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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

INSTRUÇÃO CONJUNTA DE CORREGEDORIAS N. 02


(ICCPM/BM N. 02/2014)

PADRONIZA AS ATIVIDADES DE
POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR

BELO HORIZONTE - MG
2014

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SUMÁRIO

Capítulo I – Da competência da Polícia Judiciária Militar ............................................ 3

Capítulo II – Das situações de flagrante delito ............................................................ 6

Capítulo III – Das providências de polícia judiciária em local de crime militar ............. 6

Capítulo IV – Das providências adotadas pelos responsáveis pela confecção dos


Boletins de Ocorrência ................................................................................................ 8

Capítulo V – Das atribuições do Presidente do Auto de Prisão em Flagrante ............. 9

Capítulo VI – Do procedimento do Auto de Prisão em Flagrante .............................. 10

Capítulo VII – Da investigação em condutas que se amoldem aos tipos penais


dolosos contra a vida de civis.................................................................................... 12

Capítulo VIII – Da Remessa do APF à Defensoria Pública ....................................... 12

Capítulo IX – Da autoria indefinida, colateral ou desconhecida ................................ 13

Capítulo X – Do comparecimento espontâneo .......................................................... 13

Capítulo XI – Da detenção do indiciado por crime propriamente militar .................... 14

Capítulo XII – Das Medidas Cautelares .................................................................... 15


Seção I – Da interceptação telefônica ....................................................................... 15

Capítulo XIII – Da prática de crimes comuns e dos atos ilícitos de improbidade


administrativa ............................................................................................................ 16

Capítulo XIV – Da padronização dos atos de investigação ....................................... 17


Seção I – Da audição simultânea de pessoas........................................................... 17
Seção II – Dos atos diversos ................................................................................... 18
Seção III – Da testemunha anônima..........................................................................21
Seção IV – Dos prazos dos Inquéritos Policiais Militares ......................................... 21

Capítulo XV – Dos inquéritos sob segredo de justiça................................................ 22

Capítulo XVI – Da regulamentação das Comissões de Acompanhamento e Controle


da Letalidade e do Uso da Força da Unidade no âmbito da PMMG ......................... 58

Capítulo XVII – Das prescrições diversas ................................................................. 66

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INSTRUÇÃO CONJUNTA DE CORREGEDORIAS N. 02, DE 03 DE FEVEREIRO


DE 2014 - ICCPM/BM N. 02/14

Estabelece padronização sobre as atividades de


Polícia Judiciária Militar no âmbito da PMMG e
CBMMG.

O CORONEL PM CORREGEDOR DA POLÍCIA MILITAR DE MINAS


GERAIS, no uso de suas atribuições previstas no inciso XI do artigo 4º do
Regulamento da Corregedoria de Polícia Militar – CPM, aprovado pela Resolução n.
3771-CG, de 20 de julho de 2.004, e o CORONEL BM CORREGEDOR DO CORPO
DE BOMBEIROS MILITAR DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições
previstas no artigo 5º da Resolução n. 537-CG, de13 de novembro de 2013, que
estabelece competência, estrutura e atribuições da Corregedoria do Corpo de
Bombeiros Militar de Minas Gerais – CCBM, e,

CONSIDERANDO QUE:

I – as normas jurídicas estão em constante evolução, e as Instituições


Militares Estaduais (IME) devem realizar as atividades de Polícia Judiciária Militar
buscando sempre a celeridade, eficiência e qualidade, alinhadas ao arcabouço
jurídico vigente;

II – os princípios que regem os Direitos Humanos norteiam e


constituem os fundamentos desta Instrução;

III – competem aos Corregedores das IME expedirem instruções


procedimentais de polícia judiciária militar;

IV – o Manual de Processos e Procedimentos Administrativos das


Instituições Militares do Estado de Minas Gerais (MAPPA) revogou a Instrução n. 02
da Corregedoria da PMMG;

V – a Instrução n. 05 da Corregedoria da PMMG foi revogada


parcialmente pelo Despacho 2012-CPM/CPM1, de 19 de setembro de 2012.

EXPEDEM A PRESENTE INSTRUÇÃO CONJUNTA:

Capítulo I
Da competência da Polícia Judiciária Militar

Art. 1º As notícias relacionadas a infrações penais militares serão investigadas, em


regra, pela Autoridade de Polícia Judiciária Militar, com atribuição sobre a
circunscrição do fato (art. 10 do Código de Processo Penal Militar - CPPM), mesmo
que esta envolva militares de Comandos Intermediários distintos, na condição de
autores, coautores ou partícipes.

Art. 2º Crime militar, na esfera estadual, é todo o fato típico, antijurídico e culpável,
de natureza militar, praticado por militares em situações descritas no art. 9º do
Código Penal Militar (CPM), combinado com o tipo de ilícito especificado na Parte
Especial do mesmo diploma legal, que atenta contra o dever militar e os valores das

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Instituições Militares.
Art. 3º O inciso I do art. 9º do CPM se refere aos crimes propriamente militares que,
na esfera estadual, são aqueles cuja prática não seria possível senão por militar,
cujo critério a ser verificado é a condição de militar do sujeito, sendo aquela infração
penal cujo tipo de ilícito está previsto exclusivamente no CPM, tais como: violência
contra superior (art. 157 CPM), deserção (arts. 187 a 194 CPM), abandono de posto
(art. 195 CPM), embriaguez em serviço (art. 202 CPM), dormir em serviço (art. 203
CPM) e outros.

Art. 4º O inciso II do art. 9º do CPM se refere aos crimes impropriamente militares,


ou seja, aqueles tipificados na Parte Especial do CPM, com igual definição na lei
penal comum, quando praticado por militar da ativa ou reconvocado para o serviço
ativo.

§ 1º Nos termos das suas alíneas “a”, “b”, “d” e “e”, será crime militar o fato praticado
por militar da ativa ou reconvocado, contra militar na mesma situação, em qualquer
lugar; ou em lugar sujeito à administração militar, contra qualquer pessoa; ou contra
o patrimônio sob a administração ou a ordem administrativa militar.

§ 2º Nos termos da alínea “c”, será crime militar o fato delituoso praticado por militar
em serviço ou por ter se colocado em serviço, ainda que em trajes civis e de folga,
intervindo numa situação de flagrância, em razão do dever jurídico de agir, em
qualquer lugar e contra qualquer pessoa.

Art. 5º O inciso III do art. 9º do CPM, na esfera estadual, refere-se aos crimes
próprios e impropriamente militares, quando praticados por militar da reserva ou
reformado.

Parágrafo único. Nos termos das suas alíneas “a”, “b”, “c” e “d”, será crime militar o
fato praticado por militar da reserva ou reformado contra o patrimônio sob a
administração ou a ordem administrativa militar, em lugar sujeito à Administração
Militar contra militar da ativa ou reconvocado; contra funcionário da Justiça Militar no
exercício de função inerente ao seu cargo; contra militar em serviço em qualquer
lugar.

Art. 6º As transgressões disciplinares, porventura afloradas ao final do Inquérito


Policial Militar (IPM)/Auto de Prisão em Flagrante (APF), serão resolvidas pela
autoridade que detiver o poder disciplinar sobre o militar acusado, ou pela
Corregedoria, dependendo do caso, o que, inclusive, deverá ser constado na
solução do IPM.

Art. 7º As alegações (denúncias, reclamações, queixas, representações, requisições


e outras de mesma natureza) oriundas do público interno e externo, de autoridades
públicas e civis, noticiando desvio de conduta praticada por militares, que se
enquadrem, em tese, em indícios de autoria e materialidade de crime militar, serão
motivos para a instauração de IPM, com a finalidade de investigar o fato.

Art. 8º Caso a alegação seja anônima ou carente de informações de convencimento,


não delimitando adequadamente os indícios de autoria e materialidade da conduta
infracional, poderá ser realizado um Levantamento Inicial (LI) ou instaurado um
Relatório de Investigação Preliminar (RIP), nos termos do art. 100 do MAPPA.

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Art. 9º Ressalvadas as eventuais medidas preliminares constantes do art. 12 do


CPPM (providências imediatas em local de crime), a lavratura de APF, via de regra,
será atribuição do Comandante da Unidade (Autoridade de Polícia Judiciária Militar),
em cujo âmbito de atuação territorial tenha ocorrido a infração penal, conforme
ressai da alínea “a” do art. 10 do CPPM, ainda que, eventualmente, vislumbre-se a
participação de militares de outras Unidades de Comandos Intermediários distintos,
não podendo ocorrer o fracionamento na lavratura do APF, cabendo, desde que
possível, ao Comandante do infrator, se de maior grau hierárquico, determinar o
procedimento em desfavor de todos.

§ 1º Observar-se-á a seguinte linha de prioridade para a lavratura do APF:


I – o Comandante com responsabilidade territorial em que se deu a consumação ou
a tentativa do fato tido criminoso;
II – o Comandante da Unidade em que serve o militar preso em flagrante, caso o
crime ocorra no município em que esteja localizada a Unidade, ou espaço geográfico
circunvizinho, desde que não haja demora e prejuízo para a lavratura;
III – a Autoridade Militar hierárquica superior.

§ 2º Havendo necessidade de autuar militar(es) pertencente(s), exclusiva e


isoladamente, a Comandos, Diretorias ou Centros Especializados, na região
metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a competência poderá ficar a cargo da
Autoridade De Polícia Judiciária Militar à qual ele(s) esteja(m) subordinado(s).

§ 3º Havendo envolvimento de militares de instituições diversas, para a lavratura do


APF, os conduzidos serão apresentados à Autoridade de Polícia Judiciária de cada
IME, para a autuação do respectivo militar.

§ 4º Os crimes militares cometidos por policiais militares serão apurados pela


PMMG, e os cometidos por bombeiros militares pelo CBMMG.

Art. 10. O flagrante eficiente, previsto na lei processual comum, por meio do qual as
pessoas são inquiridas separadamente em termos próprios e destacados entre si,
compondo, ao final, um todo de natureza modular unido pelo auto de prisão em
flagrante delito, deve ser empregado para a lavratura do flagrante de crime militar,
por força do disposto no art. 3º, alínea “a”, do CPPM.

§ 1º Apresentado o preso à Autoridade de Polícia Judiciária Militar Delegada


(Presidente do APF), juntamente com o Boletim de Ocorrência (BO), ouvirá esta o
condutor e colherá, desde logo, sua assinatura, entregando-lhe cópia do termo e
recibo de entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva do ofendido sempre que
possível, além das testemunhas que o acompanharem, e ao interrogatório do preso
sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada audição, suas respectivas
assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.

§ 2º Se a Autoridade Delegada entender necessária a presença do condutor durante


a oitiva das testemunhas e do conduzido, poderá determiná-la.

Art. 11. Sendo a infração penal somente típica em relação ao ordenamento jurídico
comum, deverá o preso ser conduzido, imediatamente, à presença da Autoridade de
Polícia Judiciária comum competente para as providências cabíveis.

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§ 1º O encaminhamento do militar à Delegacia de Polícia, nos termos do caput deste


artigo, será realizado por guarnição da respectiva Instituição Militar Estadual (IME).

§ 2º Findo o procedimento de autuação na delegacia e sendo mantida a prisão pela


Autoridade de Polícia Judiciária comum, o militar conduzido será recolhido à
Unidade Prisional da PMMG/CBMMG.

§ 3º Durante os procedimentos de prisão, as guarnições envolvidas deverão adotar


medidas para que não haja exposição indevida dos fatos e da imagem do militar
preso.

Capítulo II
Das situações de flagrante delito

Art. 12. As situações de flagrante delito estão previstas no art. 244 do CPPM e no
art. 302 do Código de Processo Penal (CPP).

Art. 13. O militar que praticar fato tipificado como infração penal, comum ou militar,
estando em situação de flagrância, deverá ser preso e apresentado à autoridade
competente.

§ 1º A prisão em flagrante poderá ser efetuada em qualquer dia e a qualquer hora,


respeitadas as garantias constitucionais do preso.

§ 2º O emprego de força só é permitido quando indispensável, no caso de


desobediência, resistência ou tentativa de fuga.

§ 3º Do mesmo modo, o emprego de algemas, nos termos da Súmula Vinculante n.


11/STF, constitui medida excepcional, justificando-se apenas em situações de
resistência à prisão, fundado receio de fuga ou para preservar a integridade física do
executor, do preso ou de terceiros, devendo tal circunstância ser consignada em
boletim de ocorrência.

Art. 14. Efetuada a prisão em flagrante, o militar preso deverá ser imediatamente
apresentado pelo condutor ao Comandante, ou ao Oficial de Dia, ou à autoridade
correspondente.

§ 1º O militar condutor será, em regra, aquele que deu voz de prisão em flagrante e
apresentou o autor do crime militar à autoridade competente.

§ 2º Quando o subordinado der voz de prisão em flagrante delito a um superior,


aquele deverá reter o preso no local até que este possa ser conduzido por um militar
mais antigo ou seu superior hierárquico.

§ 3º Em situações definidas como crime militar, caso haja a lavratura do boletim de


ocorrência, este será, em regra, endereçado à Autoridade de Polícia Judiciária Militar
competente para lavratura do APF.

Art. 15. As testemunhas do fato delituoso deverão estar presentes no ato da


apresentação do militar conduzido. Caso não existam testemunhas da infração,
serão exigidas, no mínimo, duas testemunhas que tenham presenciado a

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apresentação do preso à autoridade (testemunhas de apresentação).

Capítulo III
Das providências de polícia judiciária em local de crime militar

Art. 16. A Autoridade de Polícia Judiciária Militar competente, ou as que lhe sejam
hierarquicamente subordinadas, conforme previsão do art. 12 do CPPM, logo que
tiver conhecimento da prática de infração penal militar, deverá, entre outras medidas:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e a situação
das coisas, enquanto necessário;
II – apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato e
colher todas as provas que sirvam para seu esclarecimento e suas circunstâncias,
após realização da perícia, se houver;
III – efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244 do CPPM;
IV – determinar o comparecimento imediato ao local do crime, observando-se o grau
hierárquico do militar preso, do Coordenador de Policiamento da Unidade (CPU) ou
Coordenador de Policiamento da Companhia (CPCia), ou Coordenador de
Bombeiros da Unidade (CBU) ou, na ausência destes, do Comandante da
Companhia, Pelotão ou Destacamento, que será preferencialmente o responsável
pela condução da ocorrência e providências para a confecção do boletim de
ocorrência que noticie o crime militar à Autoridade de Polícia Judiciária Militar
competente;
V – realizar ou determinar, por delegação de competência, que um oficial proceda à
lavratura do APF, com fiel observância às formalidades legais;
VI – requisitar do CICOp/COPOM/COBOM as gravações das conversações relativas
ao evento, realizadas via rede de rádio;
VII – acionar o Assessor Jurídico, se houver, para acompanhamento dos trabalhos
alusivos à lavratura do APF e das garantias constitucionais.
VIII – designar perito nos termos do art. 48 c/c art. 13, alíneas “f” e “g”, do CPPM, na
eventual impossibilidade de comparecimento da perícia técnica da polícia civil,
conforme modelo referencial.

Parágrafo único. Na hipótese de crime militar praticado mediante disparo de arma de


fogo, uma providência essencial a ser adotada, a partir do primeiro contato e sempre
que possível, será o encaminhamento do militar para coleta de material destinado à
realização de exame residuográfico, bem como da vítima, se necessário.

Art. 17. Na ocorrência de crime militar, especialmente o que tenha sido cometido no
exercício da função ou em decorrência desta, o militar e/ou a guarnição deverá ser
recolhida imediatamente ao quartel, para as providências relativas ao APF pela
prática de crime militar.

