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Matéria: Auditoria
Prof. Lucas Salvetti Professor: Lucas Salvetti 1 de 21
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Matéria: Auditoria
Teoria e Questões comentadas
Prof. Lucas Salvetti
Sumário
1- Previsões legais 3
2- Principais procedimentos de auditoria 11
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
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1- Previsões legais
sobre:
(...) II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de
comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no
exterior
(...) § 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da
República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta
de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e
prestações, interestaduais e de exportação;
(...) IX - incidirá também:
a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por
pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do
imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço
prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver
situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da
mercadoria, bem ou serviço"
Esquematizando:
Alíquota Senado
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f) aquele onde seja realizada a licitação, no caso de arrematação de
mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou
abandonados
exterior
§ 2º Na hipótese do inciso IX, após o desembaraço aduaneiro, a entrega,
pelo depositário, de mercadoria ou bem importados do exterior deverá
ser autorizada pelo órgão responsável pelo seu desembaraço, que
somente se fará mediante a exibição do comprovante de pagamento do
imposto incidente no ato do despacho aduaneiro, salvo disposição em
contrário.
§ 3o Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o
fato gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
disposição em contrário, exigir a comprovação do pagamento do imposto.
Regra Desembaraço
Momento FG
Entrega da Mercadoria
Exceção (quando ocorrer antes do
desembaraço)
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I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivo destaque
mera indicação para fins de controle;
II - o valor correspondente a:
a) seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou
debitadas, bem como descontos concedidos sob condição;
b) frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente
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Art. 4° Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
IX - do desembaraço aduaneiro dos bens ou mercadorias importados do
exterior;
§ 3º Na hipótese de entrega de mercadoria ou bem importados do
exterior antes do desembaraço aduaneiro, considera-se ocorrido o fato
gerador neste momento, devendo a autoridade responsável, salvo
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
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d) o imposto sobre operações de câmbio;
e) quaisquer outros impostos, taxas, contribuições e despesas devidas às
repartições alfandegárias;
f) o montante do próprio imposto.
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§ 2º Não se aplica a alíquota prevista no inciso III deste artigo:
I - aos bens e mercadorias importados do exterior que não tenham similar
nacional, definidos em lista editada pelo Conselho de Ministros da Câmara
de Comércio Exterior (Camex);
II - aos bens produzidos em conformidade com os processos produtivos
básicos de que tratam o Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967,
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escrituração do livro Registro de Apuração do ICMS ou à
emissão de documentos fiscais, exceto se forem
enquadrados no Simples Nacional ou produtores primários,
na forma da legislação aplicável;
III - REVOGADO.
II – tratar-se de isenção.
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ICMS Importação
Dispensa Pagamento
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Ok, então se não tiver PAGAMNTO do ICMS, deve ter a GLME no seu lugar,
certo? Correto!
Bom, visto isto, falta agora então treinar os casos de cálculo do ICMS?
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- Taxa Siscomex: R$ 25,00
- Frete marítimo: R$ 1.250,00
- Frete do porto até o destinatário, por conta deste: R$ 125,00
O valor do Imposto de Importação foi convertido para real por R$ 5,20 o dólar.
Direitos autorais reservados (Lei 9610/98). Proibida a reprodução, venda ou compartilhamento deste arquivo. Uso individual.
Diante do exposto, é correto afirmar que o valor pago de ICMS foi de:
a) R$ 6.651,50
b) R$ 6.528,61
c) R$ 6.528,61 e depois uma complementação de R$ 122,88
d) R$ 6.922,89
e) R$ 6.897,28
Resolução:
VLME: $3 x 2000 6 mil dólares.
Primeira pegadinha: qual taxa utilizar? Simples: a utilizada pela autoridade
fazendária no cálculo do II, conforme Lei Kandir:
Art. 14. O preço de importação expresso em moeda estrangeira será
convertido em moeda nacional pela mesma taxa de câmbio utilizada
no cálculo do imposto de importação, sem qualquer acréscimo ou
devolução posterior se houver variação da taxa de câmbio até o
pagamento efetivo do preço.
VLME = 6000 x 5,2 = R$ 31.200
+ PIS e PASEP importação: R$ 500,00
+ Imposto de Importação: R$ 300,00
+ Imposto sobre Produtos Industrializados: R$ 400,00
+ Taxa Siscomex: R$ 25,00
+ Frete marítimo: R$ 1.250,00
Segunda pegadinha: o frete por conta do destinatário, após o desembaraço,
não entra na base de cálculo do ICMS importação.
Total = R$ 33.675,00
Esta é a Base de Cálculo do ICMS Importação? Não! Falta incluir ELE!
BC ICMS imp = 33.675,00 / (1 – 0,17) R$ 40.572,28
Agora sim basta multiplicar pela alíquota (17%) pra acharmos o ICMS
Importação: R$ 6.897,28
Gabarito: E
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2- (Prof Lucas Salvetti Questão Inédita / Auditoria operação
importação ICMS SC / 2018) A empresa SABITUDO LTDA importou 10.000kg
de melancia por 10 centavos o kilo. A receita federal usou como base de cálculo
para o Imposto de Importação o valor de R$ 1.500,00. Diante do exposto, é
correto afirmar que
a) A receita federal errou ao definir o valor da base de cálculo do II
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Bom, ok professor, mas e o que isto tem com o tema “Ocultação do Real
Destinatário”?
Simples: quando se tem exceções (não incidências), começam a aparecer as
fraudes.
A lógica é bem simples: empresas vão tentar se “enquadrar” em
benefícios fiscais, ou mesmos vão se enquadrar e usar os benefícios para
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operarem para outras que não elas, para usufruírem do benefício fiscal (neste
caso, sobre o ICMS Importação).
Desta forma, a mercadoria muitas vezes entra por uma UF (RJ, por
exemplo) com destino à contribuinte situado em São Paulo, mas
documentalmente ele é enviado para Maranhão (NFe de entrada do Exterior)
com remessa subsequente para São Paulo (Maranhão -> SP)
Além de não fazer o recolhimento do ICMS Importação para SP (estado
do destinatário das mercadorias), este estado (SP) ainda recebe a mercadoria
com crédito indevido.
Exemplo:
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Neste exemplo, a mercadoria entra pelo RJ (fisicamente) com destino
(documental) para Maranhão (e Maranhão para São Paulo), sendo que na
verdade a mercadoria já estava previamente destinada para o estado de São
Paulo.
E como o AUDITOR vai detectar isto? Bom, existem diversas formas.
Documentalmente, são vários os que podem ter indícios desta ocorrência. Vou
citar o mais fácil inicialmente, informações constando na DI (declaração de
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importação)
Outro caso é a existência da NFe de venda subsequente com data igual a NFe
de entrada. Veja:
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Enfim, citei estes exemplos para entenderem que, no que tange a configuração
do sujeito ativo, existem diversos elementos que servirão de prova para o caso,
além das verificações in locu das operações. O importante é lembrar do que é
necessário para configurar o Sujeito Ativo.
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sistemas para atestar se de fato aquela guia foi paga e, então, dar o OK para
liberação das mercadorias.
Quando isto não existe, a conferência passa a ser manual, e o auditor precisará
entrar no sistema de arrecadação da sua SEFAZ e consultar se o mesmo está
efetivamente pago.
Acontece que, nem sempre existe auditor verificando as operações na ponta,
muito menos é possível de ser verificado manualmente todas as operações,
portanto, entra aqui a relevância da RESPONSABILIDADE pelo pagamento do
imposto dos agentes privados envolvidos.
Conforme a lei do ICMS SC (Lei n° 10.297/96), temos que:
Art. 9° São responsáveis pelo pagamento do imposto devido e acréscimos
legais:
III - solidariamente com o contribuinte:
a) os despachantes aduaneiros que tenham promovido o despacho de
mercadorias estrangeiras saídas da repartição aduaneira com destino a
estabelecimento diverso daquele que a tiver importado ou
arrematado;
f) o depositário estabelecido em recinto alfandegado ou o
encarregado pela repartição aduaneira quando o recinto alfandegado for
por ela administrado, que promova a entrega de mercadoria ou bem
importados do exterior sem a prévia verificação do recolhimento ou
da exoneração do imposto, na forma prevista em regulamento;
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vejamos:
1- drawback
2- regime especial
3- diferimento
4- isenção
5- não-incidência
Aqui, no final das contas, o auditor basicamente precisa conferir se a base legal
está sendo atendida para excetuar o pagamento do ICMS importação. As
legislações que concedem tais benefícios/tratamentos diferentes para o
pagamento (que não é feito no momento do desembaraço), são normalmente
ricas em regras e condições para utilizarem tais benefícios.
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