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PSICOLOGIA GERAL | 41050

Período de Realização

Decorre de 07 a 18 de dezembro de 2023


Data Limite de Entrega

18 de dezembro de 2023, até às 23h59 de Portugal Continental

Temática / Tema / Conteúdos

Memória

Objetivos

Com a realização deste trabalho espera-se que o/a estudante possa:

a) Consolidar os conhecimentos teóricos adquiridos no domínio da temática


“Memória”;
b) Demonstrar a sua aprendizagem sobre a temática a partir dos textos e podcast
disponibilizados na sala de aula virtual e da pesquisa efetuada;
c) Desenvolver uma reflexão crítica recorrendo a fundamentação teórica pertinente
e articulando os conhecimentos adquiridos com a pesquisa efetuada sobre
“Memória e Envelhecimento”;
d) Desenvolver uma reflexão sobre a realidade social portuguesa no que se refere
ao envelhecimento da população e sobre o papel do interventor social.

Trabalho a desenvolver

Para concretizar os objetivos acima referidos, deverá:

a) Fazer a revisão dos textos e podcast disponibilizados no Tópico relativo à


temática “Memória”;
b) Efetuar uma pesquisa em bases de dados cientificamente credíveis (Repositório
Aberto, Google Scholar, B-On, etc) sobre o tema “Memória e Envelhecimento”.
c) Elaborar um pequeno texto reflexivo com o máximo de 3 páginas (bibliografia
incluída). No seu trabalho deverá demonstrar o seu conhecimento teórico sobre
o tema “Memória”, incluir o tema “Memória e Envelhecimento” e a reflexão sobre
a realidade social portuguesa no que se refere ao envelhecimento da população
e sobre o papel do interventor social.
d) Fundamentar as suas afirmações e conceitos referenciando os autores
estudados e toda a bibliografia consultada. Utilize as normas da APA
disponibilizadas no tópico inicial da UC.

Recursos

Deverá recorrer:

a) Aos textos e podcast disponibilizados na temática “Memória”, Tópico 8, da sala


de aula virtual;

b) Aos textos da pesquisa efetuada em fontes cientificamente credíveis. Se tiver


dúvida sobre algum recurso a ser utilizado poderá sempre recorrer ao fórum de
avaliação contínua para solucionar a sua dúvida.

Critérios de avaliação e cotação

Na avaliação do trabalho serão tidos em consideração os seguintes critérios e cotações:


1. Revela conhecimentos teóricos adquiridos com o estudo do tema “Memória” =
1,0 valor.
2. Revela conhecimentos sobre a temática “Memória e envelhecimento” com base
nos textos pesquisados em fontes credíveis = 0,8 valores.
3. Consolida os conhecimentos realizando uma reflexão crítica sobre a temática
em avaliação referenciando as principais obras e autores que apoiam as suas
reflexões, afirmações e conceitos, apresentando a bibliografia consultada
pertinente e pesquisada pelo estudante de acordo com as normas da APA = 0,6
valores
4. Apresenta uma reflexão sobre a realidade social portuguesa no que se refere ao
envelhecimento da população e sobre o papel do interventor social = 0,6 valores.
5. Apresentação e originalidade do trabalho = 0,2 ponto
6. Conteúdo/desenvolvimento/organização - Texto com estrutura (Introdução,
desenvolvimento e conclusão) = 0,3 valores
7. Capacidade de análise e síntese (limite de páginas) = 0,1 valor
8. Qualidade da expressão escrita e uso e domínio de linguagem e conceitos
científicos = 0,2 valores
9. Indicação correta das fontes ao longo do texto e bibliografia apresentada = 0,2
valores

Total: 4 valores

Normas a respeitar

Deve redigir o seu E-fólio na Folha de Resolução disponibilizada na turma e preencher


todos os dados do cabeçalho.

Todas as páginas do documento devem ser numeradas.

O seu E-fólio não deve ultrapassar 3 páginas A4 (folha de rosto não conta) redigidas em
Arial, tamanho 11. O espaçamento entre linhas deve corresponder a 1,5 linhas. Não
deve alterar a formatação da folha de resposta, mantendo o espaçamento entre linhas
e as margens.

As citações ao longo do texto e a elaboração da bibliografia deverão ser apresentadas


segundo normas da APA disponíveis na sala virtual da turma ou no Repositório Aberto
da UAb - https://repositorioaberto.uab.pt/handle/10400.2/9889

Nomeie o ficheiro com o seu nome e número de estudante, seguido da identificação do


E-fólio, segundo o exemplo apresentado: NomeApelido_000000efolioB.

O trabalho deve ser entregue em formato word ou pdf.

Deve carregar o referido ficheiro para a plataforma no dispositivo E-fólio B até à data e
hora limite de entrega. Evite a entrega próximo da hora limite para se precaver de
eventuais problemas.

