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Arroio Grande
2017
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Arroio Grande
2017
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus, por ter me dado à vida e a renovado diariamente;
A meus pais e a meu irmão que mesmo estando longe me deram todo apoio
necessário;
Ao Professor Luiz Otávio Botelho Lento, por todas as orientações e ensinamentos que
foram de extrema importância para conclusão deste trabalho;
RESUMO
ABSTRACT
In this paper we will analyze the use of intelligence as an efficient instrument in the fight
against organized crime. Analyzed the structure of the Brazilian intelligence system, with
emphasis on the intelligence agencies of the State of Rio Grande do Sul, the activity of
penitentiary intelligence, organized crime, the work of the global computer network in the
practice of criminal offenses (cyber crimes) The prison system and the intelligence activity,
the importance of the police intelligence activity in the national scenario as a means to fight
against organized crime will be verified. For this purpose, adopting a systematic and
teleological interpretation of the legal system and existing doctrines on the points exposed,
especially in what concerns the concept of organized crime and penitentiary intelligence, it
will be verified that, a priori, the activity of Intelligence is currently the most efficient tool for
combating organized crime.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................09
2.1.1 CONCEITO....................................................................................................................12
4 CONCLUSÃO.....................................................................................................................56
REFERÊNCIAS....................................................................................................................59
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1 INTRODUÇÃO
O Brasil em sua história nunca sofreu tanto como está sofrendo com a atuação
desenfreada do crime organizado, que se instala juntamente na desorganização e
incompetência do Estado. Porém, não se pode negar que várias medidas foram implantadas
pelo Estado nas últimas décadas para atacar de maneira eficiente as atividades desenvolvidas
pelo crime organizado. Algumas importantes leis foram criadas, tais como a lei que define
organização criminosa, a que trata sobre lavagem de dinheiro e a lei que define os delitos
informáticos.
É evidente que o combate ao crime organizado não é tarefa fácil e simples, e é neste
contexto fático atual que a inteligência policial ganha relevância, como uma das principais
medidas adotada pelo Estado nesta árdua batalha.
Diante das ideias expostas, o trabalho objetivou demonstrar de maneira geral o sistema
de inteligência existente no Brasil, especialmente no Estado no Rio Grande do Sul, e a sua
utilização no combate ao crime organizado.
Cabe destacar que foi realizada uma abordagem especial ao papel da inteligência
penitenciária no combate ao crime organizado, bem como o crescimento dos crimes
praticados pela rede mundial de computadores.
O primeiro capítulo desse estudo foi dedicado a descrever um breve histórico do crime
organizado no Brasil, seu conceito, sua estrutura e sua evolução no País, com ênfase para os
crimes praticados através da internet (web). Neste mesmo capítulo, tratou-se do sistema
prisional brasileiro com destaque para o Estado do Rio Grande do Sul, que atualmente possui
problemas sérios de déficit de vagas e apresenta uma infraestrutura defasada e inoperante.
Por sua vez, no segundo capítulo abordou-se os aspectos e mecanismos que auxiliam
no efetivo combate e a utilização da atividade de inteligência como meio eficiente de luta
contra o crime organizado.
O mais interessante do trabalho foi perceber que os problemas enfrentados pelo Brasil
nesta guerra, também são e foram enfrentados por outras nações, quando resolveram medir
força com o crime organizado, colocando em risco até mesmo a segurança internacional.
Por fim, resta destacar que o estudo objetivou demonstrar de modo geral o cenário
atual existente e indicar a Inteligência Policial como uma das principais “ferramentas”
disponível ao poder público para a repressão e prevenção ao crime organizado.
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2.1.1 CONCEITO
O conceito de crime organizado está sempre sendo reformulado para que possa
alcançar seus objetos e acompanhar a evolução do crime organizado, mais é possível traçar
um conceito de forma ampla. Conforme demostra (TENÓRIO, 1995, p.25), que crime
organizado “entende-se por crime organizado a existência de um grupo de pessoas, agregadas,
aglutinadas, dedicadas no conjunto ao desencadeamento de ações múltiplas e ordenadas,
objetivando a consecução de um ilícito”.
Para o FBI o crime organizado é:
Qualquer grupo tendo algum tipo de estrutura formalizada cujo objetivo primário é a
obtenção de dinheiro através de atividades ilegais. Tais grupos mantêm suas
posições através do uso de violência, corrupção, fraude ou extorsões e geralmente
têm significativo impacto sobre os locais e regiões do País onde atuam
(MENDRONI, 2002, p.06).
