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Imunização em pediatria

Prof. Ms. Paulo André Ribeiro


Pediatra e Neonatologista
Univille – Agosto 2023
Sumário da aula

Mecanismo ação das vacinas


Antígenos vacinais
Calendário vacinal - PNI
Propriedades das diferentes vacinas
Contra-indicações para vacinar
Precauções ao vacinar
Bibliografia
Impacto em saúde da população
vacinas
Imunidade no ser humano

1) Passiva
2) Ativa: 2.1) Natural – “Selvagem”
2.2) Induzida por vacinas
IMUNIZAÇÕES
Impacto na morbidade

Doença Morbidade anual Morbidade % Redução


Pré-vacina 1998
Varíola 481 0 100
Difteria 175885 1 100
Coqueluche 147271 7405 95
Tétano 1314 14 97
Poliomielite 16316 1 100
Sarampo 503282 100 100
Caxumba 152209 666 99
Rubéola 47745 364 99
Haemophilus B 20000 61 99
Red Book, 2000
Vacinas - Como atuam??

1. Mecanismo não-dependente dos linfócitos T

Antígeno Estimulação linfócitos


B lipopolissacáride

Produção de anticorpos IgM

NÃO produz células de memória


Vacinas - Como atuam??

2. Mecanismo dependente dos linfócitos T

Antígeno
protéico reconhecimento pelos
linfócitos T

Estimulação linfócitos B

Produção de anticorpos IgG


Produção de células de memória
Composição das vacinas

Antígenos imunizantes ativos

Líquido de suspensão

Preservativos, estabilizantes e antibióticos

Adjuvantes
Antígenos imunizantes

Vírus vivos atenuados

Polio oral - Caxumba


Febre amarela - Sarampo
Varicela - Rubéola
Rotavirus

Red Book, 2005


Vírus inativados

Polio inativada (Salk)


Raiva
Gripe (Influenza)
HPV 16 e 18
HPV 16,18, 6 e 11
Red Book, 2000
Bactéria viva

BCG intradérmico

Red Book, 2000


Bactérias inativadas

Coqueluche – Pertussis
Peste

Red Book, 2000


Toxóides

Tétano
Difteria

Red Book, 2000


Antígenos virais inativados

Hepatite A

Hepatite B

Red Book, 2000


Antígenos polissacarídeos

Meningococo A e C
Pneumococo 23-valente

cácia eMMm
MEMÓRIA Vacinas
menores de 2 anos
IMUNOLOGICA conjugadas
Red Book, 2000
Antígenos polissacarídeos conjugados com
proteína carreadora

Haemophilus influenzae tipo B

Pneumococo 10/13

Meningococo C/ ACWY / B

Red Book, 2005


Programa Nacional de Imunização
Histórico do PNI

Criado em 1971
Erradicou a varíola em 1973
Erradicou a poliomielite em 1989
Controle efetivo do sarampo (?), do tetano neonatal e
acidental, coqueluche, rubéola congênita, doença
invasiva pelo haemophillus, etc.
Incentivo a modernização do parque produtor nacional
com aquisição de patentes e no futuro auto
suficiência na produção de imunobiológicos
Na maternidade

BCG

HEPATITE
B
BCG – ID
Bacilos vivos atenuados de Mycobacterium bovis
Dose única ao nascimento (> 2000g)
0,1 ml ID no deltóide direito
Necessário aparecer cicatriz
Viragem do PPD em 75 a 80%
Eficácia
 Meningite – 64%
 Miliar - 78%

Revacinar?
Vacina anti-hepatite B
Partícula viral - DNA recombinante
Aplicação IM
Quando vacinar?
 Ao nascimento, com 1 mês e com 6 meses( 0-1-6)
 Ao nascimento e com 2,4 e 6 meses(pentavalente)

Quem vacinar?
 Todas as crianças
 Adolescentes até 18 anos
 Profissionais de saúde
 Pessoas de risco
Anti-hepatite B
Títulos de anti-HBs protetores
devem ser > 10mUI/ml
Taxa conversão – 90 a 95%

Sorologia pós-vacina está indicada


para:
Profissionaisde saúde
RN de mães HBsAg positivas
Pacientes dialisados
2 meses

