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TOXICOLOGIA
VETERINÁRIA
SUMÁRIO
Toxicologia de plantas...................................................................................................3
Plantas que causam morte súbita.................................................................................... 3
Plantas que causam mineralização................................................................................19
Plantas que causam degeneração e necroses musculares..............................................21
Plantas que causam intoxicação de evolução subaguda a crônica................................24
Plantas que contém glicosídeos cardiotóxicos..............................................................29
Plantas nefrotóxicas...................................................................................................... 31
Plantas que causam fotossensibilização primária......................................................... 34
Plantas que causam fotossensibilização secundária......................................................36
Plantas que causam intoxicação aguda com necrose de coagulação do fígado............ 43
Plantas que sob condições naturais causam cirrose hepática........................................56
Plantas que provocam perturbações nervosas em animais de produção.......................62
Toxicologia de plantas
Aspectos clínicos, epidemiológicos e anatomopatológicos que promovem morte súbita
em animais de produção
(3)
(4)
Malpighiaceae ● Mascagnia rígida
(1)
● Mascagnia elegans
● Mascagnia
pubiflora (3)
● Mascagnia aff
rígida
● Mascagnia
exotropica
(1)
(3)
Bignoniaceae ● Arrabidaea
bilabiata (1)
● Arrabidaea
japurensis
● Pseudocalymma
elegans
(1) )
(2) )
(3) )
Palicourea marcgravii
Conhecida como cafezinho, erva do mato, roxinha, dentre outras. É a planta
tóxica mais importante do Brasil por ter extensa distribuição, boa palatabilidade
e também por apresentar elevada toxidez e efeito acumulativo. Não é
encontrada na região Sul do Brasil.
Tratamento
O tratamento consiste na retirada de pasto e não provocar excitação nos
animais até 48 horas. Pode-se aplicar fenacetina IM e acetamida VO
Profilaxia
Cercar matas e capoeiras onde existe a planta
Sinais clínicos
● Vai depender da quantidade ingerida
● Pulso venoso positivo
● instabilidade
● Tremores musculares
● Animal deita-se ou caí em decúbito esterno-abdominal progredindo para
lateral
● Movimento de pedalagem
● Convulsão tônica
● Letalidade: 3 a 23 horas
Necropsia e histopatológico
● Congestão de grande vasos
● Rim: degeneração hidrópica vacuolar das células epiteliais
Palicourea aeneofusca
Conhecida como erva-de-rato, a planta é encontrada na região litorânea de
Pernambuco e Bahia distribuídas nas matas úmidas e capoeiras
Palicourea grandiflora
Encontrada somente em Rondônia. Tem boa palatabilidade. Ausência de lesão
macroscópica
Arrabidaea bilabiata
Conhecida como gibata e chibata, é a segunda planta tóxica mais importante
do Brasil, depois da Panicourea marcgravii. Importante na região da várzea da
região amazônica. Não tem boa palatabilidade
Tratamento e profilaxia
● Não há tratamento
● A profilaxia é não deixar os animais passarem fome em época de
mudanças climáticas
Lesões e histologia
● Não há lesões macroscópicas
● Histologia: há presença de vacuolização macro e microvesicular difusa no
citoplasma dos hepatócitos
● Lesões idênticas ao Panicourea marcgravii
Arrabidaea japurensis
Ocorrência em Roraima, principalmente nas margens dos rios da região, em
clareiras e na borda de matas. Ocorre em época de seca
Pseudocalymma elegans
Conhecida como a erva, se encontra no Rio de Janeiro, nas encostas do morro.
Acontece em épocas de seca.
