A vulnerabilidade social não é apenas desigualdade social, mas engloba todas
as suas consequências para as crianças e adolescentes que estão nesse
quadro marginalizado da população, sofrem exclusão tanto de vínculos afetivos familiares quanto da sociedade, sofrem com um amadurecimento precoce, com privação de acesso à cultura, alimentação saudável, lazer e educação de qualidade, e um baixo rendimento escolar, além disso estão sujeitos a exploração do trabalho infantil que pode provocar o abandono escolar e futuramente acarretar em uma baixa perspectiva profissional e levando-os à trabalhos informais e mal remunerados, isso somado a exposição a violência forma um incentivo a participação de atividades ilegais e promove problemas consideráveis na autoestima e em encontrar sua identidade individual. A aprendizagem de um aluno na situação de vulnerabilidade social é um grande desafio, afinal há sem dúvidas muitas dificuldades a serem superadas e é necessária uma rede social formada pelos órgãos responsáveis por amparar e garantir os direitos dessas crianças e adolescentes como o Conselho Tutelar e o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente (PEREIRA, 2013). Uma boa alternativa para essa situação é a teoria do ensino centrado no aluno de Carl Rogers, onde o professor além de se adaptar às necessidades individuais do aluno, tem o dever de causar nele uma apetência pelo saber mostrando a relevância e a utilidade no cotidiano do assunto ensinado formando assim uma aprendizagem significativa já que ele percebe que precisa dela para realizar seus próprios objetivos, dessa forma, estimulando-o a buscar sempre melhorar as suas competências e a pensar por si próprio para que ele não seja apenas um aluno, mas um estudante. Há cinco elementos que devem ser prioridade para o funcionamento do sistema educacional: as habilidades inatas individuais que ainda serão aprendidas, a aprendizagem é particular e deve conter materiais específicos para as necessidades de cada caso, deve ser levado em conta que a aprendizagem vai modificar a percepção e em alguns casos até o comportamento do aluno, a aprendizagem significativa vai ser de mais fácil assimilação com a associação, e o estímulo a libertação da zona de conforto vai ser compreendida de forma individual por cada pessoa (PINHEIRO; BATISTA, 2018).
PEREIRA, Sandra Eni Fernandes Nunes. Crianças e adolescentes em
contexto de vulnerabilidade social: Articulação de redes em situação de abandono ou afastamento do convívio familiar. Aconchego, v. 1, p. 21, 2013. Disponível em: <http://acolhimentoemrede.org.br/site/wp-content/uploads/2016/08/Artigo- sobre-a-REDE.pdf> PINHEIRO, Marlene Nogueira; BATISTA, Eraldo Carlos. O aluno no centro da aprendizagem: Uma discussão a partir de Carl Rogers. Psicologia & Saberes - ISSN 2316-1124 V.7, N.8 2018. Disponível em: <http://revistas.cesmac.edu.br/index.php/psicologia/article/view/770/647>