Estudos realizados por diversos autores tem o mesmo resultado que pode ser definido
como atividades delituosas organizadas. Neste mesmo pensamento, (REALE JUNIOR, 1996,
p.184) defende que:
Grupo de pessoas voltadas para atividades ilícitas e clandestinas que possui uma
hierarquia própria e capaz de planejamento empresarial, que compreende a divisão
do trabalho e o planejamento de lucros. Suas atividades se baseiam no uso da
violência e da intimidação, tendo como fonte de lucros a venda de mercadorias ou
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serviços ilícitos, no que é protegido por setores do Estado. Tem como características
distintas de qualquer outro grupo criminoso um sistema de clientela, a imposição da
lei do silêncio aos membros ou pessoas próximas e o controle pela força de
determinada porção de território.
O Brasil vem travando à décadas uma guerra contra o crime organizado e sabemos que
esta luta não estamos conseguindo vencer. O crime organizado no Brasil pode ser comparado
a uma empresa de sucesso que não enfrenta nenhum tipo de crise. O combate a esta
modalidade de crime hoje é o grande desafio dos órgãos de segurança publica do país.
O Crime Organizado possui estruturas que podem ser encontradas em qualquer lugar
do mundo, sendo que estas estruturas dividem o crime organizado em espécies do qual aquele
é o gênero, espécies essas que podem ainda serem subdivididas em subespécies. (BASTOS,
2002, p. 01)
Neste contexto podemos observar as seguintes espécies de organizações criminosas
conforme relata CAMPOS, SANTOS (2007):
constituídas. São as organizações que tem por objetivo praticar atos ilícitos contra o
meio ambiente, a saúde pública, a ordem tributária, a administração pública, etc.
Organizações criminosas estatais – são aquelas organizações que se estruturam e
se mantém dentro do aparelho estatal. São por exemplo, os grupos de fiscais
corruptos, os grupos de extermínio, etc.
Organizações terroristas – são organizações que promovem o terror em nome de
seus objetivos políticos. Um exemplo de organização terrorista na América latina é o
Sendero Luminoso, do Peru.
O crime organizado possui características comuns no mundo inteiro que são listadas
por (CAMPOS, SANTOS, 2007):
Muitas são as características que envolvem a pratica do crime organizado, sendo que
todas são consideradas importantes. Neste universo é possível elencar algumas que se
tornaram essenciais para identificação destas organizações criminosas:
a) Pluralidade de agentes: A ideia de organização traduz a presença de uma
coletividade. Assim, fica claro que não se concebe uma organização individual. Na
Convenção de Palermo, exige-se um mínimo de três pessoas, sendo a pluralidade de agentes
reconhecida em todos os países que adotam a Convenção.
b) Estabilidade ou permanência: Na ideia de organização, a permanência ou
estabilidade são fundamentais para diferenciar a organização criminosa do mero concurso
eventual de agentes.
c) Finalidade de lucro: O chamado crime negócio, ou o “fim lucrativo” é um
ponto onde os doutrinadores concordam plenamente. Organização: A adoção de estruturas
empresariais é compatível com a finalidade das atividades criminosas que é o lucro. Assim, há
uma profissionalização da atividade criminosa, que é planejada, de modo sistemático, e
adotada como meio de vida.
d) Organização: A adoção de estruturas empresariais é compatível com a
finalidade das atividades criminosas que é o lucro. Assim, há uma profissionalização da
atividade criminosa, que é planejada, de modo sistemático, e adotada como meio de vida.
Em 1808 com a vinda da família real para o Brasil, nasce a nossa polícia, que tinha a
difícil tarefa de conter os inimigos do Estado. Já no Império, a elite privada era a responsável
pela segurança, chamada de Guarda Nacional. Este momento histórico pode ter servido com
embrião para os tempos atuais em que vivemos. A delegação da segurança do Estado para o
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público privado pode ter servido como oportunidade de pessoas do povo se aproximar do
Estado, ganhando dele na época patentes de coronel da guarda nacional, formando assim uma
segurança paralela.
Já no ano de 1980, a disputa pelo controle do tráfico de drogas no país já era notícia.
Nos anos 1990, o crime mostrou sua face, através de rebeliões em presídios que já se
identificava que as lideranças dos estabelecimentos prisionais estavam ligadas diretamente
com os líderes dos morros. Neste momento o estado percebeu está união e começou a
organizar o sistema prisional através da filiação dos presos a determinado grupo, formando
assim as primeiras facções criminosas no Brasil.
