CANDIDÍASE

INFECÇÕES
VULVOVAGINAL
(CVV)
 CANDIDÍASE

É uma Infecção da
vulva e vagina
causada pelo fungo
Candida

J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.

 CANDIDÍASE
Candida albicans é a
principal espécie de fungo
responsável pela doença

80 a 90 % dos casos!!

Demais casos:

C. tropicalis
C. glabrata
C. krusei
C. parapsilosis
J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.
 CANDIDÍASE
2ª Vaginite mais comum no mundo

A Candida spp.

Está presente naturalmente na

75% microbiota da mulher saudável
pelo menos
1 episódio

PRINCIPALMENTE NA FASE Se torna patogênica quando há um

REPRODUTIVA desequilíbrio da microbiota vaginal

J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.

 Microbiota vaginal normal

Bactéria aeróbias Bactérias aeróbias

gram positivas gram negativas
Ex.: Lactobacilos Ex.: E. coli

Bactérias anaeróbias Fungos

Ex.: G. Vaginallis Ex.: Candida
J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.
 Bactérias mais importantes da flora vaginal:

Lactobacillos sp. à
aprox. 90% de sua composição
Bactéria aeróbias
gram positivas
Ex.: Lactobacilos
Ácido lático Peróxido de hidrogênio

PH entre 4 e 4,5

Menos organismos
patogênicos!!

J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.

 CANDIDÍASE
A doença ocorre quando há um desiquilíbrio entre
os microrganismos da flora vaginal

Fungo

Candida

DISBIOSE VAGINAL
J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.
 Candida spp.

Se desenvolvem:
Temperatura de 20° a 38° C
E PH de 2,5 a 7,5
Ambiente perfeito para o fungo!

Se “alimentam” de cadeias
de carbono, principalmente
Ausência de luz
glicose
Umidade

Oferta de glicose

J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.

 CANDIDÍASE

Mas o que leva a doença

de um estado comensal

Para um estado
patogênico??

Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.

 A CVV é uma doenças MULTIFATORIAL

HOSPEDEIRO
Neutrófilos, citocinas
inflamatórias, alarminas,
RRRs, inflamassoma

PATÓGENO AMBIENTE

PH vaginal,
Candidalisina,
hormônios
SAPs, adesinas,
reprodutivos,
invasão da Hifa,
microbioma,
formação de
atividade sexual
biofilme

J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.

 Principais fatores de risco

DM descompensada Imunossupressão Tabagismo Estresse Excessivo

Distúrbios alimentares Falta de higiene Vestuários inadequados Ambiente

Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.

 CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO
4 ou mais episódios de CVV durante 12 meses

Aproximadamente 8%
apresentam CVV
recorrente

Causas: resistência ao
tratamento e/ou outras
espécies além da C. albicans

Indicação de realização
de cultura para
identificar a espécie
J Fungi (Basel). 2020 Feb 25;6(1):27.
 Hospedeiro
A candidíase de repetição
Fatores comportamentais
também é multifatorial
Genética

Imunidade

Candidíase de
Repetição

es
nt
Ti

ie
po

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de

nu

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La
id
a

M
Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.
Mas então, como ocorre a proliferação da
Candida spp. e desenvolvimento da
Candidíase?

Vamos entender os mecanismos

envolvidos com esse artigo!
 Fisiopatologia
Aderência e invasão da Candida no epitélio vaginal
• Modulação da expressão gênica
• Estímulo a formação de hifas

Formação de biofilme maduro

• Proliferação de células fúngicas
• Maturação das células fúngicas
na forma de hifas

Alta carga fúngica

• Recrutamento de células imunes
• Irritação, prurido, queimação e corrimento
• Ph à 4,5
Ann Clin Microbiol Antimicrob. 2020 Jan 28;19(1):5. ; Front Microbiol. 2019 Sep 18;10:2162.
 Fisiopatologia
Como a microbiota vaginal saudável pode agir contra a Candida spp.

