquido
depende do recipiente que o contém;

Um gás não possui nem volume e nem forma bem


definidos. Tanto o volume como a forma de um gás
dependem do recipiente que o contém;

Líquidos e gases possuem uma propriedade em


comum: eles podem fluir (ou escoar) facilmente.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Sólidos, líquidos e gases
(Definição do conceito de fluido)
Um sólido é um corpo que possui volume e forma
bem definidos;

Um líquido é um corpo que possui volume bem


definido, mas não a forma. A forma de um líquido
depende do recipiente que o contém;

Um gás não possui nem volume e nem forma bem


definidos. Tanto o volume como a forma de um gás
dependem do recipiente que o contém;

Líquidos e gases possuem uma propriedade em


comum: eles podem fluir (ou escoar) facilmente. Por
isto, são coletivamente denominados como fluidos.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
É possível diferenciar um sólido de um fluido de
forma mais precisa conforme será discutido a seguir;
Apresentaç
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Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
É possível diferenciar um sólido de um fluido de
forma mais precisa conforme será discutido a seguir;

No elemento de superfície abaixo, são aplicadas as


forças externas F⊥ e F , juntamente com a força
gravitacional Fg ;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
É possível diferenciar um sólido de um fluido de
forma mais precisa conforme será discutido a seguir;

No elemento de superfície abaixo, são aplicadas as


forças externas F⊥ e F , juntamente com a força
gravitacional Fg ;
A força perpendicular à
superfície (F⊥ ) é conhecida
como força de tensão ou força
de tração.
Apresentaç
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Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
É possível diferenciar um sólido de um fluido de
forma mais precisa conforme será discutido a seguir;

No elemento de superfície abaixo, são aplicadas as


forças externas F⊥ e F , juntamente com a força
gravitacional Fg ;
A força perpendicular à
superfície (F⊥ ) é conhecida
como força de tensão ou força
de tração. Por outro lado, a
força paralela à superfície
(F ) é conhecida como força de
cisalhamento.
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disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
A distinção entre sólidos e fluidos reside justamente
na forma com a qual cada um deles respondem à
ação de uma força de cisalhamento;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
A distinção entre sólidos e fluidos reside justamente
na forma com a qual cada um deles respondem à
ação de uma força de cisalhamento;

Ao aplicarmos uma força de cisalhamento (não


muito intensa) a um sólido, este pode se deformar, mas
atinge um ponto de equilíbrio, graças às forças
tangenciais internas que anulam a força externa;
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Apresentação da
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Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
A distinção entre sólidos e fluidos reside justamente
na forma com a qual cada um deles respondem à
ação de uma força de cisalhamento;

Ao aplicarmos uma força de cisalhamento (não


muito intensa) a um sólido, este pode se deformar, mas
atinge um ponto de equilíbrio, graças às forças
tangenciais internas que anulam a força externa;

Um fluido, por sua vez, não consegue equilibrar a


força de cisalhamento aplicada.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
A distinção entre sólidos e fluidos reside justamente
na forma com a qual cada um deles respondem à
ação de uma força de cisalhamento;

Ao aplicarmos uma força de cisalhamento (não


muito intensa) a um sólido, este pode se deformar, mas
atinge um ponto de equilíbrio, graças às forças
tangenciais internas que anulam a força externa;

Um fluido, por sua vez, não consegue equilibrar a


força de cisalhamento aplicada. Como conseqüência,
escoa e permanece em movimento enquanto essa
força é aplicada.
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Mecânica
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disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
Num fluido ideal, não há nenhuma força interna para
se opor ao deslizamento entre as camadas adjacentes
do corpo devido à força de cisalhamento;
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Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
Num fluido ideal, não há nenhuma força interna para
se opor ao deslizamento entre as camadas adjacentes
do corpo devido à força de cisalhamento;