No ano de 1989, foi lançado na Câmara dos Deputados pelo na época Deputado
Federal Michel Temer, o Projeto de Lei nº 3516, que tratava dos meios operacionais no
combate ao crime organizado. No projeto deu-se definição ao conceito de organização
criminosa, que ficou sendo como organização criminosa aquela que, por suas características,
demonstrasse a existência de estrutura criminal, operando de forma sistematizada, com
atuação regional, nacional e/ou internacional.
No decorrer do tempo foi sancionada a Lei Ordinária nº 9034/95 que dispunha sobre a
utilização de meios operacionais para a prevenção e repressão de ações praticadas por
organizações criminosas. Neste momento começou a compreender o que era uma organização
criminosa.
O “JOGO DO BICHO”
Considerada uma das primeiras infrações penais no Brasil, iniciada no século XXI. Na
época o Barão de Drumond (João Batista Viana Drumond), utilizou o jogo como pretexto para
incentivar a população para visitar seu zoológico. O começo dos outros grupos organizados
foi o jogo do bicho, pois lá quando nasceu já se mostrava organizado com leis especificas
formando assim um pequeno Estado paralelo. (BOAS, 2007)
O TRÁFICO DE DROGAS
Entre os anos 70 e 80, o crime organizado surgia dentro do sistema prisional da cidade
do Rio de Janeiro, comandado por grandes traficantes da época.
Entre os anos de 1969 e 1975, no Instituto Penal Cândido Mendes, conhecido como
Presídio da Ilha Grande ou “Caldeirão do Diabo”, na cidade do Rio de Janeiro, era criado o
Comando Vermelho (CV), que tinha como objetivo lutar contras as más condições que os
presos enfrentavam no presídio, algumas impostas pelo próprio sistema e outras pelos
próprios apenados. Outro fato que é relevante na história do surgimento do CV é a
especulação de que o momento importante neste surgimento foi na a reunião de presos
políticos com presos comuns na Galeria B do presídio da Ilha Grande, entre 1969 e 1975.
(AMORIN, 1993)
Nos anos 90, surgia o Terceiro Comando (TC) facção contrária na época ao CV, que
no decorrer dos anos foi extinta. Sua origem não é clara, em detalhes, fatos levam a crer que
tenha surgido através de presos desistentes do CV e policiais que haviam passado para o outro
lado da força ou teria surgido através da Falange Jacaré, que era contraria ao CV nos anos 80.
MAR passou a integrar o TCP juntamente com outros presos desistentes da ADA. (AMORIN,
CARLOS, 2004).
Nos anos 90, surgi dentro sistema prisional do Rio de Janeiro a facção criminosa
Amigos dos Amigos (ADA), que era braço direito do TC. Teria surgido para diminuir a
expansão do CV. A ADA era formada por ex-militares das forças armadas, ex-polícias e
traficantes. (AMORIN, CARLOS, 2004).
A organização é tanta que neste estatuto lá no seu início já constava que os “irmãos”
assim chamados os integrantes da facção, deveriam pagar uma taxa mensal, que seria
revertida para comprar armas e drogas, além de financiar ações de resgate de presos ligados
ao grupo.
criminosas surgem como uma opção de vida, uma vez que oferecem, mesmo que por meios
ilícitos, a possibilidade de uma vida mais digna e humana.
(SILVA, 2003, p.27) Considera que a corrupção é suma importância para manutenção
e evolução do Crime Organizado no Brasil. A corrupção de agentes públicos e políticos no
Brasil, gera aos cofres públicos grandes prejuízos com o desvio de grandes quantias em
dinheiro para paraísos fiscais no exterior.
Nos últimos anos, é possível se perceber que as organizações criminosas no Brasil têm
adquirido estruturas empresariais, que são definidas através da globalização, que
proporcionou certos sistemas avançados, que possibilitou a evolução destas organizações
criminosas.
Com a evolução destas organizações e o advento do uso do mundo virtual por elas
surge uma nova modalidade de crime identificado como crimes cibernéticos.
tomaram proporções preocupantes, o que fez com que a segurança pública voltasse seus olhos
para esta “nova” modalidade de crime. O campo de atuação desta modalidade de crime não
tem fronteiras o que dificulta e muito seu combate. Os órgãos de segurança recentemente têm
investido em pessoal especializado e material tecnológico de ponta para tentar combater este
crime com chances de obterem êxito.
