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2ª AVALIAÇÃO

DIAGNÓSTICA
PAIC 2023
LÍNGUA PORTUGUESA

9º ano do Caderno
Ensino Fundamental
P0901
Nome do estudante

Data de Nascimento do estudante

Caro estudante,

Você está participando da 2ª Avaliação Diagnóstica do PAIC. Sua participação é muito importante.

• Este caderno é composto de questões de Língua Portuguesa.


• Responda com calma, procurando não deixar nenhuma questão em branco.
Bom teste!
P0901

Leia o texto abaixo.

Dinossauro na internet

Sempre me orgulhei: fui o primeiro de meus amigos a possuir computador pessoal. Haja
tempo! Aconteceu há cerca de duas décadas. A máquina era um trambolho com programas
complicados. E lentíssima! [...] Orgulhoso, eu me considerava adaptado aos novos tempos
cibernéticos. [...] Ainda me considerava uma sumidade em tecnologia, até ver um garotinho
5 de 8 anos baixar programas de celular. Que vergonha! Eu sou do tipo que quase consegue
baixar um programa. [...]
Tudo está se tornando complicado demais. Eu me confundo até com o controle remoto
da televisão e do DVD. Não é brincadeira: se coloco um filme, vem a imagem, mas não o
som. Ou consigo ouvir os diálogos, mas a tela fica preta. No carro, quase enlouqueço se
10 alguém tira da minha estação predileta. Escapei de bater tentando captar música clássica.
Já consigo falar no meu celular, mandar torpedos e fotografar. Só me atrapalho para achar
um endereço no Google em menos de dez minutos!
Entrei com cautela no universo das redes de relacionamento. Logo fiquei fascinado. Há
alguns anos era louco pelo Orkut. Criei um grupo de amigos. Todas as noites nos encontrávamos
15 virtualmente. A relação se tornou tão próxima que certa vez convidei dez amigos virtuais para
jantar em casa. De sobremesa, servi bolo com uma miniatura de mim mesmo e morcegos
de glacê – como só entrava de madrugada, chamavam‑me carinhosamente de Morcegão.
Algumas dessas pessoas permanecem na minha vida até hoje. [...]
Surgiram novos sites de relacionamento, com mais ferramentas, como o Facebook e o
20 Twitter. O Orkut reagiu: transformou‑se, abrindo novas possibilidades de interação. Imagino os
milhões de dólares gastos para reprogramar o site. Tentei, mas não consegui me adaptar ao
novo Orkut. Voltei ao antigo. Muita gente que conheço fez o mesmo. Ou abandonou de vez. [...]
Agora o Twitter lançou uma nova versão. Tentei incorporá‑la. Duas horas depois, irritado,
voltei à anterior. Muitas pessoas que me seguem também não se adaptaram. Melhor
25 dizendo: assustam‑se somente os mais velhos. Crianças e jovens adaptam‑se facilmente.
A cada complicação, eu me sinto mais excluído. “Ah, eu não sabia” tornou‑se uma frase
comum no meu vocabulário. Sou louco pela internet. Como não ficar para trás? Daqui a
pouco vou ter de tomar aulas para entender as novidades! Talvez meu “professor” tenha 8
ou 9 anos de idade! [...]
CARRASCO, Walcyr. Veja São Paulo, 20 out. 2010. Fragmento. (P091440RJ_SUP)

01) (P091440RJ) Esse texto pertence ao gênero


A) artigo.
B) crônica.
C) notícia.
D) relato.

02) (P091446RJ) Nesse texto, as palavras “Orkut”, “Facebook” e “Twitter” estão escritas de forma diferente,
porque são
A) expressões regionais.
B) gírias.
C) neologismos.
D) termos estrangeiros.

03) (P091443RJ) O trecho “A máquina era um trambolho...” (ℓ. 2) indica que o computador do narrador era
A) complexo.
B) deformado.
C) imenso.
D) vagaroso.
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Leia novamente o texto “Dinossauro na internet” para responder às questões abaixo.

04) (P091444RJ) Nesse texto, há presença de ironia no trecho:


A) “... quase enlouqueço se alguém tira da minha estação predileta.”. (ℓ. 9‑10)
B) “Entrei com cautela no universo das redes de relacionamento.”. (ℓ. 13)
C) “... certa vez convidei dez amigos virtuais para jantar em casa.”. (ℓ. 15‑16)
D) “Talvez meu ‘professor’ tenha 8 ou 9 anos de idade!”. (ℓ. 28‑29)

05) (P091445RJ) O trecho “Ou abandonou de vez.” (ℓ. 22) estabelece com o período anterior uma relação de
A) adição.
B) alternância.
C) condição.
D) consequência.

Leia o texto abaixo.

[Resenha] Um caminho para a liberdade | Jojo Moyes

[...] O livro conta a estória de quatro jovens, nos anos 30, que tinham a missão de levar
conhecimento na forma de livros às áreas rurais mais remotas e isoladas da cidadezinha onde
viviam, sempre a cavalo.
Beth é uma jovem rebelde que vive com o pai e irmãos [...]. Izzy é filha da idealizadora do
projeto [...]. Margery é uma mulher independente de quase quarenta anos [...]. Alice, uma moça
estrangeira que se casou com o filho do dono da mina local [...], se voluntariou para tentar se
enturmar [...].
Os livros eram doações e muitas vezes em péssimo estado. Margery traçou rotas e nas