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Publicação financiada pelo Projeto de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (lei n.º 12.101, de 27 de novembro de 2009), por meio da portaria n.º 3.362, de
8 de dezembro de 2017 – Parecer Técnico Inicial Recomendativo de Análise Técnica e Financeira de Projeto no Âmbito do PROADI-SUS nº21/2021-
GMAD/DAPES/SAPS/MS25000.036837/2021-51
▪ Apresentação ........................................................................................................ 5
▪ A importância do cuidado escalonado para a organização da RAPS .......... 9
▪ O Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) e o cuidado
escalonado em saúde mental .......................................................................... 16
Olá!
Apoiar os profissionais das APS a estruturar o cuidado escalonado em saúde mental, visando a organização de
uma rede de cuidados colaborativos, que potencialize o acesso e a qualificação do cuidado, a partir de uma
abordagem centrada na pessoa.
A progressão do curso se dá de tal forma que sua conclusão é passível de ser realizada utilizando-se de um total de
seis (6) horas de carga horária, ainda que você possa cursá-lo no seu próprio ritmo!
Ao final deste curso, você receberá um certificado de conclusão, mas para isso é preciso responder às questões do
Momento de Prática e Reflexão (MPR) e acertar no mínimo 3 respostas dentre as 5 requeridas.
Claudille de Santana Teodoro - Especialista de Projetos do Cuidado Público do Sistema Einstein de Saúde.
países do mundo.
Alguns elementos são necessários para a implantação das RASs, tais como: a adoção de um modelo de
gestão voltado para as necessidades da população e um modelo de atenção com ênfase na atenção às
condições crônicas de saúde, em que a Atenção Primária à Saúde (APS) ordene essa rede, integrando os
vários pontos de atenção e coordenando o cuidado (MENDES, 2012)
A lógica de organização do cuidado em rede é entendida para além da soma dos serviços disponíveis em si,
mas como um arranjo vivo, dinâmico e que se desenha na vivência dos territórios, articulado
permanentemente aos diversos equipamentos ali existentes, segundo Nota Técnica do Hospital Israelita
Albert Einstein: Ministério da Saúde, 2021.
O escalonamento do cuidado em saúde mental é um elemento central da organização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS),
possibilitando um elo entre a Atenção Primária à Saúde (APS) e outros dispositivos de atenção especializada em saúde mental. A
rede temática da Saúde Mental é a Rede de Atenção Psicossocial e o escalonamento do cuidado em saúde mental é um elemento
central da organização.
O conceito de cuidado escalonado pode ser compreendido como apresentado no National Guidance Initial Assessment and
Referral for Mental Healthcare, proposto para estruturação do cuidado na Austrália.
Na abordagem de cuidado escalonado, uma pessoa que se apresenta ao sistema de saúde é encaminhada ao nível de cuidado
menos intensivo que mais se adapta à sua necessidade atual de tratamento, considerando o equilíbrio entre os benefícios
pretendidos e os riscos potenciais. Uma característica secundária importante do cuidado escalonado é o acompanhamento
contínuo dos resultados e a aferição da experiência para fornecer um feedback quase em tempo real sobre os resultados,
permitindo que a intensidade do tratamento seja ajustada (aumentando ou diminuindo) conforme necessário. Para
conseguir isso, uma avaliação inicial é necessária. Isso é realizado em parceria com o indivíduo para determinar as opções de
tratamento adequadas e apropriadas. (AUSTRALIAN GOVERNMENT DEPARTAMENT OF HEALTH, 2019)
O objetivo do modelo de cuidado escalonado é suprir as lacunas de cuidados existentes, ou seja, prestar
atenção no tempo certo, no lugar certo, com o custo certo, com a qualidade certa, de forma humanizada e
com equidade, a partir do trabalho conjunto da APS com os dispositivos e profissionais de saúde mental,
dando forma a RAS.