Produção AGCC que Os AGCC também

Induz mecanismos estimulam o sistema imune
acidificam o meio
efetores do sistema imune
 Fisiopatologia
A disbiose intestinal também pode contribuir para a CVV

Aumento da TRANSMISSÃO Aumento da Candida

Candida sp. no TGI ENDÓGENA sp. na vagina

DISBIOSE CANDIDÍASE DE
INTESTINAL REPETIÇÃO

Queda da imunidade e Aumento da

favorecimento da susceptibilidade à
formação de biofilmes infecção pela Candida sp.
PEDMED (2019)
 Sintomas

Desconforto, dor, disúria Prurido, irritação e/ou Corrimento

e dispareunia queimação vulvar esbranquiçado em
grumos (tipo “queijo
cottage) sem odor
Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.
 Diagnóstico Não acontece
na prática

Sintomas Exame Físico Microscopia

Coleta de Hifas/pseudohifas
amostras pela e esporos
raspagem da
mucosa

Se recorrente:
cultura para identificar a espécie

Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.

 Atenção!!
Presença de cândida na vagina não significa
ter candidíase!

Sintomas
Candidíase
Vulvovaginal

Exame Físico
 Diagnóstico
Exame microscópico a seco Coloração de Gram

Lembrando que quem faz o diagnóstico é o médico, mas é

obrigação dos profissionais de nutrição estarem atentos e
encaminhar o paciente quando necessário!

Microorganisms. 2020 Jan 21;8(2):144.

 Tratamento Medicamentoso

MEMBRANA CELULAR FÚNGICA

Ergosterol

Azóis

Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2017 Apr;57(2):139-145.

 Tratamento medicamentoso: “Azóis”
São os medicamentos antifúngicos mais utilizados na
no tratamento da candidíase

Tipos:

Imidazóis Triazóis

Exemplos: Exemplos:
Cetoconazol e Itraconazol e
Miconazol Fluconazol

Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2017 Apr;57(2):139-145.

 Perda da
integridade da
“AZÓIS” membrana fúngica

14-α demetilase
LANOSTEROL ERGOSTEROL
MEMBRANA
CELULAR
FÚNGICA RICA EM
ERGOSTEROL

Aust N Z J Obstet Gynaecol. 2017 Apr;57(2):139-145.

 CANDIDÍASE

1º episódio Melhora dos

de CVV TRATAMENTO sintomas
MEDICAMENTOSO

É necessário tratar os fatores que

CVV DE desencadeiam a infecção e buscar
REPETIÇÃO TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO tratamento alternativos!

USO RECORRENTE
TRATAMENTO
RESISTÊNCIA NUTRICIONAL!
Fazly Bazzaz et al. Afr J Urol (2021) 27:6
TRATAMENTO
NUTRICIONAL
 Tratamento Nutricional
O tratamento nutricional é uma das formas mais
seguras e eficazes de controle da
reincidência de candidíase!

Diversos nutrientes são Uma nutrição adequada

fundamentais para o sistema pode auxiliar no controle
imunológico da proliferação fúngica

A fitoterapia traz diversas

estratégias que podem auxiliar
no controle da candidíase
Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.
Tratamento Nutricional

Nos diversos tecidos do

organismo que podem ser
colonizados pela Candida
spp. há nutrientes
disponíveis como fontes de
carbono para o
metabolismo do fungo

PLoS Pathog. 2017 Feb 9;13(2):e1006144.

 Tratamento Nutricional
Mas a glicose continua sendo a fonte de carbono preferida, e a C. albicans
detecta esse açúcar via três vias sensoriais que atuam em conjunto para ativar
o transporte e o metabolismo da glicose

Front Microbiol. 2019 Jan 30;10:99.

 Tratamento Nutricional
A distribuição dos macronutrientes da dieta é o dos pontos mais
importantes a serem considerados para o controle da CVV

CHOs LIPs PTNs CHOs

Função, imunidade Disbiose vaginal e

local e microbiota supercrescimento
saudável fúngico

Ginekol Pol. 2020;91(7):412-416.

 Nutriente primário e Ambiente
preferido para os perfeito para
fungos colonização

Aeróbio facultativo: metaboliza fontes de carbono

em resposta à disponibilidade de oxigênio

Ginekol Pol. 2020;91(7):412-416.

 Tratamento Nutricional
Uma alimentação rica em carboidratos, principalmente os
refinados, favorece o crescimento fúngico!

Glicose:
maior formação
de hifas, a forma
mais patogênica
do fungo!
Com CHO

• Maior contagem de celular

• Maior atividade metabólica

Med Mycol. 2021 Feb 4;59(2):115-125.

