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O contexto ontológico: linguagem, verdade e realidade

Gadamer advoga que os textos escritos apresentam a tarefa hermenêutica real porque escrever
implica a outo- alienação. No que equivale a uma paráfrase de Heidegger, ele afirma que a
linguagem não tem uma vida independente à margem do mundo que no sue interior vem à
linguagem. Por sua vez Gadamer afirma que a linguagem carrega tudo consigo, não só cultura
mas «tudo (fora e no mundo dele) é incluído no domínio da compreensão e da
compreensibilidade em que nos movemos, isto é, a linguagem é o modo universal e ser e
conhecer1.

Gadamer segue Heidegger, ao afirmar que a compreensão é um modo de ser, não um modo do
conhecimento. Assim, assere que a linguagem é a chave para a ontologia, ou seja, casa do ser. A
sua tese da linguísticidade da compreensão e conexão entre a linguagem e a ontologia fornece-
lhe uma perspectiva para a compreensão das ciências humanas.

Mediante a sua definição da tarefa central da hermenêutica verdadeiramente histórica como


análise do preconceito e a distinção entre o preconceito legítimo e ilegítimos, afirma que “a razão
existe para nós apenas em termos concretos, históricos, mas permanece constantemente
dependente das circunstâncias dadas em que opera”.

A hermenêutica de Gadamer e a metodologia das ciências sociais

Verdade e Método: a problemática de Gadamer

Gadamer, define a hermenêutica na sua “obra verdade e método”, como a exploração filosófica
do carácter e das condições fundamentais de toda a compreensão e rejeita a concepção de que ela
consiste em investigações metodológicas no domínio da ciência sócia. O objectivo de Gadamer
não é oferecer as linhas metodológicas mas, sim, a frequência com que ocorrem.

A hermenêutica de Gadamer é “uma tentativa de compreender o que as ciências humanas são na


verdade e os que as ligas à totalidade da nossa experiência do mundo”. Toda a compreensão é
hermenêutica, e que uma análise da natureza da compreensão coincide com uma análise da
hermenêutica universal. Gadamer define a hermenêutica como «básico estar- em- movimento do
ser-aí» que constitui a sua finitude e a sua historicidade e inclui o conjunto da sua experiência do
mundo. Assim, a hermenêutica é o estudo do ser e o estudo da linguagem, porque o “ser que
pode ser compreendido é linguagem”2.

De facto, na visão gadameriana toda a compreensão é linguística e que ela nas ciências humanas
se deve analisar através do meio da linguagem. Deste modo, o carácter linguístico da
compreensão é a chave da abordagem gadameriana.

Gadamer e a ciência social Wittgenstiana

(A linguagem e as ciências sociais)

Gadamer e Wittigenstein são apanhados na “viragem da linguagem” na filosofia do século XX e


é esta preocupação que os assemelha.

Ambos consideram a linguagem ligada à vida social humana ou constitutiva desta. Há, então,
paralelismo entre os dois na medida em que a linguagem é vista como modo de vida; que a
linguagem não é como instrumento que se exonera após a sua utilidade e a descrição do jogo de
linguagem. Gadamer expõe o jogo de linguagem como uma actividade que se partilha.

A teoria de Gadamer está enraizada numa teoria de interpretação, é uma análise e função da
mediação. Entretanto, a tarefa do intérprete é o estabelecimento de pontes entre distâncias
pessoal ou histórica entre mentes. Ele enfatiza o ontologismo, perspectiva que opõe-se
Wittigenstein. Porque, o interesse de Wittigenstein pela linguagem é ditado pela tese de que não
se pode conhecer nada do que está para além da linguagem, pelo que é o domínio sobre o qual se
pode falar. Ele aponta a linguagem como um jogo com intuito de salientar que a linguagem é
constitutiva da actividade humana, que “faz coisas com palavras”. De referir que, Wittigenstein
está enredado com preocupações epistemológicas que mostra-se incapaz de realizar a viragem
crucial d epistemologia para a ontologia, que Gadamer efectuou.