§ 1º Havendo, simultaneamente, crime comum, praticado por militar ou civil, outra


guarnição não envolvida na prática do crime militar deverá ser encarregada do
registro da ocorrência na Delegacia de Polícia.

§ 2º Haverá o registro ao Delegado de Polícia (Civil ou Federal) de uma ocorrência


relativa ao crime comum (que estava em andamento), nos termos do §1º, e o
registro de outra ocorrência (do crime militar), dirigida à Autoridade de Polícia
Judiciária Militar, nos termos do inciso V do artigo anterior.

§ 3º A Autoridade de Polícia Judiciária Militar competente deve, pessoalmente,

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deliberar sobre a necessidade de elaboração do APF ou do IPM, observado o


disposto no art. 27 desta Instrução.

Art. 18. Nas ocorrências em que a intervenção policial resulte morte (consumada ou
tentada) de qualquer pessoa, a Central de Operações da IME, por meio do
Coordenador do turno, a Corregedoria/Subcorregedoria ou equivalente deverá ser
cientificada imediatamente.

§ 1º Equipe da Corregedoria e/ou Subcorregedoria deverá, em regra, comparecer ao


local e auxiliar no desenvolvimento das medidas descritas no artigo anterior.

§ 2º Na ausência de representantes da Corregedoria/Subcorregedoria, equipe da


P2/B2 deverá acompanhar a ocorrência.

Capítulo IV
Das providências adotadas pelos responsáveis
pela confecção dos boletins de ocorrência

Art. 19. As guarnições PM/BM responsáveis pelos registros dos boletins de


ocorrência relativos ao crime comum e militar deverão:
I – isolar, preservar, vigiar e controlar o acesso ao local de crime e seus vestígios;
II – acionar a perícia técnica e manter o local preservado até a conclusão dos
trabalhos periciais, salvo se dispensada a cobertura policial pelos peritos;
III – caso a perícia não compareça ao local, constar no histórico do boletim de
ocorrência o nome do transmissor da mensagem do respectivo órgão, bem como o
motivo do não comparecimento;
IV – relacionar e qualificar as testemunhas que presenciaram os fatos ou que
detenham informações sobre os eventos e/ou presenciaram a atuação policial,
conduzindo-as, em seguida, para o local onde será realizado o APF a fim de serem
inquiridas;
V – após a liberação do local de crime pela perícia técnica, se necessário, arrecadar
os instrumentos da infração e/ou objetos que tenham relação com o fato e
encaminhá-los às autoridades policiais competentes.

§ 1º Os materiais apreendidos relacionados ao crime militar deverão ficar


acautelados na intendência da Unidade da PMMG ou almoxarifado da Unidade do
CBMMG, responsável pela elaboração do APF ou outro local seguro, à disposição da
Justiça Militar Estadual (JME).

§ 2º Em se tratando de crime militar e na total impossibilidade de comparecimento da


perícia técnica da Polícia Civil, a Autoridade de Polícia Judiciária Militar deverá ser
cientificada.

Art. 20. A guarnição ou o militar autor ou envolvido na prática de crime militar deve:
I – socorrer a vítima (se mais de uma, priorizar as aparentemente mais graves), com
sua remoção segura à unidade de saúde mais próxima, o que pode ser realizado por
unidades especializadas de socorro, se essa situação não representar iminente risco
de morte;
II – comunicar imediatamente o fato ao Oficial de serviço e ao Comandante da
Unidade;
III – transmitir todas as informações essenciais para a guarnição que assumir a
ocorrência referente ao crime comum, nos termos do § 1º do art. 17 desta Instrução;

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IV – contribuir para a preservação do local do crime, transmitindo ao encarregado do


registro do BO as eventuais intervenções realizadas, essenciais ao socorro da
vítima.

Capítulo V
Das atribuições do Presidente do Auto de Prisão em Flagrante

Art. 21. O Oficial Presidente do APF (Autoridade de Polícia Judiciária Militar


Delegada), considerando o previsto nos arts. 7º e 12 do CPPM, deverá, entre outras
medidas e conforme o caso:
I – apurar o crime militar;
II – prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério
Público as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem
como realizar as diligências que por eles lhe forem requisitadas;
III – cumprir os mandados de prisão e de busca e apreensão expedidos pela Justiça
Militar;
IV – solicitar das autoridades as informações e medidas que julgar úteis à elucidação
da infração penal militar que esteja a seu cargo;
V – requisitar da Polícia Civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e exames
necessários ao complemento e subsídio do APF;
VI – apreender a arma, munições e objetos utilizados na prática do crime;
VII – encaminhar a arma apreendida para exame de eficiência e os projetis e
estojos para microcomparação balística, conforme modelo referencial;
VIII – determinar que uma guarnição PM/BM assuma os trabalhos alusivos à
lavratura do Boletim de Ocorrência, que deverá ser endereçado ao Delegado de
Polícia, observado o disposto nos termos do §1º do art. 17 desta Instrução;
IX – designar um militar para atuar como escrivão, que deverá ser no mínimo
tenente, para presos Oficiais, e sargento, para os demais presos (§§ 4º e 5º, art. 245
do CPPM);
X – permitir a assistência da família e de advogado ao militar preso e assegurar os
direitos previstos no art. 5º da CRFB/88, no que for pertinente;
XI – submeter o militar preso a exame de corpo de delito;
XII – lavrar o APF e remetê-lo à Justiça Militar, juntamente com os materiais
apreendidos na ocorrência;
XIII – proceder à restituição dos objetos a quem de direito, com as cautelas legais,
lavrando-se o respectivo termo, observados os arts. 190 a 198 do CPPM, quando for
o caso.
IX – requisitar a realização de exame residuográfico, caso tal providência não tenha
sido adotada nos termos do art. 16, parágrafo único, desta Instrução.

Art. 22. A nota de culpa (art. 247 do CPPM) deverá ser entregue ao preso, no prazo
máximo de 24 horas após sua prisão, assinada pelo Presidente do APF, expondo o
seu motivo, a tipificação legal do crime militar cometido, o nome do condutor e das
testemunhas.

§ 1º O termo inicial para contagem do prazo de 24 horas será o da voz de prisão em


flagrante dada pelo condutor e não da apresentação do preso à autoridade de polícia
judiciária competente.

§ 2º Lavrado o APF e expedida a nota de culpa, o preso ficará, imediatamente, à


disposição da autoridade judiciária competente.

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§ 3º O conhecimento formal da prisão em flagrante delito ao Juiz de Direito do Juízo


Militar não se resume à mera confecção de um ofício comunicando a prisão, mas
inclui o envio de todo o auto lavrado, da nota de culpa e da certidão dos direitos
constitucionais, de forma a possibilitar a deliberação pela autoridade judiciária
acerca da necessidade de concessão de liberdade provisória ou relaxamento da
prisão, dentre outras medidas.

Art. 23. A remessa do APF à autoridade judiciária deverá ser feita de imediato (art.
251 do CPPM), para que ela conheça do seu conteúdo e das circunstâncias da
prisão em flagrante.

§ 1º O Presidente do APF deve remetê-lo à JME em até 24 horas (art. 251, 1ª parte,
do CPPM), a contar da voz de prisão dada ao militar.

§ 2º As diligências complementares ao APF, tais como exames, perícias, busca e


apreensão dos instrumentos do crime e qualquer outra necessária ao seu
esclarecimento, devem ser encaminhadas à JME, no máximo em 05 (cinco) dias (art.
251, 2ª parte, do CPPM).

§ 3º No momento da remessa ou no prazo destinado às diligências complementares


ao APF, deve o Presidente fazer juntar aos autos o Extrato de Registros Funcionais
(ERF) do preso.

§ 4º Em razão das dificuldades das Unidades do interior do Estado, pode o


Presidente remeter, de imediato, o APF, via fac-símile (fax) ou outro meio
disponibilizado pela JME, sem prejuízo da remessa simultânea dos originais pelos
meios disponíveis.

Art. 24. Os instrumentos, objetos, materiais ou papéis encontrados em poder do


infrator e que façam presumir a sua participação no fato criminoso deverão, quando
for o caso, ser submetidos a exames periciais, na forma da legislação vigente.

Art. 25. Caso o infrator, ao ser preso, tenha a posse de objeto produto de crime,
além de ser obrigatória a lavratura do competente “auto de apreensão”, também,
deve ser procedida a avaliação do objeto apreendido, juntando o respectivo “auto de
avaliação” ao APF (art. 342 do CPPM).

Parágrafo único. A avaliação citada no caput deste artigo se dará também em


relação às coisas destruídas ou deterioradas.

Capítulo VI
Do procedimento do Auto de Prisão em Flagrante

Art. 26. Para a lavratura do APF, deverão ser observados os seguintes


procedimentos:
I – designação da Autoridade de Polícia Judiciária Militar Delegada que irá presidir o
APF, o que, via de regra, dar-se-á por meio de escala previamente definida pela
Autoridade de Polícia Judiciária Militar Delegante (Comandante);
II – confecção da Portaria pelo Presidente do APF;
III – nomeação e compromisso do escrivão, elaborado pelo Presidente do APF;
IV – audição, em regra, das pessoas nesta ordem, em termos separados:

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a) condutor;
b) ofendido, caso haja e não seja o próprio condutor (o ofendido poderá ser ouvido,
também, logo após a audição das testemunhas e antes do interrogatório do militar
conduzido);
c) testemunhas;
d) militar conduzido.
V – produção e juntada de outros documentos;
VI – expedição e entrega ao militar conduzido da nota de culpa e certidão de direitos
constitucionais;
VII – submissão do militar conduzido ao exame de corpo de delito e, em seguida,
seu recolhimento à prisão;
VIII – relatório elaborado pelo Presidente do APF;
IX – ofício de remessa do APF ao Comandante da Unidade;
X – remessa do APF à JME, por intermédio de ofício do Comandante da Unidade.

Art. 27. Se, ao final da audição do militar conduzido, a Autoridade de Polícia


Judiciária Militar verificar a manifesta inexistência da infração penal militar, a não
participação do conduzido em sua prática ou a inexistência das situações que
autorizam a prisão em flagrante, nos termos do art. 246 e art. 247, § 2º, ambos do
CPPM, não haverá o recolhimento do militar à prisão.

Art. 28. Na hipótese descrita no caput do artigo anterior, serão adotadas as


seguintes providências:
I – deixar de expedir a nota de culpa e lavratura dos demais atos subsequentes
descritos nos incisos VI a X do art. 26 desta Instrução;
II – deverá o Presidente do APF elaborar o despacho não ratificador da prisão em
flagrante, conforme modelo referencial;
III – instaurar, imediatamente, Inquérito Policial Militar.

Art. 29. Caberá às autoridades com atribuição legal para conhecer do flagrante
(Comandantes), deliberar sobre a lavratura do APF e, na sua impossibilidade, ao
Subcomandante da Unidade ou Oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou
autoridade correspondente.

Art. 30. Na PMMG os APF, inclusive aqueles realizados em período noturno, finais
de semana, feriados e dias facultativos, serão lançados, registrados e controlados no
Sistema Informatizado de Recursos Humanos (SIRH) ou equivalente, os quais
receberão a numeração fornecida pelo Sistema, aos moldes do que ocorre com o
IPM.

§ 1º No campo destinado ao lançamento do histórico da portaria, será registrada a


portaria confeccionada e assinada pelo Presidente do APF.

§ 2º O procedimento do APF somente admite homologação de solução, uma vez que


a ratificação ou não da voz de prisão em flagrante e o eventual amoldamento da
conduta do militar conduzido ao tipo de ilícito constante do CPM dar-se-á mediante
deliberação prévia da Autoridade de Polícia Judiciária Militar delegante (Comandante
da Unidade).

§ 3º A homologação da solução constante do relatório do Presidente do APF se dará


pelo Comandante da Unidade, observando-se o seguinte:
I – no campo destinado ao lançamento do ato de homologação de solução, constará

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apenas o texto do ofício de remessa dos autos à Justiça Militar;


II – no campo destinado à informação do tipo de boletim, muito embora a portaria e
homologação do APF não necessitem ser publicadas, será apenas informado o
código correlato ao grau de sigilo ou ostensividade do procedimento, tendo em vista
tratar-se de campo obrigatório de preenchimento;
III – no lançamento da homologação de solução de APF, na ação “cadastrar
envolvidos”, deverão ser observados os seguintes procedimentos:
a) no campo “tipo de envolvimento”, deverá ser lançado o código “5 - Indiciado”;
b) no campo “ação legítima”, deverá ser lançada a sigla “N” (não);
c) no campo “indício crime”, deverá ser lançada a sigla “S” (sim);
d) no campo “transgressão disciplinar”, lançar o código “S” (sim), tendo em vista que
o indiciamento implicará, consequentemente, na apuração da transgressão
disciplinar residual ao crime militar vislumbrado.

§ 4º No caso do APF ser encerrado com o despacho não ratificador, no campo


destinado ao lançamento do ato de homologação de solução, constar-se-á o número
da Portaria do IPM instaurado.

§ 5º Levando-se em conta a urgência do encaminhamento dos autos originais do


APF à Justiça Militar, o seu registro do SIRH poderá ser procedido utilizando-se do
teor da cópia dos autos.

Art. 31. No CBMMG os APF serão lançados, registrados e controlados em Sistema


Informatizado próprio.

Capítulo VII
Da investigação em condutas que se amoldem aos tipos penais
dolosos contra a vida de civis

Art. 32. A notícia de fato previsto como crime doloso contra a vida (crimes contra a
pessoa tipificados no CPM: art. 205 - homicídio consumado e tentado; art. 207 –
provocação direta, indireta e auxílio a suicídio), praticado por militar em serviço ou
agindo em razão da função, contra civil, nos termos do § 2º do art. 82 do CPPM,
será investigada pela Polícia Judiciária Militar, por intermédio de Inquérito Policial
Militar ou Auto de Prisão em Flagrante.

§ 1º Deverão ser observados na PMMG, em todos os casos, as orientações


específicas desta instrução, que regulamentam as Comissões de Acompanhamento
e Controle da Letalidade e do Uso da Força na Unidade.

§ 2º Os militares envolvidos diretamente em ocorrências com resultado letal deverão


ser afastados temporariamente do serviço operacional e encaminhados, de imediato,
ao serviço psicológico.

Capítulo VIII
Da Remessa do APF à Defensoria Pública

Art. 33. Dentro em 24 horas após a prisão, caso o militar indiciado e autuado não
informe o nome de seu advogado, deverá ser remetida cópia integral do APF para a
Defensoria Pública.

12
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Capítulo IX
Da autoria indefinida, colateral ou desconhecida

Art. 34. Na autoria indefinida ou indeterminada, quando não se consegue determinar


qual dos militares que, agindo em concurso de agentes, cometeu o crime, lavrar-se-á
o APF em face de todos os militares que agiram em concurso, se estiverem em
flagrante delito. Caso não haja elementos suficientes para a lavratura do APF,
instaurar-se-á IPM.

Art. 35. Na autoria colateral, que se caracteriza justamente por não haver liame
subjetivo entre os agentes, sendo CERTA, haverá a prisão em flagrante, por crime
consumado, do responsável pela prática da infração penal militar e, por delito
tentado, daquele que não conseguiu consumar o crime penal militar. Se INCERTA,
haverá a prisão em flagrante de ambos por crime tentado. Em todos, os casos
lavrar-se-á o APF dos militares que estiverem em flagrante delito. Caso não haja
elementos suficientes para a lavratura do APF, instaurar-se-á IPM.