 Tratamento Nutricional

717 mulheres, sendo que 48 (6,7%) eram diagnosticadas com Diabetes

Mellitus tipo 2, foram divididas em 3 grupos:

Colonizada, mas Colonizada e com 4 episódios por ano

sem sintomas sintomas (CVV) ou mais (CVVR)

Todas tratadas com 1 dose semanal (150mg) de Fluconazol por 2 semanas

 Tratamento Nutricional
No grupo das mulheres com
DM2 houveram maiores índices
de colonização, CVV e CVVR
tanto por C. albicans quanto por
espécies não albicans
Para as não diabéticas, a
presença de Candida spp
ocorreu em 11,8% das
mulheres, e para as
diabéticas, 18,8%

A cura através do uso de Fluconazol foi de 75% no grupo de

diabéticas e 86,7% no grupo de não diabéticas (p= 0.51)
 277 mulheres, com idade entre 18 e 50 anos, com ou sem
sintomas de Candidíase Vulvovaginal, divididas em 4 grupos:

Controle: Colonizada, Colonizada e 4 episódios por

negativo para mas sem com sintomas ano ou mais
Candida spp. sintomas (CVV) (CVVR)
 Dentre os pacientes com Dentre os pacientes
Mulheres com CVV de
níveis de glicose maior ou com resistência
repetição apresentaram
igual a 126mg/dl, o grupo insulínica, o grupo com
níveis médios de
de cultura positiva teve CVV de repetição teve
capacidade antioxidante
mais mulheres com mais mulheres com
significativamente mais
glicemia anormal do que o resistência insulínica
baixos do que os demais
grupo controle do que o grupo
grupos
(* p = 0,0002) controle
 Tratamento Nutricional
Há também outros alimentos que, em excesso, podem
contribuir para o supercrescimento de Candida spp:

Alimentos com alto teor de

fungos e leveduras (bebidas
alcoólicas, queijos, frutas
Alimentos com alto teor Super secas, oleaginosas, pães e
de lactose (leite e
crescimento produtos fermentados)
derivados) e alimentos
alergênicos de forma de Candida spp.
individual
Carboidratos refinados no
geral (açúcar, sucos de
frutas, mel, tapioca,
farináceos etc.)

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.

 EVITAR: LIMITAR PREFERIR

• Carboidratos refinados, • Principalmente em casos • Fontes de vitaminas

como açúcares refinados de CVVR, é recomendado (vegetais, frutas)
(sacarose, frutose, xarope um controle maior na • Fontes de proteínas
de milho), sucos, mel, quantidade de • Fontes de fibras
farináceos etc. carboidratos da dieta, • (grãos integrais,
• Fontes de fungos e/ou seguindo está um padrão sementes)
leveduras, como bebidas baixo a moderado em • Em especial: farelo de
alcoólica, frutas secas, carboidratos aveia e linhaça (fontes
queijos, amendoim. • Não há restrição quanto de fibras e propriedades
• Fontes de lactose e ao consumo de frutas no antifúngicas)
antibióticos (leite e geral. Entretanto, é • Dentre os lácteos,
derivados). recomendado que as preferir iogurtes
• Alimentos alergênicos frutas ácidas sejam naturais a fim de repor
(lácteos, ovos, chocolate, evitadas durante ao Lactobacilos spp.
frituras, alimentos tratamento, e o retorno
processados , trigo, do consumo seja
castanhas). gradual.
Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.
 Tratamento Nutricional
Os micronutrientes também desempenham papel Vit A
fundamental na ação dos sistema imune e controle fúngico
Vit C
Vit A Vit D
Vit C Vit E
Vit D b-caroteno
Vit E Cálcio
b-caroteno Zinco
Cálcio Açúcares
Zinco Gorduras
 Tratamento Nutricional
Revisão traz e o papel
dos micronutrientes
no sistema
imunológico

O consumo regular de
micronutrientes de
acordo
com as necessidades
individuais é
imprescindível para o
bom funcionamento do
Sistema Imune!
 Micronutriente que influenciam diretamente o sistema
imunológico com efeitos antimicrobianos

NUTRIENTES AÇÕES NO SISTEMA IMUNE

VITAMINA A Descontrole na produção de IFN-gama

VITAMINA D Inibe a produção de IFN-gama e o Calcitriol regula a produção de

proteínas antimicrobianas
VITAMINA C Papel na produção de IFN-gama, promove efeitos antimicrobianos e
aumenta os níveis de PTNs do complemento
ZINCO Papel na produção de IFN-gama, envolvido com a atividade do
sistema do complemento
FERRO Papel na produção de IFN-gama

