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UNIVERSIDADE POLITÉCNICA A’POLITÉCNICA

CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVÍL

I.5. PARÂMETROS QUE INFLUENCIAM A CONCEPÇÃO DE


SISTEMAS ESTRUTURAIS.
A estrutura, como vimos na aula anterior, é o conjunto formado pelas partes
resistentes que garantem a estabilidade de um objeto de projeto, por exemplo, uma
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edificação. Quando se projeta uma estrutura, a análise do comportamento estrutural exige
que sejam feitas algumas simplificações que conduzem a modelos estruturais. Para que
se defina o sistema estrutural mais adequado, para uma determinada situação de projeto,
devem ser considerados vários fatores. Os principais são:

• Condições de fabricação, transporte e montagem da estrutura (vias de acesso, içamento);


• Material estrutural a ser utilizado (cada material possui características mecânicas
peculiares): o material deve estar adequado aos tipos de esforços solicitantes pelas
estruturas.
Para identificação do sistema estrutural mais adequado deve-se:
1º) Identificar as possíveis opções;
2º) Analisar e comparar as vantagens e inconvenientes de cada um.

I.6. CLASSIFICAÇÃO DAS PEÇAS ESTRUTURAIS QUANTO À GEOMETRIA

Os sistemas estruturais são modelos de comportamento idealizados para representação e


análise de uma estrutura tridimensional. Estes modelos obedecem a uma convenção.
Esta convenção pode ser feita em função da geometria das peças estruturais que
compõem o conjunto denominado sistema estrutural.
Quanto à geometria, um corpo pode ser identificado por três dimensões principais que
definem seu volume. Conforme as relações entre estas dimensões, surgem quatro tipos
de peças estruturais:

FOLHAS DE APOIO DO DOCENTE : Turmas EC V SEMESTRE LABORAL E PÓS LABORAL


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I.6.1. VIGA : É um Elemento Estrutural que tem duas dimensões da mesma ordem de
grandeza e uma terceira maior que as outras duas.

Barra: duas dimensões da Page | 2


mesma ordem de grandeza
e uma terceira maior que
as outras duas.

I.6.2. BARRA DE ELEMENTOS DELGADOS: as três dimensões principais são de


diferentes ordens de grandeza. É o caso dos perfis metálicos, onde a espessura é muito
menor que as dimensões da seção transversal, que é menor que o comprimento da peça.
As barras de elementos delgados são tratadas, sob o ponto de vista estrutural, da mesma
forma que as barras, exceção feita à solicitação por torção.

Barra:As três Dimensões


na Ordem de Grandeza são
difererentes e uma terceira
maior que as outras duas:
Vigas e Pilares

I.6.3. Folhas ou lâminas: duas dimensões de mesma ordem de grandeza,


maiores que a terceira dimensão. Subdividem-se em:

Lâminas ou Folhas: Duas


dimensões significativas em
relação à terceira: Lajes,
Abóbodas, Alvenarias em
betão armado

Nestes elementos estruturais a carga é medida por unidade de área: kN/m 2;


kG.f/m2 etc.

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I.6.4. Blocos: As três dimensões têm a mesma ordem de grandeza

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São estruturas maciças em que as três dimensões se comparam. Exemplos de estruturas


tridimensionais: blocos de fundações, blocos de coroamento de estacas e estruturas de
barragens. As estruturas de volume (bloco) são elementos comumente empregados em
fundações das construções, com a finalidade de transmitir ao solo as ações da
supraestrutura.

As estruturas são sistemas físicos capazes de receber e transmitir esforços como em


pontes, edifícios, torres, antenas etc. Um dos principais objetivos da análise de estruturas
é relacionar, em idealizações simplificadoras desses sistemas e utilizando propriedades
de material determinadas experimentalmente, as ações externas atuantes com os
deslocamentos, reações de apoio e tensões (ou suas resultantes), de maneira a poder
identificar eventual deficiência de comportamento do material constituinte eiou de
comportamento da estrutura como um todo elou de suas partes. Isso, para elaborar o
projeto de uma nova estrutura a ser construída ou estudar o comportamento de uma
estrutura já existente. A idealização de uma estrutura conduz a um modelo de análise,
regido por equações matemáticas, cujos resultados devem expressar comportamento
próximo ao da estrutura. Cabe ao engenheiro a responsabilidade de conceber esse modelo,
sob ações externas estabelecidas a partir de códigos de projeto e com as aproximações
julgadas cabíveis, e, após a determinação de seu comportamento, fazer análise crítica de
sua pertinência. Neste livro, a análise se restringe ao estudo das estruturas em barras,
desenvolverido métodos e processos de determinação de resultantes de tensão (esforços
solicitantes), deslocamentos e reações de apoio. Por simplicidade de expressão, o modelo
de análise é aqui também denominado estrutura, assim como a sua representação gráfica.
Eficientes sistemas computacionais para a análise automática de estruturas são atualmente
disponíveis e indispensáveis nos escritórios de projeto. Contudo, não é recomendável a

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sua utilização por usuário que não tenha capacidade &e avaliação crítica dos resultados
obtidos. Para isso, é necessário o conhecimento das potencialidades e limitações dos
métodos implementados, e que se tenha "sentimento de comportamento das estruturas".
Com o objetivo de propiciar ao leitor esse conhecimento e iniciá-lo no desenvolvimento
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desse sentimento, este primeiro volume de Análise de Estruturas apresenta a formulação
clássica dos métodos das forças e dos deslocamentos em análise de estruturas em barras,
conduzindo o leitor à resolução de um grande número de pequenos modelos de estruturas.
Os Principais Métodos que utilizaremos no nosso Curso de Análise de Estruturas para o
cálculo de estruturas hiperestáticas serão :
Para o Cálculo de Cargas Estáticas:
 Método da Equação dos Três Momentos- ( Vigas Contínuas )
 Método de Forças – (Porticos e Vigas hiperestáticas)
 Método de Deslocamentos – (Porticos e Vigas hiperestáticas)
 Método de Cross – ( Vigas Contínuas )
Para o Cálculo de Cargas Móveis:
 Linhas de Influência – Vigas

Daqui em Diante, abordaremos cada cada um destes métodos de cálculo de forma


detalhada.

 Fim da Introdução

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