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A DYNAMIC DEVELOPMENT
SYSTEM Ti 1ATS EASY TO
LEARN AND WORKS FOR
EVERY TRUMPET PLAYER
by
Jeff Smiley
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Não importando a sua idade ou o n° de anos que você toca
Introdução
Balanço significa tocar fácil, por mais tempo, com “pegada”, com um som
melhor e uma afinação mais apurada.
Confusão profissional
Aqui eu quero dar uma pausa e agradecer JEROME CALLET por apontar
algum dos problemas usando o queixo liso. JERRY é um verdadeiro pioneiro, suas
descobertas têm mudado O mundo dos trompetistas.
Agora, pare e pense por um minuto. Tocar trompete envolve uma certa
quantidade de pressão do bocal nos lábios e um fechamento dos lábios para tocar mais
agudo. Uma questão lógica é: O que ajudaria você a tocar mais agudo e com mais
confiança - jnúsculos direcionando-se para o bocal ou músculos direcionando-se para
fora do bocal?? Se você respondeu, “para fora”, suas idéias mudarão quando você acabar
de ler o próximo capitulo - Mecânicas.
*
E ainda, alguns instrumentistas tocam muito bem com o queixo liso. O grande
Philip Farkas, 1o trompista da Sinfônica de Chicago (um grande instrumentista e um
grande ser humano), escreveu um livro sobre o queixo liso depois de perceber que todos
os seus colegas de naipe tocavam com o queixo liso (flat chin). A questão é: Se bons
instrumentistas utilizam, como pode ser ruim?? A questão é que o queixo liso não é mau, é
apenas ineficiente. É tão ineficiente que apenas uma pequena percentagem dos
instrumentistas são capazes de tocar dessa forma
1° Trompete - Joãozinho
Humilhação à parte, o que tudo isto nos leva a considerar é que o “queixo
liso” é ineficiente. Um trompetista pode tocar com uma embocadura ineficiente? É claro
que sim!!! Obviamente, existem tantos tipos de embocadura e algumas funcionam melhor
do que outras. Mas, a maioria, incluindo profissionais - grande parte deles, utiliza queixo
liso e são ex-Joãozinhos 1o trompete - nunca encontraram o ponto de balanço mais
eficiente. Eles encontraram um que deram a eles sucesso (limitado) e infelizmente, estarão
presos a isso para sempre. Em concerto eles provavelmente soarão bem, mas a Platéia
não sabe sobre todos os sofrimentos com notas agudas, falta de confiabilidade no “bico” e
nas infinitas horas de prática requeridas para que tudo isso não seja desperdiçado.
Um m odelo diferente
Mas eles não têm problemas com extensão. E, em raras exceções, eles não
utilizam a técnica “queixo liso”.
2 - M ec ân ic a s
6
trabalhar da melhor forma. O corpo tende a coordenar todo o esforço por você, processo
descrito adiante no capitulo “Exercícios”.
Mas antes de ir para lá, ajudará saber como funciona uma embocadura -
como lábios, língua e o vento (ar) trabalham independentemente para formar uma
complexa coordenação conhecida como tocar trompete
Lábios
liberalm ente dizem que se você forçar os lábios a vibrarem mais juntos, o som
piora —afinação baixa, estridente, etc. Mas quando você usa a embocadura de iniciante -
cantos da boca tencionados, queixo liso, lábios separados no centro - e fecha os lábios é
exatamente o resultado acima que você tem (afinação baixa, som estridente, etc.)
Língua
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total do ar, mas somente sob uma pequena extensão. A extensão que a língua afetará
depende de os lábios estarem fechados ou abertos. Por exemplo, se os lábios estão
relativamente perdidos, erguendo a língua pode variar a entonação do DO grave ao SOL
do pentagrama (isto é, uma quinta). Os lábios pressionados um pouco mais um contra o
outro e língua levantada alcançará do SOL do pentagrama ao Ml agudo e assim por
djante. Obviamente, se os lábios são fracos, a língua acaba ficando pesada demais. Isto
cria uma embocadura não balanceada e a tendência é usar pressão demasiada contra o
bocal resultando em notas baixas, ou seja, no sentido de notas desafinadas para baixo e
também, pouca resistência.
Alguns dos grandes trompetistas afirmam que nunca arqueiam suas línguas,
pois isto pode ser prejudicial. Outros testemunham, como eu já disse, que arquear a língua
é o segredo para o desenvolvimento do registro agudo.
Meu ponto de vista está entre os dois citados: que a língua pode ser útil para
comprimir o ar, mas a posição do lábio é mais importante.
“O ataque com a língua nos lábios" (tonguing on the lips) é considerado algo
inconcebível (no-no) para muitos da comunidade trompetística. Ele está associado com um
"Cuspir" (Splatty) ou com um ataque duro demais. Em vez de pressionar os lábios, os
estudantes são ensinados a dizer “ti-ti”, “du-du” ou algum número ou sílaba que coloque a
língua no céu da boca, logo atrás dos dentes. O que os professores não entendem é que
os lábios são fracos. Frequentemente os lábios dos estudantes não são fortes o suficiente
para manter a posição do bocal centralizado. A língua proporciona uma maneira de o
estudante s e n tir a posição do lábio enquanto ele toca. A língua é como um dedo que
dá estabilidade e segurança.
Respiração (Breathinq)
Ele estava certo é claro. Sem ar o trompete não possui vida. Todos os
instrumentos de vento precisam de ar para funcionar - e do músico que também parece
ser um requisito básico -. Você consegue sobreviver alguns segundos sem ar. A mesma
vida, vital para manter o músico vivo, mantém o instrumento vivo. O ar é o mais íntimo elo
entre os dois, um laço de experiência única para músicos e instrumentos de vento.
É lógico que gerar mais pressão de ar é benéfico para todo músico, mas não
é a solução. A respiração também pode ser ensinada sem um conhecimento profundo da
anatomia muscular ou sem “divagar* sobre os mistérios da filosofia oriental (salvo em um
outro momento, que será abordado).
NOTA do autor Para aqueles que têm pressa em aprender sobre os mecanismos
descritos neste capítulo, pule para o tópico exercícios.
Aos Professores
A coisa mais estranha foi que, através daqueles primeiros anos lutando
contra minha maneira de tocar e anos de pesquisas, eu ainda ensinava frequentemente
com um sucesso estrondoso. Muitos trompetistas, por anos, vieram até mim
decepcionados com os nossos sistemas ineficientes de ensino musical; esperançosos de
que minha “mala de truques” resolveria seus problemas. Por diversas vezes eu vi como os
músicos “floriam” com muito pouco esforço de minha parte. Eles estavam com fome de
conhecimento e eu dei a eles tanto quanto eu pude de meu limitado conhecimento. ^
Velho/Novo
Há um velho ditado que diz: “Aqueles que não conseguem fazer, ensinem”.
n
ff
Jb
A Maior parte dos grandes trompetistas continua seguindo cegos com seus
, ensinamentos, esquecendo de acordar o humano que eles criaram. Iguais a mariposas em
chamas, os estudantes continuam chegando, esperançosos em obterem alguma ajuda.
Tipos de Professores
Muitos dos professores que eu conheci são bem intencionados, mas aderiram
a um método ineficiente. De acordo com suas filosofias particulares, os professores de
trompete tendem a plantar certa crença no sistema. Mesmo estes, são estereótipos.
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Todos deveriam se reconhecer aqui, pelo menos um pouco (incluindo eu mesmo). Alguns
estão listados, como segue:
O maestro de banda: trabalhador e mal pago, o trabalho sobrecarregado
mantém a maioria deles ocupados para explorar inovações para os ensinamentos do
trompete. 50% (cinqüenta por cento) deles tendem a aceitar como verdade aquilo que lhes
foram ensinados durante a faculdade e querem ensinar suas bandas da mesma maneira,
assim como, típicas idéias de que todos devem usar o mesmo tamanho de bocal
(frequentemente um Bach 5B ou 3C).
JOE NOTA AGUDA (JQE H1GH NOTE): Seja via Internet ou métodos em
livros, há diversas pessoas lá fora que querem tocar o duplo ou triplo Dó e muitos destes
métodos querem atrair novos estudantes. A maioria deles “ensina” uma variação do
método de CALLET, contudo, poucos admitem isto. Eles tendem a ser defensivos. Cada
um diz ser o único método musical para notas agudas e não merecem vaias.
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i_ s u a s íçóes
Nem todos têm talento para ser um professor de trompete. Muitos começam
por razões equivocadas. Logo abaixo estão algumas exigências básicas, mas não todas:
1. Psicologia da ajuda: No fundo, lecionar não é para fazer algum dinheiro, mas
sim para ajudar o próximo a crescer. Há uma grandeza nesta profissão que é
diminuída por todos aqueles professores que procuram por dinheiro fácil. Você
quer ajudar os outros ou a si mesmo?
3. Energia: Isto soa muito simples, mas é incrivelmente importante estar lá,
focado, com um propósito e pronto para tudo. Você não pode exigir de um
aluno aquilo que você mesmo não é.
NOTA DOS TRADUTORES: Atenção: vale lembrar que esta é uma tradução.
