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05/07/2016

1 atm = 14,7 psi (nível do mar)


1 atm ~ 1 bar
Média de pressão litostática = 0,28 kbar/km
Literatura mais antiga usa kbar
Literatura mais recente usa unidades do SI – pascal
1 atm ~ 1 bar ~ 100000 Pa
1 kbar ~ 100 MPa = 0,1 GPa

AMBIENTE GRADIENTE
5-10°C/km
Trincheiras oceânicas Com o aumento na intensidade do
0,7-0,8 kbar/km
“Típico” gradiente geotermal 25-30°C/km metamorfismo ocorrem mudanças:
continental 0,3 kbar/km
30-50°C/km 1. Textura - usualmente aumento no
Áreas vulcanicamente ativas
0,1-0,25 kbar/km
tamanho de grão e na deformação
2. Perda de H2O
3. Mineralogia:
• Inversões polimórficas (Al2SiO5)
• Reações de desidratação:
Mg(OH)2 → MgO+H2O
• Reações de descarbonatação:
CaCO3 + SiO2 → CaSiO3 + CO2
• Mudanças nos limites das soluções
sólidas

George Barrow fez um


dos primeiros estudos
Assim, se define grau metamórfico: sistemáticos de
um aumento geral na intensidade do metamorfismo sem mudanças em
especificar exatamente a relação entre P e T mineralogia e tipos de
rochas durante o
metamorfismo
Area de Barrow
progressivo – trabalhou
com metapelitos nas
Grampian Highlands,
Escócia em 1893.

Em Gillen (1982) Metamorphic Geology. An Introduction to Tectonic and Metamorphic Processes. George Allen & Unwin. London.

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Barrow encontrou: Zona metamórfica


– um volume
relativamente grande de
• Que podia subdividir sua área em uma série de rochas que foi
zonas metamórficas submetido a uma
mesma intensidade
metamórfica
• Que cada zona era definida pela primeira
aparição de um minerial característico: mineral
índice

• Que cada zona metamórfica pode ser mapeada


por uma linha de grau metamórfico constante

E definiu alguns minerais índices (com tipos de rochas


associadas)
Zona da Chl ardósias ou filitos e tipicamente contém Chl, Ms, Qtz
e Ab
Zona da Bt ardósias dão lugar a filitos e xistos com Bt, Chl, Ms,
Qtz e Ab
Zona da Grt xistos com Grt (Alm vermelha) conspícua,
usualmente com Bt, Chl, Ms, Qtz e Ab ou oligoclásio
Zona da St xistos com St, Bt, Ms, Qtz, Grt e Pl. Algo de Chl pode
persistir
Zona da Ky xistos com Ky, Bt, Ms, Qtz e Pl. Normalmente com Grt
e St
Zona da Sil xistos e gnaisses com Sil, Bt, Ms, Qtz, Pl, Grt, e
possivelmente St. Algo de Ky pode estar presente Modificado de http://physicalgeology.pressbooks.com/chapter/10-4-index-minerals-and-metamorphic-facies/

Isograda primeira ocorrência de um mineral metamórfico


→ no campo indica aumento no grau metamórfico

quando se cruza uma isograda, i.e., isograda da Bt, se entra


Tilley (1925) desenvolveu o conceito de ISOGRADA e redefiniu as zonas
na zona da Bt. As isogradas são definidas pela primeira
minerais de Barrow. Isograda → linha de grau constante (T). Este conceito
traz uma limitação e pode gerar confusão em sua aplicação. aparição de um mineral e não por sua desaparição; assim
um mineral pode estar estável em zonas de mais alto grau

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Isograda-reação em rochas
metapelíticas com base em:
Chl + Ms + Grt = St + Bt + Qtz + H2O
na área de Whetstone Lake,
Ontario, Canada (Carmichael
1970).
Áreas cinzas são rochas graníticas

Em mapeamento o limite de uma zona mineral é a primeira


ocorrência de uma mineral índice, enquanto que a localização de
uma isograda-reação envolve reagentes e produtos de reações
química em rochas

Uma batograda é
Alguns detalhes:
uma linha mapeável
As zonas mineralógicas de Barrow são típicas de metamorfismo
que separa as
orogênico regional
associações de maior
das de menor P.
Sua sequência tem sido reconhecida em outros cinturões orogênicos
O campo entre duas
do mundo afora → na atualidade é conhecido como zonas ou
batogradas é
metamorfismo barroviano
denominado batozona
(Carmichael, 1978)
E provou ser uma boa forma de comparar graus de metamorfismo de
uma área para outra.