O histórico dos crimes cibernéticos, por sua vez, remonta à década de 1970, quando,
pela primeira vez, foi definido o termo “hacker”, como sendo aquele indivíduo que,
dotado de conhecimentos técnicos, promove a invasão de sistemas operacionais
privados e a difusão de pragas virtuais. Contudo, a universalização do termo
“hacker” acompanhou o crescimento e a popularização da internet, ocorridos na
década de 1990, sendo hoje muito comum, havendo inclusive subdivisões, como
“hacker” (aquele que invade sistemas e computadores, furtando senhas, propagando
vírus e cavalos de tróia) e “cracker” (aquele que sabota e pirateia programas de
computador, fornecendo senhas e chaves de acesso obtidas de forma ilegal),
“lammer” (aquele que possui conhecimentos limitados de informática e não possui
grande potencial ofensivo), “spammer” [aquele que invade a privacidade de outrem
por meio da difusão de mensagens eletrônicas (e-mails) indesejadas], dentre outros
termos, cujo detalhamento é desnecessário para os objetivos do presente artigo.
(SILVEIRA, 2015)
Estes ataques cibernéticos relacionados com as falhas de segurança nas redes públicas
e privados na web se tornaram a principal dor de cabeça dos profissionais que atuam na
segurança da informação na web.
A internet hoje se popularizou no mundo com suas multi funções, contudo, se observa
que as leis e as regulamentações para seu uso não acompanharam esta evolução. Este fato faz
com que o combate a esta modalidade de crime praticada na rede mundial de computadores se
torne um desafio para as forças policiais.
No ano de 2012, foi sancionado pela então Presidente da República Dilma Rousseff à
Lei nº 12.737/2012, de 03 de Dezembro de 2012. Está lei ficou conhecida como “Lei Carolina
Dieckmann”, devido ao caso enfrentado pelo atriz quando teve suas fotos particulares vazadas
na internet. A lei sofreu algumas alterações no Código Penal Brasileiro, dando características
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objetivas aos chamados “delitos ou crimes informáticos”. A lei acresceu os artigos 154-A e
154-B e alterou os artigos 266 e 298 do Código Penal brasileiro (FRANCESCO, 2014).
A lei se tornou notável, pois antes mesmo de sua publicação e sancionamento, já era
conhecida como a “Lei Carolina Dieckmann”. Este nome se deu devido ao episódio sofrido
pela atriz Carolina Dieckmann, a qual teve seu computador invadido por hackers que
divulgaram suas fotos na internet. (OLIVEIRA JÚNIOR, 2013).
Esta nova lei tem como objeto classificar crimes semelhantes ao fato ocorrido com
Carolina, em que as vitimas tenham seus tablets ou smartphones invadidos através da internet
ou não, com o objetivo de obter, adulterar ou destruir dados ou informações. O objetivo da
legislação é o resguardo da intimidade, porém sabemos que isso não é possível garantir de
fato.
O cenário das ameaças na web é bastante complexo, conforme relata EMM (2010):
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Neste contexto o Relatório Norton Cyber Security Insights (2016), mostra através de
relatório os números virtuais dos crimes cibernéticos:
Percebe-se que não temos a cultura de prevenção no ambiente virtual o que já foi
comprovado como um dos melhores remédios contra ataques cibernéticos, conforme consta
no Relatório Norton Cyber Security Insights (2016):
Com isso, a Inteligência Cibernética nada mais é do que um processo que leva em
conta o ciberespaço, objetivando a obtenção, a análise e a capacidade de produção
de conhecimentos baseados nas ameaças virtuais e com caráter prospectivo,
suficientes para permitir formulações, decisões e ações de defesa e resposta
imediatas visando à segurança virtual de uma empresa, organização e/ou Estado.
Para termos uma ideia da real magnitude das ameaças virtuais, podemos analisar
outros dados estatísticos, como os divulgados por empresas de antivírus, que ajudam no
entendimento do tema e como ele atinge os diversos setores. É o exemplo das pequenas e
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médias empresas que são diretamente afetadas com a subtração de informações, conforme diz
SAMPAIO (2010):
A Segurança Cibernética vem, assim, se caracterizam-se cada vez mais como uma
função estratégica de governo, e vez mais como uma função estratégica de governo
essencial a manutenção e preservação das infraestruturas criticas de um país, tais
como saúde, energia, defesa, transporte, telecomunicações, da própria informação,
entre outras.
Neste contexto de combate aos crimes cibernéticos podemos citar os Estados que
possuem órgãos específicos de combate a esta modalidade criminosa:
A pornografia infantil;
As fraudes bancárias;
O tráfico de drogas
Para que possamos enfrentar esta modalidade criminosa que se mostra tão bem
estruturada devemos estabelecer processos de educação regular dos profissionais de
inteligência e de segurança publica que trabalham diretamente na investigação dos crimes
cibernéticos.