Qualquer e-mail enviado ao Professor Jeff Smiley, deverá ser redigido em inglês.
Corpo/Mente
T Nós estamos rodeados por uma tecnologia incrível e aprendemos muito sobre
o mundo lá fora, mas sabemos muito pouco sobre nós mesmos.
Este tópico é sobre saúde. A saúde deveria vir em primeiro lugar em qualquer
processo educacional. Se sua mente é lenta e seu corpo trabalha com pouca energia,
é impossível aprender e seu progresso é interrompido. Como professor, eu estou
consciente dos normais desafios que o estudante de trompete enfrenta. A última coisa que
um trompetista precisa, acima de todas as coisas, é um problema de saúde. E mais, os
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alunos abusam deles mesmos, seguindo muito além de seus limites e quase sempre
sofrem as conseqüências.
Neste capítulo estão as dicas básicas sobre como cuidar de sua saúde. Eu os
alerto, entretanto, que as idéias apresentadas aqui soarão, às vezes, como novas ou não
usuais. Na verdade, a maioria das idéias que conhecemos são muito antigas, esperando
pelo momento certo para serem recicladas, mais uma vez, na principal corrente de
pensamento. Como diz o ditado: não há nada novo abaixo do sol.
Ahi O que seria a vida sem os diferentes pontos de vista? No campo da saúde
assim como no da execução trompetística, há filosofias contránas. Nos dois principais
pontos de vista da saúde as diferenças podem ser resumidas numa simples frase: reduzir
ou expandir?
Por outro lado, há a medicina alternativa de saúde que busca ser menos
invasiva, utilizando maneiras não-tóxicas de manter a saúde por aumentar o sistema
imunológico natural do corpo expandindo as habilidades internas da mente/corpo para
cessar doenças. Em vez de atacar diretamente a doença (que consideram ser o sintoma,
não a causa), esta alternativa médica trabalha no sentido de manter o sistema imunológico
“acima do normal”. Em outras palavras, a saúde não é tratada simplesmente como falta
de doença, mas como uma expansível robustez e vigor de toda existência. Pela
perspectiva alternativa, levar a saúde a altos níveis de defesa diminui o risco de que
doenças ocorram.
Usando como exemplo um simples resfriado, nós podemos ver como as duas
abordagens diferem.
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O médico vê o óbvio - muco, dor de garganta, dores em geral - e conclui que
você esteve em contato com alguns indesejáveis germes. Ele então prossegue na
tentativa de reduzir cada sintoma. Usando um medicamento ou diversos deles, ele tenta
matar os germes da garganta com um spray ou gargarejos; seca o muco com um
descongestionante e tranqüiliza a respectiva dor até que o paciente se sinta mais
confortável. Mesmo assim, em pouco tempo, o paciente em verdade tem reduzidos apenas
os sintomas. Não obstante, alguns novos sintomas podem temporariamente aparecer em
razão dos efeitos colaterais causados pelos medicamentos.
NOTA: Todos os medicamentos são tóxicos para o corpo humano. Esta não é
minha opinião, mas sim um fato.
A medicina alternativa vê com outros olhos. Para ela, germes oportunistas são
o resultado e não a causa de um resfriado e outras doenças. O nível químico existente no
corpo não é primário. Em comparação, os germes, de fato, causam menos doenças no
homem do que os mosquitos fazem de sujeira. Até certo ponto concordo que bactérias em
excesso e germes são os culpados pelo enfraquecimento do sistema imunológico que
nestas situações não consegue manter o balanço próprio. Livrar-se de germes é como
livrar-se de mosquitos. A menos que você sempre limpe o lixo, eles sempre vão voltar.
Mesmo as clínicas médicas têm este ponto de vista. Uma matéria de capa da
Newsweek, lançada em 14 de Junho de 1.999, tinha como assunto “A atual visão
científica sobre o stress”. De acordo com o artigo, “stress não é só uma enfermidade
adquirida com a correria diária; ele também está ligado às doenças do coração, imunidade
deficiente e perda de memória”. Nós estamos aprendendo que o processo de stress dos
homens e das mulheres são diferentes e que o stress infantil pode levar a sérios
problemas cardíacos quando adulto. (Para obter uma cópia completa do artigo, visite meu
website).
Olhando para a lista acima referida, você pode facilmente distinguir qual a
principal causa de stress que sobrecarrega sua vida, ou você pode se identificar com todas
as três. Mas a real questão é: Você está fazendo algo para mudar sua vida ou você está
^çterpretando o papel de vítima, sem forças para reagir e fazendo menos que seu melhor?
Se você não consegue resolver o assunto de stress por você mesmo, você
precisa procurar ajuda externa. Não é minha pretensão examinar exaustivamente todos os
sistemas alternativos de ajuda. Você encontrará os assuntos abordados bem
documentados na Internet, livros ou vídeos. Escolher o sistema alternativo correto é, não
raras vezes, um pouco confuso devido à grande variedade de processos disponíveis. Meu
principal conselho é: Não se enrole ainda mais com os processos de decisão. Se você
precisa de ajuda, siga sua intuição e corra atrás. Você pode ler o dia inteiro sobre tudo
isto, mas somente fazendo, você saberá se efetivamente funciona ou não para você.
Recomendo que os estudantes alterem suas dietas, pelo menos até que os
sintomas desapareçam. É um conselho que se deve prestar atenção. Algumas pessoas
parecem entender que o ácido carbônico gelado da “água-xarope” (conhecido como soda
refrigerante) não tem valor nutricional algum e pode seriamente estressar seu sistema
imunológico.
Para os outros, eu tenho uma possível solução não tóxica. Com exceção dos
asmáticos, um músculo localizado perto do ombro omoplata (shoulder blade) - conhecido
como: “músculo Infraspinatus”3 - tende a ser extremamente tenso (nos espasmos)4 e
doloroso ao toque; especialmente quando a respiração se toma dolorida. Quando este
músculo é relaxado, os sintomas respiratórios diminuem ou desaparecem completamente.
l
muscle
Desempenho
Eu estava do lado de fora da porta ouvindo Jess (não é um nome real) tocar
nu gvia primeira audição de bandas em Dallas. Jess, cursando o sétimo ano, parecia muito
•feanqüilo caminhando e encarando todos aqueles jurados. Assim como outras criqnças, ele
não estava nem um pouco nervoso. Mas depois de concluída a peça, a porta se abriu de
repente e Jess, em lágrimas, correu para o hall entrando no banheiro mais próximo.
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Eu imediatamente fui atrás dele, esperando ajudar, na tentativa de contornar
as coisas, mesmo não tendo certeza do porquê de ele estar tão estressado; pois ele tinha
tocado razoavelmente bem.
Apesar de eu ter chegado até ele apenas segundos depois de ter passado
por mim; suas lágrimas quase tinham secado, substituídas por um olhar confuso. “Qual o
problema?" Eu perguntei. “Eu não sei!” Ele respondeu.
O que Jess vivenoou pode melhor ser descrito como uma sobrecarga de
energia. Nós costumamos chamar este “algo mais” usando qualidades emocionais
especificas como medo, ansiedade e nervosismo. Mas, analisando por um panorama
geral, somente uma coisa está presente - energia.
A situação de Jess não foi a de costume, porque ele não tinha passado por
uma experiência - que para nós é comum - de medo ou nervosismo, com uma sobrecarga
repentina. Ele simplesmente sentiu que estava pronto para explodir com... Alguém! Nas
apresentações, esta tal “coisa” cria a oportunidade de tocar num alto nível, mais inspirado
e com um profundo sentimento de bem-estar. Tal energia pode alterar a consciência do
intérprete, parecendo com uma experiência espiritual. Isto é o que mantém os músicos
veteranos no palco, frequentemente, no auge por muito tempo. Eles se sentem mais vivos
e “viciados” em energia.
Será que o músico fica nervoso? É daro que sim. De fato, eu posso garantir!
Sempre antes das audições eu ouvia os estudantes dizerem: “Eu espero não ficar
nervoso!”. Em outras palavras, eles estavam preocupados se ficariam nervosos. Agora eu
digo a eles que é normal ficarem nervosos, mas que não fiquem pensando nisso. A real
questão é: Você consegue tocar quando está nervoso? Nesse processo de auto-
conhecimento. você tem que enfrentar a si próprio - passo a passo - e encontrar o quão
poderoso você realmente é. Quando você perceber que você pode tocar, mesmo enquanto
sentindo certo surto de energia, a confiança começa a crescer.
Por muitos anos eu tive várias conversas com Jess. Ele pôde ver este
crescimento e ficou maravilhado como estava mudando. Ele se sentia mais “solto” quando
fazia apresentações para sua classe e mais “seguro” quando se deparava com situações
de pressão. No seu último ano de colégio, ele participou do “Sênior Trumpet Tradition"
tocando como solista, antes de cada partida de futebol.