MAS…
Carmichael, D.M., 1978. Metamorphic
bathozones and bathograds: a measure of Barrow trabalhou com metapelitos e sua mineralogia somente se
the depth of post-metamorphic uplift and
erosion on the regional scale. American aplica a eles; dessa forma é necessário algum conceito mais geral
Journal of Science 278, 769-797

O termo se usa igual


em singular ou em plural e.g.,
Pentti Eskola
as rochas da região X
(1883-1964) pertencem à fácies anfibolito;
FÁCIES METAMÓRFICAS o micaxisto Y alcançou a fácies
“Em qualquer rocha ou formação metamórfica que se haja alcançado um
equilíbrio químico através do metamorfismo em condições de T e P
constante, a composição dos minerais é controlada unicamente pela
xisto verde
composição química.”

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O conceito de fácies entende-se de duas formas:  Interpretativo: o intervalo das


 Descritivo: relação entre Xtotal e mineralogia. condições de T e P representadas por
 Uma fácies metamórfica é uma repetição de cada fácies.
um conjunto de associações de minerais
 Eskola deduziu as implicações da P
metamórficos.
 Se encontrarmos uma associação específica
e T em relação a cada um dos
(ou melhor ainda, um grupo de associações conjuntos de fácies;
cobrindo um amplo intervalos de  na atualidade se podem atribuir
composições) no campo, então uma certa
fácies pode ser atribuída a uma área.
com relativa precisão os limites de
cada fácies individual.

Eskola (1920) propôs 5 fácies originais:


– Xisto verde
• Eskola (1939) adicionou:
– Anfibolito – Granulito
– Hornfels (cornubiana) – Ep-anfibolito
– Sanidinito – Glaucofânio xisto (xisto azul)
– Eclogito
... e mudou o nome da fácies hornfels
Todas elas facilmente definidas com base por fácies Px hornfels.
nas associações minerais que desenvolvem
as rochas máficas.

Vários tipos de fácies tem sido propostas. As mais


importantes: como resultado do trabalho
 Zeólita de Coombs em metamorfismo
de soterramento em terrenos
 Prehnita-pumpellyita da Nova Zelândia

Fyfe et al. (1958)


também propus:
 Ab-Ep Hornfels
 Hbl Hornfels
Fácies metamórficas propostas por Eskola e suas relações P-T (Eskola, 1939)

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Fácies de metamorfismo de contato


1. Ab-Ep hornfels
2. Hbl hornfels
3. Px hornfels
4. Sanidinito
Fácies “imaturas” de soterramento ou de baixo grau metamórfico
5. Zeólita
6. Prh-Pmp
Fácies “maduras” de baixo grau de metamorfismo regional
7. Xisto azul
8. Xisto verde
Fácies de alto grau de metamorfismo regional
9. Anfibolito
10. Granulito
Diagrama P-T mostrando uma proposta dos limites das fácies metamórficas.
11. Eclogito
Os limites são aproximados e gradacionais.

Fácies Associações mineralógicas definitivas em rochas máficas


4 grupos principais de fácies metamórficas:
Zeólita Zeólitas: Lmt, Wrk, Anl
Prehnita Prh + Pmp (+Chl + Ab)
Xisto verde Chl + Ab + Ep (ou Zo) + Qtz + Act
1) Fácies de alta pressão
Anfibolito
Granulito
Hbl + Pl (An>17%) ± Grt
Opx (+Cpx + Pl ± Grt ± Hbl)
2) Fácies de média pressão
Xisto azul
Eclogito
Gln + Lws ou Ep (+Ab ± Chl)
Grt (Pyp) + Px (Omp) (±Ky)
3) Fácies de baixa pressão
Fácies de
contato
As associações mineralógicas de rochas máficas em
metamorfismo de contato não são muito diferentes das que 4) Fácies de baixo grau
correspondem à mais alta pressão de metamorfismo regional

Spear (1993)

FÁCIES DE ALTA PRESSÃO


1) Fácies de alta pressão
http://www.tulane.edu/~sanelson/eens211/metamorphic_facies.htm

 Fácies xisto azul ocorre em áreas de


baixos gradientes T/P, principalmente
desenvolvidos em zonas de subducção.
 Eclogitos são estáveis sob condições
geotérmicas normais.
Podem desenvolver-se a partir de rochas
solidificadas de magmas máficos na crosta
inferior ou no manto: câmaras da crosta ou
diques, crosta subducida redistribuída no manto.