ARAÚJO FILHO (2010), relata que estas ponderações são essenciais para o combate aos
crimes cibernéticos:
Neste cenário que se torna cada vez mais presente em nosso cotidiano é importante
ressaltar a importância da Inteligência como ferramenta de combate aos crimes praticados
através da internet. Percebe-se que no mundo virtual a coleta de provas é um desafio para o
investigador desta modalidade de crime, bem como entende-se que este profissional que atua
diretamente no combate aos crimes cibernético enfrenta inúmeras dificuldades que esbaram
na falta de regramentos do uso do ambiente virtual, o que dificulta a identificação de um
possível criminoso virtual.
No Brasil, a adoção do modelo moderno das prisões surgiu no século XIX, a partir das
construções de instituições públicas. Segundo (MINGARDI, 1998) o país adotou os modelos
estrangeiros (europeus e americanos), mas os apresentou de maneira particular, misturando
padrões, combinando o moderno e o tradicional, o liberalismo e a tradição escravocrata. A
primeira penitenciária na América Latina foi à casa de correção do Rio de Janeiro, que teve
sua construção iniciada no ano de 1834 e concluída em 1850.
Grupo de pessoas voltadas para atividades ilícitas e clandestina que possui uma
hierarquia própria e capaz de planejamento empresarial, que compreende a divisão
do trabalho e o planejamento dos lucros. Suas atividades se baseiam no uso da
violência e da intimidação, tendo como fonte de lucros a venda de mercadorias ou
serviços ilícitos, no que é protegido por setores do Estado. Tem como características
distintas de qualquer outro grupo criminoso um sistema de clientela a imposição da
lei do silêncio aos membros ou pessoas próximas e o controle pela força de
determinada porção do território (MINGARDI,1998)
No Estado do Rio Grande do Sul está realidade não é diferente, sendo que o sistema
prisional gaúcho já foi considerado um dos melhores do nosso País, segundo dados do
Ministério da Justiça, afirmando que o modelo aqui empregado devia ser seguido por outros
Estados do Brasil, tal referência à qualidade do sistema carcerário no Estado que era utilizado
de propaganda da eficiência do governo estadual na área de segurança pública.
Hoje está situação se inverteu no estado, que enfrenta uma crise carcerária por falta de
vagas no sistema, o que acarreta uma série de situações que refletem diretamente na segurança
pública do estado. A falta de investimentos em anos anteriores fez com que a capacidade dos
estabelecimentos não acompanhasse o crescimento da população carcerária.
Denúncias recentes vinculadas por juízes, e pela mídia mostram que o sistema se
deteriorou de forma exponencial se tornando tão terrível como o de outros Estados do Brasil,
apesar de já ter sido um modelo no passado.
A realidade dos presídios gaúchos difere das declarações das autoridades responsáveis
pela administração do sistema prisional. O que vemos hoje no estado são Delegacias de
Polícia lotadas de presos, por falta de vagas no sistema prisional. Esta situação de crise do
sistema prisional gaúcho já gerou uma solicitação de providências por parte da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) do estado, e tem causado temor por parte dos policiais civis que
atuam nestas Delegacias, que hoje nesta situação estão atuando como carcereiros sem o
devido conhecimento de função. Fato que evidência estas circunstâncias é o encaminhamento
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de alvarás de soltura de presos para Delegados de Polícia, documento este que deveria estar
sendo encaminhado para Diretores de estabelecimentos prisionais.
Com o sistema prisional sem vagas, carceragem das Delegacias de Polícia lotadas,
viaturas da Polícia Militar mantendo dentro de seus xadrezes presos custodiados aguardando
vagas, não podemos mais dizer que nosso sistema prisional não está em crise.
Desta forma, uma falsa ideia é divulgada de que a situação estaria sob controle nos
presídios gaúchos. Observa-se nos presídios gaúchos assim como no restante do país, dois
fatos históricos que perduram ao passar do tempo que são: Formas inadequadas de
confinamento de presos e há não ressocialização do apenado para ser novamente reintegrado a
sociedade.
(PORTO, 2008), destaca que o sistema penitenciário se tornou matéria cativa quando
se trata de insegurança e tensão social. Relata ainda que devemos analisar a formação das
facções dentro do sistema para entendermos o crescimento e a consolidação destas lideranças
criminosas que “dominam” boa parte do sistema prisional no Brasil.
instrumento de Estado ainda mais necessário e importante, o qual deve ser absorvido tanto
pelos políticos quanto pelo cidadão comum. (PACHECO; BRANDÃO 2010).