Art. 36. Ocorrendo autoria desconhecida, que é aquela que não se faz ideia de quem
teria causado ou mesmo tentado praticar a infração penal militar, instaurar-se-á IPM,
pois não há definição de autoria. Permanecendo o desconhecimento da autoria após
a investigação, não haverá indiciamento.

Art. 37. Não se caracterizando os elementos para a lavratura do APF, mas


persistindo-se indícios da prática de crime militar, instaurar-se-á IPM para apurar os
fatos.

Art. 38. Todas as alterações ocorridas no local do crime, em decorrência de medidas


essenciais, deverão ser consignadas no histórico do Boletim de Ocorrência.

Capítulo X
Do comparecimento espontâneo

Art. 39. A confecção do Termo de Comparecimento Espontâneo (TCE), previsto no


artigo 262 e seu parágrafo único do CPPM, só será possível nas seguintes
hipóteses:
I – quando, uma vez instaurado o Inquérito Policial Militar, alguém que não seja
investigado ou indiciado apresentar-se como responsável pelo fato;
II – quando a autoridade tomar conhecimento, pelo próprio militar que se apresenta,
da ocorrência do ilícito penal por ele praticado, e até então desconhecido, quando
ausentes os requisitos para lavratura do APF.

§ 1º No caso de incidência do inciso II deste artigo, além do TCE, deverá a


autoridade instaurar imediatamente o IPM, nos termos do art. 10, “a” ou “b”, do
CPPM.

§ 2º O TCE constitui peça a ser formalizada nos autos do IPM, conforme os termos
do parágrafo único do art. 262 do CPPM.

§ 3º O comparecimento espontâneo não elidirá a lavratura do APF, desde que


presentes os seus requisitos.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 4º O fato de o militar ter praticado o crime em serviço ou agindo em razão da


função, com comunicação ou apresentação imediata à Central de Operações da
IME, Coordenador do turno ou qualquer outra autoridade de polícia judiciária com
atribuição equivalente, não afastará a lavratura do APF, se preenchidos os requisitos
previstos no CPPM.

§ 5º Nos casos em que o IPM já tenha sido encerrado, o TCE será imediatamente
encaminhado à JME.

Capítulo XI
Da detenção do indiciado por crime propriamente militar

Art. 40. A detenção do indiciado prevista no art. 18 do CPPM, que ocorre no curso
das investigações do IPM em que se apura crime propriamente militar, está
respaldada no inciso LXI do art. 5º da CRFB, devendo ser determinada pela
Autoridade Delegante, quando requerida pela Autoridade Delegada (Encarregado do
IPM), observados os seus pressupostos de admissibilidade.

§ 1º Consideram-se pressupostos de admissibilidade os requisitos da prisão


preventiva elencados nos arts. 254 (prova do fato delituoso e indícios suficientes de
autoria) c/c o art. 255 (fundar-se em um dos seguintes casos: garantia da ordem
pública; conveniência da instrução criminal; periculosidade do indiciado; segurança
da aplicação da lei penal militar; exigência da manutenção das normas ou princípios
de hierarquia e disciplina militares, quando ficarem ameaçados ou atingidos com a
liberdade do indiciado), ambos do CPPM.

§ 2º A detenção do indiciado será determinada pela Autoridade de Polícia Judiciária


Militar Delegante que instaurou e/ou mandou instaurar o IPM, devendo o fato ser
comunicado imediatamente ao juízo militar.

§ 3º A Unidade Militar prisional de execução da detenção do indiciado será


determinada em conformidade com as normas da instituição militar a que pertencer
a autoridade que a determinou.

§ 4º Em virtude da limitação constitucional, somente é possível a detenção do


indiciado no caso de crime propriamente militar, não podendo ser aplicada a militares
que estejam na condição de investigados, de testemunhas, ou nos crimes
impropriamente militares (aqueles também previstos na legislação penal comum).

§ 5º Para a decretação da detenção do indiciado que esteja na condição de


investigado, há necessidade, primeiramente, da formalização do respectivo termo de
indiciamento nos autos do inquérito, conforme modelo referencial.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Capítulo XII
Das Medidas Cautelares

Seção I
Da interceptação telefônica

Art. 41. A interceptação telefônica, nos termos da Lei n. 9.296/96 e da Súmula n. 6 –


TJM/MG1, poderá ser requerida diretamente pela Autoridade de Polícia Judiciária
Militar (Autoridade Delegante ou Delegada), no curso da investigação de crimes
militares punidos com penas de reclusão, ao Juiz de Direito do Juízo Militar
competente, especificando os motivos do pedido, constando expressamente que sua
realização é imprescindível à apuração da infração penal, com a indicação dos
meios a serem empregados.

Art. 42. O pedido de intercepção deverá descrever, com clareza, a situação objeto
da investigação, inclusive com a indicação e qualificação dos investigados, salvo
impossibilidade manifesta, devidamente justificada, além de fazer anexar fotocópia
da Portaria de instauração do IPM, bem como cópia dos documentos que
demonstrem as razões do pedido, nos termos do art. 2º da Lei n. 9.296/962.

Art. 43. Os pedidos de interceptação telefônica, telemática ou de informática,


formulados em sede de IPM ou em instrução processual penal devem obedecer ao
disposto na Resolução n. 59, de 09 de setembro de 2008, do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ)3.

Art. 44. Os pedidos mencionados no artigo anterior serão encaminhados à Central


de Distribuição de Feitos da JME, em envelope lacrado, contendo o pedido e
documentos necessários que comprovem as razões do pedido.

Art. 45. Na parte exterior do envelope a que se refere o artigo anterior será colada
folha de rosto contendo somente as seguintes informações:
I – A denominação "Medida Cautelar Sigilosa";
II – A Unidade Militar a que pertence o Encarregado que formula o pedido;
III – A cidade de origem da medida.

Art. 46. É vedada a indicação do nome do requerido, da natureza da medida ou


qualquer outra anotação na folha de rosto referida no artigo anterior.

Art. 47. Deverá ser anexado ao envelope a que se refere o art. 44 desta Instrução
um envelope menor, também lacrado, contendo em seu interior apenas o número e o

1
SÚMULA 6 - O instituto da interceptação telefônica, previsto na Lei n. 9.296/96, é aplicável no
âmbito da Justiça Militar. Referência legislativa: Lei n. 9.296/96 e art. 5º, XII, da Constituição Federal
de 1988. Precedente: Incidente de Uniformização de Jurisprudência – Processo n. 0000272-22-
2013.9.13.0000
2
“Art. 2° Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando ocorrer qualquer
das seguintes hipóteses:
I - não houver indícios razoáveis da autoria ou participação em infração penal;
II - a prova puder ser feita por outros meios disponíveis;
III - o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção.”
3
“Disciplina e uniformiza as rotinas visando ao aperfeiçoamento do procedimento de interceptação de
comunicações telefônicas e de sistemas de informática e telemática nos órgãos jurisdicionais do
Poder Judiciário, a que se refere a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996.”
15
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

ano do procedimento investigatório ou do IPM. Caso o IPM já tenha sido distribuído,


deverá mencionar, também, o número dos autos recebidos na Justiça Militar.

Art. 48. Havendo necessidade de prorrogação de prazo da interceptação telefônica,


telemática ou de informática, a Autoridade de Polícia Judiciária Militar (Delegante ou
Delegada) deverá fazê-lo antes do vencimento do prazo da interceptação em
trâmite, com tempo suficiente para dar continuidade aos trabalhos, sem que haja
interrupção.

§ 1º Para tanto, deverão ser apresentados os áudios (CD/DVD) com o inteiro teor
das comunicações interceptadas, as transcrições das conversas relevantes à
apreciação do pedido de prorrogação e o relatório circunstanciado das investigações
com seu resultado, demonstrando nas razões da prorrogação ser esta
imprescindível à apuração da infração penal.

§ 2º Os documentos exigidos no parágrafo anterior serão entregues pessoalmente


pela Autoridade de Polícia Judiciária Militar competente (Delegante ou Delegada) ou
pelo Escrivão, expressamente autorizado, ao Juiz de Direito do Juízo Militar
competente ou ao servidor por ele indicado.

Art. 49. A Autoridade de Polícia Judiciária Militar, encarregada da investigação,


poderá solicitar à Corregedoria orientações sobre o processamento, modelos
referenciais e apoio nas diligências em que sejam necessárias proceder às medidas
cautelares sigilosas de qualquer natureza.

Parágrafo único. Todos os atos e documentos decorrentes de medidas cautelares


sigilosas serão processados e juntados em autos apartados.

Capítulo XIII
Da prática de crimes comuns e dos atos ilícitos de improbidade administrativa

Art. 50. Os crimes de tortura (Lei n. 9.455/97) e de abuso de autoridade (Lei n.


4.898/65), bem como os atos (ilícitos civis) de improbidade administrativa (Lei n.
8.429/92) praticados por militares estaduais, em serviço ou de folga, devem ser alvo
de análise criteriosa pelas autoridades militares nos diversos níveis, para eventual
abertura de IPM, pela prática simultânea de crime militar, ou de
processo/procedimento administrativo, conforme o caso, podendo resultar, ao final,
na aplicação de qualquer sanção e/ou medida administrativa (movimentação de
Unidade ou Fração, disponibilidade cautelar e outros).

§ 1º As condutas que se amoldam aos crimes de tortura e de abuso de autoridade,


mesmo que já estejam sendo investigadas pela Autoridade de Polícia Judiciária
comum (delegado de polícia), considerando as condições em que foram praticadas,
poderão importar em indícios de crime militar (constrangimento ilegal, lesão corporal,
violação de domicílio, homicídio e outros) e de eventuais transgressões disciplinares
residuais.

§ 2º As condutas que se amoldam aos atos de improbidade administrativa descritos


nos arts. 9°, 10 e 11 da Lei n. 8.429/92 e, simultaneamente, a crime militar serão
investigados por meio de IPM ou, inexistindo indícios de crime militar, mediante
apuração em processo/procedimento administrativo, conforme o caso e de acordo
com a previsão contida nos artigos 14 ao 16, da referida Lei.

16
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 3º Podem constituir, simultaneamente, crime militar e ato de improbidade


administrativa, dentre outros, os tipos descritos nos artigos 240 ao 251, artigos 254
ao 256, contidos no Título V (Dos crimes contra o patrimônio) e artigos 303 ao 310,
contidos no Título VII (Dos crimes contra a Administração Militar), todos do CPM.

§ 4º A instauração de processo/procedimento administrativo, em decorrência de


qualquer desfalque ou desvio de dinheiro, bens ou valores públicos, prática de ato
ilegal, ilegítimo ou antieconômico que cause dano ao erário, deverá ser comunicada
à Auditoria Setorial, mediante envio de cópia da respectiva Portaria e dos
documentos que a originaram, para a análise sobre a necessidade ou não da
instauração de Portaria de Tomada de Constas Especial, sob pena de
responsabilidade solidária.

§ 5º Ao final da investigação criminal ou da apuração administrativa nos atos de


improbidade, além da remessa do IPM à JME, a solução dada pela autoridade
delegante, em ambos os casos, deve prever o encaminhamento de cópia do inteiro
teor dos autos do inquérito ou do processo disciplinar ao Ministério Público
(Patrimônio Público) e à Auditoria Setorial da PMMG/CBMMG.

§ 6º O crime comum praticado por militar estadual da ativa, em serviço ou de folga, e


da reserva remunerada deve ser alvo de análise criteriosa por parte das autoridades
militares, nos diversos níveis, a fim de se verificar a residualidade de transgressão
disciplinar e a consequente necessidade de apuração das responsabilidades de
natureza administrativo-disciplinar.

Art. 51. Não se deve confundir competências de polícia judiciária comum com
aquelas decorrentes de polícia judiciária militar. Um militar investigado por prática,
em tese, de crime militar pode, simultaneamente, estar sendo investigado por
prática, em tese, de crime comum (tortura, abuso de autoridade e outros).

Capítulo XIV
Da padronização dos atos de investigação

Seção I
Da audição simultânea de pessoas

Art. 52. A audição simultânea de pessoas consiste na tomada de


declarações/depoimentos do(s) investigado(s)/conduzido(s), da(s) vítima(s) e
testemunha(s) simultaneamente, visando maior fidedignidade e evitar que as falas
sejam ajustadas.

Parágrafo único. Se a Autoridade de Polícia Judiciária Militar Delegante ou Delegada


entender conveniente, diante da gravidade, complexidade ou das circunstâncias de
cada caso, poderá determinar a audição simultânea de todos ou de parte das
pessoas a serem inquiridas no IPM, devendo nomear, para tanto, o número
suficiente de escrivães “ad hoc”, que, para esse fim, prestarão o compromisso legal.

Art. 53. A Autoridade Delegante ou Delegada, antes de decidir pela tomada


simultânea de declarações/depoimentos deverá entrevistar preliminarmente as
pessoas, visando cotejar as informações colhidas, delinear perguntas comuns para
serem realizadas e selecionar aquelas que serão ouvidas simultaneamente.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 1º As pessoas a serem ouvidas simultaneamente deverão permanecer em salas


distintas, de forma que umas não possam ouvir ou tomar conhecimento das
entrevistas preliminares e das declarações/depoimentos das outras.

§ 2º A Autoridade encarregada do IPM deverá acompanhar as oitivas, realizar


perguntas, se necessário, e esclarecer eventuais contradições entre as diversas
declarações/depoimentos.

Art. 54. Nas hipóteses em que houver contradições de fatos ou circunstâncias


relevantes, a autoridade delegante ou delegada deverá avaliar a conveniência de
proceder à acareação, após o término da audição simultânea, nos termos do art. 365
e 366 do CPPM.

Seção II
Dos atos diversos

Art. 55. No curso das investigações criminais, sempre que possível, deverão ser
observados os seguintes procedimentos:
I – elaborar, quando for o caso, termos de reconhecimento formal dos militares
suspeitos, devendo priorizar o fotográfico quando a(s) vítima(s) e/ou testemunha(s)
demonstrarem receio de proceder ao reconhecimento de pessoas ou quando o
reconhecimento pessoal for inviável, observando o disposto nos artigos 368 e
seguintes do CPPM, que regulam o procedimento, mormente nos crimes tipificados
nos artigos 209 (lesão corporal), 222 (constrangimento ilegal), 223 (ameaça) e 333
(violência arbitrária), todos do CPM;
II – providenciar a formalização do laudo direto nos crimes que deixam vestígios e,
na impossibilidade de sua obtenção, o laudo indireto;
III – providenciar a juntada de fotos, sempre que possível, nas investigações
envolvendo fatos que deixam vestígios, em especial de vítimas de crime de lesões
corporais, independentemente do necessário exame pericial;
IV – realizar perguntas sucintas, precisas e objetivas às pessoas ouvidas no IPM,
quando da formalização dos termos de declarações e depoimentos, com ênfase para
o ponto central da investigação, visando amoldar a conduta delituosa ao(s) tipo(s)
penal(is) disposto(s) no(s) artigo(s) específico(s) do CPM;
V – verificar o interesse do investigado/indiciado em ressarcir o prejuízo provocado,
juntando-se aos autos o respectivo termo de ressarcimento, quando a investigação
envolver crimes de furto, apropriação, peculato e dano. A medida visa a posterior e
eventual atenuação ou extinção da punibilidade, nos termos do § 2º do art. 240, art.
250, parágrafo único do art. 260 e § 4º do art. 303, todos do CPM;
VI – instruir os autos nas investigações de crimes que causam algum dano
patrimonial com a avaliação do valor econômico do bem;
VII – juntar aos autos o Extrato de Registro Funcional (ERF) dos investigados, a
Folha de Antecedentes Criminais (FAC), expedida pelas Polícias Civil e Federal, e
Certidão de Antecedentes Criminais (CAC), expedida pelas justiças comum e militar,
todos atualizados, a fim de possibilitar avaliação, por parte da autoridade delegante,
do Ministério Público e/ou do juiz de direito militar, de antecedentes relevantes que
possam influenciar na tomada de decisões;
VIII – destacar nos termos de depoimentos ou de declarações o nome da pessoa
ouvida (letra maiúscula) e qualificação, fazendo, ainda, inserir o seu CPF, de forma a
viabilizar a sua localização posterior, no caso de mudança de endereço, ou adoção
de alguma medida cautelar que for necessária à investigação;

18
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

IX – especificar, nos autos do inquérito, a localidade e a data em que foi praticada a


conduta investigada, constar os referidos dados separadamente e na forma corrente,
evitando a inclusão do grupo data/hora utilizado na redação de documentos internos
da PMMG/CBMMG (ex: “Na cidade de Belo Horizonte - MG, por volta das 10h30min,
do dia 15/10/2008, segunda-feira” e não “Belo Horizonte, 151030Out08-Seg”);

Parágrafo único. A ausência da representação do ofendido, ou a desistência de sua


apresentação, nos crimes militares de lesão corporal de natureza leve ou culposa,
não impedirá a instauração e o regular desenvolvimento do IPM perante a
Administração Militar.