A hermenêutica e a ciência social wittigensteiniana (uma comparação)

Gadamer assere como Wittigenstein, que os limites da linguagem são os limites do nosso mundo.
Ambos rejeitam explicitamente a busca da definição do conhecimento objectivo dos cientistas
naturais ao domínio das ciências sociais e negam que o modelo oferecido pelas ciências naturais
seja apropriado à investigação nas ciências sociais. Pois, como afirma Gadamer, as ciências
naturais e sociais se dirigem nos seus objectivos. Uma segunda semelhança fundamental é a
recusa comum em analisar a intencionalidade subjectiva.

O facto de Gadamer e Wittigensteinianos recusarem à subjectividade do emissor leva-os a


assumir duas posições comuns de importância considerável para a metodologia da ciência social.
Facto que evita o erro de supor que as intenções subjectivas dos actores sociais são “ os factos
subjectivos” das ciências sociais, ao par da naturais. A segunda posição comum é de situarem as
ciências humanas no mundo das práticas humanas, em vez de as colocar no mundo absurdo
privado da subjectividade individual3.

um dos interesses de Gadamer é a abordagem do "conhecimento histórico", em que eu debatida


na segunda parte da sua obra "Verdade e Método". Há que ter em conta que, quando Gadamer
fala da história, a sua pretensão não é se aproximar do objetivismo do historicismo ( tal como é
abordada por Dielthey), "mas quer tratar do sujeito que faz a historiografia". Neste sentido, surge
o conceito de"preconceito":"Também nós somos contextuais e mutáveis, assim como as coisas
da história. Nós estamos num mundo de significadosbe valores, e por isso não possuímos juízos
neutros, sempre possuímos preconceitos sobre a coisas".Heidegger já havia falado sobre
preconceitos em outros:

um dos interesses de Gadamer é a abordagem do "conhecimento histórico", em que eu debatida


na segunda parte da sua obra "Verdade e Método". Há que ter em conta que, quando Gadamer
fala da história, a sua pretensão não é se aproximar do objetivismo do historicismo ( tal como é
abordada por Dielthey), "mas quer tratar do sujeito que faz a historiografia". Neste sentido, surge
o conceito de"preconceito":"Também nós somos contextuais e mutáveis, assim como as coisas
da história. Nós estamos num mundo de significadosbe valores, e por isso não possuímos juízos
neutros, sempre possuímos preconceitos sobre a coisas".Heidegger já havia falado sobre
preconceitos em outros: no seu círculo hermenêutico afirma que no processo de interpretação
orientamos nossas pretensões, expectativas sobre a coisas. Nisso, Heidegger refere-se à pré
compreensão como antecipadora da compensa da coisa.

Aliás, outro filósofo moderno de grande destaque é Francis Bacon, cuja a temática sobre os
idolas se pode valer na compreensão dos preconceitos explícitos no pensamento de Gadamer.
Para Bacon, os idolas tornam a mente dos homens obscurecidas, assediadas. Entre eles (os
idolas), os que mais barram a compreensão são a tribo, os hábitos, teatros e foro.

Reparemos que os idolidolas baconianos são de carátecter pejorativo, consequentemente, sua


predominancpredominância obscurece a interpretação da natureza .

NNó entanto, em Gadamer temos a novidade de que os preconceitos são positivos, universais e
indispensáveis para a compreensão da linguagem. Em Gadamer os preconceitos não são
negativos ou ilegitimoilegítimos conforme afirmado pelos outros pensadorpensadores. Isso pode-
se perceber nos seguintes pronincípios:

1. Todos nós possuiímos preconceitos, e nefanegar isso é possuir o preconceito mais perigoso de
todos, o de presumir que não possuimos preconceitos.

2. Os preconceitos são na realidade aàs condições do nosso encontro com a realidade, sasão o
prejulgar e o prever que orientam o nosso juizjuízo e o nosso olhar.

DUAS PERSPECTIVAS DA ANALÁLISE SOBRE COMPREENSÃO

Ricooeur na sua obra analisa os conceitos Explicação e Compreensão ". Uma das questões que
ele se coloca é: o que é compreender um discurso quando tal discurso é um texto ou uma obra
literária. De acordo com Ricooeur a compreensão é a apreensão dos sentidos parciais num único
acto de síntese. A compreensão tem seu campo de aplicação mas ciências humanas; ela exige " a
experiência de outros sujeitos ou de outras mentes semelhantes às nossas; envolve os signos
fisionomicos, gestuais vocais ou escritos.