Após este período foram elaboradas novas organizações, sendo criada a Secretaria de
Assuntos Estratégicos (SAE), que comportava o Departamento de Inteligência (DI-AS), na
época ainda tínhamos o presidente Fernando Collor na presidência da república. Após sua
saída, assumiu a presidência Itamar Franco e reformulou a SAE, criando a Subsecretaria de
Inteligência (SSI). No entanto é salientado por (ANTUNES, 2002), que entre o período de
extinção do SNI e o ano de 1995, os órgãos que tinham a responsabilidade pelos setores de
inteligência civil, foram identificados por uma política de desinteresse dos poderes Executivo
e Legislativo.
Após está fase muitos decretos e portarias foram expedidas, do mesmo modo leis
específicas também, causando confrontos na atividade de inteligência no Brasil. No ano de
2000, o Decreto Executivo 3.695 criou o Subsistema de Inteligência de Segurança Pública
(Sisp), tendo como componentes o Departamento de Polícia Federal, o Departamento de
Polícia Rodoviária Federal, o Ministério da Justiça, o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras (Coaf), a Coordenação de Pesquisa e Investigação (Copei), a Secretaria da
Receita Federal (SRF), o Ministério da Fazenda, os membros do Ministério da Integração
Regional, do Ministério da Defesa, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
República, além das Polícias Civil e Militar dos 26 estados e do Distrito Federal. Também em
2002, por meio de uma Medida Administrativa do Ministro da Defesa (Portaria 295 – MD),
foi criado o Sistema de Inteligência de Defesa (Sinde), sistema este criado para criar um
vinculo entre os sistemas de inteligência das forças armadas.
Por fim nos retratando aos dias atuais do nosso país, os serviços de inteligência estão
regidos pela Doutrina Nacional de Inteligência que teve sua última atualização, através da
publicação da portaria n.º 2, de 12 de janeiro de 2016, que aprovou a Doutrina Nacional de
Inteligência de Segurança Pública, 4ª edição, de acordo com as deliberações do conselho
especial do SISP.
Após este breve relato dos fatos históricos que culminaram coma criação do serviço de
inteligência na Polícia Militar, é também importante citar que a Lei 9883/99 criou a ABIN e
Institui o Sistema Brasileiro de Inteligência – Sisbin, ao qual a Inteligência da Policia Militar
é integrante.
Prover alerta avançado para os responsáveis civis e militares contra crises, grave
perturbação da ordem pública, ataques surpresa e outras intercorrências;
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de confiança com outras redes e órgãos de inteligência inserindo o sistema prisional em vasta
rede de inteligência, possibilitando a sistematização no tratamento de dados e informações
facilitando o cruzamento de grandes quantidades de informações.
Cabe salientar que a evolução do crime organizado está diretamente ligada à falência e a
inoperância dos métodos de combate a esta modalidade de crime e a falta de investimento em
ferramentas de segurança publica que combatam com a devida eficiência este crime que vem
trazendo ao país danos irreversíveis.
Definir crime organizado é muito importante, uma vez que ao fazê-lo, permite-se
conhecer quem é o inimigo, quais são as características e, com isso, controlá-lo.
Importante não só do ponto de vista prático, mas, também, legislativo, porque a lei
deve conter essa definição para satisfazer princípios constitucionais ligados tanto à
defesa, no julgamento, quanto a um processo justo. (FERRAZ, 2012)
O crime organizado no Brasil funciona como uma “empresa” de sucesso e este bom
resultado está diretamente ligado à crise enfrentada no sistema prisional do Brasil. No Rio
Grande do Sul não é diferente, a recuperação do sistema penitenciário é um dos maiores
desafios da Secretaria da Segurança Pública do Estado. A falta de investimentos em anos
anteriores fez com que a capacidade dos estabelecimentos não acompanhasse o crescimento
da população carcerária.
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O combate ao crime organizado hoje é uma luta diária enfrentada pelos órgãos de
segurança pública de todo o País. A investigação ao crime organizado é algo complexo que
necessita de ferramentas e mecanismos adequados a cada situação que se apresenta no
decorrer da investigação.
Alguns destes mecanismos, por exemplo, uso de meios eletrônicos, uso de informantes
e réus colaboradores, operações encobertas, agentes infiltrados, investigações financeiras, são
de extrema necessidade para quem combate este fenômeno criminológico.
FERRAMENTAS UTILIZADAS
MEIOS ELETRÔNICOS
Por outro lado a obtenção destes dados é extremamente sensível no âmbito jurídico,
uma vez que se preocupa com os interesses da pessoa quanto a sua privacidade. Essa
preocupação, aliás, impõe uma série de restrições ao uso do suporte eletrônico.
a) interceptação telefônica;
b) escuta telefônica;
c) interceptação ambiental;
d) escuta ambiental;
e) gravação clandestina.
