Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila Química Analítica Quantitativa 1º Trimestre ATUALIZADA
Apostila Química Analítica Quantitativa 1º Trimestre ATUALIZADA
Organizadora:
Junaí Carvalho de Souza Lopes
Orientadores:
Junaí Carvalho de Souza Lopes
Robson Vasconcelos
Colaboradores:
Gabriela Maria Nascimento Feitosa
Giovanna Nunes Antônio
Raphaella Aguiar Marques
Coordenador de Estágio:
Fernando Motta
Coordenador de Ensino:
Pedro Henrique de Oliveira Gomes
3°
Minas Gerais, revisão, 2018.
1
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
2
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Deverá conter:
1. Materiais, lista com as respectivas especificações dos materiais, marcas, modelos.
Parte 6%
2. Reagentes, lista com as respectivas especificações dos reagentes, marcas, grau de
Experimental
pureza.
3. Equipamentos utilizados, lista com os respectivos reagentes utilizados.
Passo a passo da técnica desenvolvida de modo que possa ser reproduzida por outra
Procedimento 9%
pessoa. Organização do procedimento experimental (Não pode ser escrito com
parágrafo, seguir o roteiro do experimento na apostila).
Indicar o material consultado para dar suporte teórico as discussões apresentadas. Não
10%
pode ser escrita com parágrafo, deve ser alinhada a esquerda e ter espaçamento
Referências
simples. Entre uma e outra referência devem ser colocados dois espaços simples.
3
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
É necessário obedecer às normas da ABNT (em especial para citação dos autores e referência aos
livros/artigos usados no trabalho).
Observar se todos os parágrafos foram creditados aos autores da ideia neles reproduzidas. Não
deixar um parágrafo com conteúdo sem referência! Qualquer definição, conceito, argumentação ou
equação que forem citados na fundamentação teórica deverá necessariamente ter uma fonte como
referência.
Trabalhe com referências retiradas de livros e artigos, ou seja, ao escrever as ideias do autor com
suas próprias palavras no trabalho, não deixar de menciona-lo no seu texto, atribuindo-lhe a devida
autoria.
Observar as normas da ABNT para referências (diretas e indiretas), com a devida indicação de
autoria (nome do autor, ano de publicação do livro e página).
Atenção para não deixar texto em seção inapropriada, erro gramatical, colocação incorreta de
identificação de tabelas e figuras, apresentação de medida sem a respectiva unidade, utilização
inadequada de algarismos significativos, a falta de indicação de referências bibliográficas ou sua
indicação incorreta.
CARTONNI, D. Dicas para escrever trabalhos acadêmicos segundo a ABNT. Administradores.com, 2018. Disponível em:
<http://www.administradores.com.br>.
4
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de Química Analítica. 9ª ed atual. São Paulo. CENGAGE Learning, 2014.
5
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
5. DEFINIÇÕES:
Química Analítica: parte da química que estuda os princípios teóricos e práticos das análises
químicas. Tem como objetivo a determinação da composição química de substâncias puras ou de
suas misturas.
Reações por via seca: vários ensaios úteis podem ser conduzidos por via seca, isto é, sem
dissolver a amostra. Esses ensaios, muitas vezes, são considerados etapas preliminares para a
identificação das amostras em estudo como, por exemplo, a verificação da pureza dos precipitados
e de exames dos minerais.
Reações por via úmida: São observações válidas para as etapas subsequentes de investigação
das amostras e tem por objetivo observar as reações perceptíveis aos nossos sentidos, através de
ensaios em solução como, por exemplo, análises organolépticas e análises qualitativas.
Análise Funcional e Sistemática: a análise funcional e sistemática de uma solução deve ser
iniciada pelos ensaios preliminares, seguida de ensaios para ânions e separação e identificação
dos cátions presentes. Essa identificação é feita com a adição de reagentes específicos (ácido
clorídrico, gás sulfídrico, amônia, sulfeto de amônio ou carbonato de amônio) que promoverá a
formação de precipitados e em seguida eles são analisados. Os grupos de cátions são
classificados de acordo com a adição desses reagentes específicos.
6
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Finalmente, um grupo de métodos variados inclui a medida de grandezas, como razão massa-
carga de moléculas por espectrometria de massas, velocidade de decaimento radiativo, calor de
reação, condutividade térmica de amostras, atividade óptica e índice de refração.
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de Química Analítica. 9ª ed atual. São Paulo. CENGAGE Learning, 2014.
7
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
6. LABORATÓRIO QUÍMICO
Apesar do grande desenvolvimento teórico da Química, ela continua a ser uma ciência
eminentemente experimental; daí a importância das aulas práticas de química. A experiência treina
o aluno no uso de métodos, técnicas e instrumentos de laboratório e permite a aplicação dos
conceitos teóricos aprendidos.
Os laboratórios químicos do IFNMG são lugares adequados para a realização de
experimentos, possuindo instalações de água, luz e gás de fácil acesso em todas as bancadas.
Possui ainda local especial para manipulação das substâncias tóxicas (a capela), que dispõe de
sistema próprio de exaustão de gases e iluminação. Este é um local bastante vulnerável a
acidentes, pois contém um grande número de equipamentos e reagentes que possuem os mais
variados níveis de toxidez, portanto é necessário que se trabalhe com cautela, segurança e
atenção.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
8
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
1. O laboratório é um local de trabalho sério; portanto, evite brincadeiras que dispersem sua
atenção e de seus colegas.
4. Faça apenas a experiência prevista; qualquer atividade extra não deve ser realizada sem a
prévia consulta ao professor.
5. Não cheire, toque ou prove qualquer reagente. Lembre-se que a contaminação ocorre por
inalação e/ou ingestão e/ou absorção pela pele. É proibido fumar, comer ou beber dentro do
laboratório.
6. Nunca deixe o bico de Bunsen aceso quando não estiver usando. Não use substâncias
inflamáveis próximo à chama.
7. Trabalhe com cuidado com substâncias tóxicas e corrosivas, como ácidos, álcalis e
solventes. Todo material tóxico e/ou que exale vapor deve ser usado na capela.
8. Leia com atenção o roteiro do experimento, e ainda os rótulos dos frascos de reagentes
antes de usá-los para certificar-se que é o frasco certo. Todo frasco contendo reagentes,
amostras e soluções devem ser devidamente etiquetados contendo a identificação do
material, do responsável e data.
9. Não contamine os reagentes, voltando o reagente não utilizado ao frasco original ou usando
espátulas e pipetas sujas ou molhadas.
11. Enxugue e lave qualquer local onde cair reagente. Nunca jogue papéis, fósforo ou qualquer
sólido na pia.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
9
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O método baseia-se na precipitação do BaSO4 mediante adição lenta de uma solução
diluída de cloreto de bário à solução contendo o sulfato. A determinação está baseada na reação:
Deve-se ter excesso de reagente para que a reação seja quantitativa, pois a solubilidade do
sulfato de bário BaSO4 diminui pelo excesso de íons Ba2+.
Materiais:
Cadinho de porcelana Vidro de relógio
Pipeta volumétrica Bastão de vidro
Pipeta de pasteur Béquer
Funil de vidro Balão volumétrico de 50 mL
Papel de filtro analítico
Reagentes:
Solução de BaCℓ2 . 2H2O ______mol L-1 Solução de sulfato de salbutamol (amostra
HCℓ 6 mol L (1+1)
-1
escolhida)
10
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Equipamentos:
Balança analítica Dessecador
Banho-maria Mufla
Estufa
Procedimento experimental:
2. Medir 5 mL de solução de sulfato de salbutamol (amostra escolhida). Diluir com água deionizada
para 50 mL, em balão volumétrico. Transferir para um béquer de 250 mL e adicionar à solução 2
mL de HCℓ 6 mol L-1 (1+1).
3. Calcular o volume de cloreto de bário (________) necessário para precipitar o íon sulfato
presente na solução contendo a amostra (com um excesso de 10% para assegurar uma
precipitação quantitativa do sulfato). Transferir este volume para um béquer de 250 mL e aquecer.