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FÁCIES DE MÉDIA PRESSÃO

http://www.tulane.edu/~sanelson/eens211/metamorphic_facies.htm
2) Fácies de média pressão
 Muitas das rochas metamórficas
expostas atualmente como fácies
xisto verde, anfibolito ou granulito.
 As fácies xisto verde e anfibolito
conformam o “típico” gradiente
geotérmico.

FÁCIES DE BAIXA PRESSÃO


http://www.tulane.edu/~sanelson/eens211/metamorphic_facies.htm

3) Fácies de baixa pressão


 Fácies albita-epidoto, hornblenda e
piroxênio hornfels: terrenos
metamórficos de contato e regional
com muito alto gradiente geotermal.
 Fácies sanidinito é rara- limitada a
xenólitos em magmas básicos e as
porções mais interiores de algumas
aureolas de contato adjacentes aos
intrusivos básicos de alta temperatura.

4) Fácies de baixo grau Os conceitos de isogradas, zonas e fácies se


 As rochas às vezes não alcançam misturam:
recristalizar em muito baixo grau de  e.g., “zona da Chl da fácies xisto verde”, “zona
metamorfismo e não se alcança o da St da fácies anfibolito,” ou “zona da Crd da
equilíbrio químico. fácies Hbl hornfels”, etc.
 Os mapas metamórficos normalmente
 Fácies zeólita e prehnita-pumpellyita
incluem isogradas que definem as zonas e
não sempre estão bem representadas e outras que definem fácies.
a fácies xisto verde no mais baixo grau é  Determinar fácies ou zonas é necessário
desenvolvido em muitos terrenos quando várias rochas apresentam
regionais. modificações na composição e mineralogia

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Winter (2001)

Será que funciona?

https://wwwf.imperial.ac.uk/earthscienc
eandengineering/rocklibrary/viewglossre
cord.php?Term=metamorphic%20grade

Miyashiro (1961) propus 5 séries de fácies,


muitas delas nomeadas por uma localidade
tipo específica. As séries são:
1. Fácies de Contato (muito baixa-P)
2. Fácies Buchan ou Abukuma (baixa-P, regional)
3. Fácies Barroviano (media-P, regional)
4. Fácies Sanbagawa (alta-P, moderada-T)
5. Fácies Franciscana (alta-P, baixa T)

Diagrama P-T
mostrando as
Fácies (Spear, 1995) Fácies (Essene, 1989) três principais
HP Xisto azul, eclogito HP Xisto azul, eclogito, séries de fácies
UHP, UUHP metamórficas
propostas por
MP Prh-Pmp, xisto verde, MP Pmp, xisto verde, Miyashiro
anfibolito, granulito anfibolito, granulito (1973, 1994).
(incluindo UHT) Winter (2001).
LP Zeólita, Prh-Pmp, xisto LP Zeólita, Pmp, xisto
verde, anfibolito, verde, Hbl hornfels, Px
granulito hornfels, sanidinito

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Finalmente
chegou a SCMR
para nos
resgatar dessa
confusão
petrológica!!
Brown (2014)
http://www.bgs.ac.uk/scmr/
espaço P-T segundo os petrólogos (a) e os tectonicistas (b) docs/papers/paper_2.pdf

FÁCIES MINERAIS E PARAGÊNESES MINERAIS


Zeólitas tais como Lmt e heulandita etc.(no lugar de outros
Zeólita
silicatos de Ca-Al tais como Prh, Pmp e Ep
Adaptação do Prh-Pmp, Pmp-Act, Prh-Act (Prh e Pmp são os silicatos
Sub-xisto verde diagnósticos, silicatos de Ca-Al ao invés de Ep ou grupo da
diagrama de fácies zeólita)
metamórficas do Xisto verde Act-Ab-Ep-Chl (minerais do grupo do Ep são diagnósticos,
silicatos de Ca-Al ao invés de Prh ou Pmp)
esquema da SCMR Ep-anfibolito Hbl-Ab-Ep (-Chl)
aos conteúdos de Anfibolito
Px-hornfels
Hbl-Pl (An≥17)
Cpx-Opx-Pl (Ol estável com Pl)
H2O. Sanidinito
Diferencia-se do Px-hornfels pela ocorrência de variedades e
polimorfos de minerais de alta T (e.g., pigeonita, labradorita
Modificado e rica em K)
reunido por mim Gln xisto ou xisto azul Gln-Ep-(Grt), Gln-Lws, Gln-Lws-Jd
Eclogito Omp-Grt-Qtz (não Pl, Ol estável com Grt)
Granulito Cpx-Opx-Pl (Ol não estável com Pl ou com Grt)
Fácies metamórficas e seus minerais e paragêneses minerais a partir de rochas de
composição química basáltica http://www.bgs.ac.uk/scmr/docs/papers/paper_2.pdf

