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Boa noite

Era um fim de tarde como os outros, rotina normal de um policial, se


Rubens não tivesse que perseguir um carro. Assim que o avistou
correndo em alta velocidade, suspirou subindo em sua moto e foi
atrás; "Por favor, estacione veículo na guia a esquerda" mal tinha
pregado os olhos na noite anterior, além que o dia tinha sido bem
cansativo. Ele não estava mais com um pingo de paciência pra bancar
o policial bonzinho."
Rubens tentava de toda forma parar o carro, era quase impossível.
Pegou um megafone e repetiu as mesmas palavras de antes, e nada.
Tinha se passado quase uma hora inteira, então finalmente o carro
tinha parado.
Ele saiu de moto já com a caderneta na mão anotando todas as
penalidades, e foi direto pro lado do motorista; pelo reflexo do
espelho, não teve certeza, mas pode ver que o homem colocou algo na
boca rapidamente.
-Ele parou o carro pra isso ou por que quis logo obedecer?Suspeito…-
Antes que pudesse anotar aquilo no pequeno caderno, ele ouve uma
porta de carro se abrindo, o tal homem estava fugindo, Rubens já
irritado gritou:”Parado aí, agora!”
Mal deu dois passos, o fugitivo caiu de cara no chão; não se conteve e
começou a rir “Isso que dá tentar fugir” ajudou a levantar pedindo
pra assoprar no bafômetro
Que ele estava bêbado eu já suspeitava
Fez o homem se sentar em um banco perto do lugar, e começou a
fazer um breve interrogatório: “Consegue se lembrar de seu nome?”
-Mich..Michael- Balbulicando entre os soluços- Eu preciso voltar logo
pra casa, me deixa ir.
Rubens suspirou profundamente, já não estava com um pingo de
paciência para aquela bagunça toda, mas não poderia simplesmente
deixar o tal de Michael ir pra casa como se nada tivesse acontecido-
só com algumas multas. O melhor que pôde pensar em fazer, era
levá-lo a delegacia e deixar que outros policiais resolvessem aquilo;
dito e feito, Rubens levou Michael direto pra delegacia “Vou querer
hora extra por causa desse” disse ao policial apoiado no balcão
quando terminou de fazer o relatório, e foi bater cartão.
Ele ouviu um barulho de algo caindo, se virou meio assustado com
aquilo, até que avistou Michael no chão espumando pela boca.
Houve um grande tumulto envolta da delegacia, tinha umas pessoas ali
também,uma senhora resmungando alguma coisa e apontando para
uma ambulância. O médico começou a falar o resultado assim que
terminou a inspeção e levaram o corpo pra dentro da
ambulância:”Morreu aproximadamente às duas horas da manhã em
ponto, causa ainda é desconhecida, mas supomos que tenha sido a
overdose de bebida alcoólica" dando uma pausa como se tirasse um
fato da frase,
Falado isso,ele dispersou a multidão e quase todos foram embora.
-Senhor- Rubens disse cutucando seu braço- Tem alguma outra
suposição do que causou a morte dele?
-Eu não quis falar, pois era provável causar mais tumulto que já
estava, mas é provável ter sido por alguma droga que o falecido
Michael ingeriu, mas como no relatório não havia nada sobre... Se
lembra de algo ligado a isso?
Com a mão no queixo, ele começou a pensar.
Droga...Algo que ele ingeriu...Talvez…
-Eu me lembro!-Apontou pro alto como se tivesse acabado de ter uma
idade-Antes que eu fosse falar com ele, eu vi pelo espelho ele
colocando algo na boca.-O médico se espantou um pouco “Como
esqueceu de anotar isso?” revirando os olhos de leve, se lembrou o
porquê “Quando ele tentou fugir, te atrapalhou na anotação, né?"
Rubens assentiu. Não estava conseguindo dormir muito bem, e o dia
tinha sido cansativo, logo seu cérebro estava cansado; fazendo com
que sua memória tivesse piorado.
-Recomendo que você tira o dia de folga amanhã, para se recompor e
trabalhar melhor. Não queremos que esqueça algo naquele nível de
importância certo?- falou rindo e se despedindo.
-Vou tentar então, boa noite.

Laura Martins e Marcela Ferraz

GRADE DE CORREÇÃO

Critério Nota (2,0) Legenda das marcações dos principais


problemas

Adequação à proposta – Ortografia

– Acentuação

1,5 – Informalidade

Gênero textual – Separação silábica

– Escolha inadequada de vocabulário

– Sentido impreciso/ vago

– Ilegível

– Uso da vírgula
– Uso da crase
1,5
0 – Concordância verbal
Modalidade
– Concordância nominal

Problemas gramaticais (ortografia,


2 – Falha na estrutura sintática
centuação, pontuação, concordância,
regência, flexão nominal e verbal). 3 – PPU – Parágrafo de período único
roblemas semânticos (ambiguidade,
adequação vocabular, uso de termos 4 – Ausência de conectivo para articular
vagos e imprecisos).
artes do texto

5 – Emprego inadequado de conectivo

6 – Lacuna/ Informação não desenvolvida


1,5
7 – Repetição lexical
Coesão

Problemas de coesão dentro dos


arágrafos: ausência de pontuação ou
uso inadequado; uso inadequado de
onomes, tempos verbais e de termos
que retomem outros elementos;
ausência ou uso inadequado de
onjunções que estabelecem relações
entre períodos; problemas de
paragrafação.

Problemas de coesão fora dos


arágrafos: Não há relação de sentido
entre os parágrafos; ausência ou uso
inadequado de conjunções que
exprimem relações entre parágrafos.

1,5

Coerência

Nota Final (0-10) 8


Comentários gerais

Laura e Marcela,

A história é coerente com as pistas que vocês tinham em mãos, muito


bem! Sobre a estrutura, não alterne entre uso de aspas e de
travessão, escolha apenas uma das marcas!

O que realmente aconteceu:

O homem estava dirigindo bêbado e foi parado por um policial. Por já


ser tarde da noite, o policial prendeu o homem numa cela isolada que
já não era mais utilizada, mas se esqueceu de anotar esse
procedimento. Como o policial viajou de férias na manhã seguinte, seu
erro foi verificado apenas dez dias depois, quando chegou à delegacia
uma informação de pessoa desaparecida e um colega se lembrou do
homem bêbado. Porém, para o prisioneiro não havia mais salvação.

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