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Lista 2 - Respostas parciais - ECOP 11 / 2011

Otimização estática - Restrições de desigualdade

Instruções: Os exercícios são de [1], capítulo 1, 13-19. Evite olhar as respostas ao tentar resolver o
exercício. Caso seja inevitável, olhe o mínimo possível para obter apenas uma pista de como prosseguir.

Exercício 1 (L&L 1.13) (a) 1 = 60; 2 = 0; x1 = 0; x2 = 1; (b) 1 4=3; 2 = 1 + 2 1; x1 = 1; x2 = 0;


(c) 1 = 12=37; 2 = 0; x1 = 54=37; x2 = 15=37; (d) 1 = 1=98; 2 = 0; x1 = 7; x2 = 7.

Exercício 2 (L&L 1.14) (a) Resolvem-se dois problemas separados maxx1 0; z1 0; x1 +z1 10 ln x1 + ln(z1 +
z2 ) e maxx2 0; z2 0; x2 +z2 20 ln x2 + 2 ln(z1 + z2 ): Para a pessoa 1, x1 > 0 =) 1 = 1=x1 > 0 =)
10 = x1 + z1 : Da condição restante podemos dizer que x1 (10 + z2 )=2, ocorrendo a igualdade se z1 > 0:
Usando essa desigualdade e a igualdade anterior, temos z1 (10 z2 )=2; ocorrendo a igualdade se z1 > 0:
Analogamente, para a pessoa 2, tem-se 20 = x2 + z2 ; x2 (20 + z1 )=3 e z2 (40 z1 )=3; ocorrendo
a igualdade se z2 > 0: Examinando as restrições em z1 e z2 acima, somente resta a alternativa z1 = 0
e z2 = 40=3; (b.extra) Uma resposta possível: um agente externo impõe zi ai > 0: Uma análise das
possibilidades semelhante ao da parte (a) deve considerar algumas possibilidades para os valores de ai : Do
obtido anteriormente, espera-se z1 = a1 (veri…que). E em relação a z2 ?

Exercício 3 (L&L 1.15) (a) = p1 F 1 (x1 ; k1 ; l1 ) + p2 F 2 (x2 ; k2 ; l2 ) w(x1 + x2 ) + 1 (K k1 k2 ) + 2 (L


l1 l2 ): As condições xi = pi Fxi i w 0, xi 0 e xi xi = 0 conjuntamente dizem que o valor marginal
do trabalho para o produto …nal não pode superar o preço pago por ele. Em particular, se algum trabalho é
usado, deve valer a igualdade. Interpretação semelhante pode ser feita para ki = pi Fkii 1 0, ki 0 e
ki ki = 0 e li = pi Flii 2 0, l i 0 e l i li = 0: Para restrições ativas, pelo teorema do envelope temos
? ? ? ? ?
K = 1 e L = 2 , onde é a função lucro avaliada no ponto de máximo. (b) A solução é x 1 = 50;
x2 = 30; k1 = 25; k2 = 25; 1 = 50; l1 = 50; l2 = 30, 2 = 0:

Exercício 4 (L&L 1.16) (a) := wl1 + wl2 1 (F (l1 ; x) Q q) 2 (f (l2 ; q)x): As condições de 1ra
ordem são: li 0; li 0; li li = 0; q 0; q 0; q q = 0; x 0; x 0; xx = 0; i 0; i 0; i i =
wQ2
0: (b) l1 = 1=4; l2 = 0; q = 4; x = 8; = 1=2; CT = 1=4: (c) CT = 4 ; se 0 Q 2 :
i
w(Q 1); se Q > 2

