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Teoria e Questões comentadas
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Aula – Auditoria em Operações de Importação

Sumário
1- Previsões legais 3
2- Principais procedimentos de auditoria 12
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2.1- Cálculo do imposto 13

2.2- Ocultação do Real Destinatário 17

2.3- Preço e quantidade 21

2.4- Falsificação no comprovante de pagamento 22

2.5- Casos de não incidência / isenção 23


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1- Previsões legais

Fala, pessoal! Tudo bem com vocês? Bom, espero que sim! =)
Para tratar sobre auditoria em operações de importação, é impossível não
passarmos antes pela legislação tributária, e, por este motivo, farei neste tópico
um “bizu” do que envolve Importação para facilitar a organização do assunto
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em suas cabeças, ok? Aliás, esta é a parte que considero mais relevante, pois
as questões práticas sobre o tema certamente versarão sobre algum ponto
específico da legislação para conseguir chegar na resposta.
Vamos lá:

1. Constituição Federal 1988, Art. 155


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“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos


sobre:
(...) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de ICMS
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior
(...) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta
de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação;
(...) IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço
prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço"

Da constituição, dentre outras informações, conseguimos extrair principalmente


que é o SENADO que regulamentará as alíquotas, por resolução (primeiro ponto,
importante para o assunto da guerra fiscal) e que o ICMS incide também na
entrada de mercadoria importada, sendo o imposto devido ao Estado onde
estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço.

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Esquematizando:

ainda que não seja


contribuinte habitual do
imposto
PF ou PJ
qualquer que seja a sua
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finalidade
ICMS
IMPORTAÇÃO
(CF 88)
Estado domicílio ou
mercadoria Sujeito Ativo estabelecimento
importada por destinatário mercadoria

Alíquota Senado
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Para não deixar o assunto muito longe, vamos ver rapidinho qual é a Alíquota
definida pelo senado.

2. RESOLUÇÃO Nº 13, DE 2012.


O Senado Federal resolve:
“Art. 1º A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações
interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior,
será de 4% (quatro por cento).”

Conseguiram entender? Significa que, a mercadoria importada terá 4% de


alíquota, certo? NÃO! A alíquota da IMPORTAÇÃO continua sendo definida pelo
Estado, e sua Lei, o que o Senado regulamentou foi a alíquota da OPERAÇÕES
INTERESTADUAIS SUBSEQUENTES, afinal, ele diz:
“(...) alíquota (...) ICMS (...).. operações interestaduais com
BENS e MERCADORIAS IMPORTADOS (...) 4%.”

Assim, diminui a relevância/ganho para operar pelo Estado X ou Y.


Falaremos disto com mais detalhe à frente. Voltamos agora as legislações.

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3. Lei complementar 87/96 (Lei Kandir):


Art. 2° O imposto incide sobre:
§ 1º O imposto incide também:
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
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imposto, qualquer que seja a sua finalidade;


Vejam que é exatamente a repetição do que consta Art. 155 da CF/88. E vocês
vão reparar que as legislações abaixo também vão repetir MUITOS trechos
(literalmente) da CF e da LC 87/96.

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações
de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte
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interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações


e as prestações se iniciem no exterior.
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que,
mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:
I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade;
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior
Aqui fica claro que, para o caso da importação, habitualidade ou
volume para caracterizar intuito comercial é IRRELEVANTE para atribuir ao
agente a classificação de contribuinte, assim como cerca de todos os lados a
INCIDÊNCIA do ICMS Importação (para todos os casos)

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou
importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço.
Não se preocupe, vamos ver mais à frente a BC do ICMS Importação. Aqui, é a
BC do ICMS para operações subsequentes, não para a operação de importação
em si.

Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da


cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é:
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada
física;

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e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não
estabelecido;
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de
mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou
abandonados
Quando se fala em ENTRADA FÌSICA, não estamos falando do Estado do
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Porto ou Aeroporto, até porque se fosse, não teríamos ICMS Importação para
outros estados em regra.
Aqui, a menção é para onde a MERCADORIA de fato vai entrar
(estabelecimento), ok?

Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:


IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do
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exterior
§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega,
pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá
ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que
somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do
imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em
contrário.
§ 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o
fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto.
Momento do FG? DESEMBARAÇO!
Vale ressaltar que, existem previsões (principalmente na legislação federal
sobre II da Receita Federal) para entrega de mercadoria ANTES do
desembaraço. Para o Estado não perder o controle, existe a previsão do §3 do
art.12, que fala: “...entrega de mercadoria ou bem importados do exterior
antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato gerador neste
momento...”