COBRE Propriedade antimicrobianas intrínsecas

SELÊNIO Aumenta a produção de IFN-gama

 44 mulheres, diagnosticadas com
Candidíase Vulvovaginal de Repetição

ZINCO

FORAM MAGNÉSIO
AFERIDOS OS
NÍVEIS
SÉRICOS DE: CÁLCIO As pacientes com CVVR apresentaram
níveis séricos mais baixos de Cálcio,
FERRO Magnésio e principalmente Zinco, em
comparação com o grupo controle
 Tratamento Nutricional
Probióticos e Prebióticos
Níveis hormonais
Contato sexual
Antibioticoterapia
Higiene
DIETA

Processo
patogênico

Uma dieta e consumo de probióticos adequados influenciam diretamente na

composição da microbiota intestinal, promovendo melhora da integridade da
barreira intestinal e podem manter e recuperar a microbiota vaginal normal
 Probióticos
Reparo da microbiota Estimulam a imunidade
intestinal, favorecendo a humoral e celular,
melhora do quadro de favorecendo a resposta
disbiose imune

Formação de biofilme, Produção de ácio lático

sendo uma barreira imune e peróxido de
natural no intestino e na hidrogênio, mantendo
vagina o ph vaginal ≤ 4,5

Ginekol Pol. 2020;91(7):412-416.

 COMO OS PROBIÓTICOS AGEM?

1- Inibição de 2- Inibição da adesão 3- Secreção de

sítios de adesão por agregação moléculas
antimicrobianas

Candida spp.

LACTOBACILOS

CÉLULAS 4- Modulação do
DENDRÍTICAS sistema imune

LINFÓCITOS

ANTICORPOS MACRÓFAGOS
J Appl Microbiol. 2020 Aug;129(2):175-185.
 Probióticos

Cepas mais utilizadas

na CVV:
• Lactobacillus
• L. acidophilus
• L. casei
• L. bulgaricus CEPAS MULTIPLAS
• Bifidobacterium
• B. bifigum 109 a 1010 UFC
• B. Longum
• B. infantis 30 MINUTOS APÓS AS REFEIÇÕES
• Streptococcus OU ANTES DE DORMIR
• S. thermophilus
TEMPO DE USO:
AVALIAR INDIVIDUALMENTE

J Appl Microbiol. 2020 Aug;129(2):175-185.

59 mulheres com idade média de 32 anos, diagnosticadas com CVV,
foram dividas em 2 grupos:

150 mg de Fluconazol 150 mg de Fluconazol

(dose única) (dose única)
+ placebo por 10 dias + Probióticos por 10 dias
Lactobacillus acidophilus > 7.5 X 109 CFU/Cap
Bifidobacterium bifidum > 6 X 109 CFU/Cap
Bifidobacterium longum > 1.5 X 109 CFU/Cap

Ambos os grupos foram acompanhados por 6 meses para

avaliarem reincidência e sintomas
 No total, a recorrência dentro de 6 meses no grupo controle foi de
n=11 (35,5%) e no grupo em pesquisa n= 2 (7,2%), mostrando
recorrência significativa no grupo placebo (p = 0,01 e OR 0,14 IC 95%)

O estudo conclui que o uso de probióticos concomitantemente ao

tratamento medicamentoso pode ser uma alternativa altamente
efetiva, resultando em uma menor taxa de recorrência
 48 mulheres com idade média de 32 anos, diagnosticadas com CVV,
foram dividas em 2 grupos:

Durante os primeiros 7 dias todas tomaram o clotrimazol (100mg/dia)

e seguiram o protocolo do respectivo grupo:

“Verum” Placebo
5 × 109 CFU por capsula contendo: 100mg maltodextrina
Lactobacillus acidophilus ,
Lactobacillus rhamnosus
e lactoferrina bovina (50mg)
 Fase 1 Fase 2

15 dias em que: Durante 6 meses:

7 primeiros dias ambos os grupos
receberam o clotrimazol (100mg/dia)
Durante os 5 primeiros dias os
participantes ingeriram 2 cápsulas/
dia (composto ou placebo)
As participantes consumiram 1
cápsula/dia por 10 dias
consecutivos no período pré-
menstrual