4. A solução contendo a amostra deve ser aquecida em banho maria a 80-90ºC (ou até iniciar a
ebulição).
5. Transferir a solução de cloreto de bário (ainda quente), com ajuda do bastão de vidro ou pipeta
de pasteur, para a solução contendo a amostra (esta adição deve ser realizada de forma lenta e
direta, sem que a solução escorra pelas paredes do béquer). Agitar constantemente a mistura por
2-3 minutos.
7. Colocar o béquer (coberto com um vidro de relógio) com o seu conteúdo em banho-maria
durante 60 min. (para efetuar a digestão do precipitado). A solução sobrenadante deve ser
completamente clara.
8. Filtrar a solução sobrenadante ainda quente utilizando um funil contendo papel de filtro de
filtração lenta (faixa azul). Lavar o precipitado com várias porções de água deionizada quente (10
mL), para eliminação dos íons Cℓ -.
9. Transferir o papel de filtro com o precipitado para o cadinho de porcelana (devidamente tarado e
identificado, após aquecimento a cerca de 110 °C).
11
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
10. Completar a incineração em mufla, por 30min, a 800°C-900 °C. Deixar a temperatura cair até
~200 °C, transferir o cadinho para o dessecador e aguardar o seu resfriamento até temperatura
ambiente.
13. Para determinar o teor de SO42- na amostra, os seguintes dados são necessários:
P1 = Peso do cadinho;
P2 = Peso do cadinho + precipitado; P3 = Peso do precipitado.
Depois de calculado o peso do precipitado, calcular o teor deste em sulfato, por exemplo,
estabelecendo a proporção:
SO42- % (m/v) = X 5 mL
? 100 mL
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
1. Por que a precipitação de BaSO4 deve ser feita em soluções diluídas e quentes?
2. Qual a função do HCℓ na precipitação de BaSO4? E por que o excesso de ácido deve ser
evitado?
3. Justifique a adição lenta do precipitante BaCℓ2 e o fato de ser necessário excesso deste
reagente ?
4. Por que é recomendável a digestão do precipitado? E por que deve ser realizada a quente antes
da filtração?
Experimento adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
12
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução Teórica:
O método baseia-se na precipitação dos íons níquel(II) com o composto orgânico
dimetilglioxima, num intervalo de pH entre 5 e 9.
Os íons de Fe(III), Al(III) e Cr(III) interferem neste procedimento porque seus hidróxidos
precipitam neste meio, mas esta interferência é evitada adicionando-se citrato ou tartarato de
amônio que formam complexos solúveis com os referidos íons (BACCAN, 2001).
13
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Reagentes: Equipamentos:
-1
NH4OH - 6 mol L Estufa
Dimetilglioxima 1% (m/v) em etanol Dessecador
Ni(NO3)2 .6 H2O (amostra) Banho-maria
HCℓ - 6 mol L-1 Bomba de vácuo
-1
AgNO3 0,1 mol L Balança analítica
Capela
Procedimento experimental:
1. Lavar um filtro de vidro sinterizado (ou cadinho de vidro de placa porosa) e secar na estufa a 110
por 1 hora. Em seguida, transferir o cadinho para um dessecador, deixar esfriar até temperatura
ambiente (30 minutos) e pesá-lo. Anotar a massa.
6. Filtrar a solução sob sucção (trompa de vácuo) através do filtro de vidro sinterizado. Lavar o
béquer e o precipitado no cadinho com pequenas porções de água destilada, repetindo o
procedimento até que a água de lavagem não dê reação positiva para cloreto (AgNO3 0,1 mol L-1).
7. Secar na trompa de vácuo por alguns minutos e em seguida aquecer na estufa a 130ºC por 45 a
50 minutos. Deixar esfriar no dessecador por 30 minutos e pesar o Ni(C4H7O2N2)2. Repetir o
procedimento de secagem até peso constante. Anotar a massa para cada pesagem.
Experimento adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
14
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução Teórica:
O método baseia-se na precipitação dos íons níquel(II) com o composto orgânico
dimetilglioxima, num intervalo de pH entre 5 e 9.
Ou
Materiais: Equipamentos:
Termômetro Estufa
Bastão de vidro Dessecador
Vidro de relógio pequeno Chapa aquecedora
Filtro de vidro sinterizado Banho-maria
Erlenmeyer Bomba de vácuo
Fita para medir PH Balança analítica
Pipeta volumétrica Capela
Pipeta de pasteur
15
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Reagentes:
NH4OH – 6 mol L-1 HCℓ 50% (1+1)
Dimetilglioxima 1% (m/v) em etanol Ácido cítrico 0,5 mol L-1
Clipes de aço niquelado picotados AgNO3 0,1 mol L-1
Procedimento experimental:
1. Lavar um filtro de vidro sinterizado (ou Gooch de vidro com fundo poroso) e secar na estufa a
110ºC por 1 hora. Transferir o cadinho para um dessecador, deixar esfriar até temperatura
ambiente (30 minutos) em seguida pesá-lo. Anotar a massa.
2. Realizar a abertura da amostra: Para isso pesar em balança analítica 0,4 g de amostra (clipes
niquelados) em um vidro de relógio pequeno. Transferir quantitativamente para um erlenmeyer de
250 mL. Adicionar, com auxílio de pipeta, 5 mL de ácido clorídrico 50% (1+1). Aquecer em capela,
em chapa aquecedora, até dissolver completamente a amostra.
3. Resfriar a temperatura ambiente e diluir a 100 mL com água destilada e em seguida adicionar 5
mL de ácido cítrico 0,5M. Verificar o pH com fita indicadora, o pH deve estar entre 2 e 3. Caso
necessário pode-se adicionar gotas de HCℓ para que haja o ajuste do pH.
7. Filtrar a solução sob sucção (bomba de vácuo) através do cadinho de vidro sinterizado. Lavar o
béquer e o precipitado no cadinho com pequenas porções de água destilada, repetindo o
procedimento até que a água de lavagem não dê reação positiva para cloreto (AgNO3 0,1 mol L-1).
9. Secar na trompa de vácuo por alguns minutos e em seguida aquecer na estufa a 130ºC por 1
hora.
10. Deixar esfriar no dessecador por 30 minutos e pesar o Ni[C4H6 (NOH)(NO)]2. Calcular a
porcentagem de níquel na amostra.
Experimento adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
16
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O ácido Clorídrico não é um padrão primário e por isso torna-se necessário padroniza-lo para
que ele possa ser utilizado em outros processos com segurança em relação à concentração
determinada. O carbonato de sódio é utilizado como um padrão primário na padronização de
soluções ácidas. O seu peso molecular é de 106,00 g/mol. O referido carbonato para fins analíticos
contém umidade, devendo ser dessecado por meio de aquecimento com cuidado para que não
haja rompimento de suas ligações e consequente produção de gás carbônico, este carbonato pode
ser substituído por carbonato de potássio.
Materiais: Reagentes:
Béquer K2CO3
Balão volumétrico de 50 e 100 mL Fenolftaleína
Bastão de vidro Verde de bromocresol
Pipeta volumétrica HCℓ - 0,1 mol L-1
Erlenmeyer
Bureta de 25 mL Equipamentos:
Frasco para acondicionamento de solução Suporte universal com garra
Chapa aquecedora
Balança analítica
Dessecador
Procedimento experimental:
Preparo de uma solução padrão do tipo direto de K2CO3 0,050 mol L-1
Pesar em balança analítica, com máxima exatidão a massa de carbonato de potássio anidro P.A.
previamente dessecado a cerca de 200ºC, durante 1 hora necessária para o preparo da solução.
Transferir para um béquer e dissolver bem com água deionizada e, em seguida, transferir para um
balão de 50 mL evitando qualquer perda através de várias lavagens no béquer e completar o
volume.
17
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Preparo de uma solução padrão do tipo indireto de HCℓ 0.1mol L-1 (Uma única solução para
todas as equipes).