A lógica de fazer o melhor uso possível de todos os recursos do território, tecendo cuidados interligados, contínuos e
coordenados pela APS, é utilizada em diversos sistemas de saúde no mundo. Essa integração entre APS e Atenção Especializada
em Saúde Mental é realizada em diferentes modelos de “cuidados compartilhados”, como o shared care canadense e o
colaborative care norte-americano e inglês.
No Brasil, atualmente, o escalonamento do cuidado é construído a partir do acolhimento de casos de pessoas com transtornos
mentais pela APS, com apoio das equipes do NASF e dos serviços especializados em saúde mental, quando necessário, por meio
do processo de matriciamento, de acordo com nota técnica da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert (2021).
Vejamos como a Nota técnica de saúde mental define o papel do matriciamento em saúde mental para escalonar o cuidado, de
acordo com Nota Técnica DA Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein (2021).
"[...] altera a tradicional noção de referência e contrarreferência, pois quando um paciente utiliza
o apoio matricial, ele nunca deixa de ser paciente da equipe de referência.” Nesse sentido,
continua o autor, “não há encaminhamentos, mas o desenho de projetos terapêuticos [...]
executados por um conjunto amplo de trabalhadores, [...] embora a responsabilidade principal da
condução do caso continua sendo da equipe de referência" (CAMPOS, 1999, p.396).
Esse modelo se assemelha ao processo de trabalho desenvolvido em outros países para a construção do cuidado compartilhado,
escalonado dentro de um sistema integrado e organizado na lógica das RAS centradas na APS.
O conceito de escalonamento do cuidado utilizado como referencial teórico deste curso está guiado pela Nota Técnica para
Organização da Rede de Atenção à Saúde com Foco na Atenção Primária à Saúde e na Atenção Ambulatorial Especializada –
Saúde Mental. Em linhas gerais, esse documento apresenta uma proposta para escalonamento de cuidado, associado ao
matriciamento, como estratégia de integração da APS com a Atenção Especializada em Saúde Mental.
Os Transtornos Mentais são condições crônicas, como a maior parte das prioridades de agravos tratados na APS. Assim como em
outras condições crônicas, como diabetes e hipertensão, problemas de saúde mental estão intimamente relacionados com as
condições sociais, com as relações com a família e com o estado emocional da pessoa, que muitas vezes não adere ao tratamento
proposto.
As condições crônicas constituem problemas complexos, portanto seu enfrentamento exige solução sistêmica. O desafio no
cuidado dessas condições está em desenvolver e experimentar soluções práticas e inovadoras, testando novos instrumentos para
o cuidado, a gestão da clínica e a gestão do caso, aplicados pelas equipes multiprofissionais de APS no manejo das condições
crônicas. (MOYSÉS; SILVEIRA; MOYSÉS, 2012)
Para compreender melhor como o cuidado escalonado acontece, e de que forma ele auxilia a estruturar a Rede de Atenção
Psicossocial, precisamos recordar que a operacionalização das RAS se dá pela interação dos seus três elementos constitutivos:
A base do MACC foi pensada pelo Professor Eugênio Vilaça a partir da integração dos princípios de três modelos: o Modelo de
Atenção Crônica proposto pelo MacColl Institute for Health Care Innovation, o Modelo da Pirâmide de Riscos proposto pela Kaiser
Permanente, e o Modelo da Determinação Social da Saúde, de Dahlgren e Whitehead, conforme figura 1 a seguir:
Vamos conhecer a seguir a sistematização encontrada na Nota técnica em saúde mental (HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN:
MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021) considerando a realidade socioeconômica do Brasil, dos subgrupos específicos de uma população
que merece atenção, por poder se encontrar em situação de risco potencializado:
Quando a pessoa, usuária, se encontra em uma das situações apresentadas acima e o transtorno mental já
está instalado, ou seja, já se encontra no nível 3, 4 ou 5 do MACC, certamente haverá um impacto crescente
na necessidade de cuidado em saúde metal apresentada por ela, a depender do tempo de exposição e da
magnitude dos recursos disponíveis, que podem variar em função da idade, do gênero e do contexto
sociocultural.