Durante os 10 dias consecutivos os

participantes ingeriram 1 cápsula/ dia
(composto ou placebo)
 As mulheres tratadas com
T1 = 1 semana de terapia;
probióticos e lactoferrina tiveram
T2 = 2 semanas de terapia; melhora significativa de coceira
T3 = 1 mês após o término da terapia antifúngica; após 3 e 6 meses, quando
T4 = 3 meses após o término da terapia antifúngica; comparadas com o placebo
T5 = 6 meses após o término da terapia antifúngica.
 Percentualmente as mulheres
suplementadas tiveram melhora no
T1 = 1 semana de terapia;
T2 = 2 semanas de terapia; corrimento vaginal após 3 e 6
T3 = 1 mês após o término da terapia antifúngica; meses, quando comparadas com o
T4 = 3 meses após o término da terapia antifúngica; placebo
T5 = 6 meses após o término da terapia antifúngica.
T1 = 1 semana de terapia;
T2 = 2 semanas de terapia;
T3 = 1 mês após o término da terapia antifúngica;
T4 = 3 meses após o término da terapia antifúngica;
T5 = 6 meses após o término da terapia antifúngica.
O percentual de cura (ausência de
qualquer sintoma) também foi
maior no grupo suplementado
T1 = 1 semana de terapia;
T2 = 2 semanas de terapia;
O percentual recorrência
T3 = 1 mês após o término da terapia antifúngica; também foi menor no grupo
T4 = 3 meses após o término da terapia antifúngica; suplementado
T5 = 6 meses após o término da terapia antifúngica.
 Revisão
10 estudos randomizados
1656 mulheres com CVV
Uso de probióticos (oral ou vaginal)
como terapia adjuvante aos antifúngicos.
 Probióticos Quando comparados
aumentaram a taxa os resultados de
de cura clínica e cura clínica e
micológica a curto micológica a longo
prazo e diminuíram prazo, a maioria dos
a taxa de estudos não
reincidência no mostraram
primeiro mês benefícios pelo uso
de probióticos

AINDA CONSIDERADOS RESULTADOS COM

BAIXO NÍVEL DE EVIDÊNCIA!!
 Mas, os artigos consideraram:
• Qualquer tipo de probiótico
• Cepa única ou múltipla
• Qualquer tipo de preparação, dosagem e forma de
administração!

O efeito dos probióticos depende não apenas das características do

probiótico (cepa, modo de administração e frequência de administração)
mas também das características do paciente!!

Os probióticos parecem ser mais benéficos em populações específicas e

principalmente para COMPLEMENTAR as terapias antifúngicas
convencionais em pacientes com CVV aguda
 Prebióticos
Suporte para o Estimulam o Impactam
desenvolvimento crescimento de positivamente
das cepas bactérias produtoras de o sistema
probióticas ácido lático imune

No tratamento A recomendação
antifungico, essas fibras no tratamento
solúveis favorecem a de CVV é de 3 a 5
excreção destes fungos g de fibra
mortos, evitando sua solúveis
absorção. prebióticas antes
de dormir
Folia Microbiol (Praha). 2019 Mar;64(2):133-141.
 Prebióticos

Presente naturalmente em diversas Mas também existem os prébioticos

plantas e seus derivados produzidos artificialmente, como:

LACTULOSE,
GALACTOOLIGOSSACARÍDEOS,
FRUTOOLIGOSSACARÍDEOS ETC

IMPORTANTE:
AVALIAR A TOLERÂNCIA DA PACIENTE!
Folia Microbiol (Praha). 2019 Mar;64(2):133-141.
 Tratamento Nutricional

Carbo
Simples Tratamento e
prevenção de
FLV vaginites

Probióticos

Prebióticos

Simbióticos

Dieta devidamente balanceada, com baixa carga glicêmica, baixo

teor de gordura, contendo ácido fólico, vitaminas D, E, C, A e beta-
caroteno, bem como produtos ricos em cálcio e betaína
 Tratamento Nutricional: Antifúngicos naturais
Agentes antifúngicos naturais com ação comprovada contra a C. albicans
podem ser usados como alternativas complementares já terapia
convencional, tratamento dos fatores de risco, dieta e estilo de vida.