Ultramáficas Mármores Metapelitos Metamargas Metabásicas Metagranitoides Fluidos


Protolito Ol+Opx±Cpx±Spl Cal+Dol+Qtz+Kfs "argilas"+Qtz±Ab±Kfs Cal+"argilas Pl+Cpx±Opx±Qtz Pl+Kfs+Qtz±Hbl
±Bt
Ol+Opx±Cpx±Grt ±Chl±Ab±"argilas" Pl+Cpx±Opx±Ol Ol±Cpx±Opx

Subxistoverde Crisotila+Brc+Act Cal+Dol+Qtz+Kfs Kln(Prl)+Chl+illite+Qtz Cal+Kln(Prl)+C Zeolitas “Argilas”, illita, H2 O-CH4


+Chl+Ms hl+illite+Qtz zeolitas, Prh,
Stp, Chl+Kfs
Crisotila+Tlc+Act± Pmp+Prh+Chl+Ab±Ep
Chl

Xisto verde Atg+Brc+Di+Chl

Atg+Tlc+Di+Chl

Atg+Fo+Di+Chl
Cal+Dol+Qtz+Chl

Cal+Dol+Qtz+Kfs+
Ab
Prl(Als)+Chl+Ms±Pg
±Cld, ±Bt, ±Grt
Cal+Qtz+Mrg+ Ab+Chl+Ep+Act±Phe,
Chl+Ms±Ep ±Bt, ±Stp
Ab+Kfs+Chl+Qtz
±Bt±Act±Ep
H2 O

O termo se usa
Anfibolito Atg+Fo+Tr+Chl
Tlc+Fo+Tr+Chl
Ath+Fo+Tr+Chl
En+Fo+Tr+Chl
En+Fo+Hbl+Spl
Cal+Dol+Qtz+Tlc
Cal+Dol+Tr+Phl
Cal+Dol+Di+Phl
Cal+Qtz+Tr+Di+Phl
Cal+Qtz+Di+Phl
St+Chl+Grt+Ms
St+Bt+Als+Ms
St+Bt+Grt+Ms
Crd+Bt+Grt+Ms
Bt+Als+Kfs+Grt
Cal+Qtz+Pl
±Hbl±Grt±Bt
Pl+Hbl+Ep
Pl+Hbl+Grt
Pl+Hbl+Cpx±Bt
Pl+Kfs+Qtz
±Bt±Ms±Hbl
H2 O-CO2

igual em singular ou
Granulito En+Fo+Di+Spl Cal+Dol+Di+Spl

Cal+Dol+Fo+Spl
Cal+Qtz+Di+Spl
Opx+Qtz

Opx+Crd+Bt+Qtz
Opx+Als+Qtz+Spr±Spl
Cal+Qtz+Pl
+Cpx±Grt
Pl+Cpx+Grt

Pl+Cpx+Opx±Hbl±Bt
Opx+Qtz+Fsp±Ol Sem fluido
±Cpx
Mesopertite
ou CO 2
em plural
Xisto azul Atg+Fo+Di+Chl CaCO 3 +Dol+Qtz+ Carfolita Cal+Gln+Ep Gln+Lws+Chl+Pg H2 O-(CO2)
Phg
Phg+Tlc+Grt +Phg+Pg Gln+Ep±Grt±Pg±Cld
Phg+carfolita ±Tlc±Chl

Eclogito Atg+Fo+Di+Chl Tlc+Ky) Omp+Grt±Ky Jd+Qtz±Phg±Ky H2 O-N2


En+Fo+Di+Grt Jd+Qtz(Coe)+Tlc+Ky Omp+Grt±Zo±Phg
Omp+Grt±Zo±Tlc+Cld
Bucher & Grapes (2011)

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Como se explicam esta e


a próxima situações?

rochas cofaciais e
efeito da bulk composition!!

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