Art. 56. O Encarregado de IPM, no curso da investigação, poderá despachar


diretamente com a Autoridade Judiciária ou Membro do Ministério Público atuante na
JME, a fim de requerer providências de Polícia Judiciária Militar relacionadas com o
fato sob apuração, como interceptação telefônica, quebra de sigilo bancário, fiscal e
financeiro, mandados de busca e prisão, dilação de prazo, nos termos do art. 63, §1º
desta Instrução, dentre outros

§ 1º O procedimento descrito no caput deste artigo deverá ser comunicado,


preliminarmente, à Autoridade de Polícia Judiciária Delegante, para que esta firme
ou infirme o procedimento.

§ 2º O controle dos autos de IPM encaminhados diretamente à JME, sem que


estejam solucionados em definitivo pela Autoridade de Polícia Judiciária Militar
Delegante, ficarão sob a responsabilidade imediata do seu Encarregado, que deverá
manter contatos periódicos com essa Justiça e informar a Administração Militar
sobre o andamento da investigação.

§ 3º No caso dos autos encaminhados à JME na situação do parágrafo anterior,


caso permaneçam ali retidos para fins de processamento da ação penal ou para fins
de arquivamento, o Encarregado do IPM deverá providenciar fotocópia dos autos
para elaboração do relatório, análise da prática de infração penal, transgressões
disciplinares residuais, solução e encerramento da investigação no SIRH/SIGP.

Art. 57. As armas apreendidas no curso da investigação criminal ou que se


encontrem à disposição da Justiça deverão ficar acautelada na intendência ou outro
local seguro, à disposição da Justiça.

Art. 58. No caso de investigações em que for verificada elevada complexidade na


produção de provas, bem como aquelas cujo fato tenha gerado grande repercussão
na sociedade, poderá a Autoridade Delegante, nos termos do art. 14 do CPPM 4,
solicitar ao Procurador Geral de Justiça a designação de um Membro do Ministério
Público para acompanhar as investigações e prestar assistência ao Encarregado do
IPM.

Art. 59. Nas investigações em que haja filmagem/fotografia de parte da face de


militares investigados ou de outras pessoas envolvidas (testemunhas, ofendido e
outros), em que não for possível identificar a pessoa a ser reconhecida, mas que
haja indícios de ser a pessoa constante na filmagem/fotografia, poderá ser realizado

4
CPPM: “Art. 14. Em se tratando da apuração de fato delituoso de excepcional importância ou de
difícil elucidação, o encarregado do inquérito poderá solicitar do procurador-geral a indicação de
procurador que lhe dê assistência.”
19
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

o reconhecimento facial humano (exame prosopográfico).

§ 1º Para a realização do exame prosopográfico, deverá ser encaminhada para a


perícia mídia digital, contendo:
I – fotografia e/ou filmagem da parte da face que se pretende reconhecer;
II – imagens da face, de frente e de perfil, da pessoa, preferencialmente coincidente
com a época dos fatos, para ser utilizada como parâmetro para o reconhecimento.

§ 2º No ofício de requisição do exame pericial a ser expedido pelo Encarregado do


IPM, deverá constar:
I – o número da Portaria do IPM e o objetivo do exame pericial;
II – o tempo exato na gravação em que aparece a pessoa a ser reconhecida;
III – as características físicas (tatuagem, cicatrizes, cor da pele, estatura, compleição
corporal e outros), as vestimentas utilizadas e outras circunstâncias que permitam
individualizar a pessoa a ser reconhecida (ex: delimitação do setor de interesse,
objetos que estejam segurando ou próximos e outros).

Art. 60. O Programa de Proteção, Auxílio e Assistência a Vítimas e Testemunhas


Ameaçadas - PROVITA - destina-se à(s) vítima(s), testemunha(s) e seus familiares
que estejam coagidos ou expostos a grave ameaça, em razão de colaborarem com
a investigação ou processo criminal.

§ 1º A(s) vítima(s)/testemunha(s) que demonstrarem estar coagidas ou expostas a


grave ameaça, em razão das investigações, deverão ser orientadas pelo
Encarregado do APF/IPM sobre a possibilidade de encaminhamento ao PROVITA.

§ 2º Havendo solicitação da vítima/testemunha coagida/ameaçada, o Encarregado


do APF/IPM deverá avaliar se estão preenchidos os seguintes requisitos para o
encaminhamento:
I – tratar-se de pessoa que colabora com investigação ou processo criminal;
II – gravidade da coação ou ameaça à integridade física ou psicológica;
III – dificuldade de prevenção da coação/ameaça por meios convencionais;
IV – importância do testemunho/depoimento para produção da prova;
V – ausência de restrição legal à liberdade ambulatória do solicitante.

§ 3º Preenchidos os requisitos do parágrafo anterior, o Encarregado do APF/IPM


deverá encaminhar o pedido de inclusão do interessado ao Presidente do Conselho
Deliberativo do PROVITA, conforme modelo referencial, contendo os seguintes
documentos:
I – documentos comprobatórios da identidade do interessado;
II – comprovantes da situação penal do interessado (folha de antecedentes criminais
e certidão criminal do juízo da Comarca);
III – cópia da Portaria do APF/IPM;
IV – cópia dos depoimentos já prestados pelo interessado sobre os fatos objetos de
apuração.

§ 4º Em qualquer hipótese que a vítima/testemunha solicite seu inclusão no


PROVITA e o Encarregado entenda que essa não preenche os requisitos para o
encaminhamento da solicitação, deverá ser elaborado um parecer, de forma
fundamentada, por escrito e que será juntado aos autos, bem como orientar o
interessado que, caso queira, poderá solicitar a sua inclusão pessoalmente no
referido Órgão.

20
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 5º Não deverá ser juntado aos autos do APF/IPM qualquer documento referente ao
encaminhamento do interessado ao PROVITA.

Seção III
Da testemunha anônima

Art. 61. Testemunha anônima é aquela cuja identidade – imagem, nome, endereço,
profissão e demais dados qualificativos – é preservada quando de sua audição, não
constando seus dados na qualificação do depoimento, quando estiver coagida ou
ameaçada em decorrência de seu depoimento, conforme a gravidade e as
circunstâncias de cada caso, conforme o art. 7, IV, da Lei 9.807/995.

§ 1º Em situações excepcionais, a Autoridade de Polícia Judiciária Militar


encarregada do APF/IPM, em decorrência da gravidade, das circunstâncias do caso
concreto, quando a(s) vítima(s) ou testemunha(s) coagida(s) ou submetida(s) a
grave ameaça assim o desejar, não terão quaisquer de seus dados da qualificação
lançados nos termos de seus depoimentos, que não serão assinados pela(s)
vítima(s) ou testemunha(s).

§ 2º Os termos de depoimentos deverão ser impressos em duas vias, sendo a


primeira sem os dados da qualificação, na qual a vítima/testemunha apostará a
impressão digital do dedo polegar, conforme modelo referencial, e a segunda via
conterá os dados da qualificação, na qual a vítima/testemunha assinará.

§ 3º A segunda via, que contém os dados da qualificação da vítima/testemunha e a


sua assinatura, deverá ser lacrada em envelope pardo, o qual deve receber o
carimbo “RESERVADO”.

§ 4º O envelope lacrado que contiver os dados da qualificação da vítima/testemunha


deverá ser anexado ao termo de depoimento da vítima/testemunha, devendo ser
numerada de acordo com a sequência dos autos.

Art. 62. Ao final do IPM, restando indícios de transgressão residual, a Administração


deverá providenciar para que cópia do termo com as anotações dos dados
qualificativos seja entregue, em envelope apartado (fora dos autos), ao responsável
pela condução do processo disciplinar, a quem será transferido o dever de sigilo das
informações contidas no documento.

Seção IV
Dos prazos dos Inquéritos Policiais Militares

Art. 63. Os IPM que tenham militares em liberdade, na condição de investigados ou


indiciados, deverão ser encerrados no prazo regulamentar de 40 (quarenta) dias,
contados do recebimento da Portaria pela Autoridade Delegada, prorrogados uma
única vez pela Autoridade Delegante, por mais 20 (vinte) dias.

§ 1º Nova(s) prorrogação(ões) deverá(ão) ser, obrigatoriamente, solicitada ao Juízo


de Direito Militar, não sendo possível, administrativamente, proceder a renovação,

5
Art. 7º Os programas compreendem, dentre outras, as seguintes medidas, aplicáveis isolada ou
cumulativamente em benefício da pessoa protegida, segundo a gravidade e as circunstâncias de
cada caso: […] IV - preservação da identidade, imagem e dados pessoais;
21
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

nem mesmo sobrestamento do IPM6.

§ 2º No caso de militar na condição de investigado ou indiciado preso, o IPM deverá


ser encerrado em 20 (vinte) dias, somente podendo ser prorrogado pela autoridade
judiciária competente.

§ 3º Se o militar investigado/indiciado for preso no curso do IPM, sendo o prazo


restante superior a 20 (vinte) dias, prevalecerá o prazo contido no parágrafo anterior,
se inferior, conta-se o prazo restante.

Art. 64. Nos IPM em que seja necessário proceder a exames e perícias,
especialmente, o de corpo de delito complementar, a fim de caracterizar a gravidade
do crime, o Encarregado deverá finalizar a investigação com as respectivas provas
periciais.

§ 1º Não sendo possível a juntada dos exames até o encerramento do prazo


estabelecido art. 20, § 1º, do CPPM, deverá ser solicitada a dilação do prazo junto à
JME.

§ 2º Idêntica providência deverá ser observada, quando for necessário realizar a


busca de outras provas e oitivas importantes para a correta e segura elucidação do
fato, que, por motivo justo, não puderam ser coletadas dentro do prazo legal.

Capítulo XV
Dos inquéritos sob segredo de justiça

Art. 65. As investigações criminais são sigilosas por natureza, entretanto, aqueles
IPM que estiverem sob segredo de justiça deverão receber a chancela “SEGREDO
DE JUSTIÇA”, em especial aqueles relacionados a quebra do sigilo telefônico, fiscal
ou bancário, envolvimento de menores e relações de família.

Art. 66. Os procedimentos dessa natureza deverão tramitar na Administração Militar


com cautela e o máximo de reserva, assim como devem estar em envelope lacrado,
quando em circulação, sendo permitido vista ao teor dos autos pelo Encarregado,
seu Escrivão, pela Autoridade Militar Delegante ou a quem ela, motivadamente,
disponibilizar o seu acesso.

§ 1º Nos termos da Súmula Vinculante n. 14/09-STF7 e do art. 16 do CPPM8, os


advogados dos militares indiciados/investigados têm acesso aos documentos e
provas já inseridos e ordenados nos autos de IPM.

§ 2º O acesso aos autos com medida cautelar sigilosa, com decretação de segredo
de justiça, pelos advogados dos militares indiciados/investigados, deverá ser
efetivado por intermédio de autorização do juízo competente.

6
Art. 20 do CPPM
7
Súmula Vinculante n. 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com
competência de Polícia Judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
8
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dele tome conhecimento o
advogado do indiciado.
22
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Art. 67. O IPM relacionado à investigação de caso grave e que requeira melhor
atenção quanto ao grau de sigilo deve receber a classificação de “RESERVADO”,
bem como a respectiva portaria ser publicada somente ao final das investigações,
juntamente com a sua homologação/avocação de solução, para não prejudicar as
investigações. Da mesma forma, o lançamento das informações no SIRH deve
constar como “RESERVADO” em todos os campos.

Parágrafo único. Após o término da investigação, o sistema informatizado deverá ser


preenchido completamente, conforme rotina da Unidade.

Art. 68. Em investigações complexas ou aquelas em que haja suspeita da


possibilidade da ocorrência de ameaças às Autoridades Policiais envolvidas nas
investigações, poderá a Autoridade Delegante, de ofício ou a pedido, decidir pela
designação de mais de um Encarregado, sendo o de maior posto/mais antigo o
coordenador, e os demais, auxiliares.

§ 1º A critério do seu Encarregado, os atos produzidos no curso do IPM poderão ser


assinados conjuntamente, especialmente as representações pela imposição de
medidas cautelares em desfavor dos investigados e o relatório final.

§ 2º Caso verifique a falta dos motivos para que subsista mais de um Encarregado, a
Autoridade Delegante, de ofício ou a pedido, poderá dispensar os auxiliares ou
designar outro Encarregado, que dará continuidade aos trabalhos.

Art. 69. O Encarregado do IPM poderá designar mais de um Escrivão, nas


investigações de maior complexidade e diante das circunstâncias de cada caso.

23
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELOS PARA ELABORAÇÃO DO AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

MODELO REFERENCIAL 01

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Autoridade de Polícia Judiciária Militar:


Escrivão:
Autuado:
Ofendido:

AUTUAÇÃO

Aos ________ dias do mês de __________ de ______, nesta cidade de


___________, no _____________________(Unidade da PM/BM), autuo a portaria e
demais documentos que me foram entregues pelo presidente do presente Auto de
Prisão em Flagrante; do que, para constar, lavrei este termo. Eu. ( nome e posto ou
graduação), servindo de escrivão, que o digitei e assino.

_________________________________________________
ESCRIVÃO

24
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 02

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

PORTARIA N. _______/(ano)-APF

Anexo: Boletim de Ocorrência n. ____/___-___

O ________ (posto e nome do Presidente do APF), Presidente do Auto de


Prisão em Flagrante, no uso de suas atribuições de Polícia Judiciária Militar, que lhe
foram delegadas pelo _________(Comandante da Unidade que determinou a
autuação), nos termos do art. 7º, alínea “h” e § 1º do Decreto-lei n. 1.002, de 21 de
outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar, e,

CONSIDERANDO QUE:

I – foi trazido a sua presença, hoje, às______ horas, neste ____ (Unidade
da PM/BM), ou no local onde o conduzido será autuado, na cidade de
______________, Estado de Minas Gerais, ( nome completo do condutor), que disse
ter dado voz de prisão em flagrante delito a ____________________ ( nome
completo do conduzido);
II – o fato imputado ao conduzido foi (síntese do fato constando o nome do
ofendido);
III – acompanharam a condução as seguintes testemunhas (citá-las);
IV – o conduzido foi apresentado preso a esta autoridade.