Regra Desembaraço

Momento FG
Entrega da Mercadoria
Exceção (quando ocorrer antes do
desembaraço)

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Art. 13. A base de cálculo do imposto é
V - na hipótese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes parcelas:
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de
importação, observado o disposto no art. 14;
b) imposto de importação;
c) imposto sobre produtos industrializados;
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d) imposto sobre operações de câmbio;


e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e
despesas aduaneiras; (Redação dada pela Lcp 114, de
16.12.2002)
§ 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso
V do caput deste artigo: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)
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I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque


mera indicação para fins de controle;
II - o valor correspondente a:
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente
ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.
§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto
sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.

Logo, temos que: Decorar


BC ICMS Importação = Valor da Mercadoria + II + IPI + IOF + ICMS +
Taxas/contribuições + Despesas aduaneiras + seguros + juros + frete
+ descontos sob condição.
Dentre as taxas, temos como CLÁSSICO a existência da Taxa do SISCOMEX
(utilização do sistema).
Já nas despesas aduaneiras, temos o Adicional ao Frete para Renovação da
Marinha Mercante (AFRMM), que se destina a atender aos encargos da
intervenção da União no apoio ao desenvolvimento da marinha mercante e da
indústria de construção e reparação naval brasileiras e constitui fonte básica do
Fundo de Marinha Mercante – FMM, incidindo sobre o frete
No mundo do ICMS, isto é conhecido como “Adicional de Frete”, e faz parte da
Base de Cálculo.
Como acho o ICMS Importação? Simples:

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Base de cálculo = Somatório de tudo / (1 – alíquota ICMS)
Como exemplo:
1. Somatório de tudo = R$ 100.000,00
2. Alíquota = 17%
3. Base de Cálculo = 100mil / 0,83 = 120.481,92.
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Sobre este valor, aplica-se a alíquota para encontrar o valor do ICMS


Importação, que será: 120.481,92 x 17% = 20.481,92.
Se fosse aplicado apenas o 17% sobre os 100mil, o valor encontrado
(erroneamente) seria de 17mil.

Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será


convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
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no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou


devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de
cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável,
substituirá o preço declarado.

EXEMPLO:
Mas professor, e se vier em DOLAR?

Oras, o art. 14 diz que a conversão é feita pela taxa de câmbio usada no cálculo
do II.

E se mudar?

Pro ICMS o valor está fixado, já, sem acréscimo/desconto por conta disto.

E se a Autoridade Aduaneira definir um valor para Base de Cálculo do II para o


caso em análise? Neste caso, este valor substituirá o preço declarado. Qual
objetivo? Combater o SUBFATURAMENTO.

Ah, mas acontece muito? Vou trazer um emblemático;

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“No esquema, a Daslu seria a responsável pela negociação,
compra, escolha e pagamento de mercadorias no exterior e, após
tais atos, entravam em cena as importadoras ("tradings"), que
eram responsáveis pela falsificação de documentos e faturas
destinados a permitir o subfaturamento do valor das mercadorias.
Durante a investigação, o procurador disse ter encontrado
subfaturamento de até 9.374%.
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Em dezembro de 2005, na esteira da investigação, a Receita


apreendeu R$ 1,7 milhão em bolsas das marcas Chanel e Gucci
importadas pela Columbia. Etiquetas da "trading" estariam
sobrepostas às da Daslu no contêiner que foi fiscalizado pela
Receita. Ao ocultar o nome da Daslu, a loja deixaria de ser
contribuinte de IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados) de
10% sobre o valor da venda do produto. Só esta suposta sonegação
alcança ao menos R$ 330 mil,”
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Aqui, 2 pontos relevantes: tradings sendo usadas como destinatárias da


importação de forma a OCULTAR o real destinatário (Daslu) e o subfaturamento
(10% do valor).

Bom, vamos em frente!

4. Lei n° 5.900, de 27 de dezembro de 1996 (Lei


ICMS AL)
Segue as principais disposições da legislação estadual do ICMS Alagoano
referente à importação que você certamente estuda na disciplina legislação
tributária.
Art. 2° Considera-se ocorrido o fato gerador do ICMS no momento:
(...)
IV - do desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do
exterior;
(...)
VII - da aquisição em licitação pública de mercadorias ou bens importados
do exterior e apreendidos ou abandonados;
(...)
IX - do ato final do transporte iniciado no exterior;
(...)
XI - do recebimento, pelo destinatário, de serviço prestado no exterior;
(...)

