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Matéria: Auditoria

Teoria e Questões comentadas


Prof. Lucas Salvetti
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

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Aula – Auditoria em Operações de Importação

Sumário
1- Previsões legais 3
2- Principais procedimentos de auditoria 11
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2.1- Cálculo do imposto 11

2.2- Ocultação do Real Destinatário 15

2.3- Preço e quantidade 19

2.4- Falsificação no comprovante de pagamento 20

2.5- Casos de não incidência / isenção 21

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1- Previsões legais

1. Constituição Federal 1988, Art. 155


“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos
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sobre:
(...) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior
(...) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta
de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação;
(...) IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço
prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço"

Esquematizando:

ainda que não seja


contribuinte habitual do
imposto
PF ou PJ
qualquer que seja a sua
finalidade
ICMS
IMPORTAÇÃO
(CF 88)
Estado domicílio ou
mercadoria Sujeito Ativo estabelecimento
importada por destinatário mercadoria

Alíquota Senado

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2. RESOLUÇÃO Nº 13, DE 2012.


O Senado Federal resolve:
“Art. 1º A alíquota do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual
e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), nas operações
interestaduais com bens e mercadorias importados do exterior,
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será de 4% (quatro por cento).”

3. Lei complementar 87/96 (Lei Kandir):


Art. 2° O imposto incide sobre:
§ 1º O imposto incide também:
I – sobre a entrada de mercadoria ou bem importados do exterior, por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade;

Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com


habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações
de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações
e as prestações se iniciem no exterior.
Parágrafo único. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que,
mesmo sem habitualidade ou intuito comercial:
I – importe mercadorias ou bens do exterior, qualquer que seja a sua
finalidade;
II - seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se
tenha iniciado no exterior

Art. 8º A base de cálculo, para fins de substituição tributária, será:


§ 3º Existindo preço final a consumidor sugerido pelo fabricante ou
importador, poderá a lei estabelecer como base de cálculo este preço.

Art. 11. O local da operação ou da prestação, para os efeitos da


cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é:
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada
física;
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não
estabelecido;

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f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de
mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou
abandonados

Art. 12. Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:


IX – do desembaraço aduaneiro de mercadorias ou bens importados do
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exterior
§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega,
pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá
ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que
somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do
imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em
contrário.
§ 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o
fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto.

Regra Desembaraço

Momento FG
Entrega da Mercadoria
Exceção (quando ocorrer antes do
desembaraço)

Art. 13. A base de cálculo do imposto é


V - na hipótese do inciso IX do art. 12, a soma das seguintes parcelas:
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de
importação, observado o disposto no art. 14;
b) imposto de importação;
c) imposto sobre produtos industrializados;
d) imposto sobre operações de câmbio;
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e
despesas aduaneiras; (Redação dada pela Lcp 114, de
16.12.2002)
§ 1o Integra a base de cálculo do imposto, inclusive na hipótese do inciso
V do caput deste artigo: (Redação dada pela Lcp 114, de 16.12.2002)

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I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque
mera indicação para fins de controle;
II - o valor correspondente a:
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente
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ou por sua conta e ordem e seja cobrado em separado.


§ 2º Não integra a base de cálculo do imposto o montante do Imposto
sobre Produtos Industrializados, quando a operação, realizada entre
contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à
comercialização, configurar fato gerador de ambos os impostos.

Logo, temos que:


BC ICMS Importação = Valor da Mercadoria + II + IPI + IOF + ICMS +
Taxas/contribuições + Despesas aduaneiras + seguros + juros + frete
+ descontos sob condição.
Base de cálculo = Somatório de tudo / (1 – alíquota ICMS)
Como exemplo:
1. Somatório de tudo = R$ 100.000,00
2. Alíquota = 17%
3. Base de Cálculo = 100mil / 0,83 = 120.481,92.
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de
cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável,
substituirá o preço declarado.

