Você está na página 1de 10

Racismo no Ambiente de

Trabalho
O papel do empregador como inibidor de práticas de racismo no mercado de
trabalho
O que é discriminação racial?

A discriminação racial é a conversão do preconceito em atitudes de viés prático. Este tipo de má


conduta criminosa afeta, diariamente, uma série de grupos, trazendo consequências prejudiciais capazes
de afetar a integridade física e psicológica de quem é vítima.

Dentre as diversas manifestações desses comportamentos ilegais, estão as atitudes classificadas como
discriminação racial, cujo efeito negativo atinge a vida e o trabalho dos indivíduos, por exemplo, as
pessoas pretas e pardas.
Genocídio e as práticas racistas no brasil

Muito se fala no racismo estrutural, aquele que não só está presente na própria constituição da
sociedade, mas que estrutura as relações humanas da forma como são hoje. Também se fala sobre o
genocídio da juventude negra: dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 mostram que
77,9% das vítimas de assassinatos no Brasil em 2021 eram negras, 50% tinham entre 12 e 29 anos e
91,3% eram homens.
“Reconhecer e valorizar os diferentes grupos étnicos presentes em nossa sociedade e não apenas
contribuições de pessoas brancas é fundamental para expor as desigualdades estruturais que
perduram em nosso tecido social. Abrir diálogos democráticos é uma forma de dar voz aos que
vivenciam o racismo diariamente. Esses debates têm o objetivo da compreensão e aceitação do outro,
com suas diferenças e necessidades, e a educação sempre será a porta principal para a aceitação de
todos”
Lei N° 9.029

Art 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória e limitava para efeito de


acesso à relação de trabalho, ou de sua manutenção, por motivo de sexo, origem, raça,
cor, estado civil, situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idades 3’gde
outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção a criança e ao adolescente.
Caso Makro

A rede de atacados Makro foi posta em julgamento por assédio moral e negligência pois mesmo ciente dos
ataques a mesma não dava a devida atenção ao caso. Os ataques a funcionária Ana Amélia Ferreira dos
Santos começaram a ser feitos em meados de novembro de 2014 e duraram cerca de seis meses, a
funcionária trabalhava no estoque e relata que em muitas tentativas tentou resolver o caso sem precisar levar
a justiça levando o problema aos seus supervisores, indo ao RH da empresa e até mesmo entrou em contato
com com a ouvidoria internacional da empresa, mas nada foi feito.

Os próprios funcionários que trabalhavam com a vítima confirmaram que ela era gravemente atacada com
ofensas de baixo calão como:“preta fedida”, “macaca preguiçosa” e “urubu fedorento” por uma pessoa de
outro departamento.
O valor é alto por todo o contexto do processo e pelo porte da empresa. O juiz deixou claro em sua
sentença que estabeleceu como forma exemplar e pedagógica-social, para que as empresas não
permitam este tipo de conduta — explicou Kléber dos Santos.
O juiz da 2ª Vara do Trabalho de Florianópolis Válter Túlio Ribeiro considerou que as agressões
configuram caso típico de assédio moral e apontou grave omissão da rede atacadista que, mesmo ciente
das agressões, permitiu que a funcionária continuasse sendo humilhada.
Combate de práticas racistas:

– Combate às violências cotidianas contra subjetividades de pessoas negras;


– Combate de todo e qualquer tipo e indício de racismo recreativo;
– Atendimento psicológico de pessoas vulneráveis.
Valorização de pessoas negras:
– Construção de práticas de valorização constante da negritude na escola;
– Validação e estímulo à negritude;
– Incentivar a participação de alunos negros em atividades escolares;
– Valorizar saberes e produções de alunos negros;
– Valorização das culturas de bairros e regiões fundamentalmente negros;
– Amplificar a potência da cultura negra brasileira;
– Reconhecer as realizações dos alunos;
– Evitar comparações.
Medidas que possibilitam e apoiam os debates:

– Espaços de fala;
– Palestras motivacionais;
– Debates com especialistas;
– Conversas com profissionais negros;
– Criação de projetos de vida que abordem o tema da negritude;
– Rodas de conversa sobre racismo;
– Sessões de filmes que tragam o tema;
– Assembleias de estudantes, de funcionários e assembleias gerais
Bibliografia:

https://www.google.com/amp/s/www.geledes.org.br/rede-de-supermercados-e-condenada-a-pagar-
veja-mais-em-httpwww-ndonline-com-brflorianopolisnoticias298533-rede-de-supermercados-e-
condenada-a-pagar-r-500-mil-a-funcionaria-vitima-de-racis/%3famp=1
https://www.tst.jus.br/-/mantido-valor-de-indenizacao-a-empregada-da-makro-decorrente-de-assedio-
moral-por-racismo
https://vivescer.org.br/a-importancia-de-adotar-praticas-antirracistas-nas-
escolas/#:~:text=Entre%20as%20estrat%C3%A9gias%20que%20combatem,Atendimento%20psicol%C3%B3
gico%20de%20pessoas%20vulner%C3%A1veis
https://www.vittude.com/blog/o-que-e-discriminacao-racial-como-e-no-dia-a-dia/amp/

Você também pode gostar