O princípio do escalonamento do cuidado em saúde mental vai ao encontro do princípio doutrinário do SUS da equidade, que
define atender os cidadãos de acordo com as suas necessidades, ou seja, ofertando mais aos que precisam de mais e menos aos
quem necessitam de menos cuidados.
O escalonamento do cuidado em saúde mental:
Padroniza o cuidado dos indivíduos com estrato semelhantes, estabelecidas por meio das diretrizes clínicas,
2
definindo o mínimo de cuidado a ser garantido em todos os pontos de atenção.
4 Possibilita dimensionar os recursos necessários para os pontos da rede e serviços de apoio e logísticos.
6 Orienta o processo de coordenação do cuidado pela APS e estabelece critérios de acesso para os pontos de
atenção aos serviços de saúde para “a atenção certa, no lugar certo, no tempo oportuno e com o custo certo,
um pressuposto das redes de atenção à saúde”.
Existem duas maneiras principais de organizar o cuidado escalonado. A primeira delas propõe que a maioria das pessoas usuárias
acesse os tratamentos de baixa intensidade e aqueles que permanecem sintomáticos após essa etapa podem acessar terapias
mais intensivas e onerosas, em um modelo de autocorreção, estabelecido a partir de diretrizes clínicas, sejam elas linhas-guia ou
protocolos clínicos. Esse modelo amplia o acesso aos cuidados ao oferecer as intervenções menos restritivas e menos onerosas
para a maioria das pessoas.
Revisões sistemáticas de ensaios clínicos indicam que o tratamento escalonado feito a partir de protocolos clínicos é mais efetivo
e apresenta maiores chances de recuperação em relação a cuidados usuais (FIRTH; BARKHAM; KELLETT, 2015). No entanto,
esses efeitos foram atenuados em subgrupos de pessoas usuárias com apresentações mais complexas, como aqueles com doenças
físicas comórbidas, traços de transtorno de personalidade, elevados níveis de incapacidades e aqueles que vivem em
circunstâncias de carência socioeconômica (WAKEFIELD et al., 2021). Esses fatores complicadores têm efeito cumulativo, de
modo que pessoas usuárias com várias dessas características tendem a ter resultados de tratamento piores (DELGADILLO;
MOREEA; LUTZ, 2016)
Sim!
Esse instrumento existe!
Vamos juntos?
Podemos imaginar o quão útil essa escala pode ser para auxiliar a programação do cuidado na APS e
para o planejamento conjunto do cuidado das pessoas usuárias entre os diferentes níveis de
atenção, favorecendo o cuidado colaborativo.
Por outro lado, você pode estar se perguntando como uma escala pode medir um conceito tão
complexo. Por isso, antes de apresentarmos a Escala de Avaliação da Necessidade de Cuidado em
Saúde Mental (CuidaSM), vamos compreender qual a função de uma escala e qual conceito
exatamente ela quer medir.
As escalas são desenvolvidas para medir um fenômeno que uma teoria ou conceito aponta para a sua existência, mas que não é
diretamente quantificável. Para isso identificam-se fatores relacionados aos itens da escala, que permitem obter uma
mensuração razoavelmente precisa do fenômeno. (HOWARD, 2016). A validação de uma escala acontece quando ela realmente
mede o que se propõe a medir e, para isso, buscamos a evidência de validade dos itens do instrumento (MESSICK, 1979;
HOWARD, 2016).
A necessidade de cuidado em saúde mental é um conceito complexo, e a literatura identifica uma série de fatores que se
correlacionam com esse conceito, tais como fatores socioeconômicos, clínicos e de incapacidade. (AOUN et al., 2004). Outros
fatores, como a experiência de insegurança e desesperança, mudanças sociais rápidas e os riscos de violência e doenças físicas,
estão relacionados a uma maior vulnerabilidade de pessoas em situação de pobreza aos transtornos mentais comuns e são,
especialmente, relevantes em Países Low and Middle-Income country (LMIC), como o Brasil (PATEL et al., 2003).
Pode-se afirmar, assim, que o conceito de necessidade perpassa múltiplos fatores e não se restringe às características clínicas.