Equipamento (Hardware)
A controvérsia do bocal
A resposta ideal é: Você deve tocar com um estilo de bocal apropriado para a
situação, usando qualquer equipamento que funcione melhor para você. Contudo, o
mundo real está longe do ideal. A maioria dos músicos não se desenvolve e escolhe por
uma mudança mais fácil de estilos. Em vez de terem uma embocadura que mantém sua
integridade independente do bocal usado, muitos músicos formam suas embocaduras de
acordo com o tipo e tamanho de bocal usado - “O bocal modelador". Como efeito disto, o
bocal detecta como os seus lábios se movem - ou não se movem - enquanto você toca.
Para 95% (noventa e cinco por cento) dos trompetistas no mundo, o tamanho
e/ou forma do bocal influencia demasiadamente em quão boa sua embocadura vai
funcionar. Os outros 5% (cinco por cento) conseguem tocar em todos os bocais e são
capazes de criar variadas cores de som (escuro, brilhante, etc.).
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DOC SEVERINSEN costumava contar uma famosa história sobre seu
amigo ADOLPH “BUD” HERSETH: famoso 1o trompete da Sinfônica de Chicago. O
impassível Sr. HERSETH contou-lhe que ele tinha recentemente usado um bocal Bach 7C
durante a gravação de Quadros de Uma Exposição (Pictures at na Exhibition)5. Seus
lábios estavam um pouco “cansados” (stiff), devido à apresentação do dia anterior. Então
ele decidiu tomar as coisas mais fáceis e usou um bocal menor - sem fazer grande
diferença. Os outros músicos, despercebidos da mudança, o parabenizaram cordialmente
pelo belíssimo som!
Com o que seu som se parece é uma questão de escolha que não deve ser
100% detectado pelo bocal. Muitos dos grandes trompetistas atuais podem mudar seus
bocais sem preocupação, pois o som vai continuar bonito.
3 Nota dos tradutores: O compositor dc “Os Quadros dc uma Exposição” c MODEST MOUSSORGSKJL
9Q
O que ele tinha era FOCO. Os meus lábios, além de moverem-se
incorretamente estavam vibrando numa área muito grande, acompanhando de forma fraca
os contornos da borda do meu bocal.
Anos mais tarde, depois de finalmente decidir que o FOCO dos lábios é que
era o problema, eu revivi a experiência. Naquela época, eu ainda não conseguia focar o
suficiente para gerar um bom som num bocal pequeno. Eu sempre tentava tocar em um e
rapidamente desistia. Mas será que eu pegaria o “jeito” tentando por várias semanas? Os
meus lábios se ajustariam por serem forçados contra uma pequena abertura?
Anos atrás eu usei esta técnica com os estudantes que não conseguiam
tocar acima do pentagrama quando usavam um bocal Bach 7C. Durante seis semanas
eles tocaram com bocais menores para forçar mudanças, possibilitando a eles tocarem
mais agudo que antes. Mas o mais interessante era que eu fiz com que os alunos, entre
seis e onze meses, voltassem a tocar com o bocal Bach 7C (vocês podem imaginar o
quanto eles protestaram). Para a surpresa deles, não houve perda de extensão. Os lábios
retiveram o FOCO.
Hoje em dia eu não uso por muito tempo um bocal pequeno para forçar a
melhorar o FOCO. Em vez disso, eu prefiro confiar no método utilizado neste livro.
Contudo, se me parecer necessário, eu não hesitaria em novamente usar a técnica do
bocal pequeno.
Enquanto isto soa bem em teoria, na prática esta é outra questão. Para
alguns, isto funciona até certo ponto. A maioria, não obstante, deturpará a posição dos
lábios que mal os permitirá tocar, tomando-os prisioneiros de bocais maiores. Isto é
especialmente verdade com jovens trompetistas.
Professores X Estudantes
Os estudantes, é claro, são diferentes. Eles não vêem a hora de tentar algo
novo, ao pensar que os ajudarão a tocar melhor. O objetivo aqui é o de apresentar as
novas descobertas na forma de ajudar os estudantes a adquirir uma visão ampla, não
30
somente em um só ponto de vista. Os bocais pequenos são somente uma peça do
quebra-cabeça e não a resposta que vai resolver todos os seus problemas.
Ocorre que, quando os alunos persistem com um bocal grande, eles são
repreendidos por não atingirem notas agudas.
A descoberta do bocai
Um dia, meu amiao Bobpv Hibbs me emprestou alguns bocais de sua loja,
Mejroplex Music. Bobbv já faleceu, mas naquela ocasião ele administrava um
estabéTeaménto bem original, no qual só poderia ser descrito como uma loja de primeira
linha em trompetes, ligeiramente escondida, quase imperceptível. Assim como em
qualquer outra loja havia vários tipos de instrumentos á venda, mas os trompetistas eram
seus principais clientes. O dia inteiro poderia se encontrar alguns dos melhores músicos
da redondeza curtindo o ambiente.
De qualquer forma, um dos bocais que ele me emprestou foi o “Plaip Jape"
que eu quase levei da loja. Naturalmente ele revelou ser o melhor de todos aqueles
bocais: fácil de tocar, com um som bem escuro; rivaliza com um bocal médio da Bach.
Não há nada como um bocal com um tamanho que corresponda tudo o que
se necessita. O DeNicola BE chega bem perto. Quando meus trompetistas mais
avançados (com a habilidade de FOCAR bem desenvolvida) experimenta um, a maioria
deles (95%) gosta imediatamente. E, como eu disse antes, os bocais de BOBBY
encorajam um som suave. De fato, se um bocal não parecesse ser tão pequeno no seu
6 Nota dos tradutores: BE refere-se à “Balanccd Embouchure” que é o título Originai deste livro.
7 Nota dos tradutores: O preço dc um Bocal DeNicola BE foi cotado cm $60 (sessenta dólares) cm Jan/2006.
formato, a maioria dos Maestros nunca saberia que seus alunos estariam tocando com
um equipamento pequeno.
Nos dias de hoje, isto pode não ser um grande problema. Se o estudante é
um iniciante, um trompete decente pode ser encontrado no jomal ou alguma loja de
musica pelo preço aproximado de $300 (trezentos dólares). Quando o estudante alcança
um nível mais avançado, pode uma outra pessoa escolher um instrumento para ele?
Nunca, nunca e nunca vá impulsivamente para a loja e compre um trompete baseado na
sua aparência. Se tiver muitos enfeites e desenhos, as chances são grandes de o
instrumento estar tão “bonitão” propositalmente para propaganda. Os fabricantes sabem
que é mais fácil fabricar um instrumento bonito do que um que toque bem. A maioria das
pessoas não faz idéia de como escolher um instrumento, outros compram pela aparência.
32
Os instrumentos de CALLET estão disponíveis em New York e através da
rede (network). Você pode encontrar por um preço razoável, normalmente uns $800 mais
que um Bach Strad. Você pode obter mais informações em seu próprio site:
www.callet.com.
II. EXERCÍCIOS
i
li
O Grande Cenário
Nesta seção eu descrevo os exercícios, maneiras práticas para aplicar os
princípios da embocadura universal resumidos no capítulo Mecânicas.
rr
_/ Antes de começar os exercícios aqui está um resumo do Grande Cenário,
j mais profundo do que já fôra comentado nos capítulos anteriores:
Tal como um alto nível da atividade física, uma embocadura eficiente requer
-
uma extraordinária coordenação. Há muitas peças do quebra-cabeça que se encaixam no
’Y lugar quando se trabalha corretamente. Estas peças são organizadas pelo seu
V inconsciente. Quando se FOCA (direciona) o movimento dos lábios na direção mais ou
menos correta você está dando para seu inconsciente ferramentas necessárias para
formar o ponto de balanceamento.
ff Se você não entende as mecânicas básicas da embocadura, ainda sim, você
pode alcançar o ponto de balanço, mas será pura sorte. O caminho para o sucesso está
bem escondido e pode ser facilmente perdido. Por exemplo, nos primeiros estágios do
desenvolvimento da Embocadura Balanceada você não percebe que está fazendo algo
inteligente (parece que nada acontece). Muitos estudantes ficam inicialmente desconfiados
em como estes exercícios com som e características tão estranhos são capazes de gerar
tais resultados incríveis.
34
Então eu te convido para começar este processo e encontrar a verdade por
você mesmo. Alguns de vocês são relativamente novos no trompete e não tem reservas
sobre começar os exercícios do livro imediatamente.
Para outros...
Medo de mudar
A maior parte deste medo vem da constante batalha em fazer com que os
lábios se movam numa embocadura que está condicionada (que é aquela embocadura
que só funciona quando ela quer) - Em outras palavras, uma embocadura que depende
“do dia” para estar em perfeito funcionamento. Uma embocadura condicionada sempre
tem uma extensão limitada e é caracterizada por vários movimentos insignificantes, com a
posição errada dos lábios, fazendo com que se precise constantemente de longos
aquecimentos, de novo e de novo, com o persistente problema de se este será ou não um
dia “bom”.
Direto x Indireto
Cada exercício será explicado na sua íntegra mais tarde, mas o exercício a
seguir é um breve resumo de como você pode obter, de imediato, uma percepção de como
combinar as partes para formar um todo.