Ao entregar o trabalho deve aceitar o EULA do Turnitin.

O ficheiro a enviar não deve exceder 8 MB.

Votos de bom trabalho!

Equipa docente

Lyria Reis, Luís Nabais


UNIDADE CURRICULAR: Psicologia Geral

CÓDIGO: 41050

DOCENTE: Luís Nabais

TUTOR: Ana Lopes

A preencher pelo estudante

NOME: TP

N.º DE ESTUDANTE:

CURSO: Ciências Sociais

DATA DE ENTREGA: 18 de Dezembro de 2023

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TRABALHO / RESOLUÇÃO:

Numa sociedade em constante evolução, a memória destaca-se como uma faceta


intrínseca à experiência humana, sendo um dos aspetos mais fascinantes e essenciais
da cognição, desempenhando um papel vital em aprender, recordar e interagir com o
mundo (Monteiro & Santos, 2001). Ao explorarmos os intricados meandros dos vários
tipos de memória, somos confrontados com a inevitabilidade do envelhecimento, uma
jornada que impacta profundamente nestes processos cognitivos essenciais. Com este
trabalho propõe-se desvendar as nuances da memória, desde a sua formação até às
complexidades da sua interação com o envelhecimento e o papel do interventor social.
A função da memória transcende a simples absorção e armazenamento de informações,
apresentando desafios complexos para os psicólogos. Estes profissionais confrontam-
se com três indagações fundamentais no entendimento da memória: como a informação
é incorporada na memória, como se preserva e, finalmente, como é recuperada, o que
corresponde aos três estádios da memória (a aquisição, o armazenamento e a
recuperação, respetivamente). O processo de armazenamento implica também a
manutenção da informação codificada na memória por um determinado período
(Machado, 2019).
Os psicólogos estudam a memória para entender os fatores que influenciam o
armazenamento de informações sendo que a atenção desempenha um papel fulcral na
codificação das lembranças, focalizando conscientemente estímulos e eventos,
essencial para a formação e retenção das memórias (Machado, 2019).
A analogia com um armazém tem sido amplamente utilizada para descrever a memória.
Esta conceção remonta aos filósofos gregos e a Santo Agostinho, que descreveram as
“salas espaçosas da memória, onde existem inúmeros tesouros de imagens" em que
através desta figura de estilo, comparam as lembranças a objetos armazenados em
compartimentos de um armazém, onde permanecem por algum tempo antes de serem
posteriormente recuperados (Gleitman et al,2014, p.347).
Em 1968 surge a teoria dos multi-armazéns da memória que, em contraste com a visão
de Santo Agostinho de um único armazém na memória, sugere a existência de vários
sistemas de armazenamento, cada um com propriedades distintas, recorrendo à
comparação entre uma mesa de trabalho e uma estante de livros para a sua
compreensão. A estante armazena muita informação, mas o acesso pode demorar. Em
contraste com a mesa de trabalho que tem espaço limitado, mas a informação está mais
disponível, economizando tempo na pesquisa (Gleitman et al,2014).
Assim, segundo Demont (2015), podem destacar-se os seguintes tipos de Memória:
Memória Sensorial, Memória de curto prazo, Memória de longo prazo e Memória de

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trabalho, no entanto, estas memórias ainda podem ser divididas em alguns subtipos,
alguns dos quais irei abordar ao longo do trabalho.
Na memória sensorial, as informações entram no sistema através dos sentidos e são
brevemente retidas, armazenadas por frações de segundo após o desaparecimento do
estímulo, seja este visual, auditivo, tátil, etc. Podemos identificar diferentes tipos de
memória sensorial, como visual, auditiva, olfativa, tátil e gustativa, sendo que as mais
estudadas são as memórias visual e auditiva. A memória visual retém imagens por
curtos períodos, sendo crucial para perceber o movimento em filmes. A memória
auditiva compreende o que ouvimos, retendo informações auditivas brevemente,
facilitando a ligação entre as frases num discurso. Os sistemas de memória sensorial,
como parte do processo preceptivo, representam imagens preceptivas e os seus
conteúdos podem ser perdidos ou, se receberem atenção, são processados para
armazenamento a curto ou longo prazo (Monteiro & Santos, 2001).
A memória a curto prazo, é uma construção teórica derivada da análise dos resultados
de estudos conduzidos por Brown (1958) e Perterson e Peterson (1959) (Pinto,2001),
que tem o papel de armazenar temporariamente informações logo após o
desaparecimento do estímulo, sendo mais duradoura e controlada pelo sujeito em
comparação com a memória sensorial. No quotidiano, ao reservar bilhetes para um
concerto, utilizamos essa capacidade para reter temporariamente dados essenciais
(como números de telefone) facilitando na realização de tarefas imediatas. Em 1956,
George Miller destacou a limitada capacidade da memória de curto prazo no seu estudo
"O Número Mágico Sete", que traduzia que a maioria das pessoas retém apenas sete
itens a curto prazo em tarefas que exigem lembrança de material não familiar (Machado,
2019). Importa salientar que parte da informação retida na memória a curto prazo é
transferida para a memória a longo prazo, especialmente quando os conteúdos são
significativos e pertinentes ao indivíduo (Monteiro & Santos, 2001).
Quanto à memória a longo prazo, esta é essencial para preservar informações ao longo
de extensos períodos, abrangendo desde dias até toda uma vida. Possibilita habilidades
como leitura, reconhecimento de trajetos, identificação de pessoas conhecidas e
evocação de eventos da infância, destacando-se pela notável durabilidade,
praticamente ilimitada. Os dados originam-se na memória a curto prazo, passando por
um processo de codificação, sendo os códigos visual e verbal os mais estudados. O
avanço dos meios audiovisuais impulsiona a investigação na memorização por imagens,
cuja eficácia é expressa em "uma imagem vale mais que mil palavras", devido à dupla
codificação visual e verbal. O código semântico regista o significado ao relacionar
objetos com palavras, baseando-se no sentido das informações (Monteiro & Santos,
2001).