ALHO (Allium sativum)

PRÓPOLIS

BERBERINA

ÁCIDO CAPRÍLICO

ÓLEO DE MALALEUCA (“Tea Tree”)

CANELA (Cinnamomum cassia)

ÓLEOS ESSENCIAIS (ORÉGANO, TOMILHO, HORTELÃ-PIMENTA E ALECRIM )

 OUTRAS OPÇÕES COM PROPRIEDADES ANTIFÚNGICAS CONHECIDAS

CAMOMILA
ERVA-
(Matricaria
CIDREIRA
chamomilla)
(Melissa
officinalis)
GENGIBRE TOMILHO
(Zingiber (Thymus
officinale) vulgaris)

ALECRIM TORANJA
(Rosmarinus (Citrus
officinalis) aurantium)
Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.
 É possível o desencadeamento da Reação
de Herxheimer quando um tratamento
antifúngico é aplicado de forma efetiva,
graças a eliminação rápida de micro-
organismos e absorção de toxinas
fúngicas e antígenos.

Essa reação pode ser contornada por uma função hepática adequada,
através de um bom suporte nutricional. Além disso, o tratamento
antifúngico deve ser gradual, começando com menores doses e aumentando
conforme a resposta do paciente.

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.

 ALHO (Allium sativum)
O alho possui em sua composição alicina, o principal composto
responsável por sua ação antiviral, antifúngica e antibacteriana,
além de ser fonte de antioxidantes como o selênio

AÇÃO ANTI-
CANDIDA

Ação antioxidante (selênio e componentes sulfurosos)

Inibição da síntese de fosfatidil colina da membrana fúngica

Inibe a síntese de RNA

Induz estresse oxidativo ¯ TNF-α e ­ IFN-γ

Peroxidação e ruptura da membrana do fungo

Singapore Med J. 2015 Oct;56(10):567-72.

110 mulheres diagnosticadas com CVV, foram dividas em 2 grupos:

1500 mg de cápsulas de alho 150 mg de Fluconazol

por 7 dias por 7 dias
Frequência de queixas associadas a teste positivo para Candida spp.

Sintomas associados a teste positivo para Candida spp.

Frequência de teste positivo para Candida spp.

A frequência das queixas, sintomas e testes positivos foi significativamente
menor nos dois grupos antes e após o tratamento (p< 0,01)

Os principais sintomas da candidíase tiveram uma melhora de 60%

no grupo que consumiu as cápsulas de alho, enquanto o grupo que
consumiu o Fluconazol apresentou uma melhora de 71,2% (p>0,05)

As cápsulas de alho podem ser uma alternativa eficaz e com

menos complicações no tratamento da CVV, sendo sempre
importante avaliar de forma individual, principalmente a
aceitação e tolerância da paciente.
 BERBERINA
Possui coloração amarelo brilhante e apresenta efeitos
anticancerígenos, antidiabéticos, anti ateroscleróticos,
neuroprotetores, antibacterianose e anti-inflamatórios

Além de seus inúmeros efeitos positivos ao

organismo, ela também apresenta
ATIVIDADE ANTI CANDIDA

AFETA A MEMBRANA CELULAR DO FUNGO

PLoS One. 2014 Aug 8;9(8):e104554.

 MDR
HSF1
Candida spp.

Integridade da
BER parede celular EROs

Disfunção MORTE
mitocondrial CELULAR
MAP CALCINEU-
QUINASE RINA

PLoS One. 2014 Aug 8;9(8):e104554.

Efeito de diferentes concentrações de berberina (A) e fluconazol (B)
sobre a atividade metabólica de de C. tropicalis, analisados in vitru:

BERBERINA FLUCONAZOL

A BERBERINA REDUZIU A FORMAÇÃO DE BIOFILME POR CANDIDA SPP.

RESISTENTES A FLOCONAZOL IN VITRU
 ÓLEO VEGETAL DE ORÉGANO
(Origanum vulgare)
O óleo vegetal de orégano possui um
terpeno chamado CARVACROL

Carvacrol

O óleo vegetal pode ser consumido de forma oral!

O óleo essencial NÃO!
Biomolecules. 2020. PMID: 32498462
Esse estudo in vitro mostrou que o carvacrol
age reduzindo a sobrevivência de C.
albicans através de
• estresse oxidativo
• alteração do potencial de membrana
• aumentando as concentrações de cálcio
no citosol e na membrana do fungo

A concentração de Candida albicans no meio reduziu de forma

significativa com concentrações crescentes de carvacrol

Eficácia contra todas as formas

P < 0.01 do fungo:
P < 0.001 • Levedura
• Hifa
• Biofilme
ÁCIDO CAPRÍLICO e ÁCIDO CÁPRICO

Inibem fatores de virulência da Candida spp.