Para-Fora/Para-Dentro (Roll-out/Roll-in) (re s u m o )
Estes exercícios exagerados, fáceis o suficiente para um estudante de
sétima série aprender (e muitos têm tal facilidade) são o coração do sistema. Analisando o
diagrama abaixo, há uma seção central que representa o limitado movimento habitual dos
lábios que a maioria dos trompetistas possui. À esquerda está o “Para-Fora”, uma
extensão prolongada dos movimentos atingida com o rolar dos lábios para fora (franzidos)
quando se toca as notas de duplos pedais (duas oitavas abaixo da nota Dó central), de
uma maneira muito específica e focada. À direita está o movimento oposto, quando os
lábios rolam para dentro (os músculos faciais se agrupam na direção do bocal) “Chiam”8
resultando em notas acima do pentagrama. Em ambos os movimentos, os lábios são
previamente aproximados para tocar, permitindo que a pressão do ar crie uma abertura
para a vibração.
* Este “chiar” c na verdade quando você vibra os lábios com uma intensidade bem aguda, parecida com um balão de festas esvaziando-se quando vocc
segura a borda, produzindo um som agudo.
'IH
A esta altura, a embocadura já passa a integrar os elementos combinados
nos movimentos de Para-Dentro e Para-Fora de maneira que se fixe como “única” a
arquitetura do lábio do estudante, criando o relativo estado de balanço. Não há um modelo
100% perfeito de como isto acontece, mas aqui há tendências gerais que estão ilustradas
em detalhes.
Por exemplo, Para-Fora (Roll-out) pode ser mais fácil do que Para-Dentro
(Roll-ln), ou vice-versa. Gastar mais tempo na extremidade fraca é normal. Alguns
estudantes predsam somente praticar uma das extremidades dos exercícios de escala
para encontrar o balanço.
Para saber qual o seu nível de balanço comece tocando o método inteiro. A
área que você precisa focalizar fica óbvia quando você pratica as duas extremidades da
escala.
Sobre o CD
Sempre que possível, toque junto com o CD que está incluído neste livro.
Preste atenção especialmente para a qualidade de som de cada exercido e faça seu
melhor para imitá-lo. Se o exercício que você está tocando soar similar à gravação, vocé
está no caminho certo.
Exercícios 1-4 (Para-Fora)
V
PARA-FORA MOVIMENTO RESTRITO PARA-DENTRO
Rolar os lábios para fora significa franzir movendo-os para frente enquanto
se expõe a parte interna vermelha e macia do lábio. As notas tocadas com este tipo de
ajuste dos lábios são direcionadas para a extensão dos baixos pedais. Nós vamos, desta
maneira, focalizar uma área específica, os duplos pedais.
Prática X Desempenho
9 Nota d05 Tradutores: o “desempenho” iefcrc-se à atuação corriqueira do trompetista, seja cm ensaios ou trabalhos.
40
Duplos pedais - como fazê-los
1. Enrugue seus lábios para frente, enrolados para fora, os cantos para
dentro. (Como se fosse dar um beijinho)
3. Role o lábio inferior para fora de modo que se projete abaixo do aro do
bocal.
Uma nota muito grave soa do trompete! Muitos estudantes riem da situação
que isto traz por soar um pouco incomum, como um cortador de gramas ou a partida de
um motor. Escute o duplo pedal “DÓ” como tocado na primeira faixa do CD e tente igualar
a afinação da nota. Acertar o “doce-alvo” pode requerer um ajuste na recolocação, no
ângulo dc instrumento ou na quantidade de pressão dos lábios, (faça alguns testes,
colocando o instrumento para cima e para baixo para achar a posição ideal do pedal).
41
Acima de tudo, seja paciente. Esta é a forma mais simples de embocadura.
Os alunos de sétima série se adaptam a este tipo de estudo em questão de minutos. Os
estudantes mais velhos algumas vezes “travam” complicando este simples exercício, por
tentarem fazer com que ele fique parecido com o seu som normal. Esta é só uma simples
maneira de aprender com uma sensação ligeiramente diferente. Eventualmente, quando
feito corretamente com os cantos da boca direcionados para frente e uma “abelhinha”
(vibração contínua dos lábios) focada; se transforma num ponto de referência, uma
estrutura confiável que todos os trompetistas anseiam, mas só alguns deles encontrão.
Algumas dicas mais avançadas sobre obter o som correto estão localizadas
na seção “Problemas e Soluções”.
Ainda Segredo
Isto mostra que mesmo para uma escola famosa que possui poderosos
músicos da família dos metais, referidas técnicas são virtualmente desconhecidas.
42
Os homens tropeçam ocasionalmente
sobre a verdade, mas a maioria deles se
levanta e vai embora como se nada
tivesse acontecido’’.
Winston Churchill10
l0Nota dos Tradutores: “Winston Churchill - Ex-presidente dos EUA que nasceu em 3O/NovV1874 c Morreu em 30/Jan71965 aos 91 anos de idade.
Instruções para #1
« Cf
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Solb - teste
Éf iO\
1 l>*y
2- _J
3
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Instruções para #2a e #2b
Para-Fora #2a e #2b utiliza uma mesma extensão de notas básicas como no
#1, no entanto, agora você vai passar de uma nota à outra, deslizando no #2a (ligado) e
depois separando com a língua no #2b (stacatto), Eventualmente, se possível, tocando o
exercício completo em uma só respiração. As notas escritas na oitava de cima são
meramente “guias” e não devem ser tocadas, com exceção do que será explicado a
seguir.
Para a maioria dos estudantes, ligar os pedais é mais fácil que separar
(síaccato) os mesmos. Como já d itc O executar o exercício (quando staccato) batendo a
língua no lábio superior, faz com que a posição dos lábios se ajuste. No #2b pode ser
necessário mudar a posição do lábio superior, movendo-o sutilmente para baixo, para
facilitar o toque da língua.
As notas mais graves (Sol e Fa#) são normalmente mais complexas. Uma
maneira simples de tocá-las é a de suavizar a pressão do bocal contra os lábios,
encorajando os lábios a rolarem cada vez mais para fora.
Dó - Teste
É Quando possível, execute todas as notas numa só respiração
2 1
3 3
â TrF"
Dó - Teste
É Qiiaiulo possível, execute todas as notas nuina só respiracão
A língua deve sempre tocar o lábio superior
1
i 1 2
É
■> 3 3
2: 2: a: 3: 3: 3: t>3: 3: 3: 3: 2 : 3 : 3 1 3 : 3 : l>a: 3 : 3 : 3 :
T T T T PTf 3 T I T TT
instruções para #3
A fermata15 está lá para indicar uma pausa de dois a quatro segundos entre
cada trecho.
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Ni/
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sim ile...
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H ^ = i: l»o 4 =
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2-3 1-3
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zr z: z: u
1-2-3
i
/IQ
Instruções para #4
Note que também será dito para “Snap” as notas agudas. Os^Snaps são
pequenos acentos criados com uma rápida e crescente corrente de a rx ^ Eles são
explicados com mais profundidade no capítulo Exercícios de^F(çxibilidade^ Novamente,
ouça a gravação no CD e faça uma avaliação própria antes de entender o propósito do
exercício.
NOTA dos Tradutores: Não force! Não faça várias vezes! Respeite as
regras. Estude com consciência. Faça somente o necessário conforme cada exercício.
,6 O ZIP é quando você usa a língua para finalizar a nota, levando a língua até os lábios fechando a passagem como se algo interrompesse a passagem
do ar. Isso produz uma sensação de Zippcr.
1 O Snap e aquele ataque feito somente com o ar, não usando a língua.
50
Para-Fora #4 (Roll-Out)
Subindo cada vez mais
Antes de cada exercício, faça o exercício teste já aprendido nas lições anteriores.
Continue o mais agudo que você conseguir. Nunca ataque as notas acima do
pentagrama com medo, seja preciso e bem firme. Sempre, no mínimo, mantenha o som
daquele assovio agudo produzido pelo Para-Dentro nas notas mais agudas (na contagem
até três). Consequentemente o lábio vibra e a nota aparece. Lembre-se, é muito
importante, apenas três tentativas e descanse mesmo se a nota não sair e o lábio não
vibrar.
ol £ Soib 1
4
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X T , i-^ v V fn * ^ f= . » r r r \ s r-í L- \*0 r f n
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A evoóttfáo de mh tro/npatigia
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Credite (ou culpe!) Galen Jeter pelo desenho acima. Ele é um trompetista que lidera há
muito tempo em Dallas, atualmente líder da ‘The Galen Jeter Jazz Orchestra"
E-mail: qaie n ^ie te i1azz.com
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S.V
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Galen Jeter
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52
Exercícios 1-4 (Para-Dentro)
V
PARA-FORA MOVIMENTO RESTRITO PARA-DENTRO
(Padrão para a maioria dos trompetistas)
< ----------> <C ” — >
No mais, não havendo diferenças, ao rolar os lábios para dentro a nota tende
a subir. É claro, mantendo os lábios vibrando você obterá um som prazeroso e/ou tocado
com o volume real do instrumento enquanto se faz Para-Dentro - bem, esta última
observação é uma outra história (o que será explicado posteriormente).