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§ 14. Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato
gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do

imposto.

(...)
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Art. 7º Integra a base do cálculo do imposto:


I - o montante do próprio imposto, inclusive na importação do exterior de
bem, mercadoria ou serviço, constituindo o respectivo destaque mera
indicação para fins de controle;
(...)
Art. 13. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada no
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cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou devolução


posterior, ainda que haja variação da taxa de câmbio até o pagamento
efetivo do preço.
§ 1º - O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de cálculo do
imposto de importação substituirá o preço declarado.
§ 2º - Na hipótese da mercadoria proveniente do exterior estar
desonerada do imposto de importação, a conversão em moeda nacional
se fará com base na taxa de câmbio vigente na data do desembaraço
aduaneiro.
(...)
Art. 17. As alíquotas do imposto são as seguintes:
I - nas operações e prestações internas e na importação de mercadorias
e bens e serviços do exterior:
a) 25 % (vinte e cinco por cento) para:
1. bebidas alcoólicas;
2. fogos de artifício;
3. (revogado)
4. embarcações de esporte e recreio, motores de popa e artigos ou
equipamentos aquáticos para divertimento ou esporte, inclusive
barcos infláveis, barcos a remo e caiaques, barcos a vela, mesmo com
motor auxiliar, barcos a motor e moto aquática (jet ski), iates, esquis
aquáticos, pranchas de surfe, pranchas a vela, pranchas de stand up
e outros equipamentos para a prática de esportes aquáticos;
5. (revogado)
6. ultraleves, asas-deltas, balões e dirigíveis, planadores e outros
veículos aéreos, não concebidos para propulsão com motor, outros
veículos aéreos e partes dos veículos e aparelhos;
7. rodas esportivas para autos;

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8. (revogado)
9. (revogado)
10.energia elétrica, no fornecimento que exceda a faixa de consumo de
150 (cento e cinqüenta) Kwh mensais, para consumo domiciliar e de
estabelecimento comercial;
11.(revogado);
12.perfumes e águas-de-colônia (NBM/SH - 3303.00); produtos de beleza
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ou de maquilagem preparados e preparações para conservação ou


cuidados da pele (exceto medicamentos), incluídas as preparações
anti-solares e os bronzeadores e as preparações para manicuros e
pedicuros (NBM/SH - 3304); preparações capilares (NBM/SH - 3305);
preparações para barbear (antes, durante ou após), desodorantes
corporais, preparações para banhos, depilatórios, outros produtos de
perfumaria ou de toucador preparados e outras preparações
cosméticas, não especificados ou compreendidos em outras posições
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e desodorantes de ambientes, preparados, mesmo não perfumados,


com ou sem propriedades desinfetantes (NBM/SH - 3307);
13. peleteria e suas obras e peleteria artificial;
14. aparelhos de sauna elétricos e banheiras de hidromassagem;
15. consoles e máquinas de vídeo games, suas partes e acessórios e
respectivos jogos;
16. artigos de antiquário; e
17. brinquedos, na forma de réplica ou assemelhados de armas e outros
artefatos de luta ou de guerra, que estimulem a violência.
II - as operações e prestações interestaduais:
a) 4% (quatro por cento):
2. a partir de 1º de janeiro de 2013, nas operações com bens e
mercadorias importados do exterior, observado o disposto no § 4º deste
artigo (Resolução do SF).
§ 3º - Para efeito deste artigo, as alíquotas internas são aplicadas
quando:
II - da entrada de mercadorias ou bens importados do exterior;
IV - das prestações de serviço de transporte iniciado ou contratado no
exterior;
Art. 18 - Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize,
com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial,
operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e prestações se iniciem no exterior;
§ 1º É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem
habitualidade ou intuito comercial:
Repetição da lei kandir
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I - importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade;
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja a prestação
se tenha iniciado no exterior;
(...)
Art. 30 - O local da operação ou da prestação, para os efeitos de
cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é:
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I - tratando-se de mercadoria ou bem:


(...)
d) o do estabelecimento onde ocorrer a entrada física, no caso de
mercadoria ou bem importados do exterior;
e) o do domicílio do adquirente, quando não estabelecido, no caso de
mercadoria ou bem importados do exterior;
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de
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mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou


abandonados.
(...)
IV - tratando-se de serviço prestado ou iniciado no exterior, o do
estabelecimento ou do domicílio do destinatário.