Anti-pólio -Salk

DPT-HIB-HB –pentavalente/ hexa


acelular

ROTAVIRUS mono/ penta

Pneumococo conjugada 10/13


Poliovírus - poliomielite

 enterovírus com 3 sorotipos – 1, 2 e 3


 95% das infecções são assintomáticas

 1 a 5% desenvolvem meningite asséptica

 Em 1/250 ocorre paralisia flácida

 Erradicação do Hemisfério Ocidental em


1991
Red Book, 2000
Vacinas Anti-Pólio

Sabin – vírus vivo atenuado - oral


Salk – vírus inativado - IM

Quando vacinar?
 2,4 e 6 meses
 Reforço com 15 meses

 Campanhas de vacinação

Red Book, 2000


Anti-Pólio - Efeitos colaterais:

VAPP – Poliomielite paralítica associada à vacina –


OPV

 Hipersensibilidade à neomicina, polimixina e


estreptomicina – IPV

Precauções:
 Diarréia e vômitos intensos
 Imunodeprimidos e gestantes
Vacina tríplice bacteriana - DPT

Toxóides diftérico e tetânico e Bordetella


inativada (célula inteira)
Aplicação IM

Quando vacinar?
 2, 4 e 6 meses
 Reforço com 15 meses e 4 anos
 Não usar após os sete anos
 Idade e intervalo mínimos : 1 mês
Tríplice bacteriana - DPT

Reações adversas
 Leves – dor, febre, eritema e edema
 Moderadas:
 Convulsões
 Choro persistente por mais de 3 h
 Febre > 40.C
 Síndrome hipotônica-hiporresponsiva

 Grave – anafilaxia (1/1.000.000)


Tríplice bacteriana acelular - DTPa

Mesma eficácia que a DPT de células inteiras

Menos efeitos adversos

Indicada para crianças com reações adversas


moderadas à DPT de células inteiras
HAEMOPHILUS INFLUENZAE TIPO B

Cocobacilo Gram- com 6 tipos de antígenos


capsulares – a - f
Doença invasiva – tipo B
 Meningite, pneumonia, epiglotite, bacteremia
 Mais comum entre 3 meses e 3 anos
 Contágio por secreções respiratórias

HI não-encapsulados causam IVAS


Vacina Anti-Haemophilus
Polissacarídeo capsular acoplado com proteína
carreadora – geralmente combinada com DPT
Aplicação IM

Quando vacinar?
 Aos 2, 4 e 6 meses
 Reforço com 12 meses

Eficácia > 95%


Vacina Anti-Haemophilus

Efeitos adversos
 Dor local e febre baixa em 5%

Indicação
 Todas as crianças entre 2 m e 5 anos
 Após 5 anos – imunodeprimidos e asplênicos
Rotavirus

Causa gastrenterite severa com dor abdominal,


vômitos e diarréia intensa

Responsável por ½ milhão de mortes no


mundo, principalmente entre crianças menores
de 2 anos

Principal causa de internação por diarréia


Vacina para ROTAVIRUS

Virus vivos atenuados


Apresentação oral
2 doses
Na rede publica – monovalente
Na rede publica - pentavalente
 1a. dose entre 1 mês e 15 dias até no máximo 3 meses e 15
dias

 2a. dose entre 3 meses + 15dias e 7 meses e 29 dias

Intervalo mínimo entre as doses = 30 dias


Nenhuma criança poderá receber a segunda dose
sem ter recebido a primeira
Aos 3 meses

Meningococo C conjugada
Meningo ACWY e B - rede privada
Doença Meningocócica
Neisseria meningitidis -Diplococo Gram- com
sorogrupos A, B, C, Y e W

Doença invasiva grave com sepse e meningite

Mais frequente em lactentes e com pico na


adolescência

Alta mortalidade
Características da N. meningitidis

N. meningitidis
∂ Neisseria meningitidis, gram-
Cápsula de polissacarídeo
negativa, possui uma cápsula
contendo proteínas, lipídios e Pelo Opa LPS
PorB
lipopolissacarídeos.
PorA
Parede celular de
peptidoglicano
∂ Existem 13 sorogrupos de N.
meningitidis, 6 dos quais
causam doença invasiva. Lipoproteína