4. Lei n° 10.297, de 26 de dezembro de 1996


(Lei ICMS SC)
Art. 2° O imposto tem como fato gerador:
Parágrafo único. O imposto incide também:
I - sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior, por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a finalidade;

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Art. 4° Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
IX - do desembaraço aduaneiro dos bens ou mercadorias importados do
exterior;
§ 3º Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato
gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
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disposição em contrário no regulamento, exigir a comprovação do


pagamento do imposto.

Art. 5° O local da operação ou da prestação, para os efeitos da cobrança


do imposto e definição do estabelecimento responsável, é:
d) importado do exterior, o do estabelecimento onde ocorrer a entrada
física;
e) importado do exterior, o do domicílio do adquirente, quando não
estabelecido;
f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de
mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou
abandonados;

Art. 9° São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos


legais:
III - solidariamente com o contribuinte:
a) os despachantes aduaneiros que tenham promovido o despacho de
mercadorias estrangeiras saídas da repartição aduaneira com destino a
estabelecimento diverso daquele que a tiver importado ou
arrematado;
f) o depositário estabelecido em recinto alfandegado ou o
encarregado pela repartição aduaneira quando o recinto alfandegado for
por ela administrado, que promova a entrega de mercadoria ou bem
importados do exterior sem a prévia verificação do recolhimento ou
da exoneração do imposto, na forma prevista em regulamento;

Art. 10. A base de cálculo do imposto é:


V - na hipótese do inciso IX do art. 4°, a soma das seguintes parcelas:
a) o valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de
importação;
b) o imposto de importação;
c) o imposto sobre produtos industrializados;

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d) o imposto sobre operações de câmbio;
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas devidas às
repartições alfandegárias;
f) o montante do próprio imposto.

§ 2° No caso do inciso V, o preço de importação, expresso em moeda


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estrangeira, será convertido em moeda nacional pela mesma taxa de


câmbio utilizada no cálculo do imposto de importação, sem qualquer
acréscimo ou devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio
até o pagamento efetivo do preço.
§ 3° Na hipótese a que se refere o parágrafo anterior, se for o caso, o
preço declarado será substituído pelo valor fixado pela autoridade
aduaneira para base de cálculo do imposto de importação, nos termos da
lei aplicável.

Art. 19. As alíquotas do imposto, nas operações e prestações internas,


inclusive na entrada de mercadoria importada e nos casos de serviços
iniciados ou prestados no exterior, são:
I - 17% (dezessete por cento), salvo quanto às mercadorias e serviços
relacionados nos incisos II a IV; .

Art. 20. Nas operações e prestações interestaduais, as alíquotas do


imposto são:
III – 4% (quatro por cento), nas operações que destinarem a pessoa
localizada em outro Estado ou no Distrito Federal mercadorias ou bens
importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro:
a) não tenham sido submetidos a processo de industrialização;
b) ainda que submetidos a qualquer processo de transformação,
beneficiamento, montagem, acondicionamento,
reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, resultem
em mercadorias ou bens com Conteúdo de Importação superior a
40% (quarenta por cento).
§ 1º O Conteúdo de Importação a que se refere o inciso III é o percentual
correspondente ao quociente entre o valor da parcela importada do
exterior e o valor total da operação de saída interestadual da mercadoria
ou bem, observadas as normas baixadas pelo Conselho Nacional de
Política Fazendária (Confaz), para fins de definição dos critérios e
procedimentos a serem observados no processo de Certificação de
Conteúdo de Importação (CCI).

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§ 2º Não se aplica a alíquota prevista no inciso III deste artigo:
I - aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar
nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara
de Comércio Exterior (Camex);
II - aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967,
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e as Leis federais nº 8.248, de 23 de outubro de 1991, nº 8.387, de 30


de dezembro de 1991, nº 10.176, de 11 de janeiro de 2001, e nº 11.484,
de 31 de maio de 2007; e
III - às operações que destinem gás natural importado do exterior a
outros Estados.