Por isso, a Escala CuidaSM foi desenvolvida para complementar a avaliação clínica diagnóstica, com o objetivo de avaliar outros
fatores associados à necessidade de cuidado e auxiliar no escalonamento do cuidado em SM.
Na animação a seguir, vamos relembrar os motivos pelos quais o escalonamento do cuidado é fundamental e apresentaremos a
proposta de utilizar a Escala de Avaliação das necessidades de cuidado em Saúde mental (CuidaSM) para apoiar o processo de
escalonamento do cuidado.
A escala foi construída em duas partes, com o objetivo de captar tanto a percepção do indivíduo acerca de suas necessidades nas
5 dimensões propostas para a própria pessoa usuária responder, quanto a avaliação profissional de saúde em relação às outras 3
dimensões.
Assim, a escala apresenta 31 itens distribuídos em 2 partes. A primeira parte autorreferida, respondida pela pessoa usuária,
apresenta 17 itens, nas seguintes dimensões: relações sociais, funcionalidade, autonomia, impulsividade e agressividade, e
espiritualidade. E uma segunda parte, avaliada pelo profissional de saúde, com 14 itens, com as seguintes dimensões: violência,
autoagressão e comportamento suicida e Plano de Cuidados.
Veja a seguir os itens da escala completa, distribuídos em suas respectivas partes e dimensões.
Relações Sociais
Os itens da dimensão “Relações Sociais” avaliam não apenas a existência da relação social, mas a capacidade de mantê-la. Sabe-se
que o apoio social melhora o senso de autoeficácia de um indivíduo, leva a mais compreensão, respeito, encorajamento e
autorrealização, o que pode ajudar um indivíduo a manter emoções relativamente estáveis, mesmo sob pressão (QI et al., 2020).
Funcionalidade
Os itens da dimensão “Funcionalidade” avaliam as dificuldades com as atividades do dia a dia, isto é, aquelas que as pessoas fazem
na maioria dos dias, incluindo as associadas com as responsabilidades domésticas, trabalho e busca de serviço de saúde. (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2001)
Autonomia
Os itens da dimensão “Autonomia” avaliam se o usuário é capaz de realizar atividades de higiene sozinho. Essa dimensão é
relevante na medida que o principal foco quando se busca ampliar a funcionalidade de um indivíduo é garantir a sua autonomia
para realizar tarefas práticas do cotidiano. Logo, dizer que um ser é autônomo se refere basicamente à possibilidade de o sujeito
realizar tarefas para que tenha melhor qualidade de vida, em uma busca constante de sua emancipação. (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2001)
Apesar da impulsividade e da agressividade serem estudadas como parte de uma psicopatologia mais ampla, conforme
Gorenstein et al., (1980), Mann et al., (2010) e Drachman et al. (2022), é importante considerar que a presença desses sintomas
pode influenciar a tendência suicida, de acordo com Law et al., (2015) e Moore et al., (2022), e dificultar o tratamento, confirma
Hollander et al., (2005), implicando assim a NCSM.
Espiritualidade
Os itens da dimensão “Espiritualidade” propõem avaliar de que forma crenças pessoais podem funcionar como uma estratégia
para se conseguir lidar com os problemas, ao darem significado ao comportamento humano e influenciarem a qualidade de vida. A
dimensão “Espiritualidade” da escala CuidaSM adota o conceito que faz referência ao transcendente, ao sagrado, aos espectros
da vida que adquirem caráter e significado espiritual, que dão sentido à vida, que se relacionam com a apreciação do belo e da
natureza, que geram bem-estar (FLECK et al., 2007; STEINHAUSER et al., 2007).