Determinar o volume necessário de HCℓ concentrado (d = 1,19 g/cm3 e T= 37%) para preparar
1000 mL de solução com concentração 0,1M. Despejar lentamente (se necessário utilizar bastão
de vidro) o volume de HCℓ calculado sobre um pouco de água deionizada dentro de um balão
volumétrico de 1000 mL de capacidade. Completar o volume até a marca com água deionizada.
Transferir a solução quantitativamente para o frasco reagente para posterior padronização.
Após a viragem da fenolftaleína, adicionar duas ou três gotas da solução de verde de bromocresol
e continuar a titulação até que a cor do indicador comece a mudar de azul para verde. Neste ponto
a solução contem traços de HCO3- e uma grande quantidade de CO2 dissolvidos na água. A
presença de CO2 pode ser removida através do aquecimento, então deve-se aquecer em chapa
aquecedora a solução durante dois minutos.
Com o aquecimento a cor volta ao azul, pois o equilíbrio é quebrado e o pH sobe novamente.
Resfriar o erlenmeyer em água corrente e continuar a titulação até que a coloração volte para
verde novamente. Anotar o volume de HCℓ gasto. Calcular a molaridade do HCℓ por intermédio
da equação da diluição.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
18
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O ácido Clorídrico não é um padrão primário e por isso torna-se necessário padroniza-lo,
para que ele possa ser utilizado em outros processos com segurança em relação à concentração
determinada. Esta padronização pode ser realizada por meio de um padrão primário como, por
exemplo, o tetraborato de sódio.
O bórax, Na2B4O7.10H2O, é um mineral extraído no deserto e é largamente utilizado em
preparados de limpeza. A forma altamente purificada de bórax pode ser empregada como padrão
primário para padronização do HCℓ. Esta substância apresenta a vantagem de possui alta massa
molecular MM 381, 37 g mol -1. O que diminui os erros relativos associados ao ato de pesagem.
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 50 e 100 mL Tetraborato de sódio (Na2B4O7.10H2O)
Pipeta volumétrica Indicador misto (verde de bromocresol +
Bastão de vidro vermelho de metila)
Erlenmeyer HCℓ - 0,1 mol L-1
Bureta de 25 mL
Frasco para acondicionamento de solução Equipamentos:
Balança analítica
Suporte Universal com garra
Procedimento experimental:
19
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Calcular a molaridade real da solução de HCℓ e o fator de correção que deverá ser empregado.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
SKOOG, D. A.; WEST, D. M.; HOLLER, F. J.; CROUCH, S. R. Fundamentos de Química Analítica. 9ª ed atual. São Paulo. CENGAGE Learning, 2014.
20
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O hidróxido de sódio, não é um padrão primário porque sempre contém uma certa
quantidade indeterminada de água de Na2CO3 adsorvida no sólido. Por esta razão é necessário
preparar uma solução de NaOH de concentração próxima daquela desejada e determinar sua
concentração real através de titulações contra amostras de um padrão primário ou amostras
previamente padronizadas.
Materiais: Reagentes:
Béquer NaOH 0,1 mol L-1
Balão volumétrico de 50 mL Biftalato de potássio
Bastão de vidro Fenolftaleína
Erlenmeyer
Bureta de 25 mL Equipamentos:
Frasco para armazenamento de solução Balança analítica.
Suporte universal com garra
Procedimento experimental:
Preparo de uma solução padrão do tipo indireto de NaOH 0,1 mol L-1
Determinar a massa de NaOH necessária para preparar 50 mL de solução 0,1M. Pesar em balança
analítica e transferir o conteúdo de NaOH para um béquer contendo pequena quantidade de água
deionizada. Dissolver bem com o auxílio do bastão de vidro. Transferir quantitativamente a solução
para dentro de um balão volumétrico de 50 mL e completar até o menisco com água deionizada.
Homogeneizar. Transferir a solução para um frasco previamente limpo e rotular.
21
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
1. O que é solução padrão? Por que nem todas as soluções são padrões?
2. O que é padronização? Quando ela é necessária?
3. O que é padrão primário? Quais os requisitos para que uma substância seja um padrão
primário? Por que é preciso secá-lo antes de sua utilização?
4. Uma solução de base foi fatorada com biftalato de potássio 0,1N, sabendo que o volume
titulado do biftalato de potássio é de 10 mL e que o volume gasto de base foi de 9,8 mL, sendo
a normalidade esperada da base 0,1N, calcule o fator de correção e a normalidade real da
base.
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
22
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Objetivo: Padronização da solução de NaOH utilizando solução padronizada de HCℓ 0,1 mol L-1.
Introdução teórica:
O hidróxido de sódio, não é um padrão primário porque sempre contém uma certa
quantidade indeterminada de água de Na2CO3 adsorvida no sólido. Por esta razão é necessário
preparar uma solução de NaOH de concentração próxima daquela desejada e determinar sua
concentração real através de titulações contra amostras de um padrão primário ou amostras
previamente padronizadas.
Materiais: Reagentes:
Béquer NaOH 0,1 mol L-1
Balão volumétrico de 50 e 100 mL HCℓ - 0,1 mol L-1
Bastão de vidro Fenolftaleína
Pipeta volumétrica
Erlenmeyer Equipamentos:
Bureta de 25 mL Balança analítica.
Frasco para armazenamento de solução Suporte universal com garra
Procedimento experimental:
Preparo de uma solução padrão do tipo indireto de NaOH 0,1 mol L-1
Determinar a massa de NaOH necessária para preparar 50 mL de solução 0,1M. Pesar em balança
analítica e transferir o conteúdo de NaOH para um béquer contendo pequena quantidade de água
deionizada e, então, dissolver bem com o auxílio do bastão de vidro. Transferir quantitativamente a
solução para dentro de um balão volumétrico de 50 mL e completar à marca com água deionizada.
Homogeneizar. Após transferir a solução para um frasco previamente limpo e rotular.
23
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Padronização da solução de NaOH utilizando solução padrão HCℓ 0,1 mol L-1
Pipetar, utilizando pipeta volumétrica, 10 mL de solução padronizada de HCℓ 0,1M preparada
anteriormente e transferir para um erlenmeyer limpo. Acrescentar 3 gotas de fenolftaleína. A
fenolftaleína em meio ácido fica incolor, enquanto em meio alcalino adquire coloração rósea. Titular
o conteúdo do erlenmeyer, colocando o NaOH na bureta, presa ao suporte com garra. O ponto final
é evidenciado pelo aparecimento de uma leve cor rósea persistente por mais de 30 segundos.
Caso seja obtida uma coloração muito forte, despreze a amostra. Anotar o volume de NaOH gasto.
Repetir o procedimento por mais duas vezes e calcular a molaridade da solução através da
equação fundamental da análise volumétrica (M1V1 = M2V2).
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
24
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O ácido acético é um ácido fraco, tendo um Ka de 1,8 .10-5. Ele é amplamente usado em
química industrial na forma de ácido acético glacial 99,8% (m/m) (densidade de 1,053 g/cm3) ou em
soluções de diferentes concentrações. Na indústria alimentícia é consumido como vinagre, que é
uma solução diluída de ácido acético glacial (3,5 a 8% m/v). De fato, o ácido acético é o principal
constituinte ácido no vinagre, mas outros estão presentes.
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico 100 mL NaOH 0,1 mol L-1
Pipeta volumétrica Fenolftaleína
Erlenmeyer Vinagre incolor (4%)
Bureta de 25 mL
Equipamentos:
Suporte universal com garra
Procedimento experimental:
1. Colocar com auxílio de uma pipeta volumétrica, 10 mL de vinagre em balão volumétrico de 100,0
mL e diluir até a marca do menisco com água deionizada.
2. Retirar uma alíquota de 10 mL desta solução e com uma pipeta volumétrica e transferir para um
erlenmeyer.