5. Decreto Estadual nº 35.245/91 (RICMS AL)


O Regulamento do ICMS também traz diversos dispositivos sobre importação.

Foque nos destaques dados pelo seu professor de legislação tributária. No que
se refere à nossa disciplina, demostraremos a partir de agora o que tem mais
chances de ser cobrado em prova.

Vamos agora avançar no mundo prático da legislação.

2- Principais procedimentos de auditoria

Eu já cheguei a apresentar inicialmente, mesclando com a legislação,


alguns pontos. Aqui, farei o detalhamento deles. Meu objetivo não é dar uma
aula de auditoria tributária, mas sim, prepara-los para terem uma visão
sistemática do assunto: ICMS Importação. Desta forma, tenho certeza que
conseguirão resolver qualquer questão prática que envolva o tema.
Vamos lá:

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2.1- Cálculo do imposto

Aqui, temos 2 casos: incide o ICMS e o pagamento é devido, ou não incide


o ICMS.
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ICMS Importação

Dispensa Pagamento
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No caso de dispensa de pagamento por não incidência, isenção,


diferimento ou qualquer outra hipótese, é necessário no local do comprovante
de pagamento a apresentação da GLME (Guia para Liberação de Mercadoria
Estrangeira sem comprovação de recolhimento do ICMS)
Veja aqui o modelo do documento:

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Ok, então se não tiver PAGAMNTO do ICMS, deve ter a GLME no seu lugar,
certo? Correto!
Bom, visto isto, falta agora então treinar os casos de cálculo do ICMS?

1- (Prof Lucas Salvetti Questão Inédita / Auditoria operação


importação ICMS AL / 2019) A empresa Sabotagem S.A. localizada no estado
de Alagoas comprou da Export Tudo LTDA, empresa chinesa, 2mil pares de
sandália por 3 dólares cada. No momento do desembaraço, o dólar estava
cotado a 5 reais, mas a compra foi feita (inclusive com o seu pagamento à
empresa Export Tudo LTDA) quando o dólar estava custando 4,90 reais.
Além disto, a empresa teve outros custos, que foram:
- PIS e PASEP importação: R$ 500,00
- Imposto de Importação: R$ 300,00
- Imposto sobre Produtos Industrializados: R$ 400,00

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- Taxa Siscomex: R$ 25,00
- Frete marítimo: R$ 1.250,00
- Frete do porto até o destinatário, por conta deste: R$ 125,00

O valor do Imposto de Importação foi convertido para real por R$ 5,20 o dólar.
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Diante do exposto, é correto afirmar que o valor pago de ICMS foi de:
a) R$ 6.651,50
b) R$ 6.528,61
c) R$ 6.528,61 e depois uma complementação de R$ 122,88
d) R$ 6.922,89
e) R$ 6.897,28
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Resolução:
VLME: $3 x 2000  6 mil dólares.
Primeira pegadinha: qual taxa utilizar? Simples: a utilizada pela autoridade
fazendária no cálculo do II, conforme Lei Kandir:
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
VLME = 6000 x 5,2 = R$ 31.200
+ PIS e PASEP importação: R$ 500,00
+ Imposto de Importação: R$ 300,00
+ Imposto sobre Produtos Industrializados: R$ 400,00
+ Taxa Siscomex: R$ 25,00
+ Frete marítimo: R$ 1.250,00
Segunda pegadinha: o frete por conta do destinatário, após o desembaraço,
não entra na base de cálculo do ICMS importação.
Total = R$ 33.675,00
Esta é a Base de Cálculo do ICMS Importação? Não! Falta incluir ELE!
BC ICMS imp = 33.675,00 / (1 – 0,17)  R$ 40.572,28
Agora sim basta multiplicar pela alíquota (17%) pra acharmos o ICMS
Importação: R$ 6.897,28
Gabarito: E

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2- (Prof Lucas Salvetti Questão Inédita / Auditoria operação
importação ICMS AL / 2019) A empresa SABITUDO LTDA importou 10.000kg
de melancia por 10 centavos o kilo. A receita federal usou como base de cálculo
para o Imposto de Importação o valor de R$ 1.500,00. Diante do exposto, é
correto afirmar que
a) A receita federal errou ao definir o valor da base de cálculo do II
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b) O valor da BC II substitui o valor declarado pela empresa, inclusive para o


cálculo do ICMS
c) O valor da BC II substitui o valor declarado pela empresa, não influenciando
o cálculo do ICMS
d) A empresa pagará o ICMS sobre o preço declarado e, caso o Auditor Fiscal
do Estado entenda que é devido algo a mais, ele deverá fazer a cobrança em
ação fiscal subsequente
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e) O valor da BC II não substitui o valor declarado pela empresa.