Art. 33. Em substituição ao regime de apuração mencionado no art. 32,


a apuração poderá ser feita:

a) na importação do exterior do país;

5. Decreto Estadual nº 2.870/01 (RICMS SC)


Art. 53. O imposto a recolher será apurado mensalmente, pelo confronto
entre os débitos e os créditos escriturados durante o mês, em cada
estabelecimento do sujeito passivo.

§ 7º O imposto devido na entrada de máquinas e equipamentos,


suas partes e peças, importados diretamente do exterior do país,
destinados ao ativo permanente do importador adquirente,
poderá:

I – ser lançado em parcelas mensais iguais e sucessivas no


livro Registro de Apuração do ICMS, no mesmo número
previsto para crédito do ativo permanente, devendo a
primeira parcela ser debitada no mês em que ocorrer a entrada do
bem no estabelecimento, condicionado à comprovação da
inexistência de produto similar produzido em território catarinense,
através de atestado emitido pela Federação da Indústria do Estado
de Santa Catarina - FIESC, ou por órgão federal competente, ou
ainda por entidade representativa do setor produtivo do bem
importado com abrangência nacional.

II - ser parcelado em até doze vezes, a critério do Gerente


Regional da Fazenda Estadual a que jurisdicionado o domicílio do
requerente, observado o seguinte:

a) ficam excluídos do benefício os importadores que se


caracterizem como contribuintes habituais do imposto,
estiverem cadastrados como tais ou estiverem obrigados à

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escrituração do livro Registro de Apuração do ICMS ou à
emissão de documentos fiscais, exceto se forem
enquadrados no Simples Nacional ou produtores primários,
na forma da legislação aplicável;

b) a importação deve ser realizada por intermédio de portos,


aeroportos ou pontos de fronteira alfandegados, situados
neste Estado;
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c) o interessado deverá fazer prova da inexistência de


produto similar produzido em território catarinense, atestada
por órgão federal competente ou por entidade representativa
do setor produtivo de máquinas e equipamentos com
abrangência em todo o território nacional;

d) a liberação do desembaraço fica condicionada ao


pagamento da primeira parcela até a data do ciente do ato
concessivo.

§ 9º Nas seguintes operações oriundas de unidade da Federação que


tenham concedido isenção, incentivos ou benefícios fiscais à revelia da
Lei complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, a apuração do imposto
será por mercadoria em cada operação:

I - com leite fluído, pasteurizado ou não, esterilizado ou reidratado,


oriundo do Estado do Rio Grande do Sul, contemplado com isenção;

II - com arroz, oriundo do Estado do Rio Grande do Sul, contemplado com


crédito presumido em montante equivalente à aplicação do percentual de
5% (cinco por cento);

III - REVOGADO.

§ 10. Na hipótese do § 9º o montante do imposto devido será a diferença


entre o imposto devido na operação interestadual e o calculado de acordo
com a legislação da unidade da Federação de origem.

Art. 103. Na operação interestadual com bem ou mercadoria importados,


ou com conteúdo de importação, sujeitos à alíquota do ICMS de 4%
(quatro por cento) prevista na Resolução nº 13, de 25 de abril de 2012,
do Senado Federal, não se aplica benefício fiscal, anteriormente
concedido, exceto se (Convênio ICMS nº 123/2012):

I – de sua aplicação, em 31 de dezembro de 2012, resultar carga


tributária menor que 4% (quatro por cento); ou

II – tratar-se de isenção.

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2- Principais procedimentos de auditoria

2.1- Cálculo do imposto


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Aqui, temos 2 casos: incide o ICMS e o pagamento é devido, ou não incide


o ICMS.

ICMS Importação

Dispensa Pagamento

No caso de dispensa de pagamento por não incidência, isenção,


diferimento ou qualquer outra hipótese, é necessário no local do comprovante
de pagamento a apresentação da GLME (Guia para Liberação de Mercadoria
Estrangeira sem comprovação de recolhimento do ICMS)
Veja aqui o modelo do documento:
http://legislacao.sef.sc.gov.br/html/portarias/1999/port_99_377.htm

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Ok, então se não tiver PAGAMNTO do ICMS, deve ter a GLME no seu lugar,
certo? Correto!
Bom, visto isto, falta agora então treinar os casos de cálculo do ICMS?