Compreender um texto significa conjenturá-lo. A conjentura consiste na construção do sentido


como o sentido verbal do texto ( o que Schleiermacher chama Divinattorio). Podemos recorrer à
máxima que Ricoeur cita do Kant: "compreender um autor melhor do que ele a si mesmo se
compreendeu". Por um lado, implica que ao fazer a interpretação, o nosso fim último é
compreender e, para tal, é necessário que se faça a "terapia" para descobrir o obtuso, oculto no
texto ou discurso. A tarefa hermenêutica rege-se pela compreensão do endereçado original do
texto..
Compreender a linguagem é um problema singular que Ricoeur tenta resolucionar. Ele procura
compreender a linguagem ao nível de produções como poemas , narrativas e ensaios. Na visão de
Ricoeur, a linguagem é como discurso; ora, existem duas formas principais de lidar com o
discurso: a fala e a escrita. Portanto, podemos afirmar que a linguagem se manifesta na fala e/ou
na escrita.

Para compreender a linguagem, existem procedimentos e condições. É com Gadamer que


invocamos o conceito '"Preconceitos" como condição para "compreensão ". Uma questão pode
surgir, Do que se pretende compreender? Nas abordagens de Gadamer , assim como outros
filósofos, o termo compreensão tem uma análise própria e específica, isto é, merece um
tratamento filosófico- hermenêutico.

Ora, Heidegger define a linguagem como "morada do ser", ou seja, o ser habita na linguagem.
Portanto, é preciso que se compreenda

O conceito ´´linguagem´´ tem cunho abrangente na visão hedggeriana. Isto é, do ponto de vista
de Hedgger, encontramos a teoria da linguagem, que critica a quelas que encaram a linguagem
como um mero instrumento de comunucação. Em ser e tempo, a linguagem na sua veradade
essêncial, como articulação essêncial da copmreesão situacional, hiostórica, é algo que pertence
ao modo de sre do homem(Palmer,157). A linguagem é a habitat do ser; não ha linguagem sem o
ser, nem o ser sem linguagem. O ser se revela na linguagem, por isso para chegaramos ao
conhecimento do ser, devemos devendar a linguagem.

Ateoria de linguagem em Hedgger, sobretudo a explicado na sua obra ´´a caminho da linguagem
´´, posuui uma dimensão ontologica. Na linguagem manifesta-se o pensamento. Ora, se na
linguagem mora o ser, a necessidade que primeiro se conheça a linguagem, para depois conhecer
o ser. Para tal, o circulo hermenêutico nos ajudará a compreender na interpretaçao. Hedgger, no
seu circulo hermenêutico a firma que ao imterpertar para a uma compreesão, ´´orietamos nossas
espectativas pretenções e speranças sobre a coisa´´; isto é, há uma pré-compreesão. A
interpertação é circuo porque se deve retornar ao pré-compriendido para articula-lo com o
compreendido. Dito doutro modo, temos as espectativas dirigimo-nos a coisa a ser conhecida,
depois deparamo-nos com a coisa própriamente dita, e por sua vez, voltamos ao pré-
compreidido.
Os pré-conceitos como condição da copreensão

EM Hedgger a prendemos que toda `´copmriensão´´ envolve a apré-estrutura da mesma,


propondo o circulo hermenêutico como une possíbilidade posetiva do conhecimento mais
originários.

Gadamer se merculha no problerma de compreensão atraves do seu conceito ´´pré-conceitos´´.


A que a temática de pré-conceito resgata a pré-compreensão falada por Hedgger. Entende-se por
pré-conceito,´´um juízo que se forma antes da prova difinitiva de todos os momentos
determinado da coisa´´. Essa difinição proxima-se a de pré-compreensão. É neste âmbito que
Aufklarung cria um pré-conceito contra os preconceitos, ou melhor, a sua critica determina que o
pré-conceito é um juízo não fundamentado, por isso tem uma matiz negativa.

Aliás, na ciência moderna, com o predominio do prinípio da dúvida médotica segundo a qual
´´não a ceitar por certo nada sobre o que exista alguma dúvida, encontramoss um discredito total
dos pré-conceitos. No entanto, Gadamer põe a termos a concepção negativa dos pré-conceitos.