∂ A maior parte dos casos de doença Cápsula de Espaço


periplasmático
Membrana
citoplasmática
Membrana
polissacarídeo externa
invasiva é causada pelos
sorogrupos A, B, C, W135, X e Y
Corte transversal do meningococo
Adaptado de Stephens 2007

Granoff DM et al (2008) Meningococcal vaccines. In: Plotkin (ed). Vaccines: Elsevier


Stephens DS et al (2007a) Epidemic meningitis, meningococcemia, and Neisseria meningitidis. Lancet 369:2196-210 ECDC (2014) Surveillance of invasive bacterial diseases in
Europe in 2012, Stockholm.
Weichselbaum A (1887) Ueber die Aetiologie der akuten Meningitis cerebrospinalis. Fortschr Med 5:573
Van Deuren M et al (2000) Update on meningococcal disease with emphasis on pathogenesis and clinical management. Clin Microbio l Rev
13:144-66 )
Rosenstein NE et al (2001) Meningococcal disease. NEJM 344:1378-88
Fisiopatologia da doença meningocócicaPele(DM)
Periósteo
Osso
N. meningitidis coloniza somente
Dura-máter
a nasofaringe humana;
Aracnoide
Pia-
máter
Quando os meningococos quebram
a barreira mucosa na nasofaringe,
Cavidade Nasal
eles podem atingir sítios estéreis,
Nasofaringe causando doença meningocócica
invasiva.
Orofaringe
Meningococemia
Laringofaringe Meningite
Laringe

Sintomas tardios
Até 25% dos adolescentes e 5% - 11% 15–24 horas1,3

dos adultos são portadores


assintomáticos de N. meningitidis.2 3

(1) Granoff DM et al (2008) Meningococcal vaccines. In: Plotkin (ed). Vaccines: Elsevier (2) van Deuren M et al (2000) Update on meningococcal
disease with emphasis on pathogenesis and clinical management. Clin Microbiol Rev 13:144-66. (3) Rosenstein NE et al (2001) Meningococcal
disease. NEJM 344:1378-88
Complicações e sequelas da DMI

 Antes da disponibilidade de imunização ou tratamento com antibióticos, a mortalidade por DMI era em 70% a 90%.
 Mesmo com os padrões de tratamento avançados atuais nos países industrializados,
 a taxa de casos de fatalidade varia de 5% ‒ 10% e pode superar os 40% em pacientes com septicemia meningocócica.
 10% ‒ 20% dos sobreviventes sofrem sequelas permanentes.

Sequelas da meningite meningocócica Sequelas da septicemia meningocócica

 Perda da audição  Amputação de membros em decorrência


 Paralisia de nervo central de gangrena
 Hemiplegia  Lesões ósseas
 Crises epilépticas, Convulsões  Distúrbio do crescimento do esqueleto
 Hidrocefalia
 Cicatrização da pele que exige colocação
 Perturbações mentais
 Dificuldades de aprendizado de enxerto
 Transtornos de desenvolvimento  Disfunções renais
psicossomático

Granoff DM et al (2008) Meningococcal vaccines. In: Plotkin (ed). Vaccines: Elsevier


Stephens DS et al (2007a) Epidemic meningitis, meningococcaemia, and Neisseria meningitidis. Lancet 369:2196-210
A distribuição global dos sorogrupos da N. meningitidis é
imprevisível e varia de país a país ao longo do tempo11,12
11,12

Sorogrupo de N. meningitidis
A Rússia
CANADÁ* Europa (2012)1
C (2011)2
(2011)1 0

W
Y
B
China
Outros / Estados Unidos (2003-08)9
Arábia Saudita
indeterminado (2012)3 (2002-12)6

Cinturão da meningite na
África (2013)5

América Latina e
Caribe (2012)4 Austrália
(2012)7
Risco/ incidência em viagens
Inclusos dados de 2000 em diante África do Sul
(2013)8
Alto: > 10 casos / 100.000

Moderado: 2-10 casos / 100.000

Baixo: < 2 casos / 100.000

Não há dados

Estima-se 1,2 milhão de casos/ano de DM no mundo, com 135 mil mortes¹⁹


ECDC. Surveillance of invasive bacterial diseases in Europe, 2011. Available from: http://www.ecdc.europa.eu/en/publications/Publications/invasive-bacterial-diseases-surveillance-2011.pdf
Canada Communicable Disease Report Volume 40-9, May 1, 2014. Available at: http://www.phac-aspc.gc.ca/publicat/ccdr-rmtc/14vol40/dr-rm40-09/dr-rm40-09-surv-eng.php
Centers for Disease Control and Prevention Active Bacterial Core Surveillance Report 2012. Available at: http://www.cdc.gov/abcs/reports-findings/survreports/mening12.html
PAHO SIREVA II Report 2012. Available at: http://www.paho.org/HQ/index.php?option=com_content&view=category&id=3609&layout=blog&Itemid=3953&lang=pt
WHO Africa. Outbreak Bulletin January 2014. Available at: http://www.afro.who.int/en/clusters-a-programmes/dpc/epidemic-a-pandemic-alert-andresponse/outbreak-news/3982-outbreak-bulletin-vol-3-issue-11-31-january-2014.html
Panorama das Vacinas Meningocócicas
Nome PROTEÍNA N. meningitidis OUTROS
SOROGRUPOS ANTÍGENOS
Nimenrix™1 TT A, C, W, Y –

Menactra™2 DT A, C, W, Y –

Menveo™3,4 CRM197 A, C, W, Y –

Neisvac-C™5,6 TT C –

Meningitec™7 CRM197 C –

Menjugate™8 CRM197 C –

Mencevax™11 – A, C, W, Y –

Menomune™12 – A, C, W, Y –

Bexsero
DT, toxoide diftérico; TT, toxoide tetânico. Trumenba
1. EMA. Nimenrix SmPC 2014; 2. FDA. Menactra PI 2014; 3. EMA. Menveo SmPC 2015;
4. FDA. Menveo PI 2013; 5. Neisvac-C SmPC 2014; 6. Pfizer Press Release 2014;
7. Meningitec SmPC 2014; 8. EMC. Menjugate SmPC 2014; 9. EMC. Menitorix SmPC 2013;
10. FDA. Menhibrix PI 2012; 11. EMC. ACWY vax SmPC 2014; 12. FDA. Menomune PI 2013.
Vacinas anti-meningocócicas

Vacina polissacáride p/ meningococo A e C


 Não efetiva em menores de 2 anos

 Necessidade de reforço de 2/2 anos

 Em desuso

Vacina conjugada contra meningococo C


Vacina conjugada contra meningococo B
Vacina conjugada contra meningococo ACWY
obs: estas ultimas somente na rede privada
 Alta imunogenicidade – 98% após 3a. dose
 Aplicada com 3, 5 e 15 meses
 Maiores de 1 ano – dose única
AOS 4 MESES

ANTI-PÓLIO-Salk

DPT-HIB HB

Rotavirus mono/penta

Pneumococo conjugada 10-valente/ 13


AOS 6 MESES

ANTI-PÓLIO -

DPT-HIB-HB/hexa - acelular

PNEUMOCOCO 10/13
Pneumococo

90 sorotipos
Responsável por 50% das pneumonias e meningites
bacterianas
Responsável pela maioria dos quadros de bacteremia
oculta
Principal germe em otites e sinusites
Crescente resistência bacteriana
Pneumococo no Brasil

Os sorotipos mais freqüentemente identificados:


14 (27,9%) 1 (3,8%)
 6B (9,7%) 5 (3,5%)
 19F (5,4%) 7F (2,1%)
9V (3,2%)
23F (5,4%)
18C (5,1%) 3 (4,5%)
 4 (2,8%) 6A (4,3%)
19A (3,3%)
outros (19,1%).
PNEUMO CONJUGADA 10-VALENTE

Sorotipos: 4,6B, 9V,14, 18C, 19F e 23F +


1, 5 , 7F

Conjugada à proteína D do Haemophilus


influenza não tipável

Incluída no calendário do PNI em 2010

Quando: 2, 4, 6 meses e reforço aos 12 meses


PNEUMO CONJUGADA 13-VALENTE

10-valente = Sorotipos: 4, 6B, 9V,14,18C, 19F e


23F, 1, 5 , 7F

13-valente= 4, 6B, 9V,14,18C, 19F e 23F, 1, 5 , 7F


+ 3, 6A e 19A

Inclusão dos sorotipos 3, 6A e 19A

Única com aprovação para adultos


STREPTOCOCCUS
PNEUMONIAE:
A BACTÉRIA RESPONSÁVEL
PELA DOENÇA PNEUMOCÓCICA
 Causa principal de pneumonia, meningite,
e bacteremia.1
 Organismo tem uma camada externa
de polissacarídeo.1, 2
 Define o sorotipo.
 Fator de virulência.
 Alvo da vacina.
 Mais de 90 sorotipos de S. pneumoniae.
Serotype 19F; Photograph courtesy of Robert P.d
Smith MS, MS Senior Research Scientist, Wyeth foram identificados.1, 2
Vaccines.
 Sorotipos não são igualmente patogênicos.
 Resistência aos antibióticos em S.
pneumoniae é uma preocupação global.1, 2
 Patógeno exclusivamente humano comumente
carreado na nasofaringe.1
1.rCenters for Disease Control and Prevention. Epidemiology and Prevention of Vaccine-Preventable Diseases.rIn: Hamborsky J, Kroger A, Wolfe S, eds.r13th
ed.eWashington D.C.fPublic Health Foundation, 2015. 2.dWorld Health Organization.sInitiative for Vaccine Research.SAcute respiratory
infections.ehttp://apps.who.int/vaccine_research/diseases/ari/en/index3.html.tAccessed July 21, 2015.
DOENÇA PNEUMOCÓCICA PODE SER AMPLAMENTE
AGRUPADA
EM CATEGORIAS DE DOENÇA INVASIVA E NÃO INVASIVA

Doença
Pneumocócica11

Não invasiva
Invasiva (Mucosa)

Meningite Bacteremia Pneumonia Otite média aguda Sinusite

 Formas não-invasivas podem tornar-se invasivas (por exemplo,


pneumonia quando acompanhada de bacteremia). 1
 Severidade e grau de invasão da doença diferem conforme o sorotipo. 2
1. aWorld Health Organization (WHO).aWkly Epidemiol Rec.m2012;87(14):129-144. 44
2. Jansen AG, et al.nClin Infect Dis.m2009;49(2):e23-e29.
RISCO DE DPI É MAIS ALTO NOS
EXTREMOS DE IDADE

(população n/100.000)

Brasil ²
Incidência IPD

2013
Estados Unidos
20131

Idade (anos) Idade (anos)

 Na América Latina e Caribe, estima-se que a incidência média da pneumonia


pneumocócica seja de 918 casos/ 100.000, e que a meningite pneumocócica
4,62/ 100.000 nos menores de 5 anos3,4.
1. Centers for Disease Control and Prevention (CDC).0Active Bacterial Core Surveillance Report, Emerging Infections
Program Network.2Streptococcus pneumoniae, 2013.
http://www.cdc.gov/abcs/reports-findings/survreports/spneu13.pdf.dAcessado em 21 de Julho de 2015. 2. Organização
Pan Americana de Saúde – SIREVA II, 2013 - publicação em andamento. 3. Gentie et al, Int.0J Infect Dis, 2012. 4. Ciapponi et
al PIDJ 2014.
VACINAS PNEUMOCÓCICAS
CONJUGADAS LICENCIADAS
4 6B 9V 14 18C 19F 23F
PCV71
CRM

4 6B 9V 14 18C 19F 23F 1 5 7F


PCV102
Proteína D TT DT Protein D

4 6B 9V 14 18C 19F 23F 1 5 7F 3 6A 19A


PCV133
aCRM

 Desenvolvimento e licenciamento das vacinas 10 e 13 valente basearam-se


em estudos comparativos PCV7.2-4
 PCV7 e PCV13 são conjugados ao CRM197.1,3
 PCV10 é conjugada a proteína D derivada de Haemophilus influenzae,
carreador de H. influenzae não tipado para todos os sorotipos exceto 18 C
(toxóide tetânico) e 19F (toxóides diftéricos).2
• DT = toxóides diftéricos; PCV = vacina pneumocócica conjugada (7-Valente [PCV7], 10-valente [PCV10] ou 13-valente [PCV13]); TT = toxóide tetânico.
1. Prevenar [Resumo das características do produto].eWyeth Lederle Vaccines. 2. Vesikari T, et al.cPediatr Infect Dis J.r2009;28(4 suppl):S66-S76. 3. Prevenar 13 [Resumo das características do produto].
Pfizer Ltd. 4. World Health Organization. Recommendations for the production and
control of pneumococcal conjugate vaccines. WHO Technical Report Series, No.3927, 2005, Annex.uhttp://www.who.int/
biologicals/publications/trs/areas/vaccines/pneumo/ANNEX%202%20PneumococcalP64-98.pdf. Acessado em 22 de julho de 2015 .
REINO UNIDO: INCIDÊNCIA DE DPI EM
CRIANÇAS < 2 ANOS

Incidência de DPI* em crianças < 2 anos de idade,


do ano epidemiológico de 2000 – 2001 a 2013-2014, Reino Unido

PCV7 PCV13 Sorotipo % mudança


60
Incidência Corrigida por 100.000

Todos
2008‒2010 vs 2013‒
50 2014
PCV7
40 PCV13 isolada 46% Todo os tipos
30 NVT
76% PCV7 tipo
20
Somente tipo
89%
10 PCV13

0 28% NVT
20 002

05 5

20 010

20 011
01 1

20 003

20 004

20 006

07 7

09 9

20 012

20 013

4
20 00

00
00

20 200

20 00

01
/2

/2

/2

/2

/2
/2

/2

/2

/2

/2

/2

/2

/2
/
04

10
00

02

03

06

08

11

12

13
20
20

20

Ano
*Corrigido para proporção de amostras sorotipadas, ausência de idade, denominador em comparação com 2009 – 2010 e tendência em total de IPD até
2009-2010 (depois do qual nenhuma correção de tendência foi aplicada).
NVT = sorotipos não vacináveis; PCV13 = somente sorotipos na vacina PCV13 mas não na vacina PCV7.
Waight PA, et al.}. Lancet Infect Dis.52015;15(5):535-543.
DADOS DO BRASIL: AUMENTO DO 19A
APÓS INTRODUÇÃO DA PCV-10

PCV-10

Cassiolato AP, et al – WSPID2015


PREVENAR 13

 Proporciona a maior cobertura dentre todas as vacinas conjugadas


contra o pneumococo com dados consistentes, segurança e estudos
de eficácia em diferentes países.
 Globalmente, a Prevenar-13 cobre de 74% a 88% das DPI em
menores de 5 anos.
 Destaca-se a resposta importante aos 3 sorotipos adicionais da
vacina, promovendo proteção direta com títulos de anticorpos
robustos contra os sorotipos 3, 6A e 19A.
 Dado o aumento significativo das cepas de 19A ao redor do mundo,
a Prevenar-13, que contempla o sorotipo 19 A, deve ser considerada
estratégia importante para redução da DPI.
 Os altos níveis de anticorpos a todos os sorotipos contemplados na
vacina favorecem o efeito rebanho, esperando uma redução da DPI
mesmo nos grupos não vacinadas.
Aos 9 meses

FEBRE AMARELA

 Dose aos 9 meses e reforço aos 4 anos

 Reação anafilática e neurotoxicidade em 1/150000 a 250000


AO COMPLETAR 1 ANO

TETRA VIRAL

PNEUMOCOCO CONJUGADA

HEPATITE A
Hepatite A

Doença hepática aguda, autolimitada

70% das crianças < 6 anos são assintomáticas

Não ocorre infecção crônica

Hepatite fulminante é rara

Transmissão fecal-oral
Vacina anti-hepatite A

Antígeno: partículas virais inativadas

Quando aplicar:
 A partir de 1 ano de idade
 2 doses
 Intervalo de 6 meses
 Intramuscular

Pode vir combinada com hepatite B


Vacina tríplice viral
Vírus vivos atenuados
Aplicação SC

Quando vacinar?
 Tríplice
viral aos 12 meses e aos 4-6 anos
 Puérperas – rubéola

Eficácia > 90% com imunidade para


toda a vida
Tríplice viral

Reações adversas:
 “Mini” sarampo
 Artralgia e artrite
 Parotidite- 0,7%
 Meningoencefalite- 1/250000

Não aplicar em:


 Grávidas, imunocomprometidos...
AOS 15 MESES

TRÍPLICE BACTERIANA

OPV

MENINGOCOCO C CONJUGADA

QUADRUPLA VIRAL
Vacina anti-varicela

Vírus vivo atenuado


Aplicação SC
Quando vacinar?
 Maiores de 1 ano de idade
 2 doses
 Intervalo entre as doses: 3 meses

Soroconversão: > 95%


Efeitos adversos raros
AOS 4 ANOS

TRÍPLICE BACTERIANA
Reforço Polio oral
Febre amarela
NA ADOLESCÊNCIA

DIFTERIA-TÉTANO-COQUELUCHE

dT
dTpa
dT - Dupla tipo adulto

Indicada para maiores de 8 anos

Reforço a cada 10 anos

Sem vacinação prévia:

3 doses de 2/2 meses

Aplicação IM
dTPa

Reforço para adultos com componente


Pertussis acelular -CASULO

Atualmente a maioria dos casos de


coqueluche em crianças é transmitida
por adultos infectados
Papilomavirus humano - HPV

Responsável por 90% dos casos de câncer de colo


uterino
– cepas 16 e 18

Implicado na gênese de verrugas genitais

- Cepas 6 e 11
HPV - Duas vacinas estão disponíveis no Brasil

uma contendo os tipos 6, 11, 16 e 18 de HPV


 outra, contendo os tipos 16 e 18 de HPV
Mais recente HPV 9 – clinicas privadas

Esquema adotado pelo PNI


 Vacina quadrivalente com intervalo de 0-6-60 meses
 indicada para meninas de 9 a 14 anos

 Indicada para meninos de 11 a 14 anos


Vacina para gripe – rede pública

Composta de Hemaglutinina de 2
cepas do Influenza A e 1 cepa de
Influenza B

Aplicação no outono

Eficácia 70 a 80% com duração < 1 ano


Efeitos adversos
 Febre, dor e eritema no local da aplicação
Vacinas combinadas

DPT, DPaT, dPaT

Polio inativada + DPaT + HIB

Polio inativada + DPaT + HIB + Hep B

Sarampo + caxumba + rubéola + varicela

Hepatite A + B
Conservação das vacinas

Vacinas que podem ser congeladas:


OPV (Sabin) Sarampo
SCR Febre Amarela
Varicela
Conservação das vacinas
Vacinas que não podem ser congeladas
Manter entre 2 e 8 graus Celsius:

DPT, DTPa, dT Hepatite B


Hepatite A Raiva
HIB Gripe
Pneumococo Meningococo C
Rotavirus
Contra-indicações para vacinar

Anafilaxia à vacina - todas

Anafilaxia a constituintes das

vacinas(neomicina, ovo...) - todas


Encefalopatia após DPT - DPT
HIV + ou imunodeficiência - OPV

Gravidez - vírus vivos


Contra-indicações falsas

Conceitos errados:

 Doença aguda leve com febre baixa


 Doença diarréica leve
 Fase convalescente de doenças
 Uso de antimicrobianos
 Febre < 40.C e dor com DPT prévia
 Prematuridade
Contra-indicações falsas

Conceitos errados:
 Gravidez da mãe ou outros contatos
 Amamentação

 Má-nutrição

 História familiar de síndrome da morte


súbita
 Alergia à penicilina

 História familiar de convulsões


Precauções

Doença severa - todas

Febre >= 40.C ou síndrome hipotônico-


hiporresponsiva prévia - DPT

Convulsão ou choro persistente incontrolável


com vacina prévia - DPT
Calendários vacinais

Calendários vacinais:

sbim.org.br
www.sbp.com.br
www.saúde.gov.br

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