Resolução:
Conforme Lei Kandir:
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de
cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável,
substituirá o preço declarado.
Portanto, BC II  substitui o preço declarado  influencia o ICMS.
Gabarito: B

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2.2- Ocultação do Real Destinatário


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Para falar deste caso, primeiro devo lembra-los da existência da LC 24/75:


“LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE JANEIRO DE 1975
Dispõe sobre os convênios para a concessão de isenções do
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, e
dá outras providências.”

Nela, existem regras para que sejam concedidos incentivos fiscais


do ICMS para que não exista uma “concorrência” entre os Estados. Isto mesmo,
que um estado não “diminua” o seu imposto para atrair empresas em
detrimento de outro, sem que o CONFAZ (que é a reunião de todos estados)
estejam de acordo.
Bonito na teoria, na prática NINGUEM respeita. Diante disto, muitos
Estados começaram a dar por Decreto ou Lei benefícios fiscais para empresas
que ali fixassem seu estabelecimento.
Caso clássico é o do Rio de Janeiro, que atraiu diversas empresas do setor
automobilístico, mas se fosse para citar exemplos, passaria o resto do ano
falando aqui (é realmente infinito, rs).

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Bom, ok professor, mas e o que isto tem com o tema “Ocultação do Real
Destinatário”?
Simples: quando se tem exceções (não incidências), começam a aparecer as
fraudes.
A lógica é bem simples: empresas vão tentar se “enquadrar” em
benefícios fiscais, ou mesmos vão se enquadrar e usar os benefícios para
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operarem para outras que não elas, para usufruírem do benefício fiscal (neste
caso, sobre o ICMS Importação).
Desta forma, a mercadoria muitas vezes entra por uma UF (RJ, por
exemplo) com destino à contribuinte situado em São Paulo, mas
documentalmente ele é enviado para Maranhão (NFe de entrada do Exterior)
com remessa subsequente para São Paulo (Maranhão -> SP)
Além de não fazer o recolhimento do ICMS Importação para SP (estado
do destinatário das mercadorias), este estado (SP) ainda recebe a mercadoria
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com crédito indevido.


Exemplo:

- Vermelho = mercadoria física


- Laranja = documental
- Azul = porto/aeroporto

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Neste exemplo, a mercadoria entra pelo RJ (fisicamente) com destino
(documental) para Maranhão (e Maranhão para São Paulo), sendo que na
verdade a mercadoria já estava previamente destinada para o estado de São
Paulo.
E como o AUDITOR vai detectar isto? Bom, existem diversas formas.
Documentalmente, são vários os que podem ter indícios desta ocorrência. Vou
citar o mais fácil inicialmente, informações constando na DI (declaração de
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importação)
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Quando na própria DI o adquirente é diferente do importador, a UF do Sujeito


Ativo é o do Adquirente, e esta é uma operação chamada de importação por
Conta e Ordem.

Outro caso é a existência da NFe de venda subsequente com data igual a NFe
de entrada. Veja:

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Empresa A é a que importou, e empresa C é a destinatária é da mercadoria, e


o impôs é devido para esta UF (no exemplo, RJ).

Reparem que a primeira nota é de entrada (código 0) vindo do exterior, e a


segunda nota é a de saída (código 1) para o real destinatário.

Enfim, citei estes exemplos para entenderem que, no que tange a configuração
do sujeito ativo, existem diversos elementos que servirão de prova para o caso,
além das verificações in locu das operações. O importante é lembrar do que é
necessário para configurar o Sujeito Ativo.

