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Período de Realização
Memória
Objetivos
Trabalho a desenvolver
Recursos
Deverá recorrer:
Total: 4 valores
Normas a respeitar
O seu E-fólio não deve ultrapassar 3 páginas A4 (folha de rosto não conta) redigidas em
Arial, tamanho 11. O espaçamento entre linhas deve corresponder a 1,5 linhas. Não
deve alterar a formatação da folha de resposta, mantendo o espaçamento entre linhas
e as margens.
Deve carregar o referido ficheiro para a plataforma no dispositivo E-fólio B até à data e
hora limite de entrega. Evite a entrega próximo da hora limite para se precaver de
eventuais problemas.
Equipa docente
CÓDIGO: 41050
NOME: TP
N.º DE ESTUDANTE:
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TRABALHO / RESOLUÇÃO:
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trabalho, no entanto, estas memórias ainda podem ser divididas em alguns subtipos,
alguns dos quais irei abordar ao longo do trabalho.
Na memória sensorial, as informações entram no sistema através dos sentidos e são
brevemente retidas, armazenadas por frações de segundo após o desaparecimento do
estímulo, seja este visual, auditivo, tátil, etc. Podemos identificar diferentes tipos de
memória sensorial, como visual, auditiva, olfativa, tátil e gustativa, sendo que as mais
estudadas são as memórias visual e auditiva. A memória visual retém imagens por
curtos períodos, sendo crucial para perceber o movimento em filmes. A memória
auditiva compreende o que ouvimos, retendo informações auditivas brevemente,
facilitando a ligação entre as frases num discurso. Os sistemas de memória sensorial,
como parte do processo preceptivo, representam imagens preceptivas e os seus
conteúdos podem ser perdidos ou, se receberem atenção, são processados para
armazenamento a curto ou longo prazo (Monteiro & Santos, 2001).
A memória a curto prazo, é uma construção teórica derivada da análise dos resultados
de estudos conduzidos por Brown (1958) e Perterson e Peterson (1959) (Pinto,2001),
que tem o papel de armazenar temporariamente informações logo após o
desaparecimento do estímulo, sendo mais duradoura e controlada pelo sujeito em
comparação com a memória sensorial. No quotidiano, ao reservar bilhetes para um
concerto, utilizamos essa capacidade para reter temporariamente dados essenciais
(como números de telefone) facilitando na realização de tarefas imediatas. Em 1956,
George Miller destacou a limitada capacidade da memória de curto prazo no seu estudo
"O Número Mágico Sete", que traduzia que a maioria das pessoas retém apenas sete
itens a curto prazo em tarefas que exigem lembrança de material não familiar (Machado,
2019). Importa salientar que parte da informação retida na memória a curto prazo é
transferida para a memória a longo prazo, especialmente quando os conteúdos são
significativos e pertinentes ao indivíduo (Monteiro & Santos, 2001).
Quanto à memória a longo prazo, esta é essencial para preservar informações ao longo
de extensos períodos, abrangendo desde dias até toda uma vida. Possibilita habilidades
como leitura, reconhecimento de trajetos, identificação de pessoas conhecidas e
evocação de eventos da infância, destacando-se pela notável durabilidade,
praticamente ilimitada. Os dados originam-se na memória a curto prazo, passando por
um processo de codificação, sendo os códigos visual e verbal os mais estudados. O
avanço dos meios audiovisuais impulsiona a investigação na memorização por imagens,
cuja eficácia é expressa em "uma imagem vale mais que mil palavras", devido à dupla
codificação visual e verbal. O código semântico regista o significado ao relacionar
objetos com palavras, baseando-se no sentido das informações (Monteiro & Santos,
2001).
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Relativamente à Memória de Trabalho, “A teoria dos multi-armazéns da memória afirma
que a via para a memória a longo prazo passa necessariamente pela memória de
trabalho” (Gleitman et al,2014, p.348) pois, trata-se de uma parte da memória a curto
prazo que retém e manipula informações temporariamente durante tarefas complexas,
como a leitura e resolução de problemas. Tem um papel importante na atenção e
aprendizagem, a sua capacidade é limitada e está ligada à habilidade de processar
informações rapidamente (Gleitman et al,2014). Contrariamente à memória a curto
prazo, a memória de trabalho implica uma manipulação ativa de informações para
realizar tarefas cognitivas específicas.
Ao compreender os complexos mecanismos da memória, torna-se essencial explorar a
sua evolução ao longo do tempo, direcionando, assim, a nossa atenção para um aspeto
crucial e inevitável da jornada humana: o envelhecimento.
O envelhecimento pode afetar a memória de várias maneiras, incluindo o declínio da
memória de trabalho. No entanto, a memória semântica, que lida com o conhecimento
do mundo, tende a permanecer relativamente estável. O envelhecimento está associado
a um maior risco de desenvolver demência, embora nem todas as pessoas idosas
desenvolvam essa condição. É relevante sublinhar que o envelhecimento não afeta
todas as pessoas da mesma forma, sendo que a idade, escolaridade, profissão, estado
civil, residência e condição clínica globalmente influenciam a memória de maneira
diferenciada em vários tipos (Espirito-Santo et al,2016). Abordagens de intervenção,
como exercícios mentais, atividades sociais e físicas, têm sido relacionadas a melhorias
na função cognitiva em idosos (Pinto, 2001).
Em Portugal, o envelhecimento demográfico da população traz consigo novos desafios
nos domínios social, económico e de sustento, o que implica a procura e
desenvolvimento de novas estratégias de intervenção social. Este cenário decorre do
aumento contínuo de casos de demência na população idosa, exigindo abordagens
inovadoras para fazer frente a estes desafios em crescimento (Sousa & Sequeira, 2012).
Neste contexto, entra em cena o interventor social, um agente essencial na adaptação
da sociedade a este fenómeno inevitável. Ao compreender o impacto do envelhecimento
nos diferentes domínios da memória, no sentido de delinear estratégias de intervenção
que visem melhorar a qualidade de vida, promover a saúde mental e garantir a inclusão
social dos idosos.
Bibliografia
• A Psicologia, Elisabeth Demont - Livro - Bertrand. (n.d.). Retrieved December 11,
2023
• Espirito Santo, H., Torres Pena, I., Queiroz Garcia, I., Freitas Pires, C., Couto, M., &
Daniel, F. (2016). Memória E Envelhecimento: Qual O Real Impacto Da
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Idade?(Memory and Aging: What is the Real Impact of Age?). Revista Portuguesa
de Investigação Comportamental e Social, 2(22), 41-54.
• Gleitman, H., Reisberg, D., & Gross, J. (2009). Psicologia-7. Artmed Editora
• Machado, T. S. (2019). Psicologia geral
• Monteiro, M., & Santos, M. R. dos. (2001). Psicologia 2a Parte
• Pinto, A. da C. (2001). Psicologia geral. Psicologia Geral.
• Psicologia, Henry Gleitman - Livro - Bertrand. (n.d.).
• Sousa, L., & Sequeira, C. (2012). Conceção de um programa de intervenção na
memória para idosos com défice cognitivo ligeiro. Revista Portuguesa de
Enfermagem de Saúde Mental, 8, 7-15
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