Exercício 5 (L&L 1.17) (a) As P condições de primeira ordem são P f (xt ; k) qt 0; t 0; t (f (xt ; k)
qt ) = 0; para t = 1; : : : ; T ; r + t t fk (xt ; k) 0; k 0; k( r + t t fk (xt ; k)) = 0; w + t fx (xt ; k) 0;
xt 0; xt ( w + t fx (xt ; k)) = 0; para t = 1; : : : ; T ; (b) O problema fornece informações sobre f para k > 0:
Consideram-se as possibilidades xt = 0 e xt > 0: Para o caso xt = 0, como existe x(k) > 0 que maximiza
f , a solução ótima é trivialmente de excesso de capacidade. Para o caso xt > 0; como 0 < w = t fx (xt ; k)
e t 0 tem-se fx (xt ; k) > 0 o que implica xt < x(k): Em ambos casos o excesso de capacidade é ótimo;
(c) Para os dados fornecidos elimina-se a possibilidade xt = 0 o que implica xt > 0 e (*): 1 = t (k xt ):
2
Da igualdade P(*) tem-se t > 0 (e xt < k) =) (**): kxt xt = q: Como k > 0; por suposição, tem-se
(***): 1 = t t xt : Se x1 6= x2 ; usando (**) tem-se k = (x1 + x2 )=2 o que é uma contradição. Somando p
P
em t a p relação (*) usando (***) tem-se t t = 3=k. De (***) x1 = x 2 = k=3: Assim x1 = x2 = 2q=5 e
k = 3 2q=5:

Exercício 6 (L&L 1.18) (a) Denota-se pT = (PH ; PL ; PB ) e xT = (H; L; B): As condições de primeira
ordem são M pT x 0; 0; (M pT x) = 0; Ux p 0; x 0 e xT (Ux p) = 0: (i) Se pelo menos
T
um xi > 0 =) Uxi = pi =) > 0 =) M = p x; ou seja, toda a renda é consumida. Se x = 0 tem-se
uma contradição (ache-a). (ii) Quer-se mostrar que (H; L) > 0 =) PH =PL > . Como = UH =PH =
UL =PL =) PH =PL = UH =UL > : (iii) Se PH =PL , pela proposição (ii), então HL = 0: Observe que,
pela continuidade das derivadas e pelo assumido sobre UH =UL ; tem-se UH =UL para (H; L) 0: Dos
casos para H e L, considere primeiro H = 0 e L > 0: Tem-se UH =PH = UL =PL ; ou seja, UH =UL
PH =PL . O caso H = 0 e L > 0 é possível somente se ocorre a igualdade, não sendo ótimo em geral.
Considere L = 0 e H > 0: Tem-se UL =PL = UH =PH o que implica PH =PL UH =UL : Ou seja, esta
condição sendo válida, implica que é ótimo ter L = 0 se o preço relativo de L aumenta; (b) Para (H; L) > 0
tem-se = UH =PH = UL =PL que implica (K) = UH =UL = PH =PL = (T + CH )=(T + CL ). Derivando
em T obtém-se 0 (K)dK=dT = (CH CL )=(T + CL ): Como 1 < < UH =UL = PH =PL então CH < CL e

1
dK=dT > 0: Se T " então K " e PH =PL # podendo aproximar-se da situação limite PH =PL = onde L = 0
é a situação ótima geral. Mais livremente: o aumento do custo de transporte pode implicar o não consumo
de maçãs L:
P
Exercício
P 7 (L&L 1.19) (a) A função lucro é = Ri (qi ) cX f (q3 ; q4 ) e o Lagrangeano é =
+ i (X qi ): (b) Como Ri é crescente devemos ter q1 = q2 = X: Salvo se X = 0; devemos ter q1;2 > 0:
Para os produtos 3 e 4; entretanto, a decisão depende da receita marginal superar o custo marginal do trabalho
adicional exigido para produzí-los. Especi…camente, para j = 3; 4; (i) se Rj0 < fj =) qj = 0 e j = 0; (ii) ou
se Rj0 = fj =) 0 qj X e j 0; (iii) ou se R 0
Pj > fj =) qj = X e j > 0: O custo dos cocos é alocado
de acordo com seu valor (sombra), isto é, cX = i qi : (c) A solução X = 0 não é possível (melhor: não
veri…ca as condições necessárias), das condições necessárias tem-se a única possibilidade: q1 = q2 = X = 1;
q3 = 1=2; q4 = 0; 1 = 2 = 1; 3 = 4 = 0:

Referências
[1] LÉONARD, D., LONG, N. V. Optimal Control Theory and Static Optimization in Economics, 1992.

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