3. Adicionar aproximadamente 20 mL de água deionizada no erlenmeyer.
4. Adicionar 3 gotas do indicador fenolftaleína.
5. Titular esta mistura com uma solução padrão de NaOH 0,1 mol L-1 contida numa bureta (presa
ao suporte com garra) agitando até o aparecimento de um leve róseo persistente na solução do
erlenmeyer por cerca de 30 segundos.
6. Anotar o volume gasto na titulação.
7. Repetir o procedimento para mais duas alíquotas de vinagre.
8. Calcular o teor médio de ácido acético presente.
25
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
26
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
Os vinhos são produzidos a partir de uvas. As uvas contêm quantidades significativas de
vários ácidos orgânicos. Assim, o sumo de uva e o próprio mosto são soluções ácidas diluídas
contendo principalmente o ácido tartárico, málico e cítrico. Estes ácidos garantem a conservação
do vinho bem como características de suma importância, como sabor e cor. Dentro dos padrões
comerciais, a acidez do sumo fica no intervalo de 0,6 a 0,9% (expresso como a quantidade de
ácido tartárico por 100 mL de sumo ou vinho). Os vinhos secos de mesa têm uma acidez titulável
no mesmo intervalo. Os vinhos doces têm acidez no intervalo de 0,4 a 0,65%. Na fabricação do
vinho é importante saber a acidez titulável do mosto para poder determinar a quantidade correta de
dióxido de enxofre que será adicionada e também decidir se é ou não necessária uma correção da
acidez. Esta determinação está sujeita à interferência do CO2 dissolvido. Este erro pode ser
minimizado diluindo o vinho com água quente, próximo da fervura, e depois deixando esfriar até a
temperatura ambiente antes de titular. Geralmente esse erro é pequeno.
Materiais: Reagentes:
Pipeta volumétrica NaOH 0,1 mol L-1
Erlenmeyer Fenolftaleína
Bureta de 25 mL Vinho branco seco (amostra)
Vinho branco doce (amostra)
Equipamentos:
Suporte universal com garra
Procedimento experimental:
Os passos deste procedimento deverão ser realizados para o vinho doce e o vinho seco.
27
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
3. Titular o vinho utilizando uma solução padrão de NaOH 0,1M na bureta de 25 mL (presa ao
suporte com garra). O ponto final é indicado pela permanência de uma leve cor rósea por mais de
30 segundos.
A acidez titulável do vinho é normalmente expressa em ácido tartárico % (m/v); massa molar do
C2H4O2(COOH)2 = 150,09g/mol. Lembrar que o ácido tartárico tem dois hidrogênios tituláveis até a
viragem da fenolftaleína.
onde:
Vb é o volume, em mL, da solução de NaOH usada na titulação.
MNaOH é a concentração da solução de NaOH, em mol L-1.
Vam é o volume, em mL, da amostra titulada.
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
28
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O ácido cítrico ou citrato de hidrogênio, de nome oficial ácido 2-hidroxi-1,2,3-
propanotricarboxílico, é um ácido orgânico fraco presente na maioria das frutas, sobretudo em
cítricos como o limão e a laranja. A síntese deste ácido ocorre por via fermentativa a partir de
melaços de cana-de-açúcar e de beterraba, empregando o fungo filamentoso Aspergillus niger.
A acidez deste ácido ocorre devido a capacidade de em meio aquoso, ionizar-se, liberando
três mols de íons hidrogênio (H+) por cada mol de molécula (ácido triprótico). A proporção de
reação com o hidróxido de sódio (NaOH) é de um mol do ácido para três mols da base. Como
consequência forma-se um íon citrato. Os citratos são bons controladores de pH de soluções
ácidas.
Materiais: Reagentes:
Pipetas volumétricas NaOH 0,1 mol L-1
Erlenmeyer Fenolftaleína
Bureta de 25 mL Frutos cítricos (amostra)
Equipamentos:
Suporte universal com garra
Espremedor manual para frutas
29
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
2. De posse do suco, utilizando pipeta volumétrica, retirar uma alíquota de 5 mL e transferir para
um erlenmeyer de 125 mL.
4. Utilizar a tabela a seguir para calcular o volume de NaOH gasto e o teor do ácido cítrico nos
frutos utilizados no experimento.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Aplicações do ácido cítrico na indústria de alimentos. FOOD INGREDIENTS BRASIL, Nº 30 – 2014. www.revista-fi.com.
Disponível em:<http://www.revista-fi.com/materias/402.pdf>.
30
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
Uma titulação consiste na determinação da quantidade de uma espécie química (substância
ou íon) em solução, medindo-se a quantidade de um reagente (de concentração conhecida)
necessária para reagir completamente com a espécie química. Entretanto, algumas vezes, a
espécie química em solução ou a reação utilizada tem características que não recomendam a
titulação direta. É o que ocorre com o hidróxido de magnésio, que, por ser pouco solúvel, faz com
que a determinação do ponto de equivalência seja difícil.
Neste caso, utiliza-se um procedimento alternativo para contornar a situação. Adiciona-se
um excesso conhecido de uma solução padrão de HCℓ para dissolver e neutralizar todas as
partículas suspensas, resultando em uma solução clara. Em seguida, o excesso de ácido (que não
reagiu com o hidróxido de magnésio) é titulado com uma solução básica padronizada de NaOH.
Esse procedimento de determinação da quantidade em excesso é conhecido como
RETROTITULAÇÃO.
À amostra é adicionado excesso de solução padrão de ácido, ocorrendo a seguinte reação:
Materiais: Reagentes:
Pipeta volumétrica NaOH 0,1 mol L-1
Erlenmeyer Vermelho de metila
Bureta de 25 mL Mg(OH)2 (amostra)
Conta gotas ou pipeta de Pasteur HCℓ 0,1 mol L-1
Equipamentos:
Suporte universal com garra
Balança analítica
31
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
2. Pesar utilizando balança analítica, com o auxílio de um conta gotas, não mais que 1,0 g da
amostra em um erlenmeyer.
3. Adicionar, com uma pipeta volumétrica 50 mL de solução padrão de HCℓ 0,1 mol L-1, em duas
etapas, agitar até dissolver completamente a amostra. Deve-se observar que se a solução ficar
turva ou restar algum precipitado, isto indica que a quantidade de ácido clorídrico não foi suficiente,
(Neste caso deve-se adicionar um volume conhecido de ácido) e verificar a limpidez da solução.
4. Adicionar 3 gotas de vermelho de metila. Titular com solução padrão de NaOH 0,1 mol L-1.em
bureta de 25 mL (presa em suporte com garra).
Cálculos:
1. Calcular o número de mol de NaOH que reagiu com o HCℓ : nNaOH = MNaOH . VNaOH
2. Calcular o número total de mols HCℓ : nHCℓ TOTAL = MHCℓ . VHCℓ
3. Calcular o número de mols de HCℓ que reagiu com Mg(OH)2: nHCℓ (Mg(OH)2) =nHCℓ TOTAL –
n(NaOH)
4. Calcular o número de mols do Mg(OH)2 por estequiometria usando o resultado do item anterior.
5. Calcular a massa de Mg(OH)2: nMg(OH)2 . 58g/mol
6. Calcular a porcentagem de Mg(OH)2 presente na amostra: mMg(OH)2 . 100 / mamostra
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
32
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
A volumetria de precipitação envolve a reação na qual forma-se um produto de baixa
solubilidade. Sua principal aplicação está na determinação de haletos e alguns íons metálicos.
A reação deve completar-se em tempo relativamente curto e oferecer condições para uma
sinalização do ponto final. Utiliza-se como titulante a solução padrão de AgNO3 (Argentimetria) e o
ponto final pode ser determinado de três formas diferentes: formação de um sólido colorido
(método de Mohr), formação de um complexo solúvel (método de Volhard) ou mudança de cor
associada com a adsorção de um indicador sobre a superfície de um sólido (método de Fajans).