Algumas histórias
54
Mais tarde, ao Jim ingressar na Universidade Metodista do Sul (SMU) como
um estudante de música, ele se inscreveu para ter lições de trompete. Dos três
professores que lecionaram para ele, todos desistiram depois de algumas semanas. Foi
dito a ele para desistir e “dedicar-se a outro instrumento”. Acho que vocês já sabem qual
foi - "Bombardino”.
Era tudo o que Jim realmente queria. Ao seguir piamente as instruções que
lhe foram dadas, ele lentamente descobriu como fazer para sua embocadura funcionar.
Dentro de algumas semanas ele já conseguia tocar facilmente acima do pentagrama. O
mais interessante - e o que dá tristeza só de pensar18 - foi que, no final do semestre, ele
tinha melhorado tanto que todos os professores o queriam novamente como aluno!
Nem todos têm lábios salientes tão óbvios. Muitos músicos têm os lábios no
formato da maioria dos músicos - até eles vibrarem. De repente o lábio superior salta
como um
18 NOTA dos tradutores: O autor sempre menciona a sua insatisfação ao ver aqueles professores que querem lecionar somente para os alunos que se
destacam, quando, na verdade; quem mais precisaria de ajuda são os alunos com dificuldades reais.
55
Lábios salientes causam dificuldades ao tocar porque a parte vermelha do
lábio superior tende a rolar para fora repousando na parte superior da taça do bocal. Esta
parte da pele é macia, resultando em vibrações graves, tomando difíceis os registros
agudos.
Uma posição tão baixa que parece que não há Depois de aprender o Para-Dentro
o contato do lábio superior no b o c a l- mas há!
ÍT
-
w 19 Nota dos Tradutores: Histamina c um neurotransmissor. Neurotransmisorcs são substâncias liberadas por um neurônio, considerado como neurônio
prc-sináptico, cm resposta a um estímulo.
56
Começando Com o Grampo Labial (Lip Clamp)
Cada estudante que eu ensino começa com um exercício Para-Dentro sem
tocar, conhecido como “Grampo Labial”. Mostrado na foto abaixo, o grampo labial, também
chamado de “aparência de um velhinho” é um simples rolar dos lábios para dentro
ligeiramente acima da abertura dos dentes superiores (os lábios não devem estar entre os
dentes). Todos os músculos da face vão na direção do bocal e o queixo se junta com esta
musculatura, fazendo-o parecer enrugado. Quando os lábios estão completamente
enrolados para dentro a parte vermelha do lábio desaparece, deixando uma boca lacrada
que se assemelha a uma "fina linha sobre uma pequena barreira labial. Essencialmente,
isto pode ser descrito como um Para-Dentro enrugado.
LL Três dicas:
T
Frequentemente os estudantes inflam o lábio superior ou
inferior quando fazem os lábios vibrarem na posição do
T grampo. A quantidade deste “inflar” varia de pessoa para
r pessoa. Este ar preso na boca (bolsa de ar) é
completamente normal e não se deve levar em
consideração. Para maiores informações sobre bolsas de ar
na boca, leia a próxima página.
S4"
'T
Uma Palavra Sobre Bolsas De Ar (Air Pockets)
Se tocar com a língua golpeando os lábios é a parte mais desentendida dos
trompetistas (veja Mecânicas), posso dizer que as bolsas de ar estão perto de ser a
segunda. Os estudantes que sopram o ar - abaixo ou acima dos lábios ou, ainda,
enchendo as bochechas - tendem a ser condenados pelos seus professores. Alguns
professores fazem qualquer coisa para evitar que isto ocorra. Eu tenho escutado sobre
algumas técnicas negativas de motivação que beiram o período medieval, tal como
segurar um alfinete de chapéu contra a bochecha na tentativa de “persuadir" o estudante
para não mais inflá-la.
Nas semanas seguintes toda vez que ele queria tocar o Sol agudo ele inflava
suas bochechas e a nota Sol estava lá. Mais tarde, ele parou de inflar quase que
totalmente e a nota continuava tão firme quanto antes.
I
v* Para-Dentro (Roll-In) Como Fazê-lo
K Uma vez feito o grampo labial e o Squeak20 você está preparado para
u começar os exercícios do Para-Dentro. Estes exercícios são feitos com a posição de
y grampo labial. As instruções são as seguintes:
Sugestões gerais incluem: mover o bocal mais para cima ou para baixo;
inclinar o instrumento para mais ou para menos; rolar mais para dentro os lábios e manter
os lábios o mais próximos possível.
r f/ *V-
y 5. Alguns estudantes descobrem que criar bolsas de ar nos
lábios superior e/ou inferior ou mesmo enchendo as
bochechas é extremamente útil para forçar os lábios a
FOCAR ao vibrá-los. Os cantos dos lábios quando estão
travados para baixo ou esticados para trás podem
frequentemente impedir a vibração21. Inflar as bochechas
enquanto se destrava os cantos da boca deixando-os livres e
para frente tem sido altamente útil para muitos trompetistas. .
Squeak (cm inglcs: ranger) e o efeito de soprar com a embocadura em grampo labial produzindo a vibração aguda dc uma bexiga esvaziando.
2*Nota dos Tradutores: mantenha as laterais dos lábios alinhados, não sorria e não os curve para baixo.
60
Eu tenho alunos que praticam o destrava mento das laterais da boca usando
o seguinte método:
Antes de começar o Para-Dentro #1, vocé deve primeiro saber como tocar
uma nota acima do pentagrama com a posição do Grampo Labial. Siga as instruções das
seções anteriores e pratique até que seus lábios vibrem quando estão rolados para dentro.
Você pode começar cada nota soprando primeiramente com uma vibração
aguda e depois posicionando o instrumento na boca. Isto pode ser mais fácil,
especialmente aos iniciantes, porque o exercício tende a manter os lábios dobrados ou
alinhados, alterando sua antiga embocadura. Conforme você progride, naturalmente
consegue tocar numa seqüência mais normal utilizando o Para-Dentro, v.g.: coloque o
instrumento na boca, respire e ataque a nota.
62
Para-Dentro #1 (Roil-ln)
Primeiras notas
Aberto respiração
t n.is4l
r» - O ..........
= h i -------------------
i'A - ■ ^ - - - I - = ^ =
sim ile...
2 ' pis to
rfo .--------------- 1 ° --------
-ji *° I * * - — -1
1* pisto
— 0------o ---------------- p 6 --------------- --O--------------- —o -----------------
t, ........ ~ i
Faça os oxcrcíciot duas ou três vezes ao dia até que vocc comece a se s e n tir confbrtáveL
Respire sempre pelo nariz. Não force a musculatura. Sentindo algum tipo de dor labial,
suspenda o exercício p o r dois dias. Ataque com aboca fechada e deixe que o a r abra sua
boca. Tenha calma. Os resultados aco n te cem somente depois de dias ou semanas. Não
desista, seja insistente consigo mesmo. Não £aça mais vezes do que é solicitado.
Instruções para #2
Agora que você já estabilizou a nota Sol acima do pentagrama, você pod°
começar a arrastar as notas para baixo com a sensação de deixá-las descerem livremente
Y no pentagrama utilizando somente as notas do mesmo dedilhado. No começo, isto é feito
y facilmente pela simples maneira de diminuir consideravelmente a pressão do bocal
(afastando o instrumento dos lábios). Isto causa um ligeiro desenrolar dos lábios, o
suficiente para mudar de nota, mas não o suficiente para que os lábios se “sintam"
completamente perdidos no Para-Dentro.
ff Assim que este exercício se torne mais fácil e a embocadura mais estável,
você pode mover a entonação parcialmente para cima (comece com o Dó agudo em vez
de Sol). Você pode também começar a praticar com a língua (staccato). Para alguns, isto
será fácil, já outros, precisarão de um ajuste dos lábios ligeiramente para baixo, a fim de
manter a posição do Para-Dentro enquanto executa o língua nos lábios. Sempre FOQUE o
volume. Comece fazendo Zips (para instruções, vá para os exercícios de Língua nos
Lábios). Quando o staccato se tomar fácil esta embocadura pode ser usada no dia-a-dia
do trompetista.
Nota dos Tradutores: quando se fala em “assovio” não e o assovio que conhecemos, mas sim: “uma vibração agada dos lábios” que sc assemelha a
um assovio.
64
Para-Dentro #2 (Roll-In)
Ligando para baixo
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3*‘* 4 — ----------
simile-.
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2" pis to
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r pisto
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É
Staccato com o Para-Dentro
Se possível, faça o ataque com a língua
encostando no lábio superior.
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no 3 sinúle._
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Instruções para #3
respiração
Aberto na»al
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respiração
1 'p iíto nasal
Instruções para #4
As notas agudas são Para-Dentro, enquanto que, as notas graves são Para-
Fora. Os intervalos são de quatro oitavas que podem soar extremamente difícil. No
entanto, mesmo os estudantes do Ensino Médio que estudam os primeiros exercícios
deste livro conseguem tocar este último como se estivessem brincando. Um alerta:
Somente faça este exercício quando você tiver desenvolvido com eficiência todos os
outros exercícios de movimentação labial.