1- (Prof Lucas Salvetti Questão Inédita / Auditoria operação


importação ICMS SC / 2018) A empresa Sabotagem S.A. localizada no
estado de Santa Catarina comprou da Export Tudo LTDA, empresa chinesa, 2mil
pares de sandália por 3 dólares cada. No momento do desembaraço, o dólar
estava cotado a 5 reais, mas a compra foi feita (inclusive com o seu pagamento
à empresa Export Tudo LTDA) quando o dólar estava custando 4,90 reais.
Além disto, a empresa teve outros custos, que foram:
- PIS e PASEP importação: R$ 500,00
- Imposto de Importação: R$ 300,00
- Imposto sobre Produtos Industrializados: R$ 400,00

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- Taxa Siscomex: R$ 25,00
- Frete marítimo: R$ 1.250,00
- Frete do porto até o destinatário, por conta deste: R$ 125,00

O valor do Imposto de Importação foi convertido para real por R$ 5,20 o dólar.
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Diante do exposto, é correto afirmar que o valor pago de ICMS foi de:
a) R$ 6.651,50
b) R$ 6.528,61
c) R$ 6.528,61 e depois uma complementação de R$ 122,88
d) R$ 6.922,89
e) R$ 6.897,28
Resolução:
VLME: $3 x 2000  6 mil dólares.
Primeira pegadinha: qual taxa utilizar? Simples: a utilizada pela autoridade
fazendária no cálculo do II, conforme Lei Kandir:
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
VLME = 6000 x 5,2 = R$ 31.200
+ PIS e PASEP importação: R$ 500,00
+ Imposto de Importação: R$ 300,00
+ Imposto sobre Produtos Industrializados: R$ 400,00
+ Taxa Siscomex: R$ 25,00
+ Frete marítimo: R$ 1.250,00
Segunda pegadinha: o frete por conta do destinatário, após o desembaraço,
não entra na base de cálculo do ICMS importação.
Total = R$ 33.675,00
Esta é a Base de Cálculo do ICMS Importação? Não! Falta incluir ELE!
BC ICMS imp = 33.675,00 / (1 – 0,17)  R$ 40.572,28
Agora sim basta multiplicar pela alíquota (17%) pra acharmos o ICMS
Importação: R$ 6.897,28
Gabarito: E

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2- (Prof Lucas Salvetti Questão Inédita / Auditoria operação
importação ICMS SC / 2018) A empresa SABITUDO LTDA importou 10.000kg
de melancia por 10 centavos o kilo. A receita federal usou como base de cálculo
para o Imposto de Importação o valor de R$ 1.500,00. Diante do exposto, é
correto afirmar que
a) A receita federal errou ao definir o valor da base de cálculo do II
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b) O valor da BC II substitui o valor declarado pela empresa, inclusive para o


cálculo do ICMS
c) O valor da BC II substitui o valor declarado pela empresa, não influenciando
o cálculo do ICMS
d) A empresa pagará o ICMS sobre o preço declarado e, caso o Auditor Fiscal
do Estado entenda que é devido algo a mais, ele deverá fazer a cobrança em
ação fiscal subsequente
e) O valor da BC II não substitui o valor declarado pela empresa.
Resolução:
Conforme Lei Kandir:
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
Parágrafo único. O valor fixado pela autoridade aduaneira para base de
cálculo do imposto de importação, nos termos da lei aplicável,
substituirá o preço declarado.
Portanto, BC II  substitui o preço declarado  influencia o ICMS.
Gabarito: B

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Matéria: Auditoria
Teoria e Questões comentadas
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2.2- Ocultação do Real Destinatário


Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.

Para falar deste caso, primeiro devo lembra-los da existência da LC 24/75:


“LEI COMPLEMENTAR Nº 24, DE 7 DE JANEIRO DE 1975
Dispõe sobre os convênios para a concessão de isenções do
imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias, e
dá outras providências.”