Reagentes: Equipamentos:
AgNO3 P.A Suporte universal com garra
NaCℓ Balança analítica
Cromato de potássio 5% Dessecador
Carbonato de cálcio Mufla
Procedimento experimental:
33
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Padronização:
A padronização pode ocorrer caso haja dúvida em relação a procedência ou pureza do AgNO3.
Neste caso faz-se a titulação com NaCℓ.
Medir, com auxílio de pipeta volumétrica, 5mL de solução padrão de cloreto de sódio 0,1000 M
(realizado com NaCℓ previamente aquecido em mufla a 500 – 600 ºC durante 2-3 h) e colocar em
erlenmeyer. Adicionar, utilizando pipeta volumétrica, 10 mL de água deionizada. Adicionar
utilizando pipeta de pasteur, 1 mL de cromato de potássio 5% como indicador e titular com a
solução de nitrato de prata a ser padronizada mediante bureta (presa em suporte com garra), sob
constante agitação, até coloração vermelho-tijolo. A titulação só deve prosseguir até este ponto,
onde verificamos uma leve, mas nítida, mudança de coloração que deve permanecer após
vigorosa agitação.
Prova em branco:
É o volume de água deionizada igual ao volume final da solução antes titulada, adicionam-se 1 mL
de cromato de potássio e 0,5 g de carbonato de cálcio e titula-se com nitrato de prata até que a
coloração seja igual à da solução resultante da titulação com cloreto de sódio.
A correção pela prova em branco, que não será maior do que 0,03 a 0,10 mL de nitrato de prata
que deve ser subtraído do volume utilizado na titulação do cloreto de sódio. Repete-se a titulação
com outras duas porções de NaCℓ padrão. As titulações devem concordar em 0,1 mL.
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
1. Quais os requisitos para que uma reação possa ser empregada em volumetria de precipitação?
2. Escreva as reações envolvidas no procedimento para determinação de haletos que precipitam
com a prata usando o método de Mohr.
3. Por que se utiliza uma titulação em branco na titulação pelo método de Mohr?
4. Defina: precipitação, solubilidade, produto de solubilidade.
5. Uma solução contendo 0,205 g de NaCℓ e KCℓ gastou cerca de 30 mL de uma solução de
AgNO3 0,10 mol/L para completa precipitação do íon cloreto. Calcule o teor de cada sal na
mistura.
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
34
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
A determinação de cloreto, pelo Método de Mohr é um processo de precipitação
fracionada: primeiro precipita o analito (AgCℓ – precipitado branco) e no ponto final precipita o
indicador (Ag2CrO4 – precipitado vermelho) a partir do qual, detecta-se o final da titulação. As
reações envolvidas são as seguintes.
Ag+ + Cℓ - AgCℓ (s) Kps = 1,56 . 10-10
ppt branco
O cloreto precipita primeiro porque a solubilidade do AgCℓ (1,25.10-5 mol L-1) é menor do
que a do Ag2CrO4 (6,88.10-5 mol L-1).
Na prática o ponto final ocorre um pouco além do ponto de equivalência devido a
necessidade de adição de um excesso de (Ag+) para precipitar o Ag2CrO4 em quantidade suficiente
para que seja visualizado na solução amarela. É então necessário realização de uma titulação em
branco para que possa ser corrigido o erro na detecção do ponto final, o volume gasto na titulação
do branco (Vb) deve ser descontado do volume gasto de reagente na titulação da amostra (Va).
Materiais: Reagentes:
Pipeta volumétrica Soro fisiológico (0,9%)
Erlenmeyer Solução padrão de AgNO3 0,05 mol L-1
Bureta de 25 mL. Cromato de potássio 5%
Carbonato de cálcio
Equipamentos:
Suporte universal com garra
Balança analítica
35
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
Prova em branco:
Em um volume de água deionizada igual ao volume final da solução de amostra (10 mL), adicionar,
com auxílio de pipeta volumétrica, 1 mL de cromato de potássio. Pesar em balança analítica e em
seguida adicionar 0,5 g de carbonato de cálcio a solução. Titular com nitrato de prata em bureta de
25 mL (presa por suporte com garras), até que a solução atinja coloração vermelho-tijolo.
O volume da titulação da prova em branco, que não será maior do que 0,03 a 0,10 mL de nitrato de
prata deverá ser subtraído do volume utilizado na titulação do soro fisiológico. Realizar esta etapa
em duplicata. As titulações devem concordar em 0,1 mL.
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
36
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Objetivo: Padronização de uma solução 0,02 M de KMnO4 através da titulação com oxalato de
sódio 0,02 M (padrão primário).
Introdução teórica:
A permanganometria é um tipo de volumetria de oxidação-redução que utiliza
permanganato de potássio como titulante, o qual apresenta alto poder de oxidação. As reações de
oxi-redução ocorrem em meio ácido, no qual MnO4- é reduzido a Mn2+. As soluções aquosas de
KMnO4 não são completamente estáveis, porque o íon MnO4- tende a oxidar a água e se
decompõe com exposição à luz, portanto, devem ser estocadas em fracos escuros e padronizadas
periodicamente.
Isso significa que o permanganato de potássio não é um padrão primário, pois traços de
MnO2 estão invariavelmente presentes. Além disso, a água destilada geralmente contém
impurezas orgânicas suficientes para consumir íons MnO4- recém dissolvidos, convertendo-os a
MnO2.
Geralmente não é necessário o uso de indicadores em titulações permanganométricas, pois
um pequeno excesso de titulante confere à solução uma coloração violeta clara (quase rósea) que
indica o ponto final da titulação. O H2SO4 é o reagente apropriado para acidificar a solução porque
o íon sulfato não sofre a ação do permanganato. Também pode ser utilizado o ácido perclórico.
Materiais: Reagentes:
Bastão de vidro Permanganato de potássio PA
Balão volumétrico de 250 mL Ácido sulfúrico 1M
Frasco âmbar para acondicionar solução Oxalato de sódio (Na2C2O4)
Erlenmeyer
Bureta de 50 mL Equipamentos:
Pipeta volumétrica Balança analítica
Filtrar com funil de vidro sinterizado Banho-maria
Termômetro
Suporte universal com garra
Dessecador
37
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
2. Transferir o filtrado para um balão volumétrico de 250 mL, completar até a marca com água
deionizada. Homogeneizar e transferir o conteúdo para um frasco âmbar para proteção da luz,
poeira, vapores redutores. Conservar em local escuro após o uso.
3. Titular com solução de KMnO4 0,02M em bureta de 50 mL (presa ao suporte com garra). Agitar
constantemente, até o aparecimento da cor violeta tendendo a rósea persistente por 30 segundos.
É preciso manter a temperatura de pelo menos 60ºC durante a titulação. No ponto final a
temperatura não poderá ser menor que 60ºC.
Obs: O aquecimento da solução acelera a reação, porém não deve atingir 100ºC, temperatura na
qual o oxalato é decomposto. O controle da temperatura deve ser feito com termômetro. O íon
permanganato reage com o íon oxalato numa proporção de 2:5, conforme reação abaixo:
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Adaptado de UFJF, BACCAN, 2013. Grupo BACCAN de Química analítica. Aula prática nº 12. Disponível em:<http://www.ufjf.br/
baccan/files/2011/05/Aula_Pr%C3%A1tica_12_1_2013.pdf>.
38
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Objetivo: Determinar o teor de H2O2 em amostras de água oxigenada através da titulação com
solução 0,02 M de KMnO4 (solução padronizada).
Introdução teórica:
A permanganometria é um tipo de volumetria de oxidação-redução que utiliza
permanganato de potássio como titulante, o qual apresenta alto poder de oxidação. As reações de
oxi-redução ocorrem em meio ácido, no qual MnO4- é reduzido a Mn2+.
O peróxido de hidrogênio (H2O2) possui propriedades oxidantes e redutoras, dependendo
do potencial de oxidação das substâncias com que reage. O potencial de oxidação de uma espécie
química mede sua tendência a se oxidar, isto é, o seu poder redutor.
