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Gestão de Riscos

Abordagem Prática
Igor Rocha Ferreira MSc., PMP, CRMA, CoBIT
Agenda
● Breve Histórico da Gestão de Riscos
● As Organizações, seus Segmentos e Processos
● Maturidade de Gestão de Riscos
● Transição para a Gestão Integrada
● A Integração das Linhas de Defesa
● Dados Recentes
● Exemplos
Breve Histórico
1
Grande desenvolvimento nos
instrumentos financeiros e métodos de
avaliação quantitativa destes
instrumentos

1 2
Criação da Basileia I e a implantação
do primeiro departamento de gestão
de riscos em um banco

3
2
Falência da gigante Enron e posterior
resposta do Governo Americano com
a criação da Sarbanes Oxley

4
Lançamento da Basiléia III
3

4
Fonte: CIRRELT 2013 - 17– Montreal Canada
Definições Importantes
Definição de Risco1
● Costuma-se entender “risco” como possibilidade de “algo não dar certo”, mas seu conceito atual envolve a
quantificação e qualificação da incerteza , tanto no que diz respeito às “perdas” como aos “ganhos”, com
relação ao rumo dos acontecimentos planejados, seja por indivíduos, seja por organizações.

Resposta ao Risco2
● Evitar – Descontinuar aquelas atividades que geram os riscos.
● Mitigar / Reduzir – São adotadas medidas para reduzir a probabilidade / impacto dos riscos.
● Compartilhar / Transferir – Compartilhamento ou transferência do risco.
● Aceitar – Nenhuma medida é adotada para afetar a probabilidade ou o grau de impacto dos riscos.

Apetite a Risco2
● O apetite a risco é a quantidade de riscos, no sentido mais amplo, que uma organização está disposta a
aceitar em sua busca para agregar valor.

Atividades de Controle2
● As atividades de controle contribuem para assegurar que as respostas sejam executadas. Compreendem
aprovação, autorização, verificação, reconciliação e revisão do desempenho operacional, da segurança dos
bens e da segregação de responsabilidades.

Processo de Gestão de Riscos2


● Processo desenhado para identificar e responder a eventos que possam afetar os objetivos
estratégicos da organização. Contribuir para realização das metas da organização a partir
de um adequado alinhamento entre estratégia e apetite a riscos.
Fonte: 1 – Guia de Orientação para Gerenciamento de Riscos Corporativos – 2007
2 – COSO ERM Gerenciamento de Riscos Corporativos - Estrutura Integrada– 2007
Os Setores

Recursos
Administração
Primeiro Setor Públicos para
Pública
Fins Públicos

Recursos
Segundo Setor Privado Privados para
Fins Privados

Recursos
Terceiro Setor Privado Privados para
Fins Públicos

Pessoas
Processos
Tecnologias
Planejamento, Operação e Riscos
● As organizações estão expostas a uma ampla gama de riscos e oportunidades
que podem afetar o alcance de seus objetivos estratégicos e sua operação.

Riscos (ambiente interno e externo)

Falhas e erros na
Mudanças
Riscos (ambiente interno e externo)

condução das
regulatórias

Riscos (ambiente interno e externo)


operações

Limitações Crises políticas


Orçamentárias e econômicas

Interrupção das Retenção


operações e atração dos
talentos

Riscos (ambiente interno e externo)


Onde Riscos e Controles Convivem
Gestão
Gestão de Políticas
Orçamentária e
Pessoas e Controles
Financeira

Alçadas Aprovações
Acesso

Tecnologia
da Informação

Conciliações

Gestão de
Relacionamento
Materiais e
Institucional
Transportes
Fonte: 1 – http://www.modernizacao.mpf.mp.br/bpm/portfolio/portfolio-de-processos
Gestão de Riscos Não Estruturada
● Para lidar com riscos de modo a aumentar a chance de alcançar resultados
pretendidos, as organizações procuram gerenciar seus riscos adotando desde
abordagens informais até abordagens consistentes e sistematizadas.

Agentes Externos – Agências Reguladoras, Agências de Rating, Fiscalizadores, Órgãos de Controle

Supervisão dos Conselhos

Comitê de Auditoria Comitê de Riscos Outros Comitês

Gestão de Conformidade
Auditoria Tecnologia da Legal e Controladoria Auditoria
Continuidade e Controles
Interna Informação Regulatório Financeira Externa
dos Negócios Internos

Unidade A Unidade B Unidade C Unidade D

Fonte figura: EY Brasil


Gestão de Riscos
COSO ERM - Projetado para criar uma “consciência sobre riscos e
controles” por toda a empresa e tornar-se um modelo comum para a
discussão e avaliação de riscos organizacionais o Enterprise Risk
Management Framework (ERM) criado pelo COSO.

