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Grupo No.

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Cristiano Mariotti e Felipe Bunilha

Repertório: En Svane (op. 25 no. 2), de Edvard Grieg

Relato dos processos individuais:

I. Cristiano Mariotti
Minha afinidade com compositores e peças nórticas vem do tempo em que morei na
Suécia, estudei a língua sueca e tive oportunidade de conhecer e ficar maravilhado com
numerosas gravações e performances lendárias de Birgit Nilsson e Jussi Björling, sendo
que estes e outros cantores nórticos muito difundiram as canções de Grieg, Sibelius, entre
vários outros compositores. Em Música de Câmara I, eu e Felipe já interpretamos a
canção “Våren flyktar hastigt”, de Sibelius, e no meu Recital de Meio de Curso interpretei
a canção “Säv, säv, susa”, do mesmo compositor.
A peça “En Svane” (“Um cisne”), do texto “Seis poemas”, de Henrik Ibsen, é uma (entre as
180) das mais canções mais conhecidas de Grieg, e que primeiro ouvi nas interpretações
de Björling (tenor) e Nilsson (soprano). A canção traz elementos da mitologia nórtica,
sendo a versão original na língua norueguesa, bastante próxima da língua sueca.
Devido a minha classificação vocal (barítono) utilizamos a versão em Mi bemol maior
(original em Fá maior). Para cantar com a pronúncia o mais acurada possível, estudei
elementos da dicção norueguesa e a transcrição fonética desta canção (HERSEY 2016).
Este estudo foi importante para assegurar-me das semelhanças e distinguir as diferenças
na pronúncia da língua sueca, mais familiar, e do norueguês. Uma das maiores
dificuldades/desafios foi a responsabilidade de conduzir a linha melódica todo o tempo do
canto, junto a um acompanhamento de piano muito baseado em acordes em tempos
longos, e manter a expressividade, fluência, e ao mesmo tempo estando sincronizado
com os acordes do piano. O andamento lento dificulta a execução peça, mas procuramos
manter este andamento próximo do original. No clímax da obra, compassos 19-21, tem
um fortíssimo e após um sinal de crescendo (“da löd det!”, compasso 21) que, é um pouco
controverso e difícil de executar. Alguns editores invertem este sinal para diminuendo,
contrariando a escrita original (que procuramos seguir).

II. Felipe Bunilha

Para o estudo individual nessa primeira gravação, foi buscado, além do conhecimento de
notas, dinâmicas e agógica da peça, uma compreensão do humor e "atmosfera" prevista
pelo conteúdo da obra. No entanto, mesmo tendo lido uma tradução da letra para isso,
não pude ter a tradução de cada parte na peça para entender a relação do texto com o
que ocorre na parte do piano, mas para a próxima gravação, já tendo melhor
conhecimento sobre a letra, poderei atentar mais quanto a isso, além de pequenos
detalhes já comentados em aula.

Foi utilizado para a edição/mixagem o aplicativo Inshot, utilizando o método "picture in


picture" para redimensionar e encaixar os dois vídeos. Também foi editado para ao início
termos o título e compositor da obra com transição para o vídeo e fechamento com
transição para o nome dos performers. Foi uma edição mais fácil de realizar e encontrar
um ponto de sincronia. Alguns ajustes de brilho e contraste foram feitos para diminuir um
pouco a disparidade de cores entre os dois vídeos.
Por estarmos em processo de aprendizado dentro das peculiaridades do modo remoto,
ficamos satisfeitos com a primeira mixagem, entendida como um ponto de partida.

Para a segunda mixagem, esperamos acatar as observações do professor, utilizarmos um


andamento um pouco mais rápido que o original, e melhorarmos a execução da peça
como um todo, melhor acertando os tempos, incrementando a expressividade e
melhorando a fluência.

Referências:

HERSEY, Anna. Scandinavian Song: a guide to swedish, norwegian and danish


repertoire and diction. Lanham: Rowman & Littlefield, 2016.

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