(1) Uma comunidade terapêutica enviou uma carta de esclarecimento a um portal de notícias sobre uma reportagem sobre a administração de medicamentos. (2) A carta explica que as comunidades terapêuticas só podem fornecer medicamentos prescritos por médicos e que a administração de analgésicos durante a abstinência deve ser supervisionada. (3) O objetivo das comunidades terapêuticas é oferecer acolhimento e reabilitação, não tratamento médico.
(1) Uma comunidade terapêutica enviou uma carta de esclarecimento a um portal de notícias sobre uma reportagem sobre a administração de medicamentos. (2) A carta explica que as comunidades terapêuticas só podem fornecer medicamentos prescritos por médicos e que a administração de analgésicos durante a abstinência deve ser supervisionada. (3) O objetivo das comunidades terapêuticas é oferecer acolhimento e reabilitação, não tratamento médico.
(1) Uma comunidade terapêutica enviou uma carta de esclarecimento a um portal de notícias sobre uma reportagem sobre a administração de medicamentos. (2) A carta explica que as comunidades terapêuticas só podem fornecer medicamentos prescritos por médicos e que a administração de analgésicos durante a abstinência deve ser supervisionada. (3) O objetivo das comunidades terapêuticas é oferecer acolhimento e reabilitação, não tratamento médico.
REF: ECLARECIMENTOS À PUBLICAÇÃO EM SEU PORTAL NO DIA
18/03/2024.
Prezados Senhores,
Recentemente, uma reportagem veiculada em seu portal trouxe à tona questionamentos
sobre a ministração de medicamentos nas Comunidades Terapêuticas. Entendemos a importância do jornalismo investigativo, porém, é crucial considerar todos os aspectos que podem afetar negativamente instituições dedicadas ao bem-estar e à recuperação de indivíduos em situação de vulnerabilidade. É necessário esclarecer que as Comunidades Terapêuticas não são obrigadas a fornecer medicamentos e que a ministração de medicamentos a acolhidos em comunidades terapêuticas é regida pela Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) 29/2011 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). De acordo com a legislação vigente, as comunidades terapêuticas têm a obrigação de fornecer aos acolhidos apenas os medicamentos prescritos por profissionais de saúde, seguindo estritamente as orientações médicas e que qualquer modificação na prescrição deve ser avaliada por um médico, garantindo a segurança e a eficácia do tratamento. Estes medicamentos devem ser fornecidos pela rede pública ou pelo familiar do acolhido. A ministração de medicamentos sem necessidade de receita, como analgésicos, antialérgicos ou anti-inflamatórios, dentre outros, deve ser realizada com cautela e seguindo algumas diretrizes básicas para garantir a segurança e eficácia do tratamento. Da mesma forma, estes medicamentos devem ser fornecidos pela rede pública ou pelo familiar responsável. O administrador do medicamento deve estar familiarizado com o medicamento em questão, incluindo sua dosagem adequada, possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas, com registro adequado de dosagem, horário e resposta do acolhido ao tratamento medicamentoso e tem o dever de não extrapolar a dose máxima diária permitida em bula. Quando uma pessoa que é dependente de drogas entra em abstinência, ou seja, interrompe o uso da substância à qual é viciada, seu corpo passa por uma série de reações físicas e psicológicas. Um dos principais motivos pelos quais os dependentes químicos podem necessitar de
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analgésicos durante a abstinência é o aparecimento de sintomas de abstinência. Quando o uso da substância é interrompido, o corpo pode reagir intensificando esses sintomas físicos, o que pode levar o indivíduo a buscar alívio por meio de medicamentos analgésicos. No entanto, é crucial enfatizar que a administração de analgésicos ou qualquer outro medicamento durante a abstinência deve ser moderada e supervisionada por pessoas especializadas em tratamento de dependência química. O uso indiscriminado de analgésicos pode levar a problemas de saúde adicionais e até mesmo agravar a dependência, portanto, é importante que qualquer intervenção seja feita de forma responsável e com base nas necessidades individuais de cada paciente. É importante ressaltar que as comunidades terapêuticas não são ambientes médicos, mas sim espaços de acolhimento e reabilitação, reconhecidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) como locais que oferecem um tratamento reabilitador, reeducador e voltado para a reinserção sociofamiliar ou sócio-ocupacional. Dessa forma, a assistência médica é complementar e pode ser realizada através da RIDE, visto que as CTs fazem parte da rede. As comunidades terapêuticas são entidades reconhecidas pela legislação brasileira como espaços de acolhimento voluntário para pessoas com problemas relacionados ao uso nocivo ou dependência de substâncias psicoativas. Portanto, é fundamental compreender a natureza e o propósito dessas instituições antes de fazer generalizações baseadas em relatos que desconhecem a rotina imposta às Comunidades Terapêutica. Esperamos que os esclarecimentos fornecidos possam dissipar quaisquer dúvidas e promover uma compreensão mais abrangente sobre o papel das Comunidades Terapêuticas na sociedade. Estamos abertos ao diálogo construtivo e à colaboração contínua com os órgãos de imprensa, visando sempre à transparência e ao fortalecimento das políticas voltadas para o bem-estar e a recuperação dos indivíduos em situação de vulnerabilidade. Agradecemos a atenção dispensada e permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais que se façam necessários.
Atenciosamente,
CELIA REGINA GOMES Assinado de forma digital por CELIA REGINA
DE GOMES DE MORAES:00632363894 Dados: 2024.03.18 17:16:30 -03'00' MORAES:00632363894 CÉLIA REGINA GOMES DE MORAES Presidente
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