68
Para-Dentro #4 (Roll-In)
Intervalos com completa movimentação labial
Exercícios de Flexibilidade - Ligaduras
Lip Slur Exercises
Algumas Considerações
Rolar os lábios para dentro e para fora é o ponto chave dos extremos da
completa movimentação labial usada por qualquer trompetista eficiente. A flexibilidade é a
maneira de conectar estes extremos, criando uma suave conexão e um movimento
contínuo através de todos os registros do instrumento.
70
Exigências e expectativas da extensão
Os exercícios de flexibilidade desta seção eventualmente trabalharão acima
do pentagrama. Por enquanto você pode pensar que sejam de alguma forma, árduos, mas
é importante entender que eles estão dentro da capacidade da média dos alunos. Isto já
se fez entendido com as mecânicas básicas.
71
De fato, os estudantes do ensino médio que batalham por um ou dois anos
em busca da embocadura balanceada podem consistentemente tocar um Soi (quatro
■\ linhas acima do pentagrama) dentro deste período ou até antes.
Ouça o CD
72
Mordendo a Nota Superior (Snapping the Top Note)
Você já deve ter percebido que todas as notas agudas são acentuadas,
produzindo um “pop” ou “Snap (uma espécie de mordedura na nota superior). Este é o
terceiro aspecto mais desentendido do desenvolvimento da embocadura, após Língua nos
Lábios e Bolsas de Ar (ambos abordados anteriormente) e, assim como estes dois foram
tratados, explicarei o Snap com mais pormenorizadamente.
O que está faltando é a “pegada”. Desde que as ligaduras são feitas pela
sensibilidade dos lábios, o segredo é realçar os movimentos microscópicos destes.
Como uma regra, usa-se um "Snap" bem leve para as notas localizadas da
metade do pentagrama para baixo e com um volume suave. As notas localizadas acima do
pentagrama, todas elas, incluindo aquelas que são acentuadas, devem ser praticadas com
um volume de som considerável. Isto desenvolve a resistência.
Algumas vezes tudo o que se faz necessário é um pequeno Snap para que
desencadeie uma mudança dramática. Certa vez eu trabalhei com um músico que tinha
por volta de trinta anos de idade e que brigava para conseguir um Dó. agudo. Ele já estava
cansado de ver garotos com a metade de sua idade tocar muito mais agudo que ele. Dia
após dia e ele já se dava quase por vencido. No desespero (Eu admiro este tipo de
músicos) ele tentou aplicar meu método. Após um mês acentuando “Snapping” nas notas
agudas, sua Histamina triplicou e ele pôde tocar acima do Duplo Dó (Dó6)i
74
In s tru ç õ e s para os e x e rc íc io s b á s ic o s de fle x ib ilid a d e 1-3 (L ip S lu rs)
Contudo, todos deveriam ler as instruções que seguem, pois serão aplicadas
a todos os exercícios de flexibilidade e ligaduras deste livro.
No exercício, todas as notas de cima são atacadas com mais vento "Snap''.
Um “Snap” é um tipo especial de acento, criando um som que é gerado por um golpe
rápido de ar, com a língua e os lábios coordenados de uma maneira específica. Os
“Snaps” são determinados pela sensibilidade e pelo som. Escute o modo em que são
feitos no CD. Toque junto com a gravação o mais que você puder.
Ligaduras Básicas (de 1 a 3)
#1
Toque no tempo de uma
pessoa andando apressadamente.
Snap nas notas acentuadas
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76
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77
Instru çõe s para os exercícios avançados de fle x ib ilid a d e 1-2 (Lip S lurs)
Alguns de vocês vão perceber a mudança das notas por utilizar os lábios ou
arquear a língua. Outros simplesmente juntam os lábios e sopram com força para que
possam realizar a passagem entre as notas (que é ineficiente e não vai funcionar ao
executar o #3). Conforme a resistência e a coordenação vão melhorando; a língua, os
lábios e o ar mudam proporcionalmente. No fundo, os lábios devem fazer um grande
papel, desenvolvendo uma flexibilidade contínua de rolar para fora e para dentro.
78
Ligaduras Avançadas #1
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ficando m&is agudo
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Ligaduras Avançadas #2
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2-3 1-2
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q -- — i= i
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Execute os Snaps com autoridade. Se não sair,
descanse por alguns segundos e recomece.
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r
f
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T
T 80
In stru çõ e s para os exercícios avançados de fle x ib ilid a d e 3-4 (Lip S lurs)
#3. Fique sempre atento ás notas superiores. Teste o Fá# (Fá sustenido)
com a 2a posição (pisto dois) antes de começar ou você pode tocar o exercício uma vez
utilizando os intervalos de Dó# a Fá# com a 7a posição (pistos 1,2 e 3) para acostumar o
ouvido com o dedilhado alternativo. Tome muito ar. A velocidade é importante, mas o ritmo
deve ser sempre o mesmo no exercício todo. Verifique o andamento que você começou o
exercício, se as semicolcheias ficarem muito difíceis, comece o exercício mais lento e
aumente o ritmo somente quando sua coordenação melhorar. A maioria dos músicos
ganha velocidade na flexibilidade por ser consciente com o uso da língua, sentindo o quão
rápido se pode alterar a nota usando simplesmente a sílaba padrão “a-i-a-i”. Este exercício
não vai funcionar se você tentar fazer passagens entre notas usando o auxílio dos
músculos do estômago, especialmente nos compassos com semicolcheias. Mesmo
fazendo a barriga dançar, você não vai conseguir fazer com que os músculos do estômago
respondam tamanha a velocidade.
#4. Similar ao #2. Exceto por uma nota aguda adicionada. Sopre com vigor
nas notas agudas. Agora que você já sabe tocar o Para-Dentro #1, o Sol acima do
pentagrama vai ser só mais uma nota. Contudo, sair do grave e ir para o agudo necessita
um pouco mais de habilidade. Muitos alunos da 5a série fazem deste exercício um desafio
a ser superado. Ao conseguirem executar flexibilidades acima do Sol, eles sabem que
terão extensão suficiente no ano seguinte para conquistar uma cadeira na banda da escola
(que é muito concorrida). Nas primeiras execuções, faça cada exercício apenas uma vez.
Somente faça repetições quando sua resistência permitir.
Ligaduras Avançadas #3
■ ■ ■ ■—
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Ligaduras Avançadas #4
S om ente pare e ntre o s siste m a s
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In struçõe s para os exercícios avançados de fle x ib ilid a d e 5-6 (Lip S lurs)
#5. Assim como antes, respire somente se precisar, mas dê o seu melhor,
tente executar cada sistema em um só fôiego. Procure fazer os exercícios do começo ao
fim sem parar. Repita imediatamente cada sistema que apresentar deficiências no Snap.
Quando o Snap não estiver saindo, pare depois de duas ou três tentativas e refaça mais
tarde (descanse por 10 minutos). Persistir em notas agudas por infindáveis vezes é mais
prejudicial do que bom.
#5A. Um desafio para ver o quão rápido você está e por quanto tempo dura o
seu sopro. Leia o exercício para instruções.
Este exercício pode soar um pouco estranho nas primeiras tentativas devido
á nota mais aguda ser pouco comum aos ouvidos. Aqui nós usamos o intervalo de 7a da
Dominante, conhecido também como “nota intermediária". Para ficar mais claro, dê uma
olhada no último sistema. Ele começa no Dó grave (aberto)2 e segue ascendentemente
passando pela nota Sol - a nota Sol é a quinta nota da escala de Dó. Continue subindo. A
próxima do arpeggio é a nota Si bemol (Sib), conhecida como sétima da dominante, isto é:
a sétima nota da escala de Dó maior.
" Quando nos referimos a: instrumento “aberto” -significa tocar “sem pressionar os pistos”.
84
Ligaduras Avançadas #5
Não esqueça no* "snaps'1
nas natas acentuadas.
0 ------------------- r ----------------
~
Toque o mais
forte possível
Ligaduras Avançadas #5A
I ?] JTP .r?T3 I
É Ê Ê
2-3
M É 1-2
1 2-3
- 1-3 2-1 1-2
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1 1-2 2-3 1-3
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Ligaduras Avançadas #6
erta. n c tx pode
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Nota: A partir deste estágio você deveria estar usando o Dó agudo como a
primeira nota ao praticar o Para-Dentro #1 e #2.
#7. Aqui já começa outra história. Os alunos de oitava série que tocam este
exercido com bastante potência - da capo ao fim - estão preparados para trabalhar quase
que a extensão total do instrumento e capacidade para cobrir as exigências do programa
trompetístico do ensino médio. Certamente, a extensão é só uma parte do cenário, porém
C é uma parte muito importante. Para interpretar musicalmente uma nota, você tem que
primeiro ser capaz de tocar esta nota!
#8. Similar ao #2, #4 e #6, com a adição de mais uma nota aguda. Este é o
primeiro dos três exercícios que trabalha a coordenação até o Dó agudo. Comece em
piano respeitando a dinâmica escrita na repetição. Refaça o sistema se preciso. Descanse
quando apropriado.