Nela, existem regras para que sejam concedidos incentivos fiscais


do ICMS para que não exista uma “concorrência” entre os Estados. Isto mesmo,
que um estado não “diminua” o seu imposto para atrair empresas em
detrimento de outro, sem que o CONFAZ (que é a reunião de todos estados)
estejam de acordo.
Bonito na teoria, na prática NINGUEM respeita. Diante disto, muitos
Estados começaram a dar por Decreto ou Lei benefícios fiscais para empresas
que ali fixassem seu estabelecimento.
Caso clássico é o do Rio de Janeiro, que atraiu diversas empresas do setor
automobilístico, mas se fosse para citar exemplos, passaria o resto do ano
falando aqui (é realmente infinito, rs).

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Bom, ok professor, mas e o que isto tem com o tema “Ocultação do Real
Destinatário”?
Simples: quando se tem exceções (não incidências), começam a aparecer as
fraudes.
A lógica é bem simples: empresas vão tentar se “enquadrar” em
benefícios fiscais, ou mesmos vão se enquadrar e usar os benefícios para
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operarem para outras que não elas, para usufruírem do benefício fiscal (neste
caso, sobre o ICMS Importação).
Desta forma, a mercadoria muitas vezes entra por uma UF (RJ, por
exemplo) com destino à contribuinte situado em São Paulo, mas
documentalmente ele é enviado para Maranhão (NFe de entrada do Exterior)
com remessa subsequente para São Paulo (Maranhão -> SP)
Além de não fazer o recolhimento do ICMS Importação para SP (estado
do destinatário das mercadorias), este estado (SP) ainda recebe a mercadoria
com crédito indevido.
Exemplo:

- Vermelho = mercadoria física


- Laranja = documental
- Azul = porto/aeroporto

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Neste exemplo, a mercadoria entra pelo RJ (fisicamente) com destino
(documental) para Maranhão (e Maranhão para São Paulo), sendo que na
verdade a mercadoria já estava previamente destinada para o estado de São
Paulo.
E como o AUDITOR vai detectar isto? Bom, existem diversas formas.
Documentalmente, são vários os que podem ter indícios desta ocorrência. Vou
citar o mais fácil inicialmente, informações constando na DI (declaração de
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importação)

Quando na própria DI o adquirente é diferente do importador, a UF do Sujeito


Ativo é o do Adquirente, e esta é uma operação chamada de importação por
Conta e Ordem.

Outro caso é a existência da NFe de venda subsequente com data igual a NFe
de entrada. Veja:

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Empresa A é a que importou, e empresa C é a destinatária é da mercadoria, e


o impôs é devido para esta UF (no exemplo, RJ).

Reparem que a primeira nota é de entrada (código 0) vindo do exterior, e a


segunda nota é a de saída (código 1) para o real destinatário.

Enfim, citei estes exemplos para entenderem que, no que tange a configuração
do sujeito ativo, existem diversos elementos que servirão de prova para o caso,
além das verificações in locu das operações. O importante é lembrar do que é
necessário para configurar o Sujeito Ativo.

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2.3- Preço e quantidade

Nenhum segredo, não é mesmo? O que influencia no cálculo do ICMS devido é,


além de outros fatores, basicamente o Preço e a Quantidade da mercadoria.
Neste sentido, a auditoria visa verificar/atestar se o que está sendo declarado
que está sendo importado está correto (tipo de mercadoria), se o
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volume/quantidade corresponde assim como se o preço para aquela