Já num fluido real, há uma certa resistência para que


o deslizamento ocorra.
Apresentaç
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dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
Num fluido ideal, não há nenhuma força interna para
se opor ao deslizamento entre as camadas adjacentes
do corpo devido à força de cisalhamento;

Já num fluido real, há uma certa resistência para que


o deslizamento ocorra. Esta resistência fornece uma
medida da viscosidade do fluido;
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Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Distinção formal entre sólidos e fluidos
(Força de cisalhamento e força de tensão)
Num fluido ideal, não há nenhuma força interna para
se opor ao deslizamento entre as camadas adjacentes
do corpo devido à força de cisalhamento;

Já num fluido real, há uma certa resistência para que


o deslizamento ocorra. Esta resistência fornece uma
medida da viscosidade do fluido;

Do ponto de vista microscópico, o escoamento


ocorre porque as forças inter-moleculares num fluido
não são fortes o suficiente para manter as moléculas
praticamente fixas, umas em relação às outras, como
ocorre num sólido;
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Mecânica
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Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Consequentemente, em um fluido em repouso, não
podem haver forças de cisalhamento.
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Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Consequentemente, em um fluido em repouso, não
podem haver forças de cisalhamento. Se existirem
forças atuando sobre o mesmo, estas forças deverão
ser perpendiculares;
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Mecânica
Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Consequentemente, em um fluido em repouso, não
podem haver forças de cisalhamento. Se existirem
forças atuando sobre o mesmo, estas forças deverão
ser perpendiculares;

Levando em consideração as forças de ação e


reação, um corpo submerso num fluido deve sentir uma
força perpendicular à sua superfície devido ao fluido;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Consequentemente, em um fluido em repouso, não
podem haver forças de cisalhamento. Se existirem
forças atuando sobre o mesmo, estas forças deverão
ser perpendiculares;

Levando em consideração as forças de ação e


reação, um corpo submerso num fluido deve sentir uma
força perpendicular à sua superfície devido ao fluido;

Conforme veremos mais adiante para um gás ideal,


a força que o fluido exerce sobre uma dada superfície
tem origem devido às colisões de átomos ou moléculas
que compõem o fluido com a superfície do recipiente.
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Apresentação da
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Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Como essa força atua em toda a superfície, é
conveniente definirmos uma nova grandeza física
chamada de pressão;
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Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Como essa força atua em toda a superfície, é
conveniente definirmos uma nova grandeza física
chamada de pressão;
Para uma força de módulo F atuando sobre uma
superfície de área A, definimos a pressão como sendo
igual à:
F
P=
A
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito)
Como essa força atua em toda a superfície, é
conveniente definirmos uma nova grandeza física
chamada de pressão;
Para uma força de módulo F atuando sobre uma
superfície de área A, definimos a pressão como sendo
igual à:
F
P=
A
Se a pressão variar de um ponto a outro sobre uma
superfície, devemos tomar uma área infinitesimal dA,
onde atua uma força de módulo dF, de modo que:
dF
P=
dA
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Apresentação da
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Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito e unidades)
Se a pressão P ao longo da superfície for conhecida,
é possível obter a força infinitesimal que atua sobre dA
e, consequentemente, a força total:

dF = PdA F = ∫ PdA
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito e unidades)
Se a pressão P ao longo da superfície for conhecida,
é possível obter a força infinitesimal que atua sobre dA
e, consequentemente, a força total:

dF = PdA F = ∫ PdA
No sistema internacional de unidades, a pressão é
medida em N/m2 ou, equivalentemente, em pascal
(Pa) de tal forma que 1 Pa = 1 N/m2;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito e unidades)
Se a pressão P ao longo da superfície for conhecida,
é possível obter a força infinitesimal que atua sobre dA
e, consequentemente, a força total:

dF = PdA F = ∫ PdA
No sistema internacional de unidades, a pressão é
medida em N/m2 ou, equivalentemente, em pascal
(Pa) de tal forma que 1 Pa = 1 N/m2;
A atmosfera (que é um fluido), exerce uma pressão
sobre a superfície da Terra e sobre todos os corpos que
se encontram na sua superfície.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
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Fluidos
Pressão em um fluido
(Definição formal do conceito e unidades)
Se a pressão P ao longo da superfície for conhecida,
é possível obter a força infinitesimal que atua sobre dA
e, consequentemente, a força total:

dF = PdA F = ∫ PdA
No sistema internacional de unidades, a pressão é
medida em N/m2 ou, equivalentemente, em pascal
(Pa) de tal forma que 1 Pa = 1 N/m2;
A atmosfera (que é um fluido), exerce uma pressão
sobre a superfície da Terra e sobre todos os corpos que
se encontram na sua superfície. A pressão atmosférica
na superfície da Terra possui o valor de P0 = 1,00 atm ≈
1,013 × 105 Pa.
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Apresentação da
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Fluidos
Enigma rápido
(Pisando no meu calo...)
Suponha alguém que está à sua frente e, de repente,
dá um passo para trás pisando acidentalmente no seu
pé.
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Mecânica
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Fluidos
Enigma rápido
(Pisando no meu calo...)
Suponha alguém que está à sua frente e, de repente,
dá um passo para trás pisando acidentalmente no seu
pé. Você preferiria que esta pessoa fosse um jogador
profissional de basquete usando tênis ou uma mulher
pequena usando sapato de salto pontudo?
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Apresentação da
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Fluidos
Enigma rápido
(Pisando no meu calo...)
Suponha alguém que está à sua frente e, de repente,
dá um passo para trás pisando acidentalmente no seu
pé. Você preferiria que esta pessoa fosse um jogador
profissional de basquete usando tênis ou uma mulher
pequena usando sapato de salto pontudo?
Resposta:
Você estaria melhor com o jogador de basquete pois,
apesar dele ter um peso maior, o mesmo é distribuído
por uma grande área na base do tênis de tal forma que
a pressão exercida sobre o seu pé seria relativamente
pequena. O peso menor da mulher é distribuído pela
área muito pequena do salto pontudo, resultando
numa pressão grande.
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Fluidos
Pensando na Física
(Tirando uma soneca numa cama de pregos)

https://www.youtube.com/watch?v=Qnpm-OHEsnY
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
A constatação de que a pressão atmosférica varia
com a altitude já é um fato bastante bem estabelecido.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
A constatação de que a pressão atmosférica varia
com a altitude já é um fato bastante bem estabelecido.
Por exemplo, experimente encher um balão em Santo
André e levá-lo para Santos. O que ocorre com o
balão?
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Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
A constatação de que a pressão atmosférica varia
com a altitude já é um fato bastante bem estabelecido.
Por exemplo, experimente encher um balão em Santo
André e levá-lo para Santos. O que ocorre com o
balão?
Sabe-se também que a pressão no mar ou em um
lago aumenta com a profundidade.
Apresentaç
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Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
A constatação de que a pressão atmosférica varia
com a altitude já é um fato bastante bem estabelecido.
Por exemplo, experimente encher um balão em Santo
André e levá-lo para Santos. O que ocorre com o
balão?
Sabe-se também que a pressão no mar ou em um
lago aumenta com a profundidade. Vamos demonstrar
estas afirmações de forma mais rigorosa a seguir;
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Apresentação da
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disciplina
Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
A constatação de que a pressão atmosférica varia
com a altitude já é um fato bastante bem estabelecido.
Por exemplo, experimente encher um balão em Santo
André e levá-lo para Santos. O que ocorre com o
balão?
Sabe-se também que a pressão no mar ou em um
lago aumenta com a profundidade. Vamos demonstrar
estas afirmações de forma mais rigorosa a seguir;