RESOLVE:

a) designar como escrivão do APF o _______ (número, P/G e nome), nos


termos do art. 245, § 4º, do CPPM, sob o compromisso legal para exercer as
funções de escrivão, procedendo à lavratura do respectivo APF;
b) recomendar ao escrivão a autuação desta portaria e demais documentos
e proceder aos necessários exames, solicitando-os a quem de direito, mediante
ofício e que se efetuem as buscas e apreensões ou quaisquer outras diligências que
forem necessárias;
c) observância dos prazos de entrega dos autos à Justiça Militar;
d) registrar no Sistema Informatizado de Recursos Humanos (SIRH).

Local e data.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

25
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 03

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

COMPROMISSO DO ESCRIVÃO

Aos ______ dias do mês de ______ de ____, na sede da ______ Cia, do ____, na
cidade de ______, presente o ____ PM/BM _____________, Presidente deste Auto
de Prisão em Flagrante, foi por mim, ______, Posto ou Graduação, pertencente ao
_____, prestado o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo de
escrivão na lavratura do APF em desfavor de _____, da _______ (Unidade da
PM/BM), conforme consta no presente Auto, do que para constar, lavrei e assino
este termo.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

_______________________________________________
ESCRIVÃO

26
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 04

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE

Aos _________ dias do mês__________ de dois mil ________, nesta cidade


de ________________ do Estado de Minas Gerais, na sede do_________ (Unidade
da PM/BM), às ________ horas, onde se achava o senhor ________ (Oficial de
serviço a quem foi apresentado o preso), comigo, escrivão designado e
compromissado nos termos da lei, compareceu o Condutor
________________________, o ofendido (se houver), a primeira testemunha
____________________________ a segunda testemunha
______________________________________________________ e o conduzido
___________________. Inicialmente, pela autoridade militar foi indagado ao
CONDUZIDO se ele possui advogado (caso negativo constar), tendo este
respondido que o acompanhará o _________________________________(se for o
caso), aqui presente, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seção
de (Estado da Federação), com o número ________, telefone _________. Em
seguida, passou a autoridade a inquirir o CONDUTOR (nome em caixa alta, posto ou
graduação, unidade, número de polícia - se militar, nacionalidade, estado civil, data
de nascimento, naturalidade, filiação, identidade, CPF, endereço, profissão e outros
dados, se necessário), sabendo ler e escrever. Aos costumes, disse nada (ou citar
caso de impedimento ou suspeição). Compromissado na forma da lei, respondeu
que (descrever o que for relatado, atentando-se para todos os detalhes necessários
ao cabal esclarecimento dos fatos). Nada mais disse nem lhe foi perguntado.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:_______________________


CONDUTOR: ______________________________________
CONDUZIDO: ______________________________________
ADVOGADO (se presente): ______________________________________
ESCRIVÃO: ______________________________________

27
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Em seguida, passou a inquirir o OFENDIDO, (nome em caixa alta, posto ou


graduação, unidade, número de polícia – se militar, nacionalidade, estado civil, data
de nascimento, naturalidade, filiação, identidade, CPF, endereço, profissão e outros
dados, se necessário), sabendo ler e escrever. Aos costumes, disse nada (ou citar
caso de impedimento ou suspeição). Respondeu que (descrever o que for relatado,
atentando-se para todos os detalhes necessários ao cabal esclarecimento dos
fatos). Nada mais disse nem lhe foi perguntado.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR : ______________________


OFENDIDO: ______________________________________
CONDUZIDO: ______________________________________
ADVOGADO (se presente): ______________________________________
ESCRIVÃO: ______________________________________

28
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Em seguida, passou a inquirir a PRIMEIRA TESTEMUNHA, (nome em caixa alta,


posto ou graduação, unidade, número de polícia – se militar, nacionalidade, estado
civil, data de nascimento, naturalidade, filiação, identidade, CPF, endereço, profissão
e outros dados, se necessário), sabendo ler e escrever. Aos costumes, disse nada
(ou citar caso de impedimento ou suspeição). Prestado o compromisso legal de dizer
a verdade do que souber e lhe for perguntado, respondeu que (descrever o que for
relatado, atentando-se para todos os detalhes necessários ao cabal esclarecimento
dos fatos). Nada mais disse nem lhe foi perguntado.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:_______________________


TESTEMUNHA: ______________________________________
CONDUZIDO: ______________________________________
ADVOGADO (se presente): ______________________________________
ESCRIVÃO: ______________________________________

29
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Na sequência, presente a SEGUNDA TESTEMUNHA (repetir todo o rito da primeira


testemunha). Caso haja outras testemunhas, proceder da mesma forma anterior.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:_______________________


TESTEMUNHA: ______________________________________
CONDUZIDO: ______________________________________
ADVOGADO (se presente): ______________________________________
ESCRIVÃO: ______________________________________

30
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Em seguida, passou o Presidente do APF a interrogar o CONDUZIDO, cientificando-


lhe, antes, dos seus direitos constitucionais de que poderá permanecer em silêncio
durante este interrogatório; de que poderá ser assistido por advogado; de que
poderá comunicar com alguém da família ou outra pessoa indicada o motivo de sua
prisão, o local onde se encontra neste momento e para onde será recolhido após a
autuação; de saber que foi preso pelo _______ (constar o nome do responsável
pela voz de prisão em flagrante) e está sendo autuado pelo _____ (constar o nome
Presidente do APF); de saber que sua prisão será comunicada ao Juiz de Direito da
__ AJME (ou plantonista), além de ter resguardada sua integridade física e moral.
Respondeu chamar-se FULANO DE TAL (qualificá-lo de forma semelhante à
testemunha), sabendo ler e escrever. Ciente das garantias constitucionais que lhe
foram informadas, e sobre os fatos motivadores de sua prisão, declarou que
(descrever o que for dito, atentando-se para todos os detalhes necessários ao cabal
esclarecimento dos fatos); que gostaria que sua prisão fosse comunicada ao Sr.
____ (pessoa indicada pelo conduzido, com especificação da maior qualificação
possível, inclusive endereço e telefone). Nada mais disse nem lhe foi perguntado,
dando-se por encerrado este APF, às _______ horas do dia ________, sendo
assinado por todos e por mim, (nome completo e posto ou graduação), Escrivão,
designado e compromissado na forma da lei, que o digitei.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:_______________________


CONDUZIDO: _____________________________________
ADVOGADO (se presente): ______________________________________
ESCRIVÃO: ______________________________________

31
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 05

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE RESISTÊNCIA

Aos _________ dias do mês__________ de dois mil ________, nesta cidade


de ________________ do Estado de Minas Gerais, às ________ horas, foi realizada
a prisão em flagrante delito do n. ____________________________________,
______________ PM/BM, ______________________________________________,
pela prática do crime militar tipificado no art. _______ do CPM, sendo necessário,
nos termos do art. 234, do CPPM, o uso de força física, com emprego de
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
(mencionar se usou, além de força física, algema ou arma de fogo) resultando (ou
não resultando) em ___________________________________ (lesão, morte) do
mesmo, conforme atestado anexo realizado no ___________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________,
sendo os fatos presenciados (ou de conhecimento no caso de testemunhas de
apresentação) pelas testemunhas ________________________________________
__________________________________________ que assinam este documento.

Após sua prisão e atendimento médico, o militar foi apresentado no


____________, conforme ECD (ou qualquer outro documento similar).

CONDUTOR: ______________________________________

TESTEMUNHA DO ATO: ______________________________________


Nome:
Endereço:
RG:

TESTEMUNHA DO ATO: ______________________________________


Nome:
Endereço:
RG:

32
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 06

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

DESPACHO

Após a lavratura deste Auto, determino ao Sr. Escrivão as seguintes diligências:

a) expedição de Nota de Culpa ao conduzido, com a observância do art. 244 do


CPPM;
b) lavratura da certidão dos direitos constitucionais;
c) lavratura de Auto de Apreensão da arma exibida (ou outra prova apreendida) (se
for o caso);
d) encaminhamento do ofendido ao Instituto Médico Legal, para exame de corpo de
delito, por meio de Ofício (se for o caso);
e) encaminhamento da arma ao Instituto de Criminalística, para exame de corpo de
delito, por meio de ofício (se for o caso);
f) comunicação do fato ao MM. Juiz da 1ª AJME (ou de Plantão);
g) outras providências que se fizerem necessárias, conforme o caso concreto.

Cumpra-se.

Local e data.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

Obs: Os autos do APF, independente da prévia remessa ou contato com o Juiz de


Direito Militar, serão encaminhados por intermédio de Ofício, a ser assinado pelo
Comandante da Unidade do Militar conduzido.

33
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 07

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

CERTIDÃO DE CUMPRIMENTO
DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar Presidente do APF de Portaria


n. ________, (citar nome e posto), CERTIFICA a (nome e posto ou graduação do
conduzido), preso em flagrante delito nesta data pelo ________PM/BM
___________ (nome e posto ou graduação do condutor), pelo(s) crime(s) previsto(s)
no(s), ______________ (descrever o tipo e a conduta) do Dec. Lei n. 1.001/69 –
CPM, que lhe foi dado conhecimento no momento da lavratura do APF que o art. 5º,
incisos XLIX, LXII, LXIII e LXIV, da CRFB/88, lhe assegura, dentre outros, os
seguintes direitos:
1. de permanecer em silêncio, caso quisesse;
2. de ser assistido por advogado, ocasião em que se fez presente, neste ato,
o Bel. _________ (nome), com OAB n. ______;
3. de comunicar-se com pessoa da família ou outra por ele escolhida;
4. que foi preso pelo ______ (citar o nome condutor) e foi autuado em flagrante
delito pelo ____ (identificar a Autoridade que o autuou);
5. que sua prisão foi comunicada ao juízo militar da _____ AJME (ou plantonista);
6. que teve respeitada sua integridade física e moral.

Dada e passada, em duas vias, sendo a primeira entregue em mãos ao preso e a


segunda anexada aos autos.

Local e data.
_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

CIENTE:
Ciente às __________ horas do dia _____/_____/_____.

________________________________________
MILITAR PRESO

TESTEMUNHA DO ATO: _____________________________________________


Nome:
Endereço:
RG:

TESTEMUNHA DO ATO:_____________________________________________
Nome:
Endereço:
RG:

34
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 08

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

NOTA DE CULPA

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar Presidente do APF de Portaria


n. ________, (citar nome e posto), faz saber o _____________ (nome e posto ou
graduação do autuado) que este se acha preso em flagrante delito, à disposição da
Justiça Militar, pelo fato de (síntese do motivo da prisão), sendo condutor (nome,
posto ou graduação do condutor), e testemunhas (nome completo das
testemunhas). O militar foi autuado como incurso no art. _____ (especificar a
tipificação legal), do CPM. Para sua ciência, mandou entregar-lhe a presente nota de
culpa que vai por ele assinada. Eu, (nome, posto ou graduação), servindo de
Escrivão, a digitei.

Local e data.
_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

RECIBO DA NOTA DE CULPA:


Recebi a presente Nota de Culpa às __________ horas do dia _____/_____/_____.

________________________________________
MILITAR PRESO

TESTEMUNHA DO ATO: _____________________________________________


Nome:
Endereço:
RG:

TESTEMUNHA DO ATO:_____________________________________________
Nome:
Endereço:
RG:

Obs: A 1ª via ficará nos autos e a 2ª via será entregue ao autuado. Caso o indiciado
se recuse a receber ou assinar a nota de culpa, constar na certidão esse fato,
colhendo assinaturas de duas testemunhas presenciais.

35
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 09

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

CERTIDÃO

Certifico que cumpri integralmente o despacho de folhas. (citar o


número), a saber:
1. foi expedida a Nota de Culpa, cuja segunda via, devidamente
assinada, foi juntada aos autos, às folhas (citar o número);
2. foi comunicada a prisão ao MM. Juiz de Direito da ___ AJME,
conforme 2ª via juntada aos autos, às folhas (citá-las);
3. por ofício, foi comunicada a prisão do indiciado (citar o nome da
pessoa da família que recebeu a notícia, o grau de parentesco e o endereço) tendo
sido juntada aos autos cópia da comunicação, com recibo do destinatário à folha ___
(citá-la);
4. foi feita apreensão de (citar o que foi apreendido), que encontra-se
recolhido no almoxarifado da ___ (Unidade), conforme recibo de folha ____;
5. foi oficiado ao Instituto de Criminalística solicitando o exame pericial
(citar o objeto a ser periciado), por intermédio do ofício de número _____, juntado
à(s) folha(s) (citá-la);
6. foi oficiado ao Instituto Médico solicitando-lhe (especificar o exame);
7. foi oficiado ao (nome e posto), Comandante do _____, comunicando-
lhe que o indiciado ficará preso à disposição dessa Justiça Militar, (citar a Unidade
onde o preso foi recolhido);
8. outras diligências tomadas.

O referido é verdade e dou fé.

Local e data.

___________________________________________
ESCRIVÃO

36
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 10

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

RELATÓRIO

1. Dados

1.1 Portaria n. ____, de __/__/__


1.2 Autuado(s) com a tipificação da infração penal militar praticada por cada um
deles:
- n._________, ________PM/BM _________________________, art.______, CPM;
1.3 Condutor:
- n._________, ________PM/BM _________________________, art.______, CPM;
1.4 Testemunhas inquiridas: _______________ (fls. __)
1.5 Ofendido(s):_______________, ________________, _______________
1.6 Fato: ___________________ (citar genericamente)
1.7 Local: _____________ Data ____/_____/_____
1.8 Hora __________ Em serviço?_______
1.9 Objetos apreendidos __________________________ (fls. ____ )

2. Conferência das formalidades essenciais do APF

2.1 Foi expedida Nota de Culpa, fl. ____;


2.2 Foi expedida a Certidão de Cumprimento dos Direitos Constitucionais, fl. _____.

3. Dos fatos e da análise das provas

Os fatos, objetos do presente APF, conforme apurado, passaram-se da seguinte


forma: (descrever o fato, com motivação na audição das pessoas relacionadas nos
autos).

4. Exames realizados (ou solicitados)

4.1 A arma envolvida na ocorrência foi recolhida e encaminhada ao Instituto de


Criminalística deste Estado, para exame balístico, conforme ofícios _________.
4.2 O ofendido (e o conduzido) foram encaminhados ao Instituto Médico-Legal, para
realização do exame de corpo de delito (lesões corporais), conforme fls.
__________.
4.3 Outras provas: _________ (descrever).

5. Local de acautelamento

5.1 O ______ PM/BM _________________________,encontra-se preso e recolhido


no Quartel do ___ (citar Unidade e endereço completo), à disposição desse Juízo
Militar Estadual.

37
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

6. Diligências complementares a serem realizadas

Descrever os incidentes e/ou aspectos pendentes do procedimento (perícias


pendentes, vítima não ouvida por estar internada no hospital e sem condições de
prestar declarações, bem como qualquer outra situação extraordinária surgida no
procedimento).

7. Solução

a. Há indícios, em síntese, de cometimento de crime militar previsto no artigo _____


(capitular o tipo penal com indicação de sua respectiva previsão legal) praticado
pelos seguintes policiais militares:
- n._________, ________PM/BM _____________________________, art.______,
CPM;

b. Há indícios, em tese, de transgressão disciplinar residual (citar dispositivos do


CEDM) praticada pelos seguintes policiais militares:
- n._________, ________PM/BM ___________________________________,
art.______, CPM; por haver _______________ (descrever a conduta);

4. Despacho Final

Sejam os presentes autos encaminhados ao Sr. _______ PM/BM, Cmt do _____ ,


para os fins de direito.

Local e data.

__________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

38
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 11

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

Ofício n. _________

Local e data.

