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Compreendo a necessidade de garantir uma formação que tenha sentido para o professor

com fulcro na unidade teoria e prática, intencionando a promoção de projetos que


integre a coletividade e (re)ssignificação dos saberes e fazeres docentes. Mergulhei nas
percepções dos pesquisados, nas quais evidenciaram por meio das sensações e
sentimentos, a necessidade de uma formação, na qual incentive financeiramente tanto o
professor formador, como os participantes. Além disso, no desenho metodológico da
formação atente para a carga-horária, a multimodalidade e temática abordada de acordo
com as necessidades do professor em formação.
“As redes devem trabalhar em regime de colaboração e incentivo
financeiro para os formadores/cursistas, aperfeiçoamento das horas
de estudos. Que a metodologia de uma formação de qualidade
ocorra de forma unificada na rede, traga temas atuais e em que os
professores se sintam motivados a colocar em prática as temáticas
abordadas.” (CUMARU, 2023)
“Na Rede Estadual de Ensino a nossa maior dificuldade é conciliar
horários para os momentos formativos que favoreçam a
participação de um número maior de professores. Nesse sentido, o
período de recesso escolar é o mais adequado à formação
presencial de nós professores.” (CATINGUEIRA).
“Deve incluir diferentes modalidades (presenciais, semipresenciais
e/ou à distância), priorizar a interação entre o público-alvo na
resolução de situações/problemas e apresentar temáticas amplas e
específicas que atendam as demandas dos professores, alunos e
comunidade escolar e, não exclusivamente, intencionalidades
projetadas de forma institucional.” (PAU D’ARCO, 2023).

O engajamento e motivação fazer parte do processo formacional do professor. Nesse


sentido deve-se pensar em um processo de formação continuada, em regime de
colaboração com os municípios. Em outras palavras, unificação da rede pública de
ensino na abordagem temática da atualidade, incluindo uma implementação processual
desses temas na sua prática pedagógica. A aprendizagem acontece por meio da
experimentação, possibilitando a ressignificação do saber pedagógico.
Nesse ínterim, propor uma formação no contexto multimodal, a partir de Schlemmer
(2020), ofertando diferentes modalidades, flexibiliza o contexto da formação,
compreende a necessidade e disponibilidade do professor. Essa proposta possibilita o
aumento na participação de cursistas, tendo em vista que a maioria dos professores
trabalham tanto nas redes de ensino municipal, quanto estadual, simultaneamente.
Defendo que o reconhecimento dessa realidade complexa conduz à necessidade de se
construir ações significativas em prol de transformação ações coletivas, construtivas e
colaborativas. À luz de Sonneville e Nascimento (2009), reconheço que a
responsabilidade fundamental nesse aspecto recai sobre os sistemas municipais e
estaduais de educação, os quais desempenham um papel crucial na garantia de um
processo educativo de qualidade para toda a comunidade escolar, além de possibilitar o
desenvolvimento profissional dos professores. Sua atuação vai além da
empregabilidade, envolve salários, benefícios e estabilidade, assim como a formulação e
implementação de políticas públicas voltadas para a educação.
TRAZER AQUI MORIN
Saliento que a unificação da rede, possibilita um processo formacional de professores,
equitativo, inclussivo e equinânime, promovendo a colaboração e a socialização de
experiências e práticas entre professores, criando oportunidades para uma aprendizagem
mútua na promoção de comunidade de professores mais forte e unida. Um dos
principais desafios dessa abordagem unificada pode ser a gestão de diferenças
contextuais. É importante que a formação unificada seja flexível o suficiente para
permitir e modificações de acordo com as necessidades específicas de diferentes
contextos escolares. Isto é, uma formação de professores deve ser unificada, mas não
engessada.

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