Considere um fluido de densidade ρ em


repouso (no caso, um líquido) dentro de
um recipiente, conforme ilustra a figura ao
lado.
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
Vamos analisar a força resultante sobre uma amostra
contida num cilindro imaginário de área de seção
transversal A, que se estende de uma profundidade d
até uma profundidade d+h;
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Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
Vamos analisar a força resultante sobre uma amostra
contida num cilindro imaginário de área de seção
transversal A, que se estende de uma profundidade d
até uma profundidade d+h;
Como essa amostra do fluido se
encontra em repouso, a força
resultante sobre a mesma é nula.
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
Vamos analisar a força resultante sobre uma amostra
contida num cilindro imaginário de área de seção
transversal A, que se estende de uma profundidade d
até uma profundidade d+h;
Como essa amostra do fluido se
encontra em repouso, a força
resultante sobre a mesma é nula.
Para direção vertical tem-se que:

∑F y =0
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
Vamos analisar a força resultante sobre uma amostra
contida num cilindro imaginário de área de seção
transversal A, que se estende de uma profundidade d
até uma profundidade d+h;
Como essa amostra do fluido se
encontra em repouso, a força
resultante sobre a mesma é nula.
Para direção vertical tem-se que:

∑F y =0 PA − P0 A − Mg = 0
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
Vamos analisar a força resultante sobre uma amostra
contida num cilindro imaginário de área de seção
transversal A, que se estende de uma profundidade d
até uma profundidade d+h;
Como essa amostra do fluido se
encontra em repouso, a força
resultante sobre a mesma é nula.
Para direção vertical tem-se que:

∑F y =0 PA − P0 A − Mg = 0
Agora, lembrando que:
M = ρV = ρhA
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Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
obtém-se, finalmente, a seguinte expressão:

P = P0 + ρgh

conhecida como lei de Stevin.


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Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
obtém-se, finalmente, a seguinte expressão:

P = P0 + ρgh

conhecida como lei de Stevin.


Este resultado mostra que a pressão no interior do
fluido aumenta linearmente com a profundidade h e
que a pressão é igual para todos os pontos que estão a
uma mesma profundidade, independente da forma do
recipiente;
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Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
obtém-se, finalmente, a seguinte expressão:

P = P0 + ρgh

conhecida como lei de Stevin.


Este resultado mostra que a pressão no interior do
fluido aumenta linearmente com a profundidade h e
que a pressão é igual para todos os pontos que estão a
uma mesma profundidade, independente da forma do
recipiente;
Além disso, de acordo com a expressão acima,
qualquer variação da pressão na superfície do fluido
deverá ser transmitida a cada ponto do fluido.
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
De fato, ao pressionar a superfície de um fluido
contido em um recipiente para baixo com um pistão, o
aumento de pressão é o mesmo em todo o fluido;
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Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
De fato, ao pressionar a superfície de um fluido
contido em um recipiente para baixo com um pistão, o
aumento de pressão é o mesmo em todo o fluido;
Este resultado, válido tanto para líquidos quanto para
gases, é conhecido como princípio de Pascal, em
homenagem ao seu descobridor Blaise Pascal (1623-
1662), e pode ser enunciado de forma mais rigorosa
como segue:
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Fluidos
Variação da pressão com a profundidade
(Considerações gerais)
De fato, ao pressionar a superfície de um fluido
contido em um recipiente para baixo com um pistão, o
aumento de pressão é o mesmo em todo o fluido;
Este resultado, válido tanto para líquidos quanto para
gases, é conhecido como princípio de Pascal, em
homenagem ao seu descobridor Blaise Pascal (1623-
1662), e pode ser enunciado de forma mais rigorosa
como segue:

Uma variação de pressão aplicada a um fluido


confinado em um recipiente é transmitida, sem
redução, a todos os pontos do fluido e às paredes
do recipiente.
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Fluidos
Aplicações práticas
(O elevador hidráulico)
Uma aplicação prática bastante comum e
importante do princípio de Pascal é o elevador
hidráulico esquematizado na figura abaixo:
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Fluidos
Aplicações práticas
(O elevador hidráulico)
Para um mesmo nível de
fluido nos pistões 1 e 2, a
pressão é a mesma e, portanto,
temos que:

F1 F2
P= =
A1 A2
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Aplicações práticas
(O elevador hidráulico)
Para um mesmo nível de
fluido nos pistões 1 e 2, a
pressão é a mesma e, portanto,
temos que:

F1 F2 A1
P= = F1 = F2
A1 A2 A2
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Aplicações práticas
(O elevador hidráulico)
Para um mesmo nível de
fluido nos pistões 1 e 2, a
pressão é a mesma e, portanto,
temos que:

F1 F2 A1
P= = F1 = F2
A1 A2 A2

Sendo assim, no caso em que a área do pistão


grande é muito maior do que a do pistão pequeno (ou
seja, A2 ≫ A1) a força que deve ser exercida sobre o
pistão pequeno é muito menor do que a força que
deve ser exercida sobre o pistão grande (F1 ≪ F2 ) !
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Fluidos
Aplicações práticas
(O elevador hidráulico)

https://youtu.be/ovbZop37oeM
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli.
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disciplina
Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli. Este
instrumento consiste de um tubo cheio de
mercúrio, que é colocado invertido em um
recipiente também cheio de mercúrio;
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli. Este
instrumento consiste de um tubo cheio de
mercúrio, que é colocado invertido em um
recipiente também cheio de mercúrio;
Devido ao fato da extremidade superior ser fechada,
forma-se uma coluna de mercúrio.
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli. Este
instrumento consiste de um tubo cheio de
mercúrio, que é colocado invertido em um
recipiente também cheio de mercúrio;
Devido ao fato da extremidade superior ser fechada,
forma-se uma coluna de mercúrio. Na porção superior
que não contém mercúrio, forma-se praticamente um
vácuo, tal que P = 0;
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli. Este
instrumento consiste de um tubo cheio de
mercúrio, que é colocado invertido em um
recipiente também cheio de mercúrio;
Devido ao fato da extremidade superior ser fechada,
forma-se uma coluna de mercúrio. Na porção superior
que não contém mercúrio, forma-se praticamente um
vácuo, tal que P = 0;
Como os pontos A e B estão no mesmo nível, PA = PB.
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
A figura ao lado mostra um barômetro de
mercúrio, instrumento inventado pelo físico e
matemático italiano Evangelista Torricelli. Este
instrumento consiste de um tubo cheio de
mercúrio, que é colocado invertido em um
recipiente também cheio de mercúrio;
Devido ao fato da extremidade superior ser fechada,
forma-se uma coluna de mercúrio. Na porção superior
que não contém mercúrio, forma-se praticamente um
vácuo, tal que P = 0;
Como os pontos A e B estão no mesmo nível, PA = PB.
Mas o ponto B se encontrar na superfície aberta, logo
PB é igual à pressão atmosférica, P0.
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
Aplicando a lei de Stevin a este sistema, obtemos
que:
P0 = 0 + ρHggh
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
Aplicando a lei de Stevin a este sistema, obtemos
que: P0
P0 = 0 + ρHggh h=
ρHgg
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
Aplicando a lei de Stevin a este sistema, obtemos
que: P0
P0 = 0 + ρHggh h=
ρHgg
Com isto, é possível determinar a altura de uma
coluna para a pressão de uma atmosfera, P0 = 1 atm =
1,013 × 105 Pa:
1,013 ×10 5 Pa
h= = 0,760 m
(13,6×10 kg / m )(9,8 m / s )
3 3 2
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Fluidos
Medições de pressão
(O barômetro de mercúrio)
Aplicando a lei de Stevin a este sistema, obtemos
que: P0
P0 = 0 + ρHggh h=
ρHgg
Com isto, é possível determinar a altura de uma
coluna para a pressão de uma atmosfera, P0 = 1 atm =
1,013 × 105 Pa:
1,013 ×10 5 Pa
h= = 0,760 m
(13,6×10 kg / m )(9,8 m / s )
3 3 2