ISO 31000 - Estabelece princípios, estrutura e um processo para


gerenciar riscos de forma transparente e sistemática analisando seu
âmbito e contexto. A ISO 31000 fornece ainda os parâmetros para a
gestão de risco, com os princípios e as diretrizes para gerir riscos.

ISO 27001 – Apresenta modelo de definição, implementação,


operação, monitoramento, revisão e gestão de um Sistema de Gestão de
Segurança da Informação.

BS 25999 - Norma Britânica para Gestão da Continuidade do


Negócio, é um conjunto detalhado de regras baseadas nas melhores
práticas englobando todo o seu ciclo de vida.
Gestão de Riscos
►Modelo de gestão
de risco distribuído
Maturidade

nas Unidades
►Políticas
►Modelos de gestão
de risco distribuído integradas
nas Unidades ►Correlação entre
►Estratégia de ►Cálculo da perda / riscos
gestão de risco custo inesperado ►Ferramenta de
disseminada gestão de portfólio
►Estrutura ►Ferramentas de
►Políticas de gestão modelagem ►Métricas de retorno
organizacional
de risco bem matemática e de ajustado ao risco
definida
definidas monitoramento
►Riscos ►Alinhamento com
►Indicadores-chave dinâmico das planejamento
►Gestão pontual identificados e metas
de risco estratégico
dos riscos definidos (tipologia)
implementados ►Cálculo
do capital
►Tipologia dos ►Sistemática de ►Ferramentas
►Cálculo da perda / econômico integradas de
riscos não definida auto-avaliação dos
custo esperado gestão de riscos
►Ações isoladas de riscos
►Framework ►Alinhamento entre
controle e ►Visão qualitativa
regulatório as diferentes
mitigação dos ►Aderência certificado funções de riscos
riscos regulatória (SOX,
►Reporte ad-hoc COSO, BIS II)

Avançado
Tempo Referência
Básico Em Evolução Estabelecido
Aversão ao Risco Identificação Monitoramento Gestão efetiva Gestão Integrada
Defina sua Estratégia

1 - Mapear informações relevantes


Objetivos estratégicos; Requisitos Legais; Operações; Seguros; Funding; Hedging

2 - Identificar estruturas existentes


Processos; Métodos; Sistemas; Pessoas, Riscos; Controles

3 - Realizar diagnóstico de maturidade


Informal; Padronizado; Monitorado; Otimizado; Gestão Integrada

4 - Potencializar estruturas existentes


Capacitação Interna; Customizações; Redesenho de Processos

5 – Criar novas estruturas


Contratações; Aquisições; Novas Implementações
Pontos Chave a Considerar
1.01 -
Buscar Conselhos e
Patrocínio Corpo
Diretivo
1.02 -
Iniciar 3.05 - 3,0
Estratégias
Comunicação Tecnologia
e Objetivos
2,5
3.04 - 1.03 -
Mobilizar as Monitorame Políticas e
Equipes Realizar nto e 2,0 Procediment
Diagnóstico Reporte os
1,5
Inicial e 3.03 - 1.04 -
Avaliar a Melhoria 1,0 Estrutura
Maturidade Contínua Organizacio
(Desenho… nal
0,5
Gestão
Integrada de 3.02 - 0,0
Desenho, 1.05 -
Riscos Desenhar a Identificação Compliance
e…
Visão Futura
e 3.01 - 2.01 -
Identificação Cultura
Implantar e Avaliação (integridade,
Plano de de Riscos valores…

Projeto Piloto Ação 2.05 -


2.02 -
Alinhamento
Comunicaçã
e Transição o 2.04 - 2.03 -
e
Coordena…
para Cargos e Competênci
Responsabil as e
Operação idades Capacida…
O Universo de Riscos
● Cada organização utiliza o conjunto de ferramentas adequados a sua realidade.
Abaixo, alguns detalhes importantes.

1 Taxonomia para definição do Universo de


Processos Atuais Riscos: Evento, Fator, Controle Associado,
Risk Owner, Processo, dentre outros
Matriz
Universo de Matriz de Riscos
RACI e Controles
Riscos

Governança
2 A Matriz de Critérios de Avaliação de
Riscos deve contemplar diferentes
dimensões com o objetivo de aumentar a
Indicadores de Processos,
Riscos Chave políticas, sua abrangência.
Matriz de
normas. Critérios de
Avaliação de
Riscos

3
É muito importante a associação dos
Fluxos e narrativas
riscos aos processos de negócio bem
Processos x
dos processos de Sistemas x como da identificação dos controles
negócio Riscos que mitigam estes riscos
O Universo de Riscos
● O Universo de Riscos é um conjunto de documentos, fruto do trabalho realizado
com os “donos de processo” e áreas de negócio. Deve ser periodicamente
atualizado e pode ter diferentes estratégias de desenvolvimento e tratamento.

