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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

BIOINTERAÇÃO II

ALISSON MAIA E WELLERSON SILVA

TUBERCULOSE

Santo Antônio de Jesus-Ba


2022
ALISSON MAIA E WELLERSON SILVA

TUBERCULOSE

Trabalho apresentado como requisito parcial para


avaliação do componente curricular Biointeração II,
na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
(UFRB), sob orientação dos professores Fernando
Vicentini, Jorge Nihei e Ricardo Mendes.

Santo Antônio de Jesus-Ba


2022
Introdução: infecção latente apresentam um risco de desenvolver
Trata-se de uma doença infecciosa causada por tuberculose ativa em aproximadamente 5% a 10%
bactérias do gênero Mycobacterium, que incluiu a M. dos casos.
tuberculosis (maior número de casos em humanos),
M. africanum e M. bovis. Histopatologia:
Durante o processo de infecção, além dos
São bacilos não flagelados, que não formam bacilos, muitos fagócitos e células do parênquima
esporos, não possuem cápsula nem produzem pulmonar são mortas, produzindo necrose sólido-
toxinas. São microrganismos intracelulares e esponjosa característica, onde bacilos podem se
aeróbicos estritos, que infectam e proliferam no alojar. Caso haja predomínio do sistema imune do
interior de macrófagos. infectado, a lesão é contida, restando cicatrizes
residuais no pulmão. Caso o sistema imune não
Transmissão e Fatores de Virulência: controle a necrose, ela pode se expandir até os
O principal modo de transmissão é através de brônquios, possibilitando a formação de uma
partículas secretadas no ar por uma pessoa já cavidade no pulmão com possibilidade de uma
infectada. Pacientes com tuberculose ativa, têm a grande quantidade de bacilos estarem alojados nesta
tosse como uma das principais características de infecção.
sintoma de uma inflamação pulmonar crônica,
fazendo desse o mecanismo de disseminação do Diagnóstico, Tratamento e Prevenção:
micro-organismo para novos hospedeiros. O diagnóstico é clínico-laboratorial. Dentre os
exames complementares confirmatórios para
Na maioria dos casos, os bacilos são fagocitados tuberculose estão:
por macrófagos, mas graças a suas propriedades
estruturais, conseguem evitar a degradação através • Baciloscopia direta: coleta de escarro no
de seus fatores de virulência, entre eles se destacam: momento da consulta e outra na manhã do sai
seguinte;
• Os Glicolipídios da parede celular que se • Lavado broncoalveolar: endoscopia para
ligam à superfície dos macrófagos e interferem com fazer biópsia pulmonar;
a atividade lítica do fagolisossoma;
• Teste rápido molecular: detecta DNA dos
• Fibronectina que confere às bactérias bacilos;
proteção contra as células de defesa;
• Prova cutânea tuberculina: para diagnóstico
• Lipídeos complexos da parede celular que
da tuberculose latente.
atuam como impermeabilizante contra ação de
drogas antimicrobianas e agentes químicos Entre os exames complementares:
desinfetantes, além de conferir resistência às
condições de estresse ambiental. • Radiografia do tórax: identificação de
alterações como extensão e comprometimento
Após a infecção, ocorre o estabelecimento de pulmonar.
imunidade mediada por linfócitos T, seguida de
infiltração de macrófagos ativados na lesão. Esta O tratamento padrão atualmente baseia-se na
ação resulta na eliminação de maior parte dos bacilos terapia de curta duração que utiliza uma combinação
infectados e no término da infecção primária, sem a de quatro drogas antituberculose, são elas:
apresentação de sintomas na maioria dos casos. Rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol.

Entretanto, em algumas situações, o bacilo pode Como prevenção, o principal método é através
apresentar uma coexistência pacífica com seu de vacinas, no mundo há mais utilizada é a BCG.
hospedeiro humano. Indivíduos com este tipo de

Tabela 1: Comparação de doenças de transmissão pelo ar.


Epidemiologia Tratamento Vacinas
Brasil Mundo Brasil Mundo Brasil Mundo

Incidência Mortalidade Incidência Mortalidade


10 milhões 1,2 milhão Rifampicina, Isoniazida,
Tuberculose 73,8 mil (2019) 4,5 mil (2019) BCG
(2019) (2019) Pirazinamida e Etambutol.
28,6 milhões 431 milhões 5,93 milhões
COVID-19 648 mil (2020) Em fase de pesquisas. Diversas
(2020) (2020) (2020)
Não há tratamento
7,5 milhões 60,700 mil
Sarampo 235 (2021) 0 casos específico para o Tríplice viral
(2020) (2020)
sarampo.
REFERÊNCIAS

BRASIL. SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE. Tuberculose. 2021. Disponível em:


https://www.gov.br/saude/pt-br/media/pdf/2021/marco/24/boletim-tuberculose-2021_24.03.
Acesso em: 25 de fev. de 2022.

MEDEIROS, Eduardo Alexandrino Servolo. Entendendo o ressurgimento e o controle do


sarampo no Brasil. Acta Paulista de Enfermagem, v. 33, 2020. DOI:
https://doi.org/10.37689/acta-ape/2020EDT0001. Acesso em: 25 fev. 2022.

PROCESSO global contra sarampo fica ameaçado em meio à pandemia de COVID-19.


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SARAMPO. OPAS/OMS. Disponível em: https://www.paho.org/pt/topicos/sarampo. Acesso


em: 25 fev. 2022.

TRABULSIAL, L. R.; TERTHUM, F. Microbiologia. 6 ed. São Paulo: Atheneu, 2015. p 481-
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VALENTE, Jonas. Covid-19: Brasil tem 611,4 mil mortes e 21,96 milhões de casos. Agência
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https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-11/covid-19-brasil-tem-6114-mil-mortes-
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VITAL, Luiza. Casos de Tuberculose caem no Brasil: pandemia pode ter reduzido diagnóstico.
Viva Bem Uol, São Paulo. 24 de mar. de 2021. Disponível em:
https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/03/24/tuberculose-boletim-
epidemiologico-2021-novos-casos-obitos-pandemia.htm. Acesso em: 25 de fev. de 2022.

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