Sinais clínicos
● Andar rígido
● Instabilidade
● Tremores musculares
● Opistótono
● Nistagmo
● Taquicardia
Lesões macroscópicas e histológicas
→ Ausência de lesões macroscópicas
→ Lesão histológica em fígado e miocárdio com vacuolização citoplasmática
→ Rim: degeneração hidrópica-vacuolar associada à picnose nuclear a células
dos túbulos
Tratamento: não existe
Mascagnia rigida
Conhecida por vários nomes populares, como tingui, timbó, quebra-bucho,
dentre outros, essa planta é encontrada em todo o nordeste, Piauí, Bahia, Minas
Gerais e Espírito Santo. Ocorre em qualquer época do ano
Sinais clínicos
● Não pode movimentar os animais quando intoxicados
● 24 a 48 horas para início dos sintomas
● Tremores musculares
● Lassidão
● Resistência a exercício
● Queda do animal e morte
Mascagnia pubiflora
Conhecida como corona e cipó-prata, a planta é encontrada no Mato Grosso,
Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás e Pará
Animais sensíveis: bovinos
Dose tóxica: 5 g/kg (agosto → setembro) e 20 g/kg (abril → maio)
→ a ingestão tanto da forma glabra quanto pilosa
Sinais clínicos
● Após 16 a 25 horas
● Relutância para ficar em estação
● Andar rígido
● Tremores musculares
● Piora (caso movimente)
Lesões macroscópicas e histológicas
→ Não há lesões macroscópicas
→ Rim: degeneração hidrópica-vacuolar associada à picnose nuclear das células
dos túbulos
Tratamento: não há
Mascagnia exotropica
Planta encontrada em Santa Catarina e Rio Grande so Sul
Sinais clínicos
● Cansaço
● Jugular ingurgitada
● Leves tremores
● Contração muscular brusca
● Caem bruscamente ou se deitam
● Recuperação ou morte
Tratamento: não há
Lesões macroscópicas e histológicas
→ Macroscópicas: intensa cor vermelha da mucosa do intestino delgado,
acentuada no jejuno e íleo, edema da subserosa da parede da vesícula biliar
→ Rim: degeneração hidrópica-vacuolar associada à picnose nuclear das células
dos túbulos
→ Fígado: congestão centrolobular
→ Intestino delgado: congestão e hemorragia na mucosa
Plantas que causam mineralização
(1)
Solanum malacoxylon
Tem como o nome popular espichadeira, causa a doença do espichamento. É
encontrada no pantanal matogrossense, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do
Sul. Essa planta tem como hábitat os palustre.
Nierembergia veitchii
A Nierembergia veitchii é uma planta tóxica encontrada nos campos nativos
do Rio grande do Sul.
Animais sensíveis: ovinos e bovinos
Princípio tóxico e tratamento: igual a Solanum malacoxylon
Necropsia
● Macroscópica: mineralização de grandes vasos (exceto artérias
pulmonares), endocárdio (ventrículo esquerdo), pulmão, tendões e rins
● Microscopia: mineralização de tecidos moles juntamente a metaplasia
condroide e óssea, osteoporose, atrofia de células principais da
paratireoide, hiperplasia das células cardíacas
Caesalpinoid Senna
eae occidentalis (1)
Senna
obtusifolia
(1)
(2)
Senna occidentalis
Conhecida como fedegoso ou manjerona, é encontrada distribuída por todo o
território brasileiro.
Animais sensíveis: bovinos, suínos, equinos, aves e caprinos
Dose tóxica: 10 g/kg (semente- bezerro)
Princípio tóxico: desconhecido
Tratamento não existe
Profilaxia: não deixar que os animais pastem onde tem essas plantas
Sinais clínicos
● Mioglobinúria
● Fraqueza muscular
● Tremores
● andar cambaleante
● Decúbito
● Morte
● Curso clínico: 2 a 7 dias
Necropsia
● Macroscópica: áreas pálidas nos músculos, urina marrom escura,
hepatomegalia com aspecto de noz-moscada, rins hiperêmico
● Microscópica: edema intersticial, tumefação e degeneração flocular e
hialina das fibras dos músculos esqueléticos, necrose individual de
hepatócitos e vacuolização difusa.
Senna obtusifolia
Conhecida como fedegoso, mata pasto, fedegoso branco, é também
amplamente distribuída no Brasil.
Animais sensíveis: bovinos
Dose tóxica: 8 g/kg por 4 dias (folhas e vagens verdes)
Curso clínico: 2 a 13 dias
Sinais clínicos, achados histopatológicos e tratamento idêntico a Senna
occidentalis
Plantas que causam intoxicação de evolução subaguda a crônica
Sinais clínicos
● Edema de barbela e região esternal
● Veia jugular ingurgitada
● Dificuldade na locomoção
● Fraqueza
● Anorexia
● Tremores musculares
● Dispneia
Necropsia
● Macroscópica:
→ Coração: hipertrofia concêntrica e feixes esbranquiçados no miocárdio
→ Hidrotórax e ascite
→ Fígado noz moscada
● Microscópica:
→ Coração: edema intracelular, necrose massiva de fibras cardíacas,
fibrose extensiva e atrofia das fibras cardíacas
→ Fígado: congestão, tumefação, vacuolização, lise, fibrose de heptócitos
Ateleia glazioviana
Planta conhecida como timbó, maria-preta, é encontrada no território de
Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. A intoxicação se dá em épocas de
outono e inverno, pela falta de alimentos. Não se conhece princípio tóxico e não
tem tratamento.
