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Universidade Federal do Paraná

Aluno: Calebe Silva Vidal


História da América I
Prof. Dr. Carlos Lima

Atividade assíncrona IV

Sobre Guida Navarro:

1. Observe a discussão sobre centros urbanos durante o pré-clássico maia na p. 15


do pdf. Resuma-a.
Estudos arqueológicos mais recentes mostram como, diferentemente do
que o modelo tradicional enxergava, o período Pré-Clássico surge pelo menos
quatro séculos antes de 800 AEC. Os centros urbanos, por sua vez, passam a ser
constituídos por 300 AEC. Tal dificuldade cronológica se deve ao fato de que
“os maias sempre prosseguiram suas construções sobre as estruturas mais
antigas, o que dificulta a recuperação de informações sobre este período,
provocando uma lacuna no processo da compreensão arqueológica.” 1

2. Periodize, conforme a p. 16, o trânsito maia para as terras baixas.


Segundo o autor Willys Andrews, dois grupos se estabeleceram nas
terras baixas. Um deles, falante da língua maia, teria vindo das terras altas do
norte da Guatemala, e o outro, que não utilizava a língua maia, teria vindo das
terras altas de Chiapas. Ali, viveram em pequenas vilas, e por volta de 600 AEC,
os maias se expandiram para essas áreas, resultando em novas vilas e uma troca
cultural.

3. Caracterize o surto construtivo maia de 300 a.C. a 300 d.C [p. 16].
O mesmo foi um resultado do aumento da população nas terras baixas.
Como consequência disso, os maias teriam um grande número de pessoas
dispostas a realizar suas construções.
1
NAVARRO, A. G. “A civilização maia: contextualização historiográfica e arqueológica.” In.
HISTÓRIA. São Paulo, 2008. p. 357.
4. Resuma a discussão sobre elites maias do pré-clássico presente na p. 16.
O grande povoamento das terras baixas também gerou disputa entre
vilas. Segundo Sabloff, a busca por segurança pode ter motivado o agrupamento
de pessoas nos centros urbanos, enquanto que as elites vinham nisso uma chance
de obter mão de obra para seus empreendimentos.

5. Caracterize a cultura maia do período clássico segundo as p. 17-18. Dê especial


atenção à escrita e construções.
Compreendido entre 300 AEC e 1250 EC, o período Clássico maia foi
caracterizado por complexos centros urbanos, além do desenvolvimento e
estabelecimento de inscrições hieroglíficas, confecção de cerâmica policrômica
e construção de grandes obras arquitetônicas, já presentes de certa forma no Pré-
Clássico. Há o desenvolvimento de técnicas na agricultura, acarretando em uma
produção mais ampla, além de ter havido um grande papel da guerra naquela
sociedade.

6. A citação de Thompson na p. 19 pode ser traduzida assim: “A filosofia maia


pode ser resumida com o mote ‘Nada em excesso’ que está escrito no templo de
Delphi. Caracterizam os Maia de hoje em dia a vida harmoniosa, a moderação e
uma compreensão completa daquele espírito de tolerância quanto aos pontos
fracos dos vizinhos contida na expressão ‘Viva e deixe viver’”. Levando e conta
que a temática do autocontrole era central nas sociedades indígenas imperiais,
discuta o modo como isso é discutido pelo autor do texto lido.
A questão do “nada em excesso” é abordada quando se trata do papel da
guerra para os maias. Arqueólogos do modelo tradicional viam as guerras como
eventos esporádicos e de pouca importância naquela sociedade, uma vez que
acreditavam que este princípio contido na citação de Thompson regia toda a vida
maia.

7. Relate a discussão realizada na p. 19 sobre o lugar da guerra na vida maia.


O uso de fortificações nas cidades foi de suma importância, pois a guerra
tinha um papel determinante para os maias do período Clássico. Segundo
Webster, a guerra influenciava no desenvolvimento político e social daquela
população, e foi um dos sintomas da competição por recursos e pressão
populacional.

8. Resuma a discussão presente nas p. 19-20 sobre o papel de Teotihuacan na área


maia [chama-se Teotihuacan a civilização clássica do México central – os
chamados astecas foram pós-clássicos –, situado a noroeste].
Arqueólogos do modelo tradicional reconheceram a influência dos
Teotihuacan, mas afirmaram que “a elite maia possuía traços culturais muito
2
característicos, capazes de rejeitar as influências externas.” Dessa forma, a
troca cultural teria se dado através de comércio de longa distância.

2
Idem, p. 362.

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