Frequentemente a pressão é medida em milímetros


de mercúrio, unidade também chamada de torr, tal
que:
1 atm = 760 mmHg = 760 torr
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Enigma rápido
(Um barômetro de água)
É possível construir um barômetro como o discutido
anteriormente utilizando água ao invés de mercúrio?
Por que isto é pouco prático!?
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Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Enigma rápido
(Um barômetro de água)
É possível construir um barômetro como o discutido
anteriormente utilizando água ao invés de mercúrio?
Por que isto é pouco prático!?
Resposta:
Sim é possível, mas como a água é muito menos densa
do que o mercúrio, a coluna de uma barômetro de
água teria uma altura:
P0
h= ≈ 10,3 m
ρH2Og
o que tornaria o barômetro de água
inconvenientemente alto!!!
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Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
O manômetro de tubo aberto, mostrado na figura
abaixo, é um dispositivo comumente utilizado para
medir a pressão de um gás contido em um recipiente;
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Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
O manômetro de tubo aberto, mostrado na figura
abaixo, é um dispositivo comumente utilizado para
medir a pressão de um gás contido em um recipiente;

Uma das extremidades do tubo em U que contém


líquido encontra-se aberta, e a outra extremidade
encontra-se conectada com um tubo fechado com um
gás, à pressão P;
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Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
Como os pontos A e B estão no
mesmo nível, ambos possuem a mesma
pressão.
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dos
disciplina
Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
Como os pontos A e B estão no
mesmo nível, ambos possuem a mesma
pressão. Mas, uma vez que PA = P, a
pressão do gás que se quer medir,
aplicando a lei de Stevin, segue que
PB = P0 + ρgh e, portanto:
P = P0 + ρgh
Apresentaç
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Apresentação da
dos
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Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
Como os pontos A e B estão no
mesmo nível, ambos possuem a mesma
pressão. Mas, uma vez que PA = P, a
pressão do gás que se quer medir,
aplicando a lei de Stevin, segue que
PB = P0 + ρgh e, portanto:
P = P0 + ρgh
P é chamada de pressão absoluta, enquanto que a
diferença P − P0 = ρgh é denominada como pressão
manométrica;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
Medições de pressão
(O manômetro de tubo aberto)
Como os pontos A e B estão no
mesmo nível, ambos possuem a mesma
pressão. Mas, uma vez que PA = P, a
pressão do gás que se quer medir,
aplicando a lei de Stevin, segue que
PB = P0 + ρgh e, portanto:
P = P0 + ρgh
P é chamada de pressão absoluta, enquanto que a
diferença P − P0 = ρgh é denominada como pressão
manométrica;
Medidas da pressão do pneu de um carro e da
pressão arterial, são exemplos de pressões
manométricas;
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dos
disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Considerações iniciais)
Quando se coloca um objeto num fluido, ele pode
flutuar ou afundar.
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Considerações iniciais)
Quando se coloca um objeto num fluido, ele pode
flutuar ou afundar. Porém, em ambas as situações o
fluido fornece uma força de sustentação (de baixo
para cima) a qualquer objeto que se coloca nele;
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Considerações iniciais)
Quando se coloca um objeto num fluido, ele pode
flutuar ou afundar. Porém, em ambas as situações o
fluido fornece uma força de sustentação (de baixo
para cima) a qualquer objeto que se coloca nele;

Essa força de flutuação é conhecida como empuxo;


Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Considerações iniciais)
Quando se coloca um objeto num fluido, ele pode
flutuar ou afundar. Porém, em ambas as situações o
fluido fornece uma força de sustentação (de baixo
para cima) a qualquer objeto que se coloca nele;

Essa força de flutuação é conhecida como empuxo;

De acordo com o princípio de Arquimedes:

Todo corpo completa ou parcialmente mergulhado


em um fluido experimenta uma força de flutuação
(empuxo) de baixo para cima, cujo valor é igual ao
peso do fluido deslocado pelo corpo.
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Mecânica
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
De modo a demonstrar o princípio de Arquimedes,
considera-se um cubo de aresta h totalmente imerso
em um fluido (no caso, um líquido), de densidade ρf,
conforme mostra a figura abaixo:
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
De modo a demonstrar o princípio de Arquimedes,
considera-se um cubo de aresta h totalmente imerso
em um fluido (no caso, um líquido), de densidade ρf,
conforme mostra a figura abaixo:

OBS: Como em inglês o empuxo é designado por


buoyant force, o livro-texto denota o mesmo como B.
Vamos seguir esta notação.
Apresentaç
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disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Define-se como empuxo a força vertical exercida
pelo fluido sobre o cubo (que não é igual a zero pois as
pressões no topo e no fundo não são as mesmas) tal
que:
B = Ffundo − Ftopo
Apresentaç
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Define-se como empuxo a força vertical exercida
pelo fluido sobre o cubo (que não é igual a zero pois as
pressões no topo e no fundo não são as mesmas) tal
que:
B = Ffundo − Ftopo
Além disso, de acordo com a lei de Stevin:
Pfundo = Ptopo + ρf gh
Apresentaç
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Define-se como empuxo a força vertical exercida
pelo fluido sobre o cubo (que não é igual a zero pois as
pressões no topo e no fundo não são as mesmas) tal
que:
B = Ffundo − Ftopo
Além disso, de acordo com a lei de Stevin:
Pfundo = Ptopo + ρf gh Pfundo − Ptopo = ρ f gh
Apresentaç
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Define-se como empuxo a força vertical exercida
pelo fluido sobre o cubo (que não é igual a zero pois as
pressões no topo e no fundo não são as mesmas) tal
que:
B = Ffundo − Ftopo
Além disso, de acordo com a lei de Stevin:
Pfundo = Ptopo + ρf gh Pfundo − Ptopo = ρ f gh
e, portanto:
B = Ffundo − Ftopo = ρ f ghA = ρ f gh3
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O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Define-se como empuxo a força vertical exercida
pelo fluido sobre o cubo (que não é igual a zero pois as
pressões no topo e no fundo não são as mesmas) tal
que:
B = Ffundo − Ftopo
Além disso, de acordo com a lei de Stevin:
Pfundo = Ptopo + ρf gh Pfundo − Ptopo = ρ f gh
e, portanto:
B = Ffundo − Ftopo = ρ f ghA = ρ f gh3 B = ρ f gV
onde também utilizou-se o fato de que P = F/A, A = h2 e
V = h3.
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Definição formal do conceito de empuxo)
Finalmente, levando em consideração o fato de que
ρf V = M é a massa de fluido deslocada pelo cubo,
obtém-se que:
B = Mg

resultado este que está em pleno acordo com o


enunciado do princípio de Arquimedes.
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso I: Um corpo totalmente submerso)
Considere um objeto de densidade ρc e volume Vc
encontra-se totalmente submerso em um fluido de
densidade ρf;
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso I: Um corpo totalmente submerso)
Considere um objeto de densidade ρc e volume Vc
encontra-se totalmente submerso em um fluido de
densidade ρf;

A força resultante sobre o corpo na direção vertical


é dada pela soma (vetorial) do empuxo e a força
gravitacional, ou seja:

Fres,y = B − Fg = B − mcg = ρf gVc − ρcgVc

onde usamos o fato de que ρc = mc/Vc.


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O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso I: Um corpo totalmente submerso)
Considere um objeto de densidade ρc e volume Vc
encontra-se totalmente submerso em um fluido de
densidade ρf;

A força resultante sobre o corpo na direção vertical


é dada pela soma (vetorial) do empuxo e a força
gravitacional, ou seja:

Fres,y = B − Fg = B − mcg = ρf gVc − ρcgVc

onde usamos o fato de que ρc = mc/Vc. Com isto,


resulta que:
Fres,y = (ρ f − ρc )gVc
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso I: Um corpo totalmente submerso)

Fres,y = (ρ f − ρc )gVc

Sendo assim, se a densidade do corpo for menor do


que a do fluido, ele irá flutuar [Fig. (a) abaixo].
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O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso I: Um corpo totalmente submerso)

Fres,y = (ρ f − ρc )gVc

Sendo assim, se a densidade do corpo for menor do


que a do fluido, ele irá flutuar [Fig. (a) abaixo]. Caso
contrário, ele irá afundar [Fig. (b)];
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Considere agora um corpo de volume
Vc e de densidade ρc que se encontra
em equilíbrio estático e que flutua na
superfície de um fluido, conforme mostra
a figura ao lado;
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O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Considere agora um corpo de volume
Vc e de densidade ρc que se encontra
em equilíbrio estático e que flutua na
superfície de um fluido, conforme mostra
a figura ao lado;
Como o corpo está parcialmente submergido, o
empuxo é dado por:
B = ρf gV
onde V é o volume da parte submersa do corpo;
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Considere agora um corpo de volume
Vc e de densidade ρc que se encontra
em equilíbrio estático e que flutua na
superfície de um fluido, conforme mostra
a figura ao lado;
Como o corpo está parcialmente submergido, o
empuxo é dado por:
B = ρf gV
onde V é o volume da parte submersa do corpo;
Uma vez que o corpo se encontra em equilíbrio, a
partir da segunda lei de Newton, temos que:
B + Fg = 0
Apresentaç
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Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Lembrando novamente que ρc = mc/Vc temos, enfim,
que:
B − Fg = 0 ⇒ ρf gV − ρcgVc = 0
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Mecânica
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dos
disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Lembrando novamente que ρc = mc/Vc temos, enfim,
que:
B − Fg = 0 ⇒ ρf gV − ρcgVc = 0
e, então:
ρc
V= Vc
ρf
Apresentaç
Mecânica
Apresentação da
dos
disciplina
Fluidos
O empuxo e o princípio de Arquimedes
(Caso II: Um corpo flutuando)
Lembrando novamente que ρc = mc/Vc temos, enfim,
que:
B − Fg = 0 ⇒ ρf gV − ρcgVc = 0
e, então:
ρc
V= Vc
ρf

Como V ≤ Vc, temos que a densidade do corpo deve


ser menor ou igual à densidade do fluido, conforme
esperado!
Na próxima aula...

Aula Teórica (Quarta-feira: 21/02)


Dinâmica dos fluidos;

Equação da continuidade;

Princípio de Bernoulli;
Na próxima aula...

Aula Teórica (Quarta-feira: 21/02)


Dinâmica dos fluidos;

Equação da continuidade;

Princípio de Bernoulli;

Aula Prática (Sexta-feira: 23/02, quinzenal I)

Experimento 1 – Lei dos Gases;


Bibliografia
Bibliografia
Bibliografia básica
Princípios de Física - Vol. 2, R.A. Serway e J.W. Jewett Jr.,
tradução da 3ª edição norte-americana, Ed. Cengage
Learning, 2004 (Seções 15.1- 15.4);
Fundamentos de Física - Vol. 2, D. Halliday, R. Resnick and J.
Walker, 8ª ou 9ª edição, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2006
(Seções 14.1 - 14.7).

Bibliografia complementar
Física para Cientistas e Engenheiros - Vol. 1, P.A. Tipler e J.
Mosca, 6ª edição, Ed. LTC, Rio de Janeiro, 2011 (Seções
13.1 - 13.3);
Curso de Física Básica - Vol. 2, H. M. Nussenzveig, 4ª edição,
Ed. Edgard Blücher, 2002 (Seções 1.1 - 1.6).

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