A intoxicação por Ateleia glazioviana pode causar aborto, quadro neurológico
ou insuficiência cardíaca.
Nerium oleander
Nerium oleander
Conhecida como espirradeira, é uma planta ornamental. A intoxicação não
tem tratamento.
Animais sensíveis: bovino, ovinos, equinos, cisnes
Dose tóxica: 0,25 g a 0,50 g/kg (bovinos)
Princípio tóxico: glicosídeos cardíacos cardenolídeos
Sinais clínicos
● Arritmia
● Diarreia intensa
● Hematoquezia
● Sialorreia
Necropsia
● Macroscopia:
→ Hemorragia em serosas e mucosas endo e epicárdica
→ Hemorragia em serosas e mucosas do trato digestório. rins e pulmões
● Microscopia:
→ Necrose das fibras cardíacas
Plantas nefrotóxicas
Cobretaceae Combretum
glaucocarpa
Amaranthaceae Amaranthus
spp.
Combretum glaucocarpa
Conhecida como sipaúba, vaqueta, causa a doença da popa inchada, venta seca
ou mal de rama, essa planta é encontrada no Piauí, Ceará, Bahia e Minas Gerais.
Os surtos de intoxicação se dão na estação chuvosa, principalmente no outono.
Sinais clínicos
● Edemas subcutâneo (coxa, períneo, supremamária, prepúcio,...)
● Perturbações digestivas
→ Anorexia
→ Parada de ruminação
→ Fezes secas
Necropsia
● Macroscopia
→ Edema subcutâneo
→ Rins pálidos com pontos vermelhos na superfície e ao corte
→ Hemorragias multifocais por vários órgãos
● Microscopia
→ Necrose coagulativa extensa dos túbulos renais e degeneração em
gotas hialinas
→ Fígado: necrose paracentral dos hepatócitos
Amaranthus spp
Conhecida como caruru, ocorre em todo o Brasil, os animais se alimentam
dessa planta quando estão invadindo o pasto ou pela falta de alimentos.
Animais sensíveis: bovinos, ovinos e suínos
Dose tóxica: consumir grande quantidade durante 3 a 30 dias
Princípio tóxico: desconhecido
Sinais clínicos
● Depressão
● Anorexia
● Diminuição ou ausência do trato gastrointestinal
● Epistaxe
● Diarreia
● Incoordenação motora
Necropsia
● Macroscopia
→ Edemas subcutâneos
→ Hidropericárdio e hidrotórax, ascite
→ Edema de mesentério, parede do íleo, cólon, perineal
→ Úlceras em esôfago, cólon, reto
→ Congestão e hemorragia em vários órgãos
● Microscopia
→ Necrose e regeneração dos túbulos renais com fibrose intersticial
→ Necrose do epitélio TGI com reação inflamatória de eosinófilos
Amaranthaceae Froehlichia
humboldtiana
Ammi majus
Planta ocorre somente no sul do Brasil, é considerada uma planta invasora de
pasto, a intoxicação se dá pela presença da planta no pasto e a ingestão dela.
Animais acometidos: bovinos, ovinos, patos e gansos
Dose letal: 9,9 g/kg (dose única)
Princípio tóxico: furocumarinas
Sinais clínicos
● Fotossensibilização
● Cegueira
Tratamento
● Colocar o animal na sombra
● Antiinflamatórios associados a antibióticos para lesões de pele
Froehlichia humboldtiana
Conhecida como ervanço, ocorre em todo o nordeste, principalmente Bahia e
Piauí. Possui boa palatabilidade e é boa forrageira.
Sinais clínicos
● Fotossensibilização
Tratamento
● Colocar em sombra
● Medicar lesões de pele com antiinflamatórios associados a antibióticos
● Retirar acesso a planta tóxica
Plantas que causam fotossensibilização secundária
Lantana spp
Brachiaria spp
Panicum
dichotomiflorum
Myoporum
laetum
Enterolobium
gummiferum
Mecanismo de ação
O que ocorre é que a clorofila no rúmen produz um pigmento chamado
filoeritrina, esse ao ser absorvido e adentrar na corrente sanguínea é depositado
diretamente na pele, ao invés de ir para fígado ser metabolizado e excretado.