Ao Sr. Cmt da Unidade – Autoridade de Polícia Judiciária Militar Delegante


Assunto: remessa de autos de APF.
Anexo: Autos de APF n. ______, contendo _____ folhas.

Encaminho a V. Sa. o presente Auto de Prisão em Flagrante, tendo


como autuado o n. __________, _____ PM/BM ___________, do ______ (nome da
Unidade), como incurso no art. ______ (especificar os tipos) do CPM, conforme
informado à autoridade judiciária, preliminarmente, por este Presidente.

O militar encontra-se preso no ________ (nome da Unidade), situado


na _________ (constar o endereço), à disposição do juízo militar.

Esclareço, ainda, que estão sendo realizadas diligências


complementares no sentido de ... (citar caso haja), as quais serão encaminhadas,
oportunamente, a esse juízo militar.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

39
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 12

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

Ofício n. _________

Local e data.

Anexo: Autos de APF, contendo ___ folhas.

Senhor Juiz,

Encaminho a V. Exa. o presente Auto de Prisão em Flagrante, tendo


como autuado o n. __________, _____ PM/BM ___________, do ______ (nome da
Unidade), como incurso no art. ______ do CPM (especificar o tipo penal militar) ,
conforme informado a essa Autoridade Judiciária, preliminarmente, pelo Oficial
Presidente do procedimento investigatório.

O militar encontra-se preso no ________ (nome da Unidade), situado


na _________ (constar o endereço), à disposição desse juízo.

Esclareço, ainda, que estão sendo realizadas diligências


complementares no sentido de ... (citar caso haja), as quais serão encaminhadas,
oportunamente, a esse juízo militar.

Atenciosamente,

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
COMANDANTE DA UNIDADE

Exmo Sr.
_______________________________
Juiz de Direito do Juízo Militar da _____AJME (ou plantonista)
Capital

40
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 13

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

DESPACHO NÃO RATIFICADOR

Ref.: Portaria n. ______ - APF, de __/__/__

Consta dos autos que os fatos se passaram da seguinte forma:


(descrever o fato, com motivação na audição das pessoas relacionadas nos autos,
demonstrado os fundamentos fáticos, probatórios e jurídicos que justifiquem a não
ratificação da prisão em flagrante).

Ante ao exposto, delibero pela não ratificação da voz de prisão em


flagrante em face do n. ______ PM/BM _________________________.

Sejam os presentes autos encaminhados ao Sr. _______ PM/BM,


Comandante do ______ , para os fins de direito.

Local e data.

__________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
PRESIDENTE DO APF

41
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO PARA ELABORAÇÃO DO


TERMO DE COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO

MODELO REFERENCIAL 14

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

TERMO DE COMPARECIMENTO ESPONTÂNEO

Em ____ de _______________do ano de dois mil e _____, às


____h____min, nesta cidade de ___________________________________, do
Estado de Minas Gerais, onde se encontravam o ____________________(Nome do
oficial para qual o militar se apresentou espontaneamente) comigo,
_____________________, que foi nomeado Escrivão, ao final assinado,
COMPARECEU ESPONTANEAMENTE o ________________________, ________
(número, nome, posto ou graduação), servindo na ___________________________
(Unidade da PM/BM), filho de
____________________________________________ e de __________________,
natural de ___________, Estado de ________, residente _____________________,
confessando ter cometido o crime de ________________________(narrar o crime
militar até então desconhecido ou atribuído a outro militar da forma que for
declarado). Esclarece, ainda, _____________(constar outros detalhes narrados
livremente pelo militar ou por ele respondido à Autoridade Militar que tomou o
presente termo).
Nada mais disse nem lhe foi perguntado e nada mais havendo,
mandou a autoridade encerrar o presente termo que, depois de lido e achado
conforme, vai devidamente assinado por este oficial, pelo militar que se apresentou
espontaneamente, tendo solicitado ___________ (no caso do militar solicitar alguma
providência legal, ou mesmo ter sido verificada a sua necessidade pelo encarregado
do termo, como exame de corpo delito ou outra diligência), pelas testemunhas e por
mim _________________ (nome e posto ou graduação), que o digitei.

ENCARREGADO: ___________________________________
DECLARANTE: ___________________________________
TESTEMUNHA: ___________________________________
TESTEMUNHA: ___________________________________
ESCRIVÃO: ___________________________________

Obs: Este termo será anexado à portaria de IPM a ser instaurado ou já instaurado.
Se o IPM já tiver sido encaminhado para a JME, fazer juntar aos autos,
encaminhando-o motivadamente, via ofício.

42
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELOS PARA ELABORAÇÃO DA PRISÃO DO


INDICIADO POR CRIME PROPRIAMENTE MILITAR NO CURSO DO IPM

MODELO REFERENCIAL 15

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

TERMO DE INDICIAMENTO

O ____ PM/BM ____________, Autoridade de Polícia Judiciária Militar


Delegada, no uso de suas atribuições específicas de Polícia Judiciária Militar a mim
investidas pela Portaria de IPM n. _______ e;

CONSIDERANDO QUE:

I – os depoimentos das testemunhas ouvidas às fls. ____ são


harmônicos no sentido de que viram o n. _____, ___PM/BM ___________________
abandonar a área de serviço, tendo se deslocado para a área do ______, onde
agrediu, constrangeu e lesionou o cidadão ________ no dia _____, por volta das
____ horas, com golpes de cassetete que _____;
II – esteve no local dos fatos o n. ______, ____PM/BM____________,
sendo desacatado e ameaçado pelo investigado, após ser instado sobre o motivo
das lesões descritas pelo ofendido às fls. ___ e pela técnica incerta nos autos às
folhas_____;
III – a escala de serviço de fls. _____ indica que o militar de fato estava
escalado de serviço na área do _____, no dia, na hora e no local indicados
(especificar todas as provas colhidas e que dão suporte – até o momento - de
convicção de que o indigitado militar seja o autor do fato descrito como delito militar);
IV – ... (outras provas e aspectos relevantes que demonstrarem a
convicção da autoria e materialidade delitiva).

RESOLVE:

a) INDICIAR o n. _____, ____ PM/BM _______________________ ,


(ou militares indiciados) como incurso no art. _____ do CPM (tipificar o(s) delito(s)
propriamente militares);
b) Junte-se aos autos.
Local e data.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
ENCARREGADO DO IPM

Obs.: se o indiciamento der-se ao final, durante o relatório, não haverá necessidade


de ser elaborado este termo, bastando esclarecer se o investigado deverá ou não
ser indiciado.
43
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 16

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

MANDADO DE DETENÇÃO DO INDICIADO

Anexo: Cópia da Portaria de IPM

Eu, ____ (nome e posto), Autoridade Militar, em face do requerimento


devidamente motivado e fundamentado pelo encarregado do IPM n. ____/____, nos
termos do art. 5º, LXI, CRF c/c o art. 18 do CPM e art. 255, alínea “___” (citar alínea
correspondente), do CPPM, considerando que restaram fortes indícios de ter o
indiciado praticado o delito capitulado no art. ____, do CPM, crime propriamente
militar.

MANDA a quem for este apresentado, indo por mim assinado, que, em
seu cumprimento, prenda e recolha ao _________ (descrever o local, que em regra,
será a Unidade em que este serve), o indiciado ________ (número,
posto/graduação, nome), por 30 (trinta) dias, durante as investigações policiais.

Cumpra-se, na forma e sob as penas da Lei.

Local e data.

_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
COMANDANTE DA UNIDADE

Observação:
1) este documento deve ser confeccionado em 2 (duas) vias. Uma é do indiciado
preso, a outra fica nos autos, após cumprimento pela autoridade executora.
2) de tudo, o escrivão deverá lavrar certidão, descrevendo o cumprimento do
mandado, local onde se encontra recolhido o militar, comprovando, em seguida, a
remessa de toda a documentação ao juízo militar.

44
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 17

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

Ofício n. _____ /IPM

Local e data.

Anexos: Cópia da Portaria do IPM e documentos que a acompanham, mandado de


prisão, certidão de cumprimento da prisão e outros documentos, conforme o caso.

Senhor Juiz,

Comunico a V. Exa. a DETENÇÃO DO INDICIADO, no curso de IPM n.


____/___, mandada proceder por esta Autoridade de Polícia Judiciária Militar, em
desfavor do _________ (nome do indiciado ou indiciados) pelos seguintes motivos: o
militar encontra-se indiciado por crime propriamente militar descrito no art.___ do
CPM (juntar cópia do Mandado e termo de indiciamento onde está especificado o
delito), nos termos do art. 5º, LXI, CRFB/88 c/c o art. 18 e art. 225, alínea “___” (citar
alínea correspondente), do CPPM.

Informo a V. Exa. que o citado indiciado acima encontra-se recolhido no


__________ (dizer o local).

Esclareço, ainda, .... (outros aspectos relevantes ao fato, quando


necessário).

Atenciosamente,

__________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
COMANDANTE DA UNIDADE

Exmo Sr.
_________________________________
Juiz de Direito da ___ AJME
CAPITAL

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELOS DIVERSOS
PARA ELABORAÇÃO DE IPM/APF

MODELO REFERENCIAL 18

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE APREENSÃO

IPM (ou APF) n. ______/____– _________

Aos ____________ dias do mês de _____ do ano de


_______________, nesta cidade de _____________, na Sede da
_________________________________________________________ em
______________, onde se encontrava presente a Autoridade Militar
_____________________, comigo Escrivão, ao final declarada e assinada, na
presença das testemunhas _____________________ e ______________________,
ambos lotados nesta ________, (ou outra situação específica), foi determinada pela
Autoridade Policial a apreensão do material a seguir descrito: ITEM 01 - 02 (duas)
vias do formulário _________________________________________, digitado,
constando dados descritivos de identificação, dentre outros campos, (descrever
minuciosamente o que se apreende) ____________________________________
_____________________________________________________________ e ITEM
02 - 02 (duas) vias do formulário __________________________________ , onde
consta manuscrito _____________________ e o campo _____________________
com assinatura em nome de ________________________. ITEM 03 - 02 (duas) vias
do formulário _________________________________________, digitado,
constando dados de identificação, dentre outros campos, ______________
___________________________________________________________________;
Referidos materiais foram apreendidos em poder dos _____________ acima
descritos, por ocasião de seus indiciamentos nesta data, por infração aos artigos
___________________ do CPM, nos autos do Inquérito Policial Militar nº
______/____-_________. Nada mais havendo a consignar, mandou a Autoridade
Policial encerrar o presente auto, que depois de lido e achado conforme, vai
devidamente assinado por todos e por mim, ______________, ________________,
__________________, Escrivão, que o lavrei.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:______________________


TESTEMUNHA: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
ESCRIVÃO: ________________________________________________

46
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 19

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE ARRECADAÇÃO
APRESENTAÇÃO E APREENSÃO

IPM (ou APF) n. ______/____-_________

Aos ________ dias do mês de ______ do ano de __________, nesta cidade de


_____________, na Sede da _________________________________, em
______________, onde presente se encontrava a Autoridade Militar
__________________, comigo Escrivão, ao final declarado e assinado, perante as
testemunhas ______________________, brasileiro, casado, carpinteiro, filho de
________________ e _______________, RG ________________, CPF
______________, residente na Rua ______________, n. ______, bairro ____, nesta
Capital, e _____________________, brasileiro, solteiro, desempregado, filho de
_____________ e ____________________, RG ________________, CPF
______________, residente na _______________, n. ___, bairro ____, nesta
Capital, aí compareceu o ___________________ (número, posto/graduação,nome
do militar que apresentou o material), lotado e em exercício no _________
(Unidade), o qual apresentou o material a seguir discriminado, que pela mesma
Autoridade foi determinado a sua formal apreensão: (relacionar todo o material).
Referido material foi arrecadado pelo Apresentante em cumprimento ao Mandado de
Busca e Apreensão n. 125/2006, expedido pelo do Juízo da ___________________,
datado de __________. Nada mais havendo a consignar, mandou a Autoridade
Policial encerrar o presente auto, que depois de lido e achado conforme, vai
devidamente assinado por todos e por mim, ________,
________________,________________, Escrivão, que o lavrei.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:______________________


APRESENTANTE: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
ESCRIVÃO: ________________________________________________

47
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 20

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

DESPACHO

1. Proceda-se à avaliação dos danos causados no (objeto, armamento, imóvel,


viatura ou outro), que se encontra no (local), lavrando-se o competente auto.
2. Nomeio peritos os Srs. (nomes completos de dois Oficiais) para procederem à
avaliação, a qual deverá ser feita no dia (data completa), às horas, no (local
designado).
3. Proceda-se à restituição do (objeto a ser restituído) a quem de direito, com as
cautelas legais, lavrando-se o respectivo termo, observados os arts. 190 a 198 do
CPPM, quando for o caso.
4. .... (outras medidas que se fizerem necessárias).

Providenciem-se as notificações pertinentes.

Local e Data.

________________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
(ENCARREGADO DO IPM ou PRESIDENTE DO APF)

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 21

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

AUTO DE AVALIAÇÃO

Aos ____ dias do mês de _____ de ____, nesta cidade de _______,


Estado de ___________, no Quartel do _________, onde se achava o (posto e
nome), Autoridade de Polícia Judiciária Militar, comigo (nome e posto ou graduação),
servindo de escrivão, presentes os peritos nomeados (nomes dos peritos), ambos do
(se militares, a Unidade onde servem; se civis, profissão e residência ou órgão em
que trabalham) e as testemunhas (nome de duas testemunhas); (se militares, a
Unidade em que servem, se civis, endereço completo), todos abaixo assinados,
depois de prestado pelos referidos peritos o compromisso de bem e fielmente
desempenharem os deveres do seu cargo, declarando com verdade o que
encontrarem, aquela Autoridade encarregou-os de proceder a avaliação dos
seguintes objetos danificados (relacionar os objetos a serem avaliados e as suas
características, estado de conservação e outras informações relevantes), os quais
lhe foram apresentados. Em seguida, passando os peritos a dar cumprimento à
diligência ordenada, depois dos exames necessários, declararam que os objetos
referidos tinham os seguintes valores (citar o objeto e o seu valor, inclusive por
extenso), importando seu valor total em R$ ________ (por extenso).

E foram as declarações que, em sua consciência e debaixo do


compromisso prestado, fizeram. E por mais nada haver, deu-se por finda a presente
avaliação, lavrando-se este auto que, depois de lido e achado conforme, vai
assinado pela autoridade militar, peritos e testemunhas referidas, e por mim (nome e
posto ou graduação), servindo de Escrivão, que o subscrevo.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:______________________


1º PERITO: ________________________________________________
2º PERITO: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
ESCRIVÃO: ________________________________________________

49
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 22

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

TERMO DE RESTITUIÇÃO

Aos ___ dias do mês de _____ de ____, nesta cidade de _______,


no Quartel do __________, presente _________ (posto e nome) __________,
Autoridade Militar, encarregada do IPM, comigo, _________ (posto ou graduação e
nome) _________, Escrivão, compareceu _________ (nome da pessoa que vai
receber o bem, com a qualificação, documento de identidade, CPF, e endereço)
____________, a quem foi deferido, nos autos, a entrega de _______ (citar quais
bens) ________, que foram apreendidos, conforme Auto de Busca e Apreensão (ou
Auto de Exibição e Apreensão) de fls. ___________, por não interessarem ao
presente Inquérito tendo em vista ______ (citar motivo), que demonstram ser os
bens de sua propriedade (especificar a prova). Do que, para constar, lavrei o
presente termo, que vai assinado pela autoridade militar, por quem recebeu o bem,
pelas testemunhas abaixo que tudo assistiram, e por mim, Escrivão.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:______________________


RECEBEDOR: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
TESTEMUNHA: ________________________________________________
ESCRIVÃO: ________________________________________________

50
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 23

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

Ofício n. _____ /____


Local e data.