mercadoria é condizente com o valor declarado para o cálculo feito dos
impostos.
Citamos anteriormente, o caso da DASLU que efetuava um SUBfaturamento de
preço com intuito de pagar MENOS imposto e, com isto, acabava tendo uma
vantagem competitiva em relação aos demais concorrentes que pagam os
impostos regularmente.
Em regra, as auditorias de campo (“in locu”) das operações de importação são
feitas em zona primária, que é de acesso restrito à autoridade aduaneira, que
são os Auditores da Receita Federal.
O auditor do estado é o que cobra o ICMS, correto? E o ICMS é o último
tributo/imposto/taxa na operação de importação, certo? Bom, diante disto,
naturalmente, o auditor terá todos os subsídios documentais (DI, CI, e outros
documentos usados pela Receita Federal) assim como a verificação feita
preteritamente (quando tiver) por este órgão, otimizando assim o seu trabalho.
No que se refere ao TIPO de mercadoria, basicamente é feito o confronto do
NCM-descrição informado vs o que de fato está ali demonstrado (inspeção
física).
Sobre a quantidade, pode-se fazer uma contagem de todos os itens
(normalmente pra poucos itens ou quando são itens grandes e facilmente
visíveis), ou mesmo utilizar o trabalho feito pelo auditor da receita federal
anteriormente.
Com relação, por fim, ao preço, uma rápida pesquisa na empresa fornecedora
(muitas vezes pela internet) já subsidia o Auditor para ter segurança razoável
de que o preço é condizente com a mercadoria.

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2.4- Falsificação no comprovante de pagamento

Nos casos de PAGAMENTO de ICMS, existe o controle sobre o EFETIVO


pagamento, ou seja, se o declarado (comprovante) se reflete no de fato (efetivo
recolhimento).
Muitos estados possuem conferência online disto, fazendo interligação dos
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sistemas para atestar se de fato aquela guia foi paga e, então, dar o OK para
liberação das mercadorias.
Quando isto não existe, a conferência passa a ser manual, e o auditor precisará
entrar no sistema de arrecadação da sua SEFAZ e consultar se o mesmo está
efetivamente pago.
Acontece que, nem sempre existe auditor verificando as operações na ponta,
muito menos é possível de ser verificado manualmente todas as operações,
portanto, entra aqui a relevância da RESPONSABILIDADE pelo pagamento do
imposto dos agentes privados envolvidos.
Conforme a lei do ICMS SC (Lei n° 10.297/96), temos que:
Art. 9° São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos
legais:
III - solidariamente com o contribuinte:
a) os despachantes aduaneiros que tenham promovido o despacho de
mercadorias estrangeiras saídas da repartição aduaneira com destino a
estabelecimento diverso daquele que a tiver importado ou
arrematado;
f) o depositário estabelecido em recinto alfandegado ou o
encarregado pela repartição aduaneira quando o recinto alfandegado for
por ela administrado, que promova a entrega de mercadoria ou bem
importados do exterior sem a prévia verificação do recolhimento ou
da exoneração do imposto, na forma prevista em regulamento;

Ou seja, se os despachantes (agentes que fazem o tramite/burocracia para


conseguir viabilizar a importação) fizerem OCULTANDO para onde a mercadoria
vá de fato (ou seja, indo para outro estabelecimento), ou o depositário/recinto
entregar a mercadoria SEM VERIFICAR O RECOLHIMENTO ou a exoneração (não
pagamento), eles serão RESPONSÁVEIS e poderão ser autuados quanto aos
impostos das operações que participaram.
Desta forma, o estado consegue estabelecer um grau de controle sem a
necessidade efetiva de ter auditor fiscal conferindo todas as guias de
pagamento.

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2.5- Casos de não incidência / isenção

Como visto anteriormente, nestes casos, é necessária a apresentação (para o


desembaraço) da GLME.

No próprio modelo de GLME constam 6 exemplos de casos de não incidência,


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vejamos:

1- drawback

2- regime especial

3- diferimento

4- isenção

5- não-incidência

6- outros (especificar no campo Fundamento Legal)

Naturalmente, não se limita e/ou restringe a estes casos, como a existência do


item 6 (outros), mas é um bom resumo para os tipos de não incidência no
momento do desembaraço.

Aqui, no final das contas, o auditor basicamente precisa conferir se a base legal
está sendo atendida para excetuar o pagamento do ICMS importação. As
legislações que concedem tais benefícios/tratamentos diferentes para o
pagamento (que não é feito no momento do desembaraço), são normalmente
ricas em regras e condições para utilizarem tais benefícios.

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