Ácidos graxos de
cadeia média
saturados
MORFOLOGIA (FORMAÇÃO DE HIFAS) encontrados
principalmente no
FORMAÇÃO DE BIOFILME óleo de coco

ADESÃO AO EPITÉLIO

J Med Food. 2017 Nov;20(11):1083-1090.

Esse estudo in vitro avaliou a ação de diferentes concentrações
ácidos Cáprico e Caprílico sobre o crescimento, formação de
biofilme e adesão da Candida albicans

ÁCIDO
CÁPRICO

ÁCIDO
CAPRÍLICO
 Inibição da Inibição da Formação de
formação de formação de biofilme SEM O
biofilme de C. biofilme de C. TRATAMENTO
albicans na albicans na
presença de ÁCIDO presença de ÁCIDO
CÁPRICO (0,25 CAPRÍLICO (0,5
mg/ml) mg/ml)
Portanto, os ácidos Cáprico e Caprílico são potenciais
opções anti- Cândida com baixo risco de toxicidade.
Mas ainda são necessários bons estudos in vivo!

Lembrando que estes são ácidos graxos SATURADOS,

sendo necessário controle na quantidade consumida!
 PRÓPOLIS
É uma resina com mais de 160 compostos ativos, produzida por
abelhas a partir de substância secretadas por plantas, com
múltiplas propriedades terapêuticas

Apresentou um potente
potencial antifúngico

É capaz de reduzir ou destruir

biofilmes de Candida spp. in vitru

Mostrou ser capaz de

inibir a formação de hifas

Folia Microbiol (Praha). 2019 Mar;64(2):133-141.

 SEM O TRATAMENTO

Esse estudo in vitru mostrou COM O TRATAMENTO

que o própolis verde é eficaz
contra culturas de Candida
spp., inibindo tanto a
formação de hifas quanto de
biofilmes.

Efeito também observado também em espécies não albicans, como C. tropicalis

e C. parapsilosis, mais frequentes em casos recorrentes.
 ANTIFÚNGICOS NO DIA A DIA!

CANELA
ORÉGANO ERVA CIDREIRA

TOMILHO GENGIBRE ALECRIM

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.

 ANTIFÚNGICOS NO DIA A DIA!
Esse consumo pode ser
através de:

CHÁS TEMPERO SHOTS OU SUCOS ÓLEOS VEGETAIS

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.

 RESUMO DO TRATAMENTO ALTERNATIVO

SUBSTÂNCIA DOSE/ DESCRIÇÃO

VITAMINAS E MINERAIS Individualmente/
Fórmulas hipoalergênicas, livres de fungos
SELÊNIO 200 mcg/dia

ÁCIDO CAPRÍLICO Fórmula de liberação lenta/ 1 g com as principais refeições

PRÓBIOTICOS Fórmulas contendo Lactobacillus

SUPLEMENTO DE FIBRAS Goma Guar, Pectina ou Psyllium /

1 colher de chá antes de dormir

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.

 RESUMO DO TRATAMENTO ALTERNATIVO
FITOTERÁPICO DOSE/ DESCRIÇÃO
Barberis vulgaris (BERBERINA) As seguintes doses, 3 vezes ao dia:
Decocção da raiz seca – 1 a 2 g
Tintura (1:5): 4 a 6 ml (1 a 1,5 colher de chá)
Extrato líquido (1:1): 0,5 a 2 ml (1/4 a 1/2 colher de chá)
Origanum vulgare 300 a 500 mg (cápsula ou líquido) 3 vezes ao dia junto com as refeições para
(ORÉGANO) ÓLEO evitar indigestão
Allium sativum (ALHO) Baseada no teor de aliina (10mg) e alicina (400 mcg), o que equivale a 4g de
alho fresco ou 500 mg a 1g de alho seco
Citrus Paradise (GRAPEFRUIT) 200 mg, 2 a 3 vezes ao dia
EXTRATO DA SEMENTE
Tabebuia impetiginosa 15 a 20 g da raiz em ½ litro de água fervente por 5 a 15 minutos, 3 a 4 vezes ao
(IPÊ ROXO) dia

Mycopathologia. 2014 Jun;177(5-6):223-40.