Comercialmente, a concentração de água oxigenada é referida a volume de oxigênio, ou
seja, o volume de oxigênio gerado por uma determinada concentração de água oxigenada. Assim,
1,00 mL H2O2 a 100 volumes liberará 100,00 mL de O2 nas CNTP.
A água oxigenada apesar de ser um agente oxidante pode ser oxidada pelo permanganato
em meio ácido de acordo com a reação representada a seguir.
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 100 mL • KMnO4 0,02 M
Erlenmeyer • Ácido sulfúrico 3M
Bureta de 50 mL • Água oxigenada comercial (10volumes)
Pipeta volumétrica
Equipamentos:
• Suporte universal e garra
39
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
2. Pipetar, com auxílio de pipeta volumétrica, 10 mL de uma amostra de água oxigenada comercial.
Transferir para um balão volumétrico de 100 mL e completar o volume com água deionizada.
4. Titular com solução de KMnO4 0,02M em bureta de 50 mL (presa ao suporte com garra) a
solução preparada no item 3 utilizando. Agitar constantemente, até o aparecimento da cor
levemente rósea persistente por 30 segundos.
Adaptado de BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Adaptado de UFJF, BACCAN, 2013. Grupo BACCAN de Química analítica. Aula prática nº 12. Disponível em:<http://www.ufjf.br/
baccan/files/2011/05/Aula_Pr%C3%A1tica_12_1_2013.pdf>.
40
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Objetivo: Determinar o teor de ferro em amostras de lâmina de barbear obtidas no comércio local
através da titulação com solução 0,02 M de KMnO4 (solução padronizada).
Introdução teórica:
A volumetria de oxidação-redução baseia-se em reações em que há transferência total ou
parcial de elétrons entre as espécies oxidantes e redutoras. Uma partícula oxidante pode ser
titulada por uma partícula redutora ou vice-versa. O ponto de equivalência destas titulações é
alcançado quando o oxidante e o redutor estiverem nas proporções estequiométricas.
A permanganometria é um tipo de volumetria de oxidação-redução que utiliza
permanganato de potássio como titulante, o qual apresenta alto poder de oxidação. As reações de
oxi-redução ocorrem em meio ácido, no qual MnO4- é reduzido a Mn2+.
O ferro presente na lâmina de barbear encontra-se na forma Fe2+. Ao adicionar a solução
de KMnO4 à solução de Fe2+ dissolvido em ácido sulfúrico, ocorre a seguinte reação:
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 100 mL KMnO4 0,02 M
Erlenmeyer Ácido sulfúrico 3M
Bureta de 50 mL Lâmina de barbear
Béquer
Pipeta volumétrica Equipamentos:
Vidro de relógio Suporte universal e garra
Filtro de haste longa Chapa aquecedora
Balança analítica
Capela de exaustão de gases
41
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
2. Medir em pipeta volumétrica 20 mL de H2SO4 3M. Adicionar sobre a lâmina em béquer de 150
mL. Dissolver a lâmina com o auxílio de aquecimento em uma chapa aquecedora (este
procedimento deve ser realizado em uma capela para exaustão). Durante a dissolução da lâmina,
o béquer deverá estar tapado com um vidro de relógio para evitar que haja perda de vapores.
3. Deixar esfriar a solução formada e usando filtro de haste longa, filtrar direto para dentro de um
balão volumétrico de 100 mL. Efetuar várias lavagens com água deionizada, respeitando o volume
do balão e, em seguida, homogeneizar.
4. Retirar, com auxílio de pipeta volumétrica, uma alíquota de 10 mL da solução, transferir para
erlenmeyer de 250 mL e adicionar 30 mL de água deionizada.
5. Titular com solução de KMnO4 0,02 M em bureta de 50 mL (presa ao suporte com garra). Agitar
constantemente, até o aparecimento da cor levemente rósea persistente por 30 segundos.
Cálculos:
5 Fe2+ + MnO4- + 8 H+ Mn2+ + 5 Fe3+ + 4 H2O
2. Para encontrar o número de mols total do ferro, multiplica-se por 10, já que foi titulada uma
alíquota correspondente a décima parte dos mols presentes na amostra. n Fe2+ . 10 = ntotal
Fe2+
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
42
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O tiossulfato de sódio, Na2S2O3 é o redutor mais usado para titular o iodo. Como substância
padrão o tiossulfato de sódio anidro pode ser utilizado quando obtido por aquecimento do sal
pentahidratado a 120°C e conservado sobre cloreto de cálcio. Todavia, o mais usual é padronizar
as soluções de tiossulfato de sódio contra agentes oxidantes adequados. O íon tiossulfato é um
agente redutor bastante forte como indicado pelo baixo valor de E0 para a semi-reação:
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 1000 mL Amido
Erlenmeyer Ácido bórico
Bureta de 25 mL Tiossulfato de sódio Na2S2O3 . 5 H20
Béquer Carbonato de sódio anidro
Frasco âmbar para acondicionar a solução Solução de permanganato de potássio (KMnO4
0,02 M).
Equipamentos: Solução de Iodeto de potássio (KI)
• Suporte universal e garra Ácido sulfúrico 20%
• Balança analítica
43
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
Adaptado de UFJF, BACCAN, 2013. Grupo BACCAN de Química analítica. Aula prática nº 12. Disponível em:<http://www.ufjf.br/
baccan/files/2011/05/Aula_Pr%C3%A1tica_12_1_2013.pdf>.
44
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O iodo não é muito solúvel em água (0,001mol L-1). Para se obter soluções de
concentrações analíticas úteis do elemento, o Iodo é comumente dissolvido em soluções
moderadamente concentradas de Iodeto de Potássio. Nesse meio, o Iodo é razoavelmente solúvel,
em consequência da reação:
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 250 mL Iodeto de potássio
Erlenmeyer 125 mL Iodo
Bureta de 50 mL Solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,1mol L-1
45
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
Padronização:
1. Colocar em bureta de 25 mL a solução de triodeto (0,03 mol L-1 de iodo) preparada
anteriormente.
2. Com auxílio de uma pipeta volumétrica transferir 10 mL de uma solução padronizada de
tiossulfato de sódio 0,1mol L-1 para um erlenmeyer de 125 mL.
3. Titular a solução padrão de tiossulfato de sódio 0,1mol L-1 contra a solução de iodo 0,03 mol L-1
cuidadosamente até que se atinja quase o ponto final da titulação (cor amarelada).
4. Adicionar 1mL de solução de amido 1% ao erlenmeyer como indicador.
5. Continuar a titular a solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,1mol L-1 contra a solução de
iodo 0,03 mol L-1 até o aparecimento da cor azul (ponto final).
2 . VI2
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
46
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
A volumetria de oxi-redução trata da titulação de um agente oxidante com uma solução de
um redutor e vice-versa. Há dois modos analíticos na aplicação química do iodo em titulações
redox:
1. Iodimetria (método iodimétrico) o constituinte em análise redutora é titulado diretamente
com solução padrão de iodo (para produzir iodeto) em meio levemente ácido ou básico.
2. Iodometria (método iodométrico) o constituinte em análise oxidante é adicionado ao I-
(que é usado como redutor) em excesso para produzir iodo. O iodo liberado na reação é
titulado em meio neutro ou levemente ácido com solução padrão de tiossulfato de sódio
(redutor).
O iodo por ser um oxidante de poder moderado oxida o ácido ascórbico somente até o
ácido dehidroascórbico. A reação básica envolvida na reação é:
47
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
O frasco de titulação deve ser fechado com papel alumínio durante a titulação para evitar a
absorção de oxigênio adicional do ar.
A pequena oxidação causada pelo oxigênio já dissolvido na solução não é significativa, mas
a agitação contínua em um erlenmeyer aberto pode absorver uma quantidade suficiente de
oxigênio para causar um erro significativo na determinação.