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2.3- Preço e quantidade

Nenhum segredo, não é mesmo? O que influencia no cálculo do ICMS devido é,


além de outros fatores, basicamente o Preço e a Quantidade da mercadoria.
Neste sentido, a auditoria visa verificar/atestar se o que está sendo declarado
que está sendo importado está correto (tipo de mercadoria), se o
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volume/quantidade corresponde assim como se o preço para aquela


mercadoria é condizente com o valor declarado para o cálculo feito dos
impostos.
Citamos anteriormente, o caso da DASLU que efetuava um SUBfaturamento de
preço com intuito de pagar MENOS imposto e, com isto, acabava tendo uma
vantagem competitiva em relação aos demais concorrentes que pagam os
impostos regularmente.
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Em regra, as auditorias de campo (“in locu”) das operações de importação são


feitas em zona primária, que é de acesso restrito à autoridade aduaneira, que
são os Auditores da Receita Federal.
O auditor do estado é o que cobra o ICMS, correto? E o ICMS é o último
tributo/imposto/taxa na operação de importação, certo? Bom, diante disto,
naturalmente, o auditor terá todos os subsídios documentais (DI, CI, e outros
documentos usados pela Receita Federal) assim como a verificação feita
preteritamente (quando tiver) por este órgão, otimizando assim o seu trabalho.
No que se refere ao TIPO de mercadoria, basicamente é feito o confronto do
NCM-descrição informado vs o que de fato está ali demonstrado (inspeção
física).
Sobre a quantidade, pode-se fazer uma contagem de todos os itens
(normalmente pra poucos itens ou quando são itens grandes e facilmente
visíveis), ou mesmo utilizar o trabalho feito pelo auditor da receita federal
anteriormente.
Com relação, por fim, ao preço, uma rápida pesquisa na empresa fornecedora
(muitas vezes pela internet) já subsidia o Auditor para ter segurança razoável
de que o preço é condizente com a mercadoria.

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2.4- Falsificação no comprovante de pagamento

Nos casos de PAGAMENTO de ICMS, existe o controle sobre o EFETIVO


pagamento, ou seja, se o declarado (comprovante) se reflete no de fato (efetivo
recolhimento).
Muitos estados possuem conferência online disto, fazendo interligação dos
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sistemas para atestar se de fato aquela guia foi paga e, então, dar o OK para
liberação das mercadorias.
Quando isto não existe, a conferência passa a ser manual, e o auditor precisará
entrar no sistema de arrecadação da sua SEFAZ e consultar se o mesmo está
efetivamente pago.
Acontece que, nem sempre existe auditor verificando as operações na ponta,
muito menos é possível de ser verificado manualmente todas as operações,
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portanto, entra aqui a relevância da RESPONSABILIDADE pelo pagamento do


imposto dos agentes privados envolvidos.
Conforme a lei do ICMS AL (Lei n° 5.900/96), temos que:
Art. 22° Respondem solidariamente pelo pagamento do imposto:
I - o entreposto aduaneiro ou qualquer pessoa que promova:
a) a saída de mercadoria estrangeira com destino ao mercado interno,
sem documentação fiscal correspondente ou com destino a
estabelecimento de titular diverso daquele que a houver importado ou
arrematado;
b) a reintrodução, no mercado interno, de mercadoria depositada para o
fim específico de exportação;

Ou seja, se os despachantes (agentes que fazem o tramite/burocracia para


conseguir viabilizar a importação) fizerem OCULTANDO para onde a mercadoria
vá de fato (ou seja, indo para outro estabelecimento), ou o depositário/recinto
entregar a mercadoria SEM VERIFICAR O RECOLHIMENTO ou a exoneração (não
pagamento), eles serão RESPONSÁVEIS e poderão ser autuados quanto aos
impostos das operações que participaram.
Desta forma, o estado consegue estabelecer um grau de controle sem a
necessidade efetiva de ter auditor fiscal conferindo todas as guias de
pagamento.
Lembrando que a solidariedade referida neste caso não comporta benefício de
ordem.

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2.5- Casos de não incidência / isenção

Como visto anteriormente, nestes casos, é necessária a apresentação (para o


desembaraço) da GLME.

No próprio modelo de GLME constam 6 exemplos de casos de não incidência,


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vejamos:
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1- drawback

2- regime especial

3- diferimento

4- isenção

5- não-incidência

6- outros (especificar no campo Fundamento Legal)

Naturalmente, não se limita e/ou restringe a estes casos, como a existência do


item 6 (outros), mas é um bom resumo para os tipos de não incidência no
momento do desembaraço.

Aqui, no final das contas, o auditor basicamente precisa conferir se a base legal
está sendo atendida para excetuar o pagamento do ICMS importação. As
legislações que concedem tais benefícios/tratamentos diferentes para o
pagamento (que não é feito no momento do desembaraço), são normalmente
ricas em regras e condições para utilizarem tais benefícios.

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