Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UA1 M2 ArquivoModelo DireitoAdministrativonaPratica
UA1 M2 ArquivoModelo DireitoAdministrativonaPratica
Proposta
Adamastor Correa é chefe de uma repartição pública municipal. Para ocupar o cargo de seu assessor
direto na Prefeitura, nomeou Adamastor Correa Júnior, seu filho mais velho. O cargo ocupado por
Júnior é um “cargo em comissão”, ou seja, é um cargo em que o ocupante ingressa sem a
necessidade de prestar concurso público. Trata-se, como muitos chamam, de um “cargo de
confiança”. O objetivo de Adamastor foi ajudar o filho, que estava desempregado, e, com isso,
melhorar os rendimentos da família, uma vez que Júnior ainda mora com os pais.
Considerando o que você já compreendeu sobre as funções e o papel do Estado, avalie a conduta de
Adamastor Correa. A nomeação é legal? Fundamente sua resposta.
A conduta de Adamastor Correa levanta questões éticas e morais, além de potencialmente violar
princípios de imparcialidade e meritocracia na administração pública. Embora nomear um membro da
família para um cargo em comissão não seja explicitamente proibido pela legislação brasileira, a nomeação
de um parente próximo pode comprometer o princípio da impessoalidade, exigindo que os atos
administrativos sejam guiados por critérios objetivos e imparciais. Além disso, tal ato pode suscitar conflitos
de interesses, pois o chefe pode ser influenciado por considerações pessoais ao tomar decisões
relacionadas ao cargo ocupado pelo familiar, violando o interesse público. Essa prática também pode
infringir o princípio da eficiência e meritocracia, pois a escolha de um parente sem concurso público pode
gerar descontentamento entre outros candidatos mais qualificados, prejudicando a integridade do
processo seletivo. Dessa forma, embora a nomeação não seja estritamente ilegal, suscita preocupações
significativas em relação à ética, moralidade e aos princípios fundamentais da administração pública.