#10. Primeiro escute o CD para saber como fazer os “rips”3. Os Rips são
ligaduras muito rápidas, feitas com os lábios e a língua. São designadas para capturar
todas as notas que estão dentro de um intervalo específico. No começo, o Rip ascendente
tende a ser mais fácil do que o descendente porque os estudantes geralmente os fazem
pressionando o bocal em excesso. As notas frequentemente vão mais ou menos para seus
devidos lugares (se encaixam) ao comprimir os lábios quando a pressão é aplicada.
Contudo, o contrário não funciona. Os lábios não permanecem “inflexíveis” ao reduzir a
pressão contra o bocal Excesso de pressão “congela" os lábios, travando-os e/ou
causando o “pulo" de notas na escala descendente. O exercício se desenvolve quando se
utiliza mais embocadura e menos pressão. Quando feito corretamente com a proporção
correta de lábios/língua/ar, as notas saem com facilidade do instrumento, tanto para as
notas ascendentes quanto para as descendentes. Este é um exemplo perfeito de
.u flexibilidade contínua no desenvolvimento da embocadura contido neste livro.
ÏT
Y
3 “Riprt cm inglês significa “rasgão” - c o ato dc fazer passagens rápidas c ligadas entre notas distantes.
88
Ligaduras Avançadas #7
1-2-3
í u -
É r irTxJrrxJ
todas as notas fortes! controle a potência de ar
mais forte!
é f irc j/rD if
89
Ligaduras Avançadas #8
. . É Z 7 :- - — T ~# —
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Ligaduras Avançadas #10
Rip
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1.2-3 =
H = ^ jS ^ i i l
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Instruções para os exercícios avançados de flexibilidade 11-14 (Lip Slurs)
#12. Assim que você continua a marchar em direção ao Sol agudo e ainda
mais alto, a necessidade de mais ar se toma óbvio. Mesmo possuindo uma excelente
posição labial, os exercícios como estes se tomam realmente impossíveis sem ar
suficiente. Esta é a principal razão de os estudantes mais jovens não conseguirem chegar
muito longe - Os pulmões deles não são largos o bastante.
#13. Você começa com uma nova altura de nota. Tenha certeza da nota que
você está começando ajustando sua audição para que se acostume com a tessitura que
será trabalhada daqui para frente. Os intervalos estão agora mais próximos,
principalmente na escala menor com sétima maior. Repita o exercício somente se você
tiver ar o suficiente e histamina de sobra.
#14. Igual ao #13, com exceção dos Rips. Uma vez dominado o exercício,
você tem extensão suficiente para a maioria das situações.
Ligaduras Avançadas #11
Bastante ar!
à J| r 1
1-2
Teste: Dó sustenido (D oí
r
Ligaduras Avançadas #14
Língua nos lábios
Tocar o lábio superior com a língua enquanto toca um exercício é uma
habilidade básica do trompetista. Não é fácil para a maioria dos músicos acreditarem que
algo tão simples poderia surtir um efeito positivo tão profundo. Como já abordado no
capítulo Mecânicas, tocar com a língua tocando os lábios tem um resultado fantástico. Isto
força a língua a cumprir um grande papel, bloqueando o ar e ajudando ao músico a manter
uma quantidade suficiente de lábios no bocal Para muitos músicos, isto causa uma
mudança de liberdade completa da boca e uma posição menos restrita.
Os alunos que nunca tiveram esta experiência de tocar com a língua tocando
os lábios, podem inicialmente sentir um pouco de dificuldade de execução ou parecer uma
sensação de estranheza. Isto é bom! Ainda há chances! Por muito tempo eles ficaram
travados com uma embocadura ineficiente e agora começam a mudar para uma nova
sensação de embocadura fortificada e segura.
A nota mais aguda deste exercido é a nota Sol, portanto este não é um
exercício muito agudo. Contudo, eles são padrões simples designados para ajudar o
estudante a dominar a técnica básica. Nunca toque uma nota deste exercício sem que a
língua toque completamente o lábio superior. Tocar com a língua tocando o lábio
superior é como cuspir um fio de cabelo preso a sua boca Pare imediatamente o
exercício se você sentir que perdeu esta sensação nas notas mais agudas. Isto sempre
oconrerá até que seus lábios melhorem a resistência.
Notas agudas requerem mais volume. Isto significa que é necessária uma
resistência maior para manter os lábios juntos. Seja paciente e continue praticando. No
final do primeiro ano, todos os meus alunos conseguem facilmente tocar o exercício
completo sem parar e executando os Z/ps em cada nota com bastante afinco.
Os Z/Ps são outra maneira para aumentar o “agarrarJ1dos lábios. Para fazer o
Z/p (normalmente no último tempo de cada nota longa) deve-se parar o ar movendo
rapidamente a língua encostando-a no lábio superior enquanto você simultaneamente
sopra com força. Este efeito gera aquele sonzinho irritante que os maestros odeiam (pelas
razões esclarecidas abaixo). Mais uma vez, esta é uma discussão que não tem fim. Escute
o CD e imite o som.
98
Eu descobri os Z/ps acidentalmente e fiquei impressionado de como os
meus lábios ficaram mais fortes e mais seguros. Depois disto eu descobri que os Z/ps
eram considerados inconcebíveis e associados com um desenvolvimento incorreto no
ensino. Os maestros ficam preocupados ao saberem que os músicos poderiam formar o
hábito de cortar todas as notas através da interrupção do ar com a língua.
#1
O tempo é igual ao dc uma
pessoa caminhado aprrs>ada
A língua deve tocar o la b io superior
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Quando você puder tocar tudo por igual, adicione os Z/ps no terceiro tempo de cada semibreve.
#2
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100
Segurar até esvaziar 1-2 (Hoid-Tm-Emptv)
Assim como os músicos, nós consideramos aquecer os lábios, dedos e
instrumento, mas nós raramente pensamos em aquecer a máquina que aquece todos os
outros.
Estes exercícios devem ser tocados com um som cheio até que o ar seja
virtualmente completamente exaurido. Segurar a nota com suavidade não fará efeito
quanto a ativação dos músculos que forçam a saída do ar. Para uma melhor abordagem,
deve-se executar um crescendo, mantendo a pressão do ar e volume consistente do
começo ao fim.
im
Segurar até esvaziar 1-2 (Hoid-Tiii-Emptv)
#1
Segure cada nota com um som cheio até que • a r acabe completamente
- ---- 1
<- o'- -| -- O---- .- "- ---- LI
— o----
#2
Segure a nota mais grave com um som cheio, pesado, até que o ar acabe completamente
w
Crescendo 1-2
Tocar forte é mais que uma habilidade básica; é fundamental para o
desenvolvimento do trompetista. Os estudantes que conseguem tocar forte, incluindo os
bem jovens, quase sempre têm menos problemas de embocadura do que seus colegas. A
idéia de que os jovens músicos deveriam esperar até que eles estejam desenvolvidos o
suficiente para tocar forte é, como eles dizem, contrário à realidade. As mecânicas
universais sào as mesmas para qualquer idade. Ainda mais, maestros de bandas têm
medo de que tudo dê errado com a utilização de volumes fortíssimos, resultando em notas
gritadas, má afinação, lábios doloridos, notas rachadas e outras coisas. Como resultado,
os trompetistas normalmente saem graduados das escolas do ensino básico com um som
pequeno, condicionados a sempre tocar abaixo do controle e a usar menos que suas
próprias capacidades, despreparados para a projeção e dinamismo frequentemente
exigidas nas escolas do ensino médio. As vezes levam anos para destravar o habito do
som pequeno.
Crescendo 1-2
II
#1
r\
u Tempo de um cam inhar apressado.
Bate o pé regularmente conforme v a i cre*cendo.
a
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T #2
Mantenha o tempo constante
A linçua d<*vr i« > i o Labio «upcrior, especialmente nas notas forte«
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104
Stacattos duplos básicos 1-6
(D ouble Tonque Basics)
#1A. Toque sempre lentamente cada nota com uma exagerada e pesada
silaba “Ka”. Pense em: “Côu Côu Côu”. Você deve sentir o meio da língua tocar o céu da
boca interrompendo repentinamente o ar do começo de cada nota (o ataque da nota). Este
“estalo" que ocorre quando o ar é interrompido é a origem do som do stacatto. É bastante
freqüente que o aluno “massageia” o céu da boca com um ataque sem energia, flácido,
causando um efeito de (“iôu iôu”) sem na verdade criar um áspero “Côu”.
#1B. O mesmo que no #1A, mas agora fará na verdade o stacatto duplo.
Continue a exagerar a sílaba “Ka”. Para a sílaba “Ta” (se pronuncia: “Tôu") toque seu lábio
superior.
106
Stacatto duplo 1 (Double Tongue)
#1A
Lento e pesado. Exagere na silaba "C ô u “
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i i i i 1i Í = Í
K K K K K K K
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K K K K K
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K K K K K K K K K K K K K K
K K K K K K K K K K K K K K
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#1B
Lento. Forte na silaba "C ô u''
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K K K
Stacatto duplo 2-8 (Doubie Tongue)
#2 A
Velocidade mediana. Exagere m. líla h a " C ô u "
•> símile...