Existem vários agentes oxidantes que podem ser empregados na determinação de vitamina
C, sendo que um dos mais simples é o iodo. O método iodimétrico, como já vimos, baseia-se na
conversão de iodo molecular em íon iodeto, de acordo com a semi-reação:
No experimento a ser desenvolvido, será preparada uma solução de vitamina C que será
titulada com uma solução padrão de iodo. A vitamina C provoca a redução do iodo a iodeto, que
em solução aquosa é incolor. O iodo reduzido não pode reagir com a molécula de amido, mas
quando ocorre o consumo total das moléculas de ácido ascórbico (vitamina C), as moléculas de
iodo em presença de iodeto reagem com as macromoléculas de amido formando complexos de
adsorção com os íons triodeto, conferindo a mistura de reação uma coloração azul intensa.
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 100 mL Comprimido de vitamina C (Vitasay, Cetiva,
Erlenmeyer Cebion ou Cenevit)
Bureta de 50 mL Solução padronizada de iodo 0,03 mol L-1
Pipeta volumétrica Solução de amido 1%
Equipamentos:
Suporte universal e garra Balança analítica
Procedimento experimental:
48
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Onde: VI2 é o volume de solução de iodo gasto, em mL. [I2] é a concentração molar da solução de iodo.
m comprimido é a massa do comprimido da amostra.
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
49
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
A titulometria com formação de complexos ou complexometria baseia-se em reações que
envolvem um íon metálico e um agente ligante com formação de um complexo suficientemente
estável. Os complexos formados com o ácido etilenodiaminotetracético (EDTA), são os mais
comuns, este ácido possui quatro hidrogênios ionizáveis, podendo ser representado por H4Y. A
reação com íon metálico pode ser genericamente representa por:
O EDTA forma um complexo com quase todos os íons metálicos com carga positiva maior
do que uma unidade, incluindo metais alcalinos, como sódio e lítio. Os complexos são formados
em quase todos os casos quase que instantaneamente. É interessante considerar a estabilidade
dos complexos com o pH do meio, já que o EDTA pode complexar o íon H+.
Os complexos com metais bivalentes são estáveis em meio amoniacal, mas tendem a
ionizar em meio ácido. O EDTA pode ser obtido na forma do ácido propriamente dito ou na forma
de sal dissódico dihidratado. As duas formas possuem alta massa molar, mas o sal dissódico tem a
vantagem de ser mais facilmente solúvel em água. Algumas aplicações importantes do EDTA são
as determinações de dureza de água, de cálcio em leite e magnésio em calcário.
Materiais: Reagentes:
Balão volumétrico de 100, 250 mL Sal dissódico (Na2H14N2O8.2H2O)
Erlenmeyer Solução de HCℓ 1:1 ( 6 mol L-1)
Bureta de 50 mL CaCO3
Pipeta volumétrica Indicador Negro de Eriocromo T (NET)
Bastão de vidro NH4Cℓ
Béquer Solução de NH3 concentrada (NH4OH)
Solução tampão pH = 10 (NH4OH/ NH4Cℓ)
Equipamentos:
Suporte universal e garra Estufa
Balança analítica
50
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Procedimento experimental:
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
51
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O índice de dureza da água é um dado muito importante usada para avaliar a sua
qualidade. Denomina-se dureza total a soma das durezas individuais atribuídas à presença de íons
cálcio e magnésio. A composição química da água e, portanto, a sua dureza, depende em grande
parte do solo da qual procede. Assim, águas brandas são encontradas em solos basálticos,
areníferos e graníticos, enquanto que águas que procedem de solos calcários apresentam
freqüentemente durezas elevadas.
Numerosos processos industriais, tais como fábricas de cervejas, conservas, de papel e
celulose, e muitas outras, requerem água branda. Para o caso de lavanderias as águas duras
ocasionam elevado consumo de sabão (em consequência da formação de sabões insolúveis de
cálcio e magnésio) e resultam em danos para tecidos. Também é importante considerar que as
águas duras formam crostas em caldeiras de vapor, ocasionando com isso elevadas perdas de
calor e podendo provocar explosões, devido ao aumento da pressão interna. Mediante controle
periódico com titulações com o EDTA é possível garantir segurança para estas instalações. A
Portaria 1.469/00 do Ministério da Saúde estipula em 500 mg L-1 de CaCO3 o limite máximo
permitido para dureza total.
O processo consiste na titulação da dureza com uma solução padrão de ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA), que forma íons complexos muito estáveis com o cálcio e
magnésio ou outros íons responsáveis pela dureza. Ao adicionar o Negro de Eriocromo T a uma
amostra que tenha dureza, formar-se-á um íon complexo fraco de cor violeta. Durante a titulação,
todos os íons que dão dureza são complexados pelo EDTA, rompendo-se a ligação com o Negro
de Eriocromo T, em função do EDTA formar um complexo mais estável com os íons causadores da
dureza. Este mecanismo libera aos poucos o Negro de Eriocromo T e, no fim da reação, verifica-se
a troca da cor para o azul. O meio é fortemente tamponado, pois em pH’s mais baixos o EDTA é
protonado em vez de complexar com o cálcio e o magnésio.
Materiais:
Erlenmeyer Pipeta volumétrica
Bureta de 50 mL Pipeta de pasteur
52
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Reagentes: Equipamentos:
Amostra de água a ser analisada Suporte universal e garra
Solução de EDTA 002 mol L-1
Indicador Negro de Eriocromo T (NET)
Solução tampão pH = 10 (NH4OH/ NH4Cℓ)
Procedimento experimental:
1. Transferir com auxílio de pipeta volumétrica, uma alíquota de 50 mL de amostra de água para
um erlenmeyer de 250 mL. Adicionar com auxílio de pipeta de pasteur 1 mL de solução tampão pH
10 e, a seguir, 5 gotas do indicador Negro de Eriocromo T.
O tampão deve ser adicionado antes do indicador de modo que pequenas quantidades de ferro presentes na
amostra precipitem na forma de hidróxido de ferro, impedindo sua reação com o indicador.
2. Titular utilizando bureta de 50 mL (presa ao suporte com garra), a alíquota de água ser
analisada com EDTA 0,02 mol L-1 até a mudança de cor de vermelho-vinho para azul puro.
A reação, e consequentemente a mudança de cor, é lenta próximo do ponto final, e por esta razão o titulante
deve ser adicionado gota a gota e com vigorosa agitação.
3. Calcular a dureza da água e dar o resultado na forma de CaCO3. Massa molar do CaCO3 igual a
100,09 g mol -1.
mg/L CaCO3 = [EDTA] . VEDTA (mL) . 2001,8
O fator 2001,8 é obtido através da razão da massa molar do CaCO3 pelo volume da alíquota em litros.
Questões para pesquisa e discussão em sala de aula (estas questões não deverão estar no
relatório a ser entregue ao professor):
1. De acordo com a tabela, responda qual seria a classificação da água analisada durante o
experimento?
2. De que maneira podemos remover a dureza existente nas águas duras?
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
53
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Introdução teórica:
O processo consiste na titulação da amostra com uma solução padrão de ácido
etilenodiaminotetracético (EDTA), que forma íons complexos muito estáveis com o cálcio e
magnésio.
Reagentes: Equipamentos:
Amostra de casca de ovos a ser analisada Suporte universal e garra
Ácido clorídrico concentrado Estufa
Indicador Negro de Eriocromo T (NET) Mufla
Solução tampão pH = 10 (NH4OH/ NH4Cℓ) Balança analítica
Solução de EDTA 0,02 M Capela para exaustão de gases
Procedimento experimental:
1. Lavar as cascas de ovos com água de torneira e depois com água destilada.
2. Secar em estufa 110 ºC por 1-2 horas, em seguida triturar utilizando um almofariz com pistilo até
se obter um pó fino.
4. Calcinar a 700 ºC em uma mufla por, pelo menos, 16h. Após os cadinhos resfriados, adicionar
com auxílio de pipeta volumétrica 1 mL de água e 1 mL de ácido clorídrico concentrado (12 mol L -1)
esta etapa deve ser realizada em capela para exaustão.
