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Um bom teste diagnóstico precisa ser válido. Esse tipo de validade é avaliado contra o desempenho de outro
teste, consagrado como válido, denominado padrão-ouro ou teste padrão.
LR ou RV (-): 1ESP
− SEN SIBILIDADE
ECIF ICIDADE , é a razão da probabilidade do teste ser
negativo em doente, contra a probabilidade do teste ser negativo em
não doente.
RV>1= aumenta chance de presença da doença; RV=1 chance não
muda e RV<1 há redução da chance da presença da doença.
→ Quando maior a razão de verossimilhança positiva, maior a
probabilidade doença.
→ Quando maior a razão de verossimilhança negativa, menor a
probabilidade de doença.
RACIOCÍNIO DETERMINÍSTICO
Algumas vezes a apresentação clínica do paciente é tão específica que o diagnóstico é feito instantaneamente.
Essa estratégia diagnóstica de reconhecimento imediato de um padrão é conhecida como gestalt. Contudo, em
algumas situações o diagnóstico é menos chamativo e regras pré determinadas a partir de evidências
clínico-epidemiológicas sao necessárias. As regras resultados podem ser expressas de forma simples (elementos
diagnósticos presentes = doença presente) ou mais complexas (escores, algoritmos ou fluxogramas).
EMBASANDO DECISÕES TERAPÊUTICAS
A terapia prescrita para uma doença tem como meta a melhora do seu curso clínico, o que pode significar
atenuação de sintomas manifestos ou prevenção de outros ainda latentes.
EFICÁCIA/EFETIVIDADE
A eficácia de um tratamento é a evidência de que ele realmente traz mais benefícios do que riscos em
pacientes como uma determinada doença (determinado por ensaio clínico randomizado).
A efetividade é a evidência de que a intervenção funciona (traz mais benefícios que riscos) quando oferecida
em condições usuais da prática clínica.
A pergunta sobre a eficácia pode exigir metodologia tão rigorosa que o contexto da pesquisa produzida poderá
ser muito diferente do que se vê na prática clínica.
MEDIDAS DE EFEITO NA AVALIAÇÃO DE UMA INTERVENÇÃO
Risco relativo (RR), compara (ao dividir) o risco do evento que se quer evitar entre o grupo experimental e o
grupo-controle. RR = ININCIDÊN CIA intervenção
CIDÊN CIA controle
Redução relativa de risco (RRR), avalia a redução de complicações com a intervenção. RRR= 1 - RR.
MEDIDAS DE IMPACTO NA AVALIAÇÃO DE UMA INTERVENÇÃO
Redução absoluta de risco (RAR), é o número de eventos evitados (expresso, por exemplo, em termos de 100
indivíduos tratados). RAR = RISCO controle - Risco intervenção
Por exemplo: 43,3% dos pacientes do grupo-controle sofreram complicações, ao passo que apenas 29,8% no
grupo que recebeu metformina, logo, foram evitados eventos em 13,5% (43,3%-29,8%) dos pacientes que receberam
metformina.
Número necessário tratar (NNT), é o número de pacientes que precisam receber o tratamento para evitar um evento,
100 100
que é o inverso da redução absoluta de risco. NNT= RAR ou NNT= RISCO BASAL * RRR
Seguindo o mesmo exemplo, para evitar que 13,5 pacientes tenham complicações, seria necessário tratar 100
indivíduos por 10 anos (duração média de um estudo). Assim, o número de pessoas que necessitariam tratamento por
10 anos é de 8 pessoas (100/13,5=7,4).
Há duas abordagens para fazer essa estimativa. Na primeira multiplica-se o risco de eventos estimado para tal
paciente (PEER, patient estimated event rate) pela redução relativa de risco (RRR) da literatura, obtendo-se a redução
absoluta de risco (RAR). A segunda abordagem é ajustar o NNT obtido do ensaio clínico. Portante, inicialmente,
calcula-se a razão entre o risco basal do paciente e o risco e o risco basal dos pacientes no estudo; depois, divide-se o
NNT relatado pelo estudo por essa razão obtida.
O NNT é uma expressão rápida e clinicamente intuitiva sobre o quanto precisa ser feito em cada contexto para
alcançar um determinado benefício.
Outra técnica para avaliar, em termos quantitativos, a utilidade de uma determinada intervenção é a análise de
decisão.
MEDIDAS DE EFEITO PARA EXPRESSAR DANO
Aumento relativo de risco (ARR): expressa o incremento relativo de eventos induzidos pelo tratamento. ARR= RR-1.
Aumento absoluto de risco (AAR): proporção absoluta de eventos adicionais que acontecem nos indivíduos com o
tratamento. AAR= Risco intervenção - Risco controle
Número necessário para causar dano (NNH): número de indivíduos a serem tratados por determinado tempo para
100 100
causar um dano. É o inverso do AAR. NNH = ARR ou NNH= RISCO BASAL * ARR
MEDIDAS DE EFEITO BASEADAS EM VARIÁVEIS CONTÍNUAS
Às vezes, os resultados de uma pesquisa são expressos por variáveis contínuas, e não por variáveis
dicotômicas (com desfecho/sem desfecho).
Diferença média: é a média das diferenças entre tratamentos nos diversos estudos, mantendo a escala original em
que a medida foi aferida. Sua vantagem é apresentar uma medida de fácil interpretação clínica.
Diferença média padronizada ou tamanho de efeito: é calculada dividindo-se a diferença das médias entre os
grupos de cada estudo pelo respectivo desvio-padrão. TE= x1 −s x2 , onde x= média do grupo e s= desvio-padrão
comum dos dois grupos.
De forma geral, o tamanho de efeito da ordem de 0,2 a 0,3 pode ser considerado pequeno, em torno de 0,5,
moderado, e acima de 0,8, grande.
EVIDÊNCIAS DE EFICIÊNCIA
Quando várias medidas terapêuticas são comprovadamente eficazes e efetivas, é preciso escolher aquelas
que maximizam benefícios e minimizam riscos, inconveniências e custos financeiros. Esse processo é chamado de
análise de eficiência.
Custo-efetividade: integra as estimativas de benefícios e de custos para as opções terapêuticas em estudo,
chegando a uma razão de custo-efetividade indicativa da opção que produz o maior benefício.
DIF EREN ÇA EM CU ST OS EN T RE OS GRU P OS
custo-efetividade= DIF EREN ÇA EM DESF ECHOS EN T RE OS GRU P OS
Custo-utilidade:integra os benefícios advindos da prevenção de diversos desfechos para compará-los com os custos
envolvidos.
Os indicados mais comuns para avaliar a utilidade da terapêutica são o DALY (disability-adjusted life years ou
anos de vida ajustados para incapacidade) e o QALY (quality-adjusted life years ou anos de vida ajustados para
qualidade de vida). O DALY expressa a carga de mortalidade e morbidade somando-se anos de vida perdidos por
morte prematura e anos de vida produtiva perdidas por incapacitação. Já o QALY expressa anos de vida com
qualidade (ou valor) plena: um ano com saúde perfeita é igual a 1,0.
Custo-minimização: é uma variação de um estudo de custo-efetividade, em que o desfecho é idêntico.
Referências Bibliográficas
Qualidade do cuidado em saúde e a iniciativa Choosing wisely, 2016, rev. Eletron comun inf inov saude
Medicina ambulatorial - Condutas na APS, 4 ed, 2013, Duncan.