Dados

estatísticos
Adolescentes
•ECA - lei 8069: Considera-se
criança, para os efeitos desta Lei,
a pessoa até doze anos de idade
•UNFPA - 2013: De acordo com as
informações, das 7,3 milhões de adolescentes
grávidas no mundo, quase 2 milhões possuem
14 anos e apresentam diversas consequências
no que se refere a educação, emprego, saúde
e atendimento do Estado no cumprimento dos
direitos. Os índices de morbimortalidade

incompletos, e adolescentes
alcançam 70 mil adolescentes por problemas
no parto ou na gravidez.
•IBGE: confirma que no Brasil 7 em 10
Causas
aquela entre doze e dezoito anos adolescentes grávidas ou que já possuem
de idade. filhos, são negras e 6 de 10 não estudam e
trabalham.
• Educação sexual
precária em escolas
• Falta de abertura
•OMS: adolescência
familiar para falar de
inclui aspectos
biológicos, sociais e sexualidade
psicológicos e • Banalização da
delimita o período prática sexual
da vida entre os 10 • Falta de informação
e 19 anos. quanto ao uso de
contraceptivos

Gravidez na Adolescência

Implicações físicas

Implicações • Aborto espontâneo

psicológicas • Mortalidade e gravidez de
risco
Implicações sociais
•Imaturidade para lidar • Problemas para enfrentar
dores decorrente do parto
com responsabilidade
• Dificuldade na • Exclusão familiar
•Obrigação de um
casamento prematuro
amamentação
• Depressão pós parto
• Abandono
• Falta de autoestima e • Anemia da mãe • Desemprego e
autoconhecimento • Hipertensão Gestacional
• Dificulades para lidar com • Diabetes Gestacional situação de
transformações biológicas • Infeção urinária
( Hormônios) • Vulvovaginites
vulnerabilidade
social
O que é Quando ele
Sigilo Médico pode ser
É um conjunto quebrado
de normas que Com crianças e
adolescentes
visa promover • Quando há a
autorização, por escrito,
a privacidade Conforme o artigo 74 do do
do paciente ou, ainda,
de seus responsáveis
Código de Ética Médica –
(quando se trata de
Res. (1931/2009) – Capítulo
crianças ou de adultos
IX , é vedado ao médico
Revelar sigilo profissional que não podem
relacionado a paciente menor responder por si
de idade, inclusive a seus pais mesmos);
ou representantes legais, desde • exigência por parte da
que o menor tenha capacidade justiça;
de discernimento, salvo • casos de doenças
quando a não revelação possa contagiosas;
acarretar dano ao paciente. • suspeita de abuso ou
agressão em idosos ou
crianças;
• abortos clandestinos;
• suspeita de ferimentos
feitos por ação
criminosa.
•Gravidez na
adolescência
Fonte: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
atencao_humanizada_abortamento.pdf

Princípios éticos
Abortamento é a A atenção humanizada às mulheres em abortamento pressupõe o respeito aos
interrupção da gravidez princípios fundamentais da bioética (ética aplicada à vida):
a) Autonomia: direito da mulher de decidir sobre as questões relacionadas ao
até a 20a-22a semana e seu corpo e à sua vida;
b) Beneficência: obrigação ética de se maximizar o benefício e minimizar o
com produto da concepção dano (fazer o bem);
pesando menos que 500g. c) Não-maleficência: a ação deve sempre causar o menor prejuízo à paciente,
reduzindo os efeitos adversos ou indesejáveis de suas ações (não prejudicar);
Aborto é o produto da d) Justiça: o(a) profissional de saúde deve atuar com imparcialidade,
concepção eliminado no evitando que aspectos sociais, culturais, religiosos, morais ou outros
interfiram na relação com a mulher.
abortamento. Em todo caso de abortamento, a atenção à saúde da mulher deve ser
garantida prioritariamente, provendo-se a atuação multiprofissional e, acima
de tudo, respeitando a mulher na sua liberdade, dignidade, autonomia e
autoridade moral e ética para decidir, afastando-se preconceitos, estereótipos

Tipos e discriminações de quaisquer natureza, que possam negar e desumanizar esse

atendimento.
Diante de um caso de abortamento inseguro, adote, do ponto de vista ético, a
conduta necessária: “Não fazer juízo de valor e não julgar”, pois o dever de

• Pregresso todos os profissionais de saúde é acolher condignamente e envidar esforços

para garantir a sobrevivência da mulher e não causar quaisquer transtornos
e constrangimentos.
• Atual
• Em curso Aborto

Legislação
brasileira
NÃO É CRIME E NÃO SE PUNE: o
abortamento praticado por médico(a), se:
a) Não há outro meio de salvar a vida da mulher
(art. 128, I);
b) A gravidez é resultante de estupro (ou outra
forma de violência sexual), com o consentimento
da mulher ou, se incapaz, de seu representante
legal (art. 128, II).
A jurisprudência brasileira tem autorizado a
interrupção de gravidez nos casos de
malformação fetal com inviabilidade de vida
extra-uterina, com o consentimento da mulher.
Em todos esses casos, o abortamento é um direito
da mulher.
ONU e
legislação
internacional
Pela magnitude dos efeitos dos abortamentos
realizados em condições inadequadas sobre a
saúde da mulher, os governos foram instados
a desenvolver ações para tratá-los, a
considerar o abortamento como importante
problema de saúde pública e a reduzir sua
prática mediante a prestação de serviços de
planejamento familiar (§ 8.25, Cairo), bem
como “considerar a possibilidade de reformar
as leis que prevêem medidas punitivas contra
as mulheres que tenham sido submetidas a
abortos ilegais” (§ 106 k, Beijing). Ainda,
“em circunstâncias em que o aborto não é
contra a lei, o sistema de saúde deve treinar e
equipar os provedores de serviços de saúde e
deve tomar outras medidas para assegurar-
se de que tais abortos sejam seguros e
acessíveis” (Cairo +5, art. 63, iii).