AGENTES INFILTRADOS
Esta modalidade pouco usada pela investigação policial, devido ao alto risco que o
agente infiltrado é exposto. Consiste em infiltrar, o agente ou o serviço de inteligência em um
ambiente dominado ou gerenciado por uma organização criminosa.
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Já foi previsto na Lei n° 9.034/98, no inciso I do artigo 2°, sendo que posteriormente
foi vetado pelo Presidente da República. Com o veto presidencial, o dispositivo não entrou em
vigor, situação que se resolveu com o advento da Lei n° 10.217/2001 que previu no artigo 2°,
inciso V, o seguinte;
INFORMANTES
Uma das técnicas mais antigas, na investigação criminal, porém muito eficaz se tratada
com o devido cuidado. O informante é a pessoa que fornece dados/informes a um policial,
com relação a determinados fatos, circunstâncias ou pessoas.
DELAÇÃO PREMIADA
1) Código Penal;
2) Lei n° 8.072/90 – Crimes Hediondos e equiparados;
3) Lei n° 9.034/95 – Organizações Criminosas
4) Lei n° 7.492/86 – Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional;
5) Lei n° 8.137/90 – Crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo;
6) Lei n° 9.613/98 – Lavagem de dinheiro;
7) Lei n° 9.807/99 – Proteção a Testemunhas;
8) Lei n° 8.884/94 – Infrações contra a Ordem Econômica; e
9) Lei n° 11.343/06 – Drogas e afins.
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FORÇA–TAREFA
Exemplo destas forças tarefas é a criação dos GAECO nos estados, que atua de forma
singular ou em parceria com o Promotor de Justiça natural de cada caso, se esse assim o
desejar, realizando investigações tanto no corpo de inquéritos policiais em andamento ou que
são requisitados e acompanhados pelo Grupo.
O artigo 2°, inciso III, da Lei n° 9.034/95, prevê como um dos meios de obtenção da
prova em relação às atividades desenvolvidas pelas organizações criminosas o
acesso a informações fiscais, bancárias e financeiras. Contudo, essa medida não
goza de exclusividade para a apuração da criminalidade organizada, estendendo-se
sua aplicação para a apuração de outras infrações penais.
A Lei n° 105, de 10 de janeiro de 2001 que, em seu artigo 3°, prevê que serão
prestados pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pelas
instituições financeiras as informações ordenadas pelo Poder Judiciário:
INTELIGÊNCIA POLICIAL
Num atual contexto em que o crime organizado opera como se fosse uma verdadeira
empresa, é preciso que os setores da polícia não se circunscrevam aos métodos tradicionais,
baseados no isolamento, na auto-suficiência e no descompromisso com resultados.
Definir crime organizado é muito importante, uma vez que ao fazê-lo, permite-se
conhecer quem é o inimigo, quais são as características e, com isso, controlá-lo.
Importante não só do ponto de vista prático, mas, também, legislativo, porque a lei
deve conter essa definição para satisfazer princípios constitucionais ligados tanto à
defesa, no julgamento, quanto a um processo justo. (FERRAZ, 2012)
Nesse contesto Clarindo Castro e Edson Rondon, destacam que a inteligência de segurança
pública deve:
Mas o serviço público não tem como agir sozinho. É preciso que a sociedade se
conscientize que a segurança pública não depende apenas de mais policiamento. Um sistema
prisional em condições de reabilitar quem cumpre pena é essencial. Da mesma forma que
oferecer uma oportunidade a quem sai da cadeia também é.
A Tecnologia de Informação (TI) tem cada vez mais ocupada seu lugar nas
organizações, na vida das pessoas e na sociedade em geral, seja por meio de fontes de
trabalho, educação ou entretenimento. (MOURA, 2004).
Cabe salientar que o Laboratório de Crimes Cibernéticos ainda está em fase de projeto,
entretanto, a equipe do CYBER LAB identificou que nos Estados persiste uma dificuldade na
investigação de crimes cibernéticos próprios ou impróprios, desde o registro da ocorrência até
a finalização do relatório.