Violência
A dimensão “Violência” da CuidaSM está em consonância com a associação encontrada na literatura entre a violência, a pobreza e
os transtornos mentais, principalmente em países em que há grandes desigualdades sociais, como é o caso do Brasil (RIBEIRO et
al., 2013). Há pesquisas que encontram forte correlação de episódios de violência com queixas de sofrimento psíquico. (RIBEIRO
et al., 2013)
Plano de Cuidados
A dimensão “Plano de Cuidados” traz uma inovação ao incluir a pergunta “A equipe de ESF apresenta dificuldades no manejo
desse caso?”, além de abrir espaço para o profissional de saúde da APS apontar uma possível necessidade de suporte de um
especialista, demonstrando potencial para auxiliar no compartilhamento do cuidado. Esse item está de acordo com o modelo de
cuidado colaborativo no Brasil, o Matriciamento, uma vez que é recomendado que o profissional da APS deve solicitar apoio
matricial de um especialista em Saúde Mental nos casos em que a equipe de referência sente necessidade de apoio matricial para
abordar e conduzir um caso (CHIAVERINI et al., 2011). Esse e os demais itens dessa dimensão representam fatores importantes,
que interferem na decisão quanto ao melhor local para tratamento, tendo em vista que apontam características desafiadoras para
o cuidado em saúde mental pela APS. (BEZERRA et al., 2014)
O estudo que validou a escala demonstrou que 2 itens devem ser considerados marcadores do NCSM e 2 itens devem ser
considerados potencializadores do NCSM. Vamos ver o que isso significa?
A formação do escore e a divisão nos estratos baixa, moderadamente alta e altíssima de NCSM é uma combinação de resultados,
mas ao invés de nos concentrarmos apenas no escore total, é recomendado observar o escore combinado com as respostas para
os itens marcadores e para os potencializadores.
Quando um item ocorre na amostra do estudo com uma frequência elevada, independente do estrato de NCSM em que as
pessoas estão, ele é considerado marcador da NCSM. Ou seja, ao responder sim aos itens marcadores, é necessário ter em mente
que a maioria das pessoas usuárias com NCSM, independente do estrato, respondem, sim, a esse item.
“Você é capaz de controlar sua impulsividade?” “A pessoa usuária foi vítima de violência?”
Já quando a maioria das pessoas que respondem positivo a determinado item está no estrato altíssima de Necessidade de
Cuidado em Saúde Mental (NCSM), esses itens são considerados potencializadores da NCSM. Ou seja, ao obter uma resposta
positiva para eles, mesmo que o resultado do escore evidencie baixa ou moderada NCSM, é preciso atenção.
Agora que já conhecemos os itens da Escala CuidaSM e suas dimensões, vamos compreender como aplicar na prática do dia a dia
de atendimentos da APS.
Percebemos nesse vídeo que alguns itens da parte avaliada pelo profissional de saúde da Escala CuidaSM merecem atenção
quanto a sua definição e a como perguntá-los durante a consulta.
Vamos relembrar quais são esses itens, sua definição e quais perguntas nos ajudam a chegar na resposta mais precisa:
fatal.
Como vimos no vídeo da sessão anterior, o E-planifica pode ser encontrado como versões em Word e Excel da Escala CuidaSM,
assim como um manual de como utilizá-la. Para acessá-la clique aqui. Esse Excel está programado para somar as respostas de
ambas as partes e apresentar uma pontuação final. Caso você utilize a via física, a avaliação final é realizada considerando 0
pontos para respostas negativas e 1 ponto para respostas positivas, em ambas as partes do instrumento.
https://articulateusercontent.com/rise/courses/yiQSeV7l_6IGFHIj2FPKYW9az8d0Sblx/FFHh69f1xAT-
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A mãe de Luís diz que pode ser bom levá-lo ao CAPS, pois pode
facilitar para renovar o laudo do BCP e se Luís gostar de
frequentar, ela terá mais tempo para suas próprias atividades. Se
compromete levá-lo no dia seguinte para o acolhimento
Dessa forma, interpretada em conjunto com as demais informações obtidas junto a pessoa usuária em consulta, a Escala CuidaSM
traz elementos objetivos e baseados em evidência, que pretendem auxiliar a compor a melhor decisão quanto à terapia certa, no
lugar certo e no momento certo!
Relembre aqui todos os objetivos de aprendizagem proposto para esse curso. Pergunte-se se você conseguiu alcançar esses
objetivos.
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