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= = N N --- J--- 4 ----J--- J 1
K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K K
#2B
• •* • ----- ^ ^ ______
—J —4
F =3-----
-J — ------a
----- +------ ?
T K T K T K T K T K T K T K T K T K T K T K T
#3
lx médio, lx rápido, l x ???
continue subindo
uma oitava usando
~m— # & # ~r a escala de Dó M a io r
T T K T T K T T K T T K T T K T T K T T K T
#4
Repita o sistema com a nota Sol,
depois Lá e assim p o r diante até
destacadas conectadas a tin g ir o Fá da quinta linha.
1
T K T K TK TK TK TK T K T K TK TK TK T K T
#5
Continue subindo
um a oitava usando
m
a escala de Fá M a io r
T K T K T K T K T K TK TK TK TK TK T
#6
Continue subindo
te r^ j T K T T K T K T K T K T K
um a oitava usando
a escala de Fá M a io r
108
Planejamentos das lições (Lesson Plans)
(consulte os planejamentos no final do livro)
Meus alunos recebem uma lição a cada semana para organizar suas práticas
e ajudá-los a enxergar como os exercícios se complementam um ao outro. Os
planejamentos da lição seguinte são típicos do primeiro ou segundo ano para o
desenvolvimento do jovem músico. Os adultos iniciantes ou os músicos mais gabaritados
podem executar os estudos num ritmo um pouco mais rápido.
Alguns dos exercícios que eu passo para os alunos são de livros que ainda
não foram impressos (A embocadura balanceada para iniciantes)4 Para atualizações
sobre este processo, consulte a página da Internet.
110
Os tóp icos a seg uir estão d isp o sto s em uma ordem não pa rticular:
♦ Lábios grandes
♦ Aparelhos ortodônticos
♦ Tensão na garganta
♦ Dupla abelhinha
Uma vez conseguido tocar o som do dupio pedal, os alunos tendem a ficar
satisfeitos e crescem cheios de orgulho. Isto é um erro. O pedal, quando propriamente
focado, deveria soar extremamente potente, como um trombone miniatura. Obter mais
foco significa enrugar os lábios para fora e trazer os cantos da boca para dentro de modo
que você se sinta confortável. Isto cria uma fina e incrível “almofadinha labial” que
instintivamente te convida a fazer mais pressão contra o bocal. Mas pressionar os cantos
da boca um contra o outro está fora do propósito. Quando os pedais são executados com
perfeição o bocal passeia na ponta dos lábios.
112
Atenção: Esta questão dos lábios protubérantes cai naquela categoria de
"mala de truques” e pode não funcionar para todo mundo.
v_>
Não é tão simples para qualquer um mover o maxilar para frente enquanto
toca. Para tomar isto mais fácil, eu sugiro aos alunos para tocarem um Sol da segunda
linha do pentagrama enquanto eles lentamente inclinam a campana do instrumento para
cima, mantendo o bocal em contato com ambos os dentes. Assim que o instrumento se
inclina para cima e o maxilar inferior avança, a nota frequentemente muda
espontaneamente para outra mais aguda, assim que os lábios tiverem selando com mais
eficiência. Isto ajuda aos alunos a experimentar uma melhor posição de lacre dos lábios e
os dá confiança para que resolvam facilmente seus problemas.
b) Melhor que respirar com o bocal escorado no lábio supenor, eu peço para
que o estudante escore o bocal no lábio inferior, especialmente nas notas
agudas. Esta posição é demonstrada quando eu dou o exemplo de
“soprar a franja que encobre seus olhos”, que faz com que o lábio inferior ^
fique ligeiramente para fora do lábio superior e a corrente de ar adquira
um ângulo para cima com o maxilar para frente. Enquanto nesta posição,
o aluno coloca o bocal sobre o lábio inferior e inspira (o aragora é w
soprado para o alto e para os cantos do bocal). Feito isto, o bocal é v-'
posicionado com a pressão mais no lábio superior somente para atacar a ^
primeira nota. Quando o ataque da nota é iniciado é bem menosprovável
que o lábio inferior se dobre para baixo do lábio superior. Isto pode levar
alguns dias para que se tome consistente na nova posição e meses para
dominar, mas pode alcançar resultados fantásticos. ^
Posicionar o bocal mais alto é a coisa mais correta a ser feita, mas resolve
somente parte do problema. Lábios protuberantes ou salientes são flácidos e vibram em
baixas frequências. Ao subir o bocal para uma posição que cubra o lábio superior você
deve também rolar os lábios para dentro, deste modo, aumentar a tensão da superfície
dos lábios e dar mais tono aos músculos. Alguns procedimentos, tais como: grampo labial
e exercícios de Para-Dentro ajudam a exercitar os lábios salientes para que assim,
funcionem numa posição mais dinâmica.
NOTA: Para aqueles que possuem o lábio superior saliente (página 55), seria
melhor pular os exercícios de Para-Fora enquanto o Para-Dentro não for dominado.
Lábios grandes
Aparelhos Ortodônticos
Adicionar isto na lista dos itens que os músicos acham não ser preciso é
porque tocar trompete ainda é bastante difícil. Ainda mais, estas “navalhas sobre os
dentes” são de uma etapa extremamente comum no jovem. Os professores de trompete
temem seus efeitos e ressentem o fato de que muito dinheiro é gasto para que se resolva
um problema superficial. Assim como CLAUDE GORDON disse certa vez: “Você
consegue comprar dois instrumentos com isto” (com referência ao valor dos aparelhos
ortodônticos).
114
A solução é a de tocar com os lábios bem mais próximos (enrolados para
dentro) assim corno descrito no livro, onde os lábios formam a nota em vez de sofrer com
a fricção do bocal. Se você aprendeu a executar o Para-Dentro antes de colocar aparelho,
você tende a recuperar mais rápido sua extensão e histamina.
A lingua pode ficar tão confusa a ponto de paralisar no primeiro ataque. Após
o ataque, tudo fica bem até que há uma pausa e a língua toma a falhar. Isto é similar a um
“gaguejar que tem dois picos da mesma sílaba na primeira palavra, mas depois que
começou, ele pode falar diversas palavras antes de gaguejar novamente.
Tensão na garganta
Pressionar os lábios contra o bocal não é uma boa coisa. Somente se torna
um problema quando sai da proporção de todo o sistema. Quando os lábios não estão
juntos propriamente de acordo com o propósito, o músico automaticamente pressiona o
bocal para aumentar o lacre labial. Mudar a posição dos lábios é a melhor solução. Tocar
com uma embocadura fechada com os músculos labial focados em direção ao bocal é a
única e real maneira de diminuir a pressão do bocal. Tentar tocar sem pressão é um
método que produz muita confusão. Assim como um famoso trompetista disse uma vez:
"Uma vez não havendo pressão, não há nota, então não há trabalho”.
Há sim certa quantia de pressão que é requerida para manter o lábio colado
enquanto se toca agudo. Não importando a pressão utilizada, é bem melhor distribuir esta
pressão deixando o peso maior no lábio inferior. Ele é mais forte que o lábio superior e
consegue suportar mais stress.
Dupla abelhinha
Alguns estudantes têm uma grande dificuldade para perder o queixo liso, até
aí tudo bem. Nenhum dos queixos-lisos é criado da mesma forma. Por vezes uma única
mudança num músculo facial pode fazer com que o aluno obtenha o sucesso, mesmo com
a aparência de queixo liso (Johnny primeira estante). Se os alunos conseguem tocar
daquela maneira, meu objetivo passa a ser o de ajudá-los a desenvolverem-se com
eficiência. Os exercícios do BE sempre fazem isto, não importando como seu queixo se
parece.
116
Planejamentos das lições
Respiração: Soprar pensando em uma música qualquer. Respiração: O mesmo que para inid antes
10 respirações intensas (bem forte usando os Grampo Labial: O mesmo que para inid antes
músculos do estômago). Aquecimento diredcnado (ar, língua e lábios)
Grampo Labial: Segurar os lábios nesta posição até os 1. Para-Fora 1-3
músculos começarem a amortecer 2.C»cendo 82
(Fazer uma vez por <Üa) 3.1.íngua nos labios 82 (Stacatto Sirnplts)
(
Aouedmento Focado ar. iín«uae lábios 4. Para-Dentro 1-2
1. P ara-F ora ttl - S * $ u r a r c x d a nota. a t i » s v a z a r
2. Cx*sc*ndo IO d»
Estndos Avançados Lijadum 1-5
Stacatto Duplo la • Tb
3. Língtua n o s lab ios #1- A té o S o l 4, Zipno 3
4. P aia-D en txo #1 Estudos, Ritmos e escalas (BEFB^
L iç a d u n u A v a n ç a d a s 1-2 Afinações (BEFB)
Estudos, ritmos e ati nações do BEFB
Nós fizemos todas essas gravações na minha própria casa e foi muito
divertido. A cada um ou dois anos, eu espero regravar os exercícios com as futuras
gerações de grandes trompetistas. Obrigado a todos que contribuíram neste ano de 2001!