Encontra partida, para Gadamer a hermenêutica a compreensão é um fenomeno universal,


porque ela não é fundamental apenas para os textos tradicionais e para os produtos esprituais,
mas para todos e qualquer saber humano, uma vez que se encontra à base que procede a todo o
sabere uma pré-compreensão´´. (Storing, hans Joachim-hist. geralde filosofia 2edição, ed vozes,
pg608 2009).

´´Gadamer foi aluno de Martin Hedgger, assim como Nicolai Hartmann, e se ocupou
intensamente com artes plásticas e a poesia´´(607).

´´Todo conhecimento humano do mundo é mediato linguísticaente. Uma primeira orietação no


mundo reliza-se em meio ao aprendizado de fala. Mas não apenas isso. O caracter linguístico do
nosso ser-no-mundo articula, por fim, todo o âmbito da experiência.´´(608)

Duas perspetivas hermenêutica: Heidegger e Gadamer.

De acordo com Gadamer, no seu comentário sobre o circulo hermenêutico de Heidegger, ´´o
interprete se aproxíma dos textos não com a mente semelhante a tabula rasa, mas com asua pré-
compreensão, os pré-juízos, as suas pré-suposiçõs, as suas espetativas(629- vol III Giovanni).
Ainterpertação se efeitua à luz doque se sabe; e o que se sabe muda no decurso da história
humana: as perspectivas (conjenturas) com que se olha um texto; crsce o saber sobre contexto e
aumenta o conhecimento (dar-se-a nesta temática), sobre a linguagem Gadaner explica os pré-
conceito no sentido de que a interpertação é infinita, razão pela qual, o que se pensa que já se
compreendeu pode sofrer de mudança, mostrando-se novas compreesões e interpertações de
acordo o tempo do interprete.

N a interpertação deve haver choque entre as ideias prévias que se tem sobre texto e o próprio
texto em si: compreender é estar despostos aos erros derivados de pressuposições que não
encontram confirmações no objecto e, nesta perspectiva, Gadamer afirma que quem quiser
compreender um exto esta pronto a deixar que ele lhe diga alguma coisa – isto é, que se chama
por alteridade do texto. Alteridade do texto compreende o conteúdo da verdade do texto, Na
linguagem de Heidegger sediria que o texto fala, não é neutro-deixemos que ele se manifesta em
relações às nossas pressuposições.

Conceito para Gadamer, pré-juízo equivale a ideia conjentura; pressuposições. Os pre-juízos do


indivíduos são mais construtivos de sua realidade histórica do que poden ser os seus juízos.

Ideias divergentes

Dois sentidos opostos de concepção de preconceitos

Concepções trilatreral dos preconceitos, Exiztem três prespectivas alteriores a Gadamer se


conceber os preconceitos: de Bacon, dos iluministas e dos românticos. Elas concebem de forma
depreciativa o significado dos pré-juízos. A analise sobre preconceitos é introduzida por Bacon,
que ele chama por Idola.

Para Bacon, os idolas aprecionam o espiríto humano desvi8ando verdadeiros conhecimentos das
coisas. Por isso ele recomenda que, identificados e evdênciadoa os idolas, são necessários que
seja empurados da mente. Encontra partida, Gadamer alimenta que os idolas (preconceitos)
devem ser submetidos incensamente à prova, corrigi-los ou ainda substitui-los por outros
melhores.

Os iluministas dão ma conotação negativas aos preconceitos. Os iluministas(Aufklarunng)


distingue dois tipos de preconceitos: respeito paela autoridade e devida a precipitação. Isto
percebe-se apartir da maxima Kantiana: tenha a corragem de valer-se do seu próprio
entendimento. É uma maxima que de facto vem da autoridade ser fonte de prejuízos na visão dos
iluministas. Portanto, Kant adeverte-nos que devemos sair da menoridade para a maioridade
intelectual. Gadamer toma uma posição crítica face aos prejuízos concebidos aos iluministas. Ele
afirma que na visão iluminista (Aufklarung) há um preconceito sobre os preconceitos. Embora a
autoridade seja fonte de do preconceitos, não se exclui que, também, ela seja fonte da verdade.

Oa românticoa tem uma posição partindo da noção da tradição. Na visão de Gadaner a tradição
não pode ser vista como uma oposição à liberdade da razão. Muito pelo contrário, ´´a
interpertação é um trabalho que envolve os perconceitosno dialogo com a tradição e no
procedimento de autocritca1 (

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