Anexos: Documentos comprobatórios da identidade do interessado; comprovantes


da situação penal do interessado (folha de antecedentes criminais e certidão criminal
do juízo da Comarca); cópia da Portaria do APF/IPM; cópia dos depoimentos já
prestados pelo interessado sobre os fatos objetos de apuração.
Ref.: IPM de Portaria n. _____

Senhor Presidente do Conselho Deliberativo do PROVITA/MG,

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar, Encarregada do APF/IPM n.


____________, com fundamento na Lei n. 9807/99 e nas Leis Estaduais n.
13.495/00 e n. 15692/05, solicita a V. Sa. a inclusão de _____ (citar nome e
qualificação completa), no Programa Estadual de Assistência a Vítimas e
Testemunhas e familiares de vítimas de crimes – PROVITA/MG, pelos motivos e
fundamentos seguintes:
_________ é testemunha (ou foi vítima) de ilícito penal ocorrido na
cidade de ____, às ____ horas, o qual ensejou a instauração do IPM n. ___.
Durante a investigação criminal, verificou-se que o depoimento da
referida testemunha/vítima possui relevante valor probatório. Contudo, em virtude de
sua colaboração com a investigação, essa vem sofrendo grave coação/ameaças à
sua integridade física/psicológica, as quais acontecem sob a forma de
_______________ .
Haja vista as informações prestadas pela testemunha/vítima, conclui-se
que não há outros meios aptos a protegê-la e garantir sua incolumidade física e
psíquica.
A testemunha/vítima enquadra-se nos requisitos necessários para que
seja incluída no programa, uma vez que não está sob custódia do Estado e por
demonstrar interesse em colaborar com as investigações, apesar de temer por sua
vida, motivo pelo qual se submete às condições estabelecidas na Lei Federal n.
9807/99, nas Leis Estaduais n. 13495/00 e n. 15692/05, e no Decreto Estadual n.
43273/03.
Em razão do exposto, solicito a V. Sa. inserção de _______ no
PROVITA/MG, como medida acautelatória para preservação de sua vida e futura
produção de prova destinada à busca da verdade real.

Atenciosamente,
_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
(ENCARREGADO DO IPM ou PRESIDENTE DO APF)
Ilmo. Sr.
_________________________________
Presidente do Conselho Deliberativo do PROVITA/MG
CAPITAL
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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 24

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

TERMO DE DEPOIMENTO – TESTEMUNHA SOB SIGILO

Local: Quartel do ____ BPM/BM em Belo Horizonte/MG (lugar onde se dá a


inquirição).
Data da oitiva: (dd/mm/aaaa - acrescer o dia da semana)
Nome do encarregado do IPM: (numero, posto, nome)
DEPOIMENTO OU INFORMAÇÃO (caso não seja compromissada) que presta:
NOME: TESTEMUNHA SOB SIGILO, nos termos do art. 7º, IV, da Lei n.
9.807/99.
Lê: (sim/não) Escreve: (sim/não)
Costumes: (disse nada / disse ser parente – citar grau de parentesco / amigo
íntimo, dentre outras)
Compromisso legal: na forma da lei (ex.: não presta por ser irmão do investigado)

INQUIRIDO (reinquirido) acerca dos fatos constantes da portaria n. _______ que lhe
foi lida, respondeu: QUE (transcrever as respostas da maneira mais clara possível e
da maneira mais idêntica possível à fala da testemunha, com a cautela para que a
narrativa da testemunha não permita identificá-la); perguntado (fazer as perguntas
esclarecedoras necessárias, consignando-as no termo) respondeu que (transcrever
as respostas - caso a testemunha responda efetivamente o que lhe foi perguntado,
sem omissões ou evasivas, não há necessidade de se proceder ao registro das
perguntas, apenas as respostas). Nada mais disse, nem lhe foi perguntado e para
constar, lavrei este termo, que iniciado às _________ horas, foi encerrado às
_______ horas do mesmo dia (se houver interrupção fazer constar do termo -
havendo extrapolação do horário, esclarecer os motivos), o qual depois de lido e
achado conforme, vai assinado.

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR:______________________


TESTEMUNHA: ________________________________________________
(inserir somente digital do dedo polegar)
ESCRIVÃO: ________________________________________________

Obs.: este termo será juntado aos autos sem os dados da qualificação.

52
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 25

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

ATO DE NOMEAÇÃO E COMPROMISSO DE PERITOS “AD HOC”

Aos ____ dias do mês de ___________ do ano de _____, nesta cidade


de ___________, no (especificar a Unidade Militar), onde se encontrava presente a
Autoridade de Polícia Judiciária Militar encarregada do IPM n. _________, servindo
de escrivão o n. _____________________________, foram nomeados peritos “ad
hoc” o ___________________________ (número, posto/graduação, nome e
Unidade), e _______________ (número, posto/graduação, nome e Unidade), ambos
portadores de diploma de curso superior, respectivamente em
________________________ e ______________________ e habilitação técnica,
respectivamente, em _________________________ e _______________________,
os quais, com fundamento nos artigos 315 e 318 do Código de Processo Penal
Militar, foram nomeados pelo Encarregado do IPM n. _________ peritos “ad hoc”,
uma vez que são pessoas idôneas e com habilitação técnica, para proceder à
análise (descrever o fato objeto de apuração que será analisado pelos peritos “ad
hoc”).
Nomeados, os peritos “ad hoc” prestaram o compromisso, nos termos
do art. 48, parágrafo único, do CPPM, de desempenhar com zelo, empenho,
isenção, imparcialidade, bem e fielmente o múnus público, não declarando
incompatibilidade ou impedimento legal.
Por fim, o Encarregado do IPM determinou que se lavrasse este termo,
o qual após lido e conferido vai devidamente assinado. Eu, escrivão que o digitei

AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR: _________________


1º PERITO “AD HOC”: _______________________________________
2º PERITO “AD HOC”: _______________________________________
ESCRIVÃO: _______________________________________

53
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 26

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE INGRESSO EM DOMICÍLIO

Eu,______________________________________________________,
filho(a) de __________________________________________________________
e _________________________________________________________________,
nascido no dia_______ (dia/mês/ano), com RG nº ________________, residente na
______________________________, nº __________, Complemento
_______________, Bairro _____________________, cidade de
_______________________________/MG, autorizo de livre e espontânea vontade
os militares, comandados pelo ____________________________, da viatura n.
________, lotados no ____, procederem a uma busca domiciliar em minha
residência no dia ___/___/______, com início às ____:____ h. Findadas as buscas,
foi constatado: _______________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

Por ser verdade, assino este termo, juntamente com duas testemunhas
e o comandante da operação.

MORADOR: ________________________________________

COMANDANTE DA OPERAÇÁO:____________________________

TESTEMUNHA DO ATO: ______________________________


Nome:
Endereço:
RG:

TESTEMUNHA DO ATO: _______________________________


Nome:
Endereço:
RG:

54
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 27

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

REQUISIÇÃO DE PERÍCIA MÉDICO-LEGAL

Ofício n. ______
Local e data.

Ref.: IPM/APF n. _____

Ao Instituto Médico-Legal

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar, Encarregada do IPM de


referência, com fulcro no artigo 321 do Decreto-Lei nº 1002, de 21 de outubro de 1969,
que contém o Código de Processo Penal Militar, requisita a V. Sa. a(s) perícia(s) abaixo
assinalada(s), bem como solicita que o(s) laudo(s) seja(m) enviado(s) a esta Unidade,
no seguinte endereço: _____________.

ESPÉCIE DE PERÍCIA
Lesões Corporais Complementar de L. Corporais Necrópsia
Ossada Mat. orgânico não identificado Conjunção Carnal
Ato Libidinoso Aborto Contágio Venéreo
Verificação de Idade Sanidade Física Sanidade Mental
Exame Toxicológico Embriaguez Puerpério

IDENTIFICAÇÃO DO PERICIADO
Nome:
Idade: Sexo: Cor:
Estado Civil: Profissão:
Natural de:
Residência:
Pai:
Filiação:
Mãe:

HISTÓRICO
Data e hora do fato:
Descrição sucinta:
_________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
(ENCARREGADO DO IPM ou PRESIDENTE DO APF)
Obs.: Este ofício também poderá ser utilizado para fins de encaminhamento da pessoa que
comparecer à Unidade para fins de formalização de reclamação em face de militar,
adequando-se a autoridade requisitante, caso não haja IPM/APF instaurado.
55
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 28

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)
Ofício n. ______
Local e data.

Ref.: IPM Portaria n. _______ (anexar Portaria)

Senhor(a) Diretor(a),

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar, Encarregada do IPM/APF de


referência, com fulcro no art. 8°,“g”, do Decreto-Lei n. 1002, de 21 de outubro de
1969, que contém o Código de Processo Penal Militar, requisita a V. Sa. a realização
de exame de eficiência nas armas de fogo abaixo discriminadas, que acompanham
este ofício.

ARMA PARTICULAR/ DA CARGA (especificar) CARREGADOR

1 01 (UM)

2 01 (UM)

3 01 (UM)

Seguem em anexo ____ (quantidade) cartuchos intactos calibre ___


para a realização do exame de eficiência da(s) armas(s) de fogo (encaminhar dois
cartuchos intactos por arma).

__________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
(ENCARREGADO DO IPM ou PRESIDENTE DO APF)

Ilmo.(a) Sr.(a)
Nome___
Diretor(a) do Instituto de Criminalística
Endereço___

Obs.: Poderão ser formulados quesitos necessários para a realização da perícia e


investigação.
56
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 29

LOGOMARCA DA
INSTITUIÇÃO MILITAR
ESTADUAL
(Unidade)

Local e data.

Ref.: IPM Portaria n. _______ (Anexar Portaria)

Senhor(a) Diretor(a),

A Autoridade de Polícia Judiciária Militar, Encarregada do IPM/APF de


referência, com fulcro no art. 8°,“g”, do Decreto-Lei n. 1002, de 21 de outubro de
1969, que contém o Código de Processo Penal Militar, requisita a V. Sa. a realização
de exame de microcomparação balística de ___ (especificar a quantidade) projétil de
calibre (ou estojo) _____ (especificar o calibre), com as armas abaixo discriminadas,
que acompanham este ofício.

ARMA PARTICULAR/ DA CARGA (especificar) CARREGADOR

1 01 (UM)

2 01 (UM)

3 01 (UM)

O projétil foi retirado do corpo da vítima pelo IML, conforme Laudo


_________ (especificar o local no corpo de onde o projétil foi retirado, se for o caso).

Seguem em anexo ____ (quantidade) cartuchos intactos calibre ___


para a realização do exame de microcomparação balística (encaminhar dois
cartuchos intactos por arma).

__________________________________________
AUTORIDADE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA MILITAR
(ENCARREGADO DO IPM ou PRESIDENTE DO APF)

Ilmo.(a) Sr. (a)


Nome___
Diretor(a) do Instituto de Criminalística
Endereço___

Obs.: Poderão ser formulados quesitos necessários para a realização da perícia e


investigação.
57
( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Capítulo XVI
Da regulamentação das Comissões de Acompanhamento e Controle da
Letalidade e do Uso da Força da Unidade no âmbito da PMMG

Art. 70. As Comissões de Acompanhamento e Controle da Letalidade e do Uso da


Força da força das Unidades da PMMG, visam acompanhar sistematicamente os
fatos em que há envolvimento de policiais militares, da ativa e em serviço, quer na
situação de autor, quer na condição de vítima, nos quais o uso de força causar lesão
ou morte de pessoas.

Art. 71. Além dos fatos constantes do artigo anterior, deverão ser comunicados à
Corregedoria, por meio da matriz mensal, os seguintes casos:
I – homicídio doloso ou culposo, cometido contra policial militar, da ativa, reserva ou
reformado, de serviço ou de folga, qualquer que seja a circunstância;
II – homicídio doloso ou culposo, cometido por policial militar, da ativa, reserva ou
reformado, de serviço ou de folga, qualquer que seja a circunstância e
independentemente de excludentes de ilicitude;
III – suicídios e tentativas de suicídios cometidas por policiais militares da ativa,
reserva ou reformado, de serviço ou de folga, qualquer que seja a circunstância.

Art. 72. O acompanhamento da Comissão se desdobra nas seguintes análises


primárias:
I – obediência pelo policial militar aos princípios da legalidade, necessidade,
proporcionalidade, moderação e conveniência no uso da força;
II – uso de instrumentos, armas, munições ou técnicas de menor potencial ofensivo
pelo policial militar;
III – necessidade efetiva do uso de arma de fogo pelo policial militar, decorrente de
ação em legítima defesa própria ou de terceiro contra perigo iminente de morte ou
lesão grave;
IV – ocorrência de uso de arma de fogo por policial militar contra pessoa em fuga
desarmada ou que, mesmo na posse de algum tipo de arma, não represente risco
imediato de morte ou de lesão grave aos policiais ou terceiros;
V – ocorrência de uso de arma de fogo contra veículo que desrespeite bloqueio
policial em via pública ou em fuga, a não ser que o ato represente um risco imediato
de morte ou lesão grave aos policiais ou terceiros;
VI – ocorrência dos denominados “disparos de advertência”;
VII – ocorrência de prévio alerta quanto à possibilidade de uso de arma de fogo por
parte do policial ou justificativa hábil de sua inocorrência;
VIII – realização, por policial militar presente na ocorrência, das seguintes ações:
a) facilitação da prestação de socorro ou assistência médica aos feridos, inclusive
eventuais cidadãos infratores;
b) promoção da correta preservação do local da ocorrência;
c) comunicação imediata do fato ao seu superior e à autoridade competente;
d) preenchimento do relatório individual correspondente sobre o uso da força.

Art. 73. O preenchimento de relatório individual correspondente sobre o uso da força


e o envio ao presidente da Comissão de acompanhamento e controle da letalidade e
do uso da força da Unidade, com cópia do Registro de Evento de Defesa
Social/Boletim de Ocorrência, observada a cadeia de comando, dar-se-á até o
primeiro dia útil seguinte ao fato.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Art. 74. O relatório individual, de preenchimento obrigatório sempre que o policial


militar disparar arma de fogo ou fizer uso de instrumentos de menor potencial
ofensivo, ocasionando lesões ou mortes, deverá conter as seguintes informações
(vide modelo):
I – circunstâncias e justificativa que levaram ao uso da força ou de arma de fogo por
parte do policial militar;
II – medidas adotadas antes de efetuar os disparos/usar instrumentos de menor
potencial ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser contempladas
(exemplos: presença ostensiva, verbalização, advertência quanto à possibilidade de
uso da força);
III – tipo de arma e de munição, quantidade de disparos efetuados, distância e
pessoa contra a qual foi disparada a arma;
IV – instrumento(s) de menor potencial ofensivo utilizado(s), especificando a
frequência, a distância e a pessoa contra a qual foi utilizado o instrumento
(exemplos: uso de algemas, bastões, sprays de gás);
V – quantidade de policiais militares mortos na ocorrência, meio e natureza da lesão;
VI – quantidade de policiais militares feridos na ocorrência, meio e natureza da
lesão;
VII – quantidade de civis mortos na ocorrência, meio e natureza da lesão;
VIII – quantidade de civis feridos na ocorrência, meio e natureza da lesão;
IX – quantidade de projetis disparados por policiais militares que atingiram pessoas e
as respectivas regiões corporais atingidas;
X – quantidade de pessoas atingidas pelos instrumentos de menor potencial
ofensivo e as respectivas regiões corporais alvejadas;
XI – ações realizadas para facilitar a assistência e/ou auxílio médico, quando for o
caso;
XII – descrição da forma de preservação do local e, em caso de alterações neste, as
justificativas para a sua ocorrência.

Art. 75. O acompanhamento da Comissão se desdobra nas seguintes análises


secundárias e respectivos encaminhamentos:
I – verificação de estar o policial portando, por ocasião do evento, no mínimo 2 (dois)
instrumentos de menor potencial ofensivo e equipamentos de proteção necessários
à atuação específica, independentemente de portar arma de fogo, sendo que essa
verificação apenas deve ser realizada nos casos em que o policial, em razão de sua
função, previsivelmente possa vir a se envolver em situações de uso da força;
II – encaminhamento à Seção competente – ou Diretoria responsável - das
demandas decorrentes da verificação de inexistência dos meios previstos no item
anterior, de sua inoperância, insuficiência ou qualquer outro obstáculo à sua efetiva
utilização pelo policial;
III – verificação da instauração do procedimento de polícia judiciária militar ou
administrativo-disciplinar (Exemplos: Auto de Prisão em Flagrante, Inquérito Policial
Militar, Sindicância Regular ou Sindicância Regular Reservada, Relatório de
Investigação Preliminar);
IV – encaminhamento formal à autoridade competente do conhecimento relativo a
evento, nos casos em que não se verificou instauração do procedimento de polícia
judiciária militar ou administrativo-disciplinar (Exemplos: Auto de Prisão em
Flagrante, Inquérito Policial Militar, Sindicância Regular ou Sindicância Regular
Reservada, Relatório de Investigação Preliminar); nos casos em que o procedimento
instaurado não foi o adequado ao fato; nos casos de vícios no ato de instauração,
condução ou solução ou outras circunstâncias analisadas pela comissão e
devidamente justificadas;

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V – encaminhamento formal ao Corregedor da Polícia Militar de Minas Gerais do


conhecimento relativo a evento em que a Corregedoria de Polícia Militar deva atuar
por previsão normativa ou mediante avocação pelo Corregedor, devendo ser
específico e imediato, não se confundindo com o ato de envio à Corregedoria do
relatório mensal de acompanhamento de letalidade por parte da Comissão;
VI – verificação de prévio treinamento específico, no prazo estabelecido em norma
própria, no manuseio das armas e instrumentos utilizados pelo policial militar e, caso
não tenha ocorrido o referido treinamento, os motivos de sua falta, as
responsabilidades e as medidas saneadoras a serem adotadas, visando a evitar
reincidência de utilização de arma e instrumento por militar não habilitado no âmbito
da Unidade;
VII – verificação do cumprimento das seguintes ações, por parte da Polícia Militar:
a) recolhimento e identificação das armas e munições utilizadas por todos os
envolvidos (policiais e civis), vinculando-as aos seus respectivos portadores no
momento da ocorrência;
b) solicitação de perícia criminalística para o exame de local e objetos, bem como
exames médico-legais;
c) comunicação do fato aos familiares ou amigos da pessoa ferida ou morta;
d) instauração do respectivo procedimento de investigação dos fatos e circunstância
de emprego da força;
e) promoção de assistência médica às pessoas feridas em decorrência da
intervenção;
f) promoção do devido acompanhamento psicológico aos policiais militares
envolvidos, permitindo-lhes superar ou minimizar os efeitos advindos do fato
ocorrido;
g) afastamento temporário do serviço operacional, para avaliação psicológica e
redução do estresse, dos policiais militares envolvidos diretamente em ocorrências
com resultado letal.

Art. 76. As Comissões de Acompanhamento e Controle da Letalidade e do Uso da


Força da Unidade deverão ser criadas no âmbito do EMPM de todas as Regiões de
Polícia Militar, CPE, Unidades Operacionais (até o nível de Cia Independente),
Diretorias, Corregedoria de Polícia Militar e Academia de Polícia Militar.

Art. 77. As comissões terão competência para analisar os casos relativos aos
policiais militares vinculados ao nível de comando que as criaram.

§ 1º Caso o evento envolva militares de Unidades Operacionais distintas, dentro de


mesma RPM ou CPE, será competente para análise do caso a Comissão da Região
respectiva ou do CPE.

§ 2º Caso o evento envolva militares de Regiões distintas, a competência da


Comissão se firmará pelo critério territorial do local de ocorrência (a competência
será da Região com responsabilidade territorial sobre a área de ocorrência do
evento).

§ 3º Caso o evento envolva militares de Regiões ou Unidades operacionais e


militares servindo no EMPM, CPE, Diretorias, Corregedoria de Polícia Militar ou
Academia de Polícia Militar, a competência da Comissão se firmará pelo critério
territorial do local de ocorrência (a competência será da Região com
responsabilidade territorial sobre a área de ocorrência do evento).

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 4º Caso o evento envolva militares servindo em diferentes unidades


administrativas (EMPM, Diretorias, APM e CPM), a competência da Comissão se
firmará sucessivamente:
a) na APM;
b) na DRH;
c) na DEEAS;
d) na DMAT;
e) na DF;
f) na DS;
g) na DAL;
h) na DAOp;
i) na DTS;
j) na DInt;
k) na CPM ou;
l) no EMPM.

Art. 78. As comissões do EMPM, das Regiões, CPM, APM e Unidades Operacionais
terão a seguinte estrutura:
I – Membros permanentes:
a) Chefe da PM1, Chefe do Estado Maior da Região ou do CPE, Subcorregedor,
Subcomandante da APM ou Subcomandante da UEOp, que presidirá a comissão;
b) um oficial da PM2, Oficial Chefe da Seção de Inteligência do Estado Maior da
Região ou CPE, da CPM, da APM ou da UEOp;
c) Oficial Chefe da Seção de Recursos Humanos ou equivalente (Ajudância,
Secretaria) do Estado Maior da Região ou do CPE, da CPM, da APM/BM ou da
UEOp;
II – membros designados pelo Chefe do EMPM, Comandante da Região, do CPE,
Corregedor, Comandante da APM ou Comandante da UEOp:
a) Psicólogo da Unidade;
b) um Sargento, que atuará como escrivão.

Art. 79. As Comissões das Diretorias terão a seguinte estrutura:


I – membros permanentes:
a) Subdiretor que presidirá a comissão;
b) Oficial Chefe da Seção de Recursos Humanos ou equivalente (Ajudância ou
Secretaria) da Diretoria.
II – membros designados pelo Diretor:
a) Psicólogo da Unidade, onde houver;
b) um Sargento, que atuará como escrivão.

Art. 80. A Comissão se reunirá por convocação do seu presidente, sempre que
necessário, devendo haver, no mínimo, uma reunião mensal para consolidação da
matriz a ser encaminhada à Corregedoria de Polícia Militar.

§ 1º No máximo até o décimo dia do mês subsequente deve ser encaminhada à


Corregedoria de Polícia Militar a matriz de eventos do mês anterior (relatório da
Comissão), no formato .xls ou equivalente (planilha de Excel ou Calc.), com todos os
campos preenchidos (modelo 02, em anexo).

§ 2º O encaminhamento a que se refere o parágrafo anterior se dará via Painel


Administrativo, na caixa “Letalidade/CPM”.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

§ 3º Caso seja necessário algum documento em meio físico, a Unidade será


demandada. De igual modo, mesmo que nenhum evento tenha sido registrado no
mês em consideração, tal fato deve ser expressamente comunicado à CPM, para o
devido controle da situação.

Art. 81. Da reunião da comissão será lavrada ata pelo escrivão, devendo ocorrer
com quórum mínimo de 3 (três) membros, no caso das comissões do EMPM,
Regiões, CPE, CPM, APM e UEOp(s) e 2 (dois) membros no caso das comissões
das Diretorias.

§ 1º As atas e demais documentos submetidos à apreciação da Comissão deverão


ser arquivados na P/1, Secretaria ou Ajudância da respectiva Unidade.

§ 2º As análises da Comissão não têm caráter disciplinar e seus encaminhamentos


não têm efeito vinculante.

§ 3º As deliberações da Comissão deverão primar pela busca de aproveitamento


pedagógico das ocorrências.

Art. 82. A comissão, haja vista sua natureza e finalidade, deverá primar pela
oralidade na apreciação dos casos, atuando sem maiores formalidades que
ultrapassem as necessárias ao controle dos casos e encaminhamentos deliberados.

Art. 83. Eventuais dúvidas poderão ser sanadas por consulta formal à CPM, via
Painel Administrativo, na caixa “Letalidade/CPM”.

Art. 84. O disposto neste Capítulo em nada altera as comunicações e trâmite de


conhecimento no âmbito do SIPOM, que permanecem regulamentados por normas e
doutrinas próprias.

Art. 85. São vedadas a divulgação, publicação ou disponibilização de quaisquer


dados, registros, atas ou relatórios sobre o assunto que versa este capítulo, sem
prévia anuência do EMPM ou da CPM.

Art. 86. No CBMMG as Comissões de Acompanhamento e Controle da Letalidade e


do Uso da Força das Unidades serão tratadas em norma específica.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

MODELO REFERENCIAL 30

UNIDADE

RELATÓRIO INDIVIDUAL DE USO DA FORÇA

Ao Sr. Presidente da Comissão de Acompanhamento e Controle da Letalidade


e do Uso da Força da Unidade.

1ª Parte - Dados de qualificação.

O nº ________-____, (posto/graduação:) ______PM/BM (nome completo:)_______,


servindo na (Unidade:)__________________ vem à presença de V.Sa. relatar uso
da força por parte do (s) seguinte(s) policial (is) militar (es):

1) nº ___________-____, (posto/graduação:)________PM/BM (nome completo:)___


____________________________________________, servindo na (Unidade:)____
________________;
2) nº ___________-____, (posto/graduação:)________PM/BM (nome completo:)___
____________________________________________, servindo na (Unidade:)____
________________;
3) nº ___________-____, (posto/graduação:)________PM/BM (nome completo:)___
____________________________________________, servindo na (Unidade:)____
________________
4) nº ___________-____, (posto/graduação:)________PM/BM (nome completo:)___
____________________________________________, servindo na (Unidade:)____
________________.

2ª Parte - Dados da Ocorrência.

a) REDS/BO nº ________________________________(cópia em anexo);


b) Descrição das circunstâncias e justificativa que levaram ao uso da força ou de
arma de fogo por parte do(s) policial(ais) militar(es):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

c) Descrição da facilitação da prestação de socorro ou assistência médica aos


feridos, inclusive eventuais cidadãos infratores:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

d) Medidas adotadas antes de efetuar os disparos/usar instrumentos de menor


potencial ofensivo, ou as razões pelas quais elas não puderam ser contempladas.
(exemplos: presença ostensiva, verbalização, advertência quanto à possibilidade de
uso da força):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

d) Tipo de arma e de munição, quantidade de disparos efetuados, distância e pessoa


contra a qual foi disparada a arma:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

e) Instrumento(s) de menor potencial ofensivo utilizado(s), especificando a


frequência, a distância e a pessoa contra a qual foi utilizado o instrumento
(exemplos: uso de algemas, bastões, sprays de gás):
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

f) Quantidade de projetis disparados que atingiram pessoas e as respectivas regiões


corporais atingidas:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

g) Quantidade de pessoas atingidas pelos instrumentos de menor potencial ofensivo


e as respectivas regiões corporais atingidas:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

h) Ações realizadas para facilitar a assistência e/ou auxílio médico, quando for o
caso:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

i) Descrição da preservação do local ou das justificativas para a falta de preservação


do local:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

3ª Parte - Mortos ou feridos no evento.

a) Quantidade e qualificação dos policiais militares mortos na ocorrência, meio e


natureza da lesão:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
b) Quantidade e qualificação dos policiais militares feridos na ocorrência, meio e
natureza da lesão:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.
c) Quantidade e qualificação sucinta (nome completo e RG) dos civis mortos na
ocorrência, meio e natureza da lesão:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

d) Quantidade e qualificação sucinta (nome completo e RG) dos civis feridos na


ocorrência, meio e natureza da lesão:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

e) Número total de policiais militares mortos durante o evento: _________________.

f) Número total de policiais militares feridos durante o evento: __________________.

g) Número total de civis mortos durante o evento: ___________________________.

h) Número total de civis feridos durante o evento: ___________________________.

4ª Parte - Informações Complementares:


___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________.

Local e data.

___________________________________________
RELATOR

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Capítulo XVII
Das prescrições diversas

Art. 87. No caso de transferência ou demissão do militar preso em flagrante delito,


indiciado em IPM, processado na Justiça Militar ou Comum, deverá o juiz
competente ser imediatamente comunicado, remetendo-se-lhe, inclusive, as
informações alusivas ao endereço onde poderá ser acionado o militar ou ex-militar.

Art. 88. As Autoridades Delegantes de Delegadas, Assessores e os que tiverem


acesso aos autos de processos e procedimentos administrativos não poderão
proceder a qualquer destaque por meio da utilização de canetas esferográficas,
marca texto ou similar.

Art. 89. Incumbe ao militar o ônus da prova quando alegar que a entrada ou
permanência em domicílio alheio ou em suas dependências foi precedida de
consentimento pelo morador.

Parágrafo único. Afora os procedimentos legais relativos à busca domiciliar,


previstos na legislação processual penal, poderão os militares utilizar-se de todos os
meios de provas admitidos em direito para demonstrar que a entrada foi autorizada
pelo morador, devendo lavrar o termo de autorização de ingresso em domicílio,
conforme modelo referencial.

Art. 90. Aplicam-se, no que couber, aos IPM a orientações e modelos referenciais
referentes aos atos probatórios constantes do MAPPA.

Art. 91. O militar (testemunha, vítima ou investigado/indiciado) deverá apresentar-se


desarmado à Autoridade que irá proceder a sua inquirição junto ao IPM/APF.

Art. 92. A presente Instrução Conjunta não esgota os procedimentos e atos


probatórios possíveis de serem desenvolvidos pelas Autoridades na condução dos
procedimentos administrativos, que podem se valer dos meios admitidos em direito.

Art. 93. Os casos omissos serão tratados e resolvidos pela CPM/CCBM, devendo
ser observada a cadeia de comando, até nível de Unidades de Direção
Intermediária, antes de se reportarem à Corregedoria, possibilitando ao Comando
Intermediário conhecer a questão e, inclusive, procurar solucioná-la.

§ 1º Na PMMG, as consultas deverão ser, em regra, formais e acompanhadas do


parecer do respectivo assessor jurídico da Unidade consulente ou da UDI, devendo
os contatos com a Corregedoria, excetuando-se casos especiais relacionados com
a elaboração de processos de natureza demissionária e exoneratória, ser efetivados
por intermédio das Subcorregedorias, SRH, Adjuntorias de Justiça e Disciplina,
preferencialmente, via mensagem eletrônica institucional.

§ 2º No CBMMG, os contatos das Unidades com a Corregedoria deverão ser


formalizados por meio dos Cartórios das Unidades.

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( - SEPARATA DO BGPM Nº 12 de 11 de fevereiro de 2014 - )

Art. 94. Revogam-se:

I – na PMMG, o Ofício Circular n. 5999.2.2/2011-CPM e a Instrução de Corregedoria


n. 05/2012 e demais disposições em contrário;
II – no CBMMG, as disposições em contrário baixadas pela CCBM.

Art. 95. Esta Instrução Conjunta entra em vigor a partir da data de sua publicação.

Belo Horizonte, 03 de fevereiro de 2014.

(a) Hebert Fernandes Souto Silva, Coronel PM (a) Matuzail Martins da Cruz, Coronel BM
Corregedor Corregedor

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