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Távora ensaia:
Nos fins do séc. 19, apesar das novas soluções que surgiam e ajudavam a arquiteturas, toda a
europa incluindo Portugal vinham a sofrer uma perca de caracter nas suas arquiteturas, vindo a
perder formas velhas e consagradas.
A solução (romântica na sua essência) foi procurar no passado a solução do problema. Essa
procura não passou de uma “falsa interpretação da arquitetura antiga para resolver problemas
vivos e do presente”
Com isso Aplicou-se formas do passado sem logica e forma, o que só agravou o problema. Em
Portugal “A casa antiga não veio introduzir nada de novo ainda atrasando o desenvolvimento
da nossa arquitetura.
Infelizmente por Casa Portuguesa marcou-se uma obsessão pelo decorativo e pormenores
inúteis, manifestação barroca. Não se aprendeu nessa viagem ao passado que tal ida só nos é
útil se nos resolver problemas do presente. “Um auxílio e não uma obsessão”.
Uma Boa arquitetura existe de uma boa logica dominante, uma íntima e constante força que
unificam entre si todas as formas, sendo casa e difícil um corpo vivo.
Proteger o conceito de “Casa Portuguesa” (da época) é legalizar uma mentira. E na arquitetura
a uma ética onde sendo o homem a unidade de escala, devemos exigir as mesmas qualidades
quando analisamos o “Homem Verdadeiro”.
As casas de hoje terão que nascer de nós, das nossas condições e circunstâncias em que
vivemos no tempo e espaço. Isso causa causara soluções reais bem diferentes dos até agora
presentes na nossa arquitetura.
A empreitada será grande e de todos, pois é algo superior aos arquitetos (meramente estética
ou formal).
impõe-se um trabalho sério, conciso, bem orientado e realista, cujos estudos poderiam, talvez,
agrupar-se em três ordens: a) do meio português; b) da Arquitetura portuguesa existente; c) da
Arquitetura e das possibilidades da construção moderna no mundo.
“É impossível, para os homens de hoje, poderem ver o resultado completo dos seus esforços;
porém as grandes obras e as grandes realidades pertencem não a indivíduos, mas a uma
comunidade constituída não só pelos presentes como pelos que hão de vir, e dentro deste
espírito ficaremos contentes em saber que as gerações vindouras obterão as soluções que
sonhamos e para as quais colaboramos, sem, no entanto, ter o prémio da usa completa
realização”