54
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
6. Adicionar 5mL de solução tampão (NH4Cl/NH4OH). Por último, acrescentar 2 gotas de indicador
(NET).
7. Titular utilizando bureta de 50 mL (presa ao suporte com garra), com uma solução padrão de
EDTA 0,02 M, até que a cor mude de vermelho para azul puro.
Dependendo do tipo de ovos a composição (Ca-Mg) da casca é de aproximadamente 99% Ca, não se
considerando as interferências de outros íons metálicos presentes em nível de traços.
Adaptado de ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto Alegre: Bookman, 2013.
55
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Título: Identificação de cátions por reações de precipitação em uma mistura – Marcha analítica.
Introdução teórica:
A amostra desconhecida apresenta três cátions do grupo II e está numerada em seu suporte de
tubos de ensaio. Anote o número na tabela de resultados. A identificação destes cátions são
baseadas em reações químicas.
Reagentes: Materiais:
Solução amostra Tubos de ensaio
Solução de ácido clorídrico 6 mol L-1 Pipeta de Pasteur
-1
Solução de hidróxido de amônio 6 mol L
Solução de carbonato de amônio 1,5 mol L-1 Equipamentos:
Solução de hidrogenofosfato dissódico 3 mol L-1 Banho-maria
Solução de ácido acético 6 mol L-1 Centrífuga
-1
Solução de acetato de sódio 6 mol L
Solução de dicromato de potássio 0,5 mol L-1
Solução de sulfato de amônio 2,5 mol L-1
Solução de oxalato de amônio 0,25 mol L-1
• Papel de tornassol azul
Procedimento experimental:
Em um tubo de ensaio limpo adicionar 10 gotas da solução da amostra, 5 gotas de solução de
ácido clorídrico 6 mol L-1 e solução de hidróxido de amônio 6 mol L-1 até a solução apresentar pH
alcalino (verifique com papel tornassol azul). Aquecer a solução em banho-maria e junte 15 gotas
de solução de carbonato de amônio 1,5 mol L-1. Agitar o tubo de ensaio exaustivamente e aqueça
novamente a mistura reacional por mais 5 minutos sem deixar ferver. Centrifugar a mistura e testar
se a precipitação ocorreu de forma completa.
Verificar se a solução sobrenadante esta límpida (sem material particulado). Caso seja observada a presença
de material particulado no sobrenadante repetir a centrifugação. Somente após a obtenção de um
sobrenadante límpido, adicionar 1 ou 2 gotas do reagente precipitante (neste caso, o carbonato de amônio) e
verificar se há a formação de precipitado no sobrenadante. Em caso afirmativo, adicionar mais 3 gotas do
reagente precipitante e repetir novamente todo o procedimento de precipitação. Se não houver a formação
de precipitado, continuar a marcha analítica. Este procedimento será realizado diversas vezes ao longo da
marcha analítica e o cuidado na verificação da completa precipitação irá definir os resultados da análise
qualitativa.
Após confirmar se a precipitação ocorreu de forma completa, transferir para outro tubo de ensaio,
com auxílio de uma pipeta de Pasteur, a maior parte do sobrenadante (Sobrenadante 1) e guardar
o precipitado (Precipitado 1).
Sobrenadante 1
Adicionar 2 gotas da solução de ácido clorídrico 6 mol L-1, 3 gotas de solução de hidrogenofosfato
dissódico 3 mol L-1 e adicionar lentamente, gota a gota, solução de hidróxido de amônio 6 mol L-1
até o meio ficar alcalino (verifique com papel tornassol azul). A formação de um precipitado
branco confirma a presença de magnésio.
Precipitado 1
No tubo contendo o precipitado 1 adicionar 10 gotas de água destilada quente (entre 60 e 80 °C),
agitar o tubo, centrifugar e descartar o sobrenadante com auxílio de uma pipeta de Pasteur. Repetir
está operação mais uma vez. Após a lavagem do precipitado, adicionar gota a gota solução de
ácido acético 6 mol L-1 até completa dissolução do precipitado e, posteriormente, mais duas gotas
de ácido em excesso. Juntar à mistura reacional mais 5 gotas de acetato de sódio 6 mol L-1 e 10
gotas de dicromato de potássio 0,5 mol L-1. Aquecer a mistura em banho-maria por 3 minutos,
centrifugar e verificar se houve precipitação. Certifique-se de que a precipitação ocorreu de forma
completa. Em caso afirmativo, separar o sobrenadante (Sobrenadante 2) com auxílio de uma
pipeta de Pasteur para outro tubo de ensaio, tomando o cuidado para não arrastar o precipitado. A
formação de um precipitado amarelo confirma a presença de bário.
57
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
Sobrenadante 2
Ao líquido sobrenadante 2 adicionar 3 gotas de solução de hidróxido de amônio 6 mol L-1 e 10
gotas de solução de sulfato de amônio 2,5 mol L-1, agitar a solução e aquecer por pelo menos 5
minutos. Centrifugar a mistura reacional e verificar se houve precipitação, testar se a precipitação
ocorreu de forma completa. Em caso afirmativo, separar o sobrenadante (Sobrenadante 3) com
auxílio de uma pipeta de Pasteur tomando o cuidado para não arrastar o precipitado. A formação
de um precipitado branco confirma a presença de estrôncio.
Sobrenadante 3
Ao líquido sobrenadante adicionar 3 gotas de solução de oxalato de amônio 0,25 mol L-1 e 10 gotas
de solução de sulfato de amônio 2,5 mol L-1. Agitar a solução e deixar repousar por pelo menos 2
minutos. A formação de um precipitado branco confirma a presença de cálcio. Cuidado, a
reação é lenta e pode formar uma pequena quantidade.
Adaptado de UNB. Laboratório de Química Analítica 1. Roteiro de aulas experimentais. Disponível em: http://www.iq.unb.br/images/
downloads/planos/2015-1/Laboratrio%20de%20Qumica%20Analtica%201%20-%20Turma%20B%20-%20Roteiro%20de%20Experimentos.pdf.
58
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
AMOSTRA
5 gotas HCℓ 6 mol L-1
gotas NH4OH 6 mol L-1
agitação até meio básico
Aquecer
15 gotas (NH4)2CO3 1,5 mol L-1
agitar
Aquecer 5 min
Precipitação
incompleta
Centrifugar
Testar se a precipitação foi
completa com gotas de (NH4)2CO3
1,5 mol L-1
Líquido Precipitado 1
sobrenadante 1
Lavar com água quente
Centrifugar
2 gotas HCℓ 6 mol L-1
3 gotas NaH2PO4 0,3 mol L-1
NH4OH 6 mol L-1
Desprezar o líquido
sobrenadante
Precipitado
Hac 6 mol L-1 até
ppt branco dissolução
MgNH4PO4.6H2O
Magnésio positivo Solução
59
IFNMG – Campus Montes Claros – MG
Disciplina: Laboratório de Química Analítica Quantitativa
Turma: 3º ano do Curso Técnico em Química Integrado ao Ensino Médio
REFERÊNCIAS:
BACCAN, N. et al. Química Analítica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo: Blucher, 2001.
CARTONI, D. Dicas para escrever trabalhos acadêmicos segundo a ABNT. 2011. Disponível
em: <http://www.administradores.com.br/artigos/economia-e-financas/dicas-para-escrever-
trabalhos-academicos-segundo-a-abnt/54407/>. Acesso em: 03/04/2017.
ROSA, G.; GAUTO, M.; GONÇALVES, F. Química Analítica: práticas de laboratório. Porto
Alegre: Bookman, 2013.
SKOOG, D. et al. Fundamentos da Química Analítica. Vol.1. 9ª ed. São Paulo. Cengage
Learning, 2014.
UFJF, BACCAN, 2013. Grupo BACCAN de Química Analítica. Aula prática nº 12. Disponível
em:< http://www.ufjf.br/baccan/files/2011/05/Aula_Pr%C3%A1tica_12_1_2013.pdf>.
60