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Produção de
Vacinas
Prof. Dr. Júlio César dos Santos
DEBIQ- Setembro/2023
Histórico
Século XVIII – 1796
EDWARD JENNER VACINA CONTRA
VARÍOLA
VARÍOLA HUMANA
VARÍOLA BOVINA
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VACINAS QUE REVOLUCIONARAM A HISTÓRIA...
1804 - Brasil
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Imunização
Passiva e ativa:
Sistema Imunológico
• A imunologia estuda os
mecanismos de defesa do
organismo
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• A forma passiva pode ocorrer por via natural ou artificial
• A forma natural- passagem de imonoglobulinas/ anticorpos pela
amamentação ou placenta
• A forma artificial- ocorre por soroterapia, ou seja, o emprego
emergencial por via intravenosa;
• A Imunização passiva: soros de indivíduos com o vírus, por exemplo,
para raiva e hepatite B
• Natural
• Vacinas 🡪 imunidade ativa artificialmente adquirida
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Classificação das
vacinas...
CLASSIFICAÇÃO DAS VACINAS
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Tabela-1. Classificação das principais vacinas utilizadas no Brasil
Vacinas Exemplos
Atenuadas (antígeno vivo atenuado) Tuberculose BCG
Pólio oral VOC
Sarampo
Caxumba
Rubéola
Varicela, Rotavírus, Febre amarela
Inativadas ( antígeno morto) Pertussis célula inteira (wP)
Polio vírus inativa (VIP), Raiva
Recombinantes
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Processo de produção de vacinas:
❖ PROCESSO COMPLEXO
- Estratégia: melhor relação custo-benefício;
- Objetivo: licenciar um produto seguro, imunogênico e
efetivo;
- Produção: consistente, mais rápida possível e baixo
custo;
- Antígeno: vivo atenuado, inativado, fragmentado, DNA
Investimento: 10 M – 1 B; 1 – 20 ANOS recombinante;
- Mimetizar a resposta natural – produzir anticorpos
- Adjuvantes
- Formas de aplicação: fácil de administrar 10
Desenvolvimento de vacinas:
Identificação Produção de
Teste em animais
antígenos antígenos
Registro
farmacovigilância
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Processo de produção de vacinas:
❖ Meios de cultura complexo
❖ Proteção do operador
Isolamento do Purificação
microrganismo
Fermentação e
centrifugação
Pré-cultivo
bacteriano
Filtração
Esterilizante
Desenvolvimento de vacinas Bacterianas BCG:
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Processo de produção de vacina diftérica:
❖ Essa vacina, que começou a ser produzida em
1930, é segura e eficaz , com um processo
simples de produção ;
❖ Corynebacterium diphtheriae é um bacilo
Gram-positivo, capaz de produzir a toxina in
vitro, com alta concentração de ferro. No
entanto, o excesso de ferro pode inibir o
processo
❖ PROCESSO COMPLETO
- O pH ideal para esse processo é de 7 a 8 . A produção de
toxina ocorre a partir de substrato que pode ser a maltose
(dissacarídeo),
- Glicose: necessário o controle do pH, pois há rápida liberação
de ácidos no meio;
- Produção: meio semissólido de Loefler, em incubadora a 35ºC
por 24 horas; posteriormente, emprega-se o inóculo com dois
repiques sucessivos em meio líquido com intervalos de 24
horas, transfere-se para o reator de 500L por 64 horas.
- -agitação em vórtice 15
Características produção de vacina Tetânica:
❖ A cepa do C. tetani deve ter origem conhecida,
verificando-se as características bioquímicas e
genéticas
❖ O Cultivo do C. tetani requer condições específicas
ambientais e de infraestrutura devido a formação
de esporos termoestáveis
❖ A Toxina tetânica gera a necessidade de área de
isolamento tipo III
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Processo de produção de vacina tetânica:
❖ PROCESSO COMPLETO
- A Figura 1 apresenta as duas possibilidades de
processamento da toxina tetânica. A toxina tetânica
purificada é, então acondicionada à temperatura de
2ºC a 8ºC. As vantagens e desvantagens de cada
metodologia são similares para a anatoxina diftérica.
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Desenvolvimento de vacina tetânica:
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• Outro aspecto
importante é a
homogeneização do
cultivo, que deve ser
realizado de forma
suave sem que ocorra
a incorporação dos
gases metabolismo.
Realizado pelo
vibromixer ou vibro
misturador Figura 2.
Figura 2- A- Diagrama esquemático do vibromisturador no interior do
biorreator. B- Vista superior do disco agitador. C: Vista lateral expandida
do disco agitador mostrador o sentido do fluxo do meio no interior do
biorreator.
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Vacinas Pertussis
❖ Essa vacina previne a coqueluche, a vacina celular é composta de suspensão de
células inteiras inativas de uma ou mais cepas;
❖ As cepas deve contém células da fase exponencial de crescimento, pode utilizar
o meio sólido de Stainer e Scholte e é acompanhado com controle de qualidade
do processo para avaliar a atividade do ágar-sangue;
❖ A suspensão bacteriana é submetida à filtração tangencial e posterior
ressuspenção em solução salina, e depois é passado pelo processo de
inativação que pode se por formaldeído ou calor;
❖ Nenhuma toxina ativa deve ser detectada na vacina; para minimizar eventos
adversos pode-se usar a produção acelular dessa vacina
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Vacinas Polissacarídeos meningocócicos
❖ Essa vacina utiliza antígenos subcapsulares
❖ O meio para produção de polissacarídeos meningocócicos em escala industrial
é o sintético de Franz suplementado com 2 g/L de extrato de levedura
dialisado;
❖ A composição desse meio também utiliza vitamina B12 sulfato férrico e cloreto
de amônio para o soro grupo A e W135. Uma característica desse meio é o pH
entre 6,5 a 7
❖ A fermentação tem início com a bactéria liofilizada ou congelada a -70ºC; as
placas são incubadas por 16 a 18h a 37ºc em atmosfera contendo gás carbônico
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Vacinas Conjugadas
❖ Essa vacina tem o intuído de melhorar a natureza
da resposta imunológica;
❖ A principal alteração do processo é a conjunção
química de polissacarídeos capsulares bacterianos
com proteínas carreadoras;
❖ Essa combinação resulta em moléculas altamente
imunogênica em crianças, capazes de induzir
memória imunológica; a primeira foi a vacina Hib
onde usou-se antígeno polissacarídeo sintético
conjugada à anatoxina tetânica.
❖ Os polissacarídeos produzidos , controlados e
liberados para a produção das vacinas
❖ A Figura 4- mostra o fluxograma de processo de
produção de vacinas conjugadas, mostrando os
métodos químicos mais utilizados
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PRODUÇÃO DE VACINAS VIRAIS
❖ Cultivo dos vírus em células animais (in vitro)
Colheita
Células
infectadas
Cultura de células
animais (MRC5)
Purificação do
vírus
VÍRUS
Concentrado PURIFICADO
Distribuição e
viral congelamento 26
Células animais VANTAGENS
CHO ✔ São altamente estáveis;
✔ Capacidade de multiplicação ou propagação “in vitro”;
Vero ✔ Linhagens suscetíveis a infecção por diversos vírus.
BHK 21
MDCK
Culturas
primárias
MDBK
HELA
Isoladas
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Produção da vacina
contra Influenza
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29
30
Produção da vacina Febre amarela
VANTAGENS
✔ São mais puras
✔ Menos eventos adversos
Ovos
embrionados
5 º Dia- É coletado
Remoção
infecção viral após 4 dias
Células Vero sobrenadante
Figura 7- Crescimento
celular e produção de vírus
a partir de cultivo de
Mais pura células vero
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VACINAS
COMBINADAS
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FUTURO DAS VACINAS VACINAS Terapêuticas- tratamento
antiviral, suporte parcial a terapia
efetiva- auxiliam na resposta T
contra antígenos virais
VACINAS DE DNA- fragmentos de
DNA contendo os genes da doença-
resposta celular imediata
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FUTURO DAS VACINAS
VACINAS DE DNA
A produção de vacina era feita por meio de partículas virais isoladas e purificadas do plasma de pacientes com
infecção crônica pelo vírus. Adaptado www. pontobiologia.com.br
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VACINOLOGIA TECNOLOGIA DE ACOPLAMENTO DE
REVERSA GLICANOS A PROTEÍNAS: plataforma que
representa uma evolução do processo de
produção da vacina conjugadas utilizando
métodos químicos; permite conjugação
biológica de açúcares bacterianos
As vacinologia reversa utiliza a análise do
genoma para identificar todos os antígenos
que são expostos a superfície das células e
antigenicamente conservados. Ex.
Meningocócica do soro grupo B. Essa vacina
possui três proteínas recombinantes
fHbp-proteína ligante fator H, proteína Nad
A-adesina
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