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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

INSTITUTO DE ARTES

AMANDA MOREIRA FERREIRA

ANÁLISE CRÍTICA- REFLEXIVA:


Exposições em museus porto-alegrenses no
primeiro semestre de 2016

Professora: Niura Aparecida Ribeiro

PORTO ALEGRE

2016
ANÁLISE CRÍTICO-REFLEXIVA

EXPOSIÇÃO AQUI É TUDO DIFERENTE, de Lívia dos Santos

Esta exposição faz parte do circuito de exposições RS Contemporâneo, do


Santander Cultural. Sendo a quinta edição deste projeto, onde podemos conhecer
algumas artistas mulheres da cena atual do nosso estado.

Visitei esta exposição duas vezes, na ocasião da sua inauguração e


novamente no dia 20 de Abril de 2016, quando eu fotografei e conclui minha análise
inicial.

Obra: Vídeo sem nome

Material: vídeo projetado sobre parede branca

Neste vídeo, ela mostra diversos fragmentos de situações vividas por ela que
fala sobre pêndulos. Esta obra é a primeira que temos contato pela sua localização.
E é surpreendente e muito bem planejado que esta obra introduza a exposição.
Assim podemos ver do que se trata a exposição nos levando a questionar o seu
significado. Algo que, a meu ver, é bem assertivo, pois nos faz ter uma curiosidade
e surpresa quando finalmente compreendemos o papel do pêndulo na temática do
conjunto de suas obras.
Obra: Série de Objetos Pendulares

Material: Objetos e Linha

Coleção da artista

A exposição tem como temática estes objetos pêndulos e a relação que eles
estabelecem com o trabalho proposto pela artista. Nesta obra ela tem os objetos
pendulares que foram utilizados como material para produzir outras telas.

Ver estes objetos, que em geral são objetos que utilizamos no dia a dia como
outra utilidade, e ver que eles foram usados para produzir outras obras, faz com
que esta obra seja parte vital da exposição

. A artista dispôs destes objetos de forma semelhante ao que ela usou. Eles
suspensos nos leva a ver e vivenciar a exposição, como se estivéssemos no
momento em que outras obras foram criadas. Ao mesmo tempo que a linha
transparente os faz parecerem suspensos no ar, em diferentes alturas,
praticamente criando um desenho no ar, uma composição formal sutil e bela.
Obra: Fotografia sem nome

Material: Fotografia digital

Coleção da artista

Nesta obra vemos uma fotografia onde em primeiro plano está a artista e um
dos pêndulos utilizados e, ao fundo, o trem, local onde ela produziu algumas obras.

O que impressiona nesta foto é que está presente todos os elementos que
conceituam a exposição no geral. Temos a artista, o pêndulo e o movimento. E
vemos aqui que, não é o pendulo que tem a movimentação e sim o trem. Ele e o
seu movimento constante são matérias primas das obras.
Material: Nanquim sobre tela

Coleção da artista

Estas obras representam o trabalho final da exposição. É o objetivo final do


conceito da obra. O resultado. Nele nós podemos ver o desenho produzido por um
objeto pêndulo que se movimenta ao balanço do trem.

Ao olhar esta tela pela primeira vez, parece um desenho abstrato no qual
buscamos um significado apenas no desenho. Mas esta obra transcende o
significado que a composição formal resulta. O valoroso está no processo com o
qual foi feito. E estando localizado junto com fotografias do processo e diários,
podemos compreender seu significado. Assim podendo ver e vivenciar a obra de
outra forma. Imaginando o movimento e o objeto que o produziu.
Obra: Diários

Coleção da artista

Outra obra, que me interessou muito e complementa o conjunto inteiro de


obras, são os diários que ela produziu durante o processo. Acho que faz com que a
produção fique mais rica. Pois nesta exposição o que mais vale é o conceito posto
em prática e não o resultado final, mas o espaço tempo em que as obras foram
feitas e que o telespectador da arte é convidado a vivenciar através desses
registros.

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