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Relativamente à Memória de Trabalho, “A teoria dos multi-armazéns da memória afirma
que a via para a memória a longo prazo passa necessariamente pela memória de
trabalho” (Gleitman et al,2014, p.348) pois, trata-se de uma parte da memória a curto
prazo que retém e manipula informações temporariamente durante tarefas complexas,
como a leitura e resolução de problemas. Tem um papel importante na atenção e
aprendizagem, a sua capacidade é limitada e está ligada à habilidade de processar
informações rapidamente (Gleitman et al,2014). Contrariamente à memória a curto
prazo, a memória de trabalho implica uma manipulação ativa de informações para
realizar tarefas cognitivas específicas.
Ao compreender os complexos mecanismos da memória, torna-se essencial explorar a
sua evolução ao longo do tempo, direcionando, assim, a nossa atenção para um aspeto
crucial e inevitável da jornada humana: o envelhecimento.
O envelhecimento pode afetar a memória de várias maneiras, incluindo o declínio da
memória de trabalho. No entanto, a memória semântica, que lida com o conhecimento
do mundo, tende a permanecer relativamente estável. O envelhecimento está associado
a um maior risco de desenvolver demência, embora nem todas as pessoas idosas
desenvolvam essa condição. É relevante sublinhar que o envelhecimento não afeta
todas as pessoas da mesma forma, sendo que a idade, escolaridade, profissão, estado
civil, residência e condição clínica globalmente influenciam a memória de maneira
diferenciada em vários tipos (Espirito-Santo et al,2016). Abordagens de intervenção,
como exercícios mentais, atividades sociais e físicas, têm sido relacionadas a melhorias
na função cognitiva em idosos (Pinto, 2001).
Em Portugal, o envelhecimento demográfico da população traz consigo novos desafios
nos domínios social, económico e de sustento, o que implica a procura e
desenvolvimento de novas estratégias de intervenção social. Este cenário decorre do
aumento contínuo de casos de demência na população idosa, exigindo abordagens
inovadoras para fazer frente a estes desafios em crescimento (Sousa & Sequeira, 2012).
Neste contexto, entra em cena o interventor social, um agente essencial na adaptação
da sociedade a este fenómeno inevitável. Ao compreender o impacto do envelhecimento
nos diferentes domínios da memória, no sentido de delinear estratégias de intervenção
que visem melhorar a qualidade de vida, promover a saúde mental e garantir a inclusão
social dos idosos.

Bibliografia
• A Psicologia, Elisabeth Demont - Livro - Bertrand. (n.d.). Retrieved December 11,
2023
• Espirito Santo, H., Torres Pena, I., Queiroz Garcia, I., Freitas Pires, C., Couto, M., &
Daniel, F. (2016). Memória E Envelhecimento: Qual O Real Impacto Da

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Idade?(Memory and Aging: What is the Real Impact of Age?). Revista Portuguesa
de Investigação Comportamental e Social, 2(22), 41-54.
• Gleitman, H., Reisberg, D., & Gross, J. (2009). Psicologia-7. Artmed Editora
• Machado, T. S. (2019). Psicologia geral
• Monteiro, M., & Santos, M. R. dos. (2001). Psicologia 2a Parte
• Pinto, A. da C. (2001). Psicologia geral. Psicologia Geral.
• Psicologia, Henry Gleitman - Livro - Bertrand. (n.d.).
• Sousa, L., & Sequeira, C. (2012). Conceção de um programa de intervenção na
memória para idosos com défice cognitivo ligeiro. Revista Portuguesa de
Enfermagem de Saúde Mental, 8, 7-15

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