Ao DCCI compete:
Planejar, implementar e fiscalizar os serviços de atendimento e despacho integrado
de ocorrências policiais no âmbito do Centro Integrado de Comando e Controle,
facilitar o acesso da população aos serviços emergenciais da área da segurança
pública;
Coordenar e articular o intercâmbio entre os órgãos governamentais, com a
finalidade de contribuir para a otimização das políticas de segurança pública nas
áreas que envolvam liderança situacional; interagir, em especial durante grandes
eventos, com os órgãos afins para cumprir e fazer cumprir as atribuições daqueles
que tiverem assento no Centro Integrado de Comando e Controle;
Promover a articulação dos órgãos vinculados e afins, nos grandes eventos e em
operações sob liderança situacional, dirigidas à diminuição da violência e da
criminalidade;
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Neste sentido podemos dizer que quando se investe em (TI) na área de Segurança
Pública, busca-se utilizar recursos analíticos de última geração suportados pelos sistemas de
informações, redes de dados e demais equipamentos de informática, como o hardware, para
realizar estudos estatísticos preditivos e comportamentais, de forma que se possam tomar
decisões táticas e estratégicas baseadas em resultados concretos, garantindo, assim, um maior
êxito das ações policiais.
Pode-se afirmar que sem a tecnologia da informação é quase que impossível combater
o crime organizado. Dentre os muitos recursos tecnológicos existentes citam-se alguns que
podem ser utilizados no combate ao crime organizado conforme abaixo descrito:
Podemos dizer que para o bom funcionamento de todas estas ferramentas no combate
as organizações criminosas, devemos ter um sistema de inteligência trabalhando
paralelamente com estas ferramentas. Para que isso seja possível os profissionais responsáveis
por estas áreas de ação devem entender como funciona a atividade de inteligência, que essa
possa ser utilizada de maneira certa.
O crime organizado pode se mostrar na sociedade de várias formas que para pessoas
comuns da sociedade passa despercebido ou até mesmo ignorado. Por isso é notório que para
desmantelar uma célula do crime organizado nossos órgãos de segurança necessitam de meses
ou até anos de árduo trabalho.
Para que esse combate seja mais eficiente e se torne muito mais eficaz, os órgãos de
segurança cada vez mais estão investindo nos setores de inteligência. Este investimento dará
retorno em curto prazo, pois a inteligência é com certeza a principal ferramenta no combate
ao crime organizado no mundo.
Nos últimos anos a atividade criminosa vem sofrendo muitas transformações, tendo
como exemplo a evolução das organizações criminosas.
Hoje o combate ao crime organizado tem que ir além do caráter policial exclusivo. A
atividade de inteligência deve estar presente do planejamento à execução, caso contrário,
nossa luta será eterna. Com cooperação, coordenação, controle e inteligência, passamos a ter
um diferencial no combate ao crime organizado.
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Por outro lado percebe-se que estamos evoluindo nesta área mesmo que em ritmo não
ideal para está matéria. Nesse sentido, saliento a cooperação entre os órgãos internos que
compõem o SISBIN e o Sistema Brasileiro de Segurança Pública, que está cada vez mais
integrado.
Esta cultura pode ser facilmente implementada em todos estes órgãos de segurança,
basta ser ofertado a estes profissionais treinamentos e conhecimento da atividade
desenvolvida nas áreas de inteligência.
Essa cultura deve estar previamente planejada para que receba a devida importância,
para que não seja entendida como mais uma função operacional, e sim algo essencial para o
planejamento estratégico nas missões de cada órgão. (ARAÚJO, 2009).
O Governo do Estado realiza investimentos nesta área que ainda não são suficientes
mais projetos existem na intensão de fortalecer cada vez mais estas áreas tão necessárias para
a manutenção da segurança pública do Estado.
4 CONCLUSÃO
O crime organizado não ficou para trás e seguiu a evolução da tecnologia, utilizando-
se da rede mundial de computadores para a prática de delitos, aproveitando-se da inexistência
de tecnologia moderna para a interceptação de conversas e mensagens por aplicativos,
dificulta a atuação dos órgãos de investigação e de inteligência policial, necessitando de
investimentos em tecnologia da informação, por parte do poder público e também das
empresas privadas.
compartilharem informações, talvez por não existir uma legislação clara sobre o assunto, que
regule a troca de informações sigilosas.
Por fim, constata-se que para enfrentar esta nova face da criminalidade com eficiência
é indispensável à união de todos os atores do Estado, cada um desenvolvendo suas atribuições
com independência e autonomia, trocando informações e experiências, visando o bem comum
e o interesse público. Este grave problema não será vencido por apenas um, todos devem
participar criando mecanismos e meios para a prevenção e repressão desses delitos.
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REFERÊNCIAS
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ARAÚJO, Raimundo Teixeira de. A história ilustrada dos serviços de inteligência. São
Luís: [s.n.], 1988.
BARROS, Santana Rêgo; GOMES, Ulisses de Mesquita; FREITAS, Whitney Lacerda de.
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Estratégicos da Presidência da República, 2011. 216 p.
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Rio de Janeiro: Impetus: 2009.
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