Lantana spp
Lantana câmara, conhecida como chumbinho, camará, mal me quer ou bem
me quer. Tem distribuição cosmopolita. A intoxicação se dá pela falta de
alimento ou troca de pastos, onde o animal ingere folha frescas e dessecadas
Sinais clínicos
● Fotossensibilização
● Icterícia
● Atonia muscular
● Fezes ressecadas
Necropsia
● Macroscopia: icterícia, urina marrom ou alaranjada, fígado amarelado a
esverdeado, bile repleta e edemaciada, rins enegracidos
● Microscopia: degeneração de hepatócitos e necrose individuais,
hiperplasia de células do ducto biliar, colestase, e degeneração de túbulos
renais
Tratamento
● Carvão ativado por sonda intra-ruminal (5g/kg - 20 l solução eletrolítica)
● retirada de conteúdo ruminal por ruminotomia
Brachiaria spp
Mecanismo de ação
A Brachiaria produz substâncias chamadas saponinas, essas irão se acumular
no fígado causando lesão hepática, o fígado já sobrecarregado não consegue
metabolizar o excesso de saponinas, chegando a atingir a pele em excesso,
causando a fotossensibilização.
Sinais clínicos: fotossensibilização
Tratamento: retirar do sol e oferecer sombra
Necropsia
● Macroscopia: icterícia, urina marrom ou alaranjada, fígado amarelado e
esverdeado.
● Microscopia: grande quantidade de macrófagos espumosos em grupos,
vacuolização e necrose individual dos hepatócitos, deposição de cristais
refrigerantes casuais.
Panicum dichotomiflorum
Conhecida como capim d’água, gama de castelã, capim boi, painço, canarana,
tem distribuição em diversas regiões do Brasil, principalmente em áreas
inundadas.
Sinais clínicos
● Edema da cabeça
● Cegueira
● Corrimento ocular
● Opacidade de córnea
● Vermelhidão do rodete coronário dos cascos
● Fotossensibilização
Myoporum laetum
Conhecida como transparente ou cerca-viva, tem distribuição no Rio Grande
do Sul.
Sinais clínicos
● Anorexia
● Inquietação
● Estase ruminal
● Salivação
● Corrimento ocular
● Icterícia
● Fezes ressecadas com muco e sangue
● Ataxia
● Frequência respiratória aumentada
Necropsia
● Macroscopia: petéquias e edema de tecido subcutâneo, ascite do
mesentério, fígado noz moscado, vesícula biliar com parede edemaciadas
e hemorrágicas
● Microscopia: vacuolização de hepatócitos, fibrose portal, proliferação de
ductos biliares e necrose de hepatócitos periportais.
Enterolobium gummiferum
Conhecida como tamboril do campo, orelha de onça, tem ampla distribuição
em Minas Gerais
Cestrum
laevigatum
Cestrum
corymbosum
Cestrum
intermedium
Vernonia
molíssima
Vernonia
rubricaulis
Xanthium spp
Dodonaea viscosa
Trema micrantha
Cestrum laevigatum
Conhecida como coreana, canema, tem distribuição no sudeste, centro-oeste e
litorânea do nordeste. Os animais se intoxicam principalmente em épocas de
seca e escassez de chuva, pois não possui boa palatabilidade.
Sinais clínicos
● Apatia
● Anorexia
● Atonia ruminal
● Dorso arqueado
● Constipação em formato de esfera (muco e estrias de sangue)
● Mioclonia
● Decúbito lateral → morte
Necropsia
● Macroscopia
→ Fígado noz moscada
→ Parede da vesícula edemaciada
→ Fezes ressecadas no intestino grosso
→ Hemorragia
● Microscopia
→ Necrose centrolobular com congestão e hemorragia
→ Estenose na periferia dos lóbulos
Cestrum corymbosum
Tem distribuição em Santa Catarina e Minas Gerais. Os animais se intoxicam
principalmente em épocas de seca e escassez de chuvas, pois não possui boa
palatabiidade.
Sinais clínicos
● Anorexia
● Congestão de esclera e conjuntiva
● Atonia ruminal
● Dificuldade de locomoção
● Salivação
● Posição de auto esculta
● Fezes pastosas com muco e sangue
● Decúbito lateral → opistótono → morte
Necropsia
● Macroscopia
→ Fígado noz moscada
→ Parede da vesícula edemaciada
→ Fezes ressecadas no intestino grosso
→ Hemorragia
● Microscopia
→ Necrose centrolobular com congestão e hemorragia
→ Estenose na periferia dos lóbulos
Tratamento: glicose IV e purgante oleosos
Cestrum intermedium
Nome popular mata-boi ou coreana, tem distribuição no oeste de Santa
Catarina, noroeste do Rio Grande do Sul e sudoeste do Pará. Os animais se
intoxicam em épocas de seca, escassez de chuvas, pois não possui boa
palatabilidade.
Vernonia molíssima
A planta tem distribuição no Mato Grosso do Sul. Os animais se intoxicam em
épocas de seca e queimada, em que as plantas se encontram em brotação
Vernonia rubricaulis
Tem distribuição no Mato Grosso do Sul, Pantanal
Xanthium spp
Conhecida como carrapicho de carneiro, carrapichão, figo bravo, dentre
outras. Essa planta está distribuída na região sul, caracterizada como planta
invasora, em beiras de lagos e áreas baixas inundáveis.
Dodonaea viscosa
Conhecida como vassoura vermelha, vassoura do campo ou erva de veado.
Tem distribuição em São Paulo ao Rio Grande do Sul.
Trema micrantha
Conhecida como grandiúva, pau pólvora, crindiúva, dentre outras. Está
distribuída em todos os estados brasileiros. Possui boa palatabilidade.
Sinais clínicos
● Fezes pastosas a líquida
● Anorexia
● Fraqueza progressiva
● Sialorréia
● Movimentos mastigatórios vazios
● Andar em circular
● Head press
● Hipertermia
● Decúbito lateral
● Coma → morte
Tratamento: glicose IV e purgante oleosos
Necropsia
● Macroscopia:
→ Fígado noz moscada
→ Parede da vesícula edemaciada
→ Fezes ressecadas no intestino grosso
→ Hemorragia
● Microscopia:
→ Necrose coagulativa e hemorragia centrolobular difuso do fígado e no
rim
→ Degeneração hidrópica vacuolar dos túbulos renais e moderada
estenose das células tubulares
Plantas que sob condições naturais causam cirrose hepática
Senecio brasiliensis
Echium plantagineum
Crotalaria spp
Senecio brasiliensis
Causa doença crônica, conhecida como maria-mole ou flor-das-almas, é
distribuída no Sul do Brasil.
Sinais clínicos
● Emagrecimento progressivo
● Presença de sangue nas fezes
● Fortes contrações abdominais
● Tenesmo
● Icterícia
● Andar em círculos
● Head press
● Agressividade
● Ascite
● Fotossensibilização
Necrópsia
OLHAR AULA
Diagnóstico e tratamento
● Epidemiologia
● Necropsia e histologia
● Tratamento: não têm
● Controle: uso de ovinos
Echium plantagineum
Conhecida como flor-roxa ou língua de vaca, tem distribuição no Rio Grande
do Sul e Santa Catarina. É uma planta palatável, causa doença crônica e invade
culturas e pastagens.
Animais sensíveis: bovinos
Sinais clínicos
● Emagrecimento progressivo
● Presença de sangue nas fezes
● Fortes contrações abdominais
● Tenesmo
● Icterícia
● Andar em círculos
● Head press
● Agressividade
● Ascite
● Fotossensibilização
Necrópsia
OLHAR AULA
Diagnóstico e tratamento
● Epidemiologia
● Necropsia e histologia
● Tratamento: não têm
● Controle: uso de ovinos
Crotalaria spp
Causa doença crônica, é encontrada em beiras de estrada, terrenos baldios e
lavouras abandonadas. Conhecida como xique-xique, guizo-de-cascavel ou
chocalho de cascavel.
Animais sensíveis: bovinos e equinos
Sinais clínicos
● Emagrecimento progressivo
● Presença de sangue nas fezes
● Fortes contrações abdominais
● Tenesmo
● Icterícia
● Andar em círculos
● Head press
● Agressividade
● Ascite
● Fotossensibilização
Necrópsia
OLHAR AULA
Diagnóstico e tratamento
● Epidemiologia
● Necropsia e histologia
● Tratamento: não têm
● Controle: uso de ovinos
Plantas que provocam perturbações nervosas em animais de
produção
Ipomoea riedelii
Essa planta é conhecida como anicão, é encontrada em época de chuva no
semiárido do Nordeste. Os animais se alimentam da planta por dependência
(vício).
Animal sensível: caprinos
Princípio tóxico: swainonina e calisteginas bi, b2 e c1
Sinais clínicos:
● Depressão ● Membros afastados
● Desequilíbrio ● Paresia espástica
● Hipermetria ● Nistagmo
● Tremores de intenção ● Inapetência
● Ataxia ● Perda de peso
Dose tóxica:
● Planta fresca → 95 a 115 g/kg durante 22 dias
● Planta dessecada → 2,8 a 3 g/kg durante 18 a 26 dias
Tratamento: retirar do pasto no início dos sinais clínicos (animal se recupera)
Profilaxia: evitar a ingestão da planta
Macroscopia: sem alteração significativa
Microscopia: vacuolização e tumefação do pericárdio dos neurônios em
diversas áreas do SNC
→ Fina camada de vacuolização no pericárdio das células de purkinje
Ipomoea sericophylla
Essa planta é conhecida como salsa ou jitirina, é encontrada em época de
chuva no semiárido do Nordeste. Os surtos de intoxicação por esse planta
ocorrem em períodos de seca e de chuva.
Animal sensível: caprino
Princípio tóxico: igual Ipomoea riedelli
Sinais clínicos: igual Ipomoea riedelli
Tratamento: igual Ipomoea riedelli
Profilaxia: igual Ipomoea riedelli
Turbina cordata
Essa planta é conhecida como capoteira ou batata-de-peba. Encontrada em
regiões da Bahia, Pernambuco e Piauí. Os surtos ocorrem por invasão de
pastagens e deficiência de forragem.
Animais sensíveis: caprinos jovens, bovinos e cavalos
Dose tóxica: 62 g a 106 g/kg por 28 dias (capinos)
Princípio tóxico: swaisonina
Sinais clínicos:
● Depressão ● Ataxia
● Perda de peso ● Hipermetria
● Dificuldade em levantar ● Posição cavalete
● Ataxia ● Paresia espástica
● Perda de peso ● Tremores de intenção
● Dificuldade em levantar ● Quedas
Tratamento: cloreto de lítio
Profilaxia: evitar a ingestão
Macroscopia: não há alterações significativas
Microscopia: fina vacuolização no pericárdio de células de purkinje, de
neurônios de núcleos cerebelares e de neurônios do tronco encefálico.
Sida carpinifolia
Essa planta é conhecida como guanxuma, mata-pasto, vassourinha, relógio,
dentre outras. É encontrada em todo o Brasil. Os surtos ocorrem por invasão de
pastagens e deficiência de forragem.
Sinais clínicos:
● Crises periódicas ● Hipermetria
epileptiforme ● Voltam ao normal após
● Marcha
Tratamento: não existe
Profilaxia: evitar a ingestão da planta
Teste: HRT
Macroscopia: sem alterações significativas
Microscopia:
● Vacuolização, degeneração e desaparecimento de células de purkinje do
cerebelo
Halimium brasiliense
É encontrada no Rio Grande do Sul. Os surtos são sazonais (agosto e
novembro, maio e julho).
Animal sensível: ovinos acima de 3 anos
Dose tóxica: 2577 g/kg por 170 dias
Princípio tóxico: não descoberto
Sinais clínicos:
● Crises periódicas epileptiforme
● Decúbito e evolução para óbito (após 1 a 3 meses)
Tratamento: remoção do rebanho das pastagens
Profilaxia: evitar a ingestão da planta
Macroscopia: sem alterações significativas
Microscopia:
● Vacuolização do cérebro e da medula, hepatócitos
● Pigmentação granular marrom amarelado em neurônios
(ceróide-lipofuscina).
Phalaris angusta
Conhecida como aveia-louca ou aveia de sangue, é encontrada na região sul do
Brasil, os surtos ocorrem pela ingestão da planta juntamente a leguminosa.
Hematúria enzoótica
Dose tóxica: < 10 g/kg por 1 ano ou ● Formação neoplásica
mais Microscopia:
Sinais clínicos: ● Neoplasia de origem epitelial
● Hematúria intermitente ou mesenquimal
● Anemia ● Ectasia, congestão e
● Emagrecimento hiperplasia de capilares.
Macroscopia:
● Nódulos esbranquiçados a
avermelhados pela mucosa