Contabilidade Funding
e e Hedging Crédito
Comunicação, Inovação
e Tecnologia Relatórios
Imagem Liquidez,
e Partes Ativos e
Fatores interessadas Passivos
Sócio
Políticos

Financeiro Mercado
Planejamento
e Alocação
de Recursos Estratégico
Universo de Riscos Programas
e Projetos
2016 / 2017
Governança
Compras e Potencializar estrutura existente
Contratações
Investimento Desenvolver com no curto prazo
e Operacional
Participações
Desenvolvimento futuro
Compliance
Recursos
Humanos
Segregação
de Funções
Ativos
Conduta Sócio
e Legal Ambiental Incidentes e
Corrupção
Ética e e Acidentes
Fraude Regulatório
O Processo Integrado
Realizar atividades coordenadas para identificar, avaliar, monitorar e responder aos
riscos de negócio contribuindo para alcance dos resultados esperados nas
operações retratadas no planejamento estratégico.”

RISCOS RISCOS RISCOS


Universo Monitorar
Gerenciar Monitorar
Estratégia de Riscos Tratamento
Reportar

Governança Pessoas Métodos e Práticas


Funções de Processos de
Estratégia de Gestão
Governança Competências Gerenciamento de Gerenciamento de Tecnologias
de Riscos
Riscos Riscos
A Integração e os Papéis Internos

Contabilidade Funding
e e Hedging Crédito
Comunicação, Inovação
e Tecnologia Relatórios
Imagem Liquidez,
e Partes Ativos e
Fatores interessadas Passivos
Sócio
Políticos

Financeiro Mercado
Planejamento
e Alocação
de Recursos Estratégico
Universo de Riscos Programas
e Projetos
2016 / 2017
Governança
Compras e
Contratações
Investimento
e Operacional
Participações
Compliance
Recursos
Humanos
Segregação
de Funções
Ativos
Conduta Sócio
e Legal Ambiental Incidentes e
Corrupção
Ética e e Acidentes
Fraude Regulatório

Fonte: AS TRÊS LINHAS DE DEFESA NO GERENCIAMENTO EFICAZ DE RISCOS E CONTROLES – IIA 2013
Dados Recentes da Gestão de Riscos
● Cerca de 60% das organizações concordam
que enfrentam uma variedade crescente de
riscos cada vez mais complexos.
● Apesar disso, menos de 35% das
organizações possuem uma estrutura formal
de riscos.

● Cerca de 70% das organizações não


classificaria seu processo de gestão de
riscos como maduros.
● Menos de 40% das organizações estão
satisfeitos com o nível de reporte
dos riscos que representam suas
maiores exposições.
Fonte: CGMA® REPORT - Global State of Enterprise Risk Oversight 2nd edition – July 2015
Exemplos de Resultados
Empresa: Processo (Departamento):
Dono do Processo: Cargo:

Código da

Rating Geral (6)


Categoria do
Atividade

Frequencia (5)
Processo Sub-Processo Objetivo de Controle (1) Objetivo de Evento de Risco (3) Atividade de Controle (7)
de
Controle (2)

Impacto (4)
Controle

Telefone:

Assertivas (10) COSO III Component (12)


Existência ou Ocorrência

Direitos e Obrigações

Avaliação e Alocação

Sistema ou

& Communication
Risk Assessment
Internal Control
Anti- Controle de Módulo / Planilha Fr

Control Activity
Conta contábil
Tipo do Controle (8) Control Owner (9) Fraude aplicação / Nome do do
Apresentação
Integralidade

relacionada (11)

Information
(Y/N) (13) (Y/N) (14) Relatório Chave

Monitoring
(15)
Exemplos de Resultados
Exemplos de Resultados
Mapa Perfil de Riscos Inerentes

100.000.000.000

Regulatório

10.000.000.000
Funding

Imagem
1.000.000.000 Moeda estrangeira
Impacto

Defasagem Tecnológica
Fatores Macroeconômicos Avais e Garantias
Liquidez Novas licitações

100.000.000 Desalinhamento Estratégico


Novos Negócios Projetos internos
Sustentabilidade
Risco M&A Operações Estruturadas
Pessoas
Compliance Internacional Gestão do portfólio
Hedge
Fundos Setoriais Tributário
10.000.000
Contratos Oferta/demanda
Força Maior Juros

Infra-estrutura de TI Contingências Judiciais Fraude


Trabalhista
1.000.000
> 10 anos De 1 a 10 anos Até 1 ano Até 1 mês
Frequência Média
Igor Rocha Ferreira
igor.ferreira@ig.com.br
iferreira@finep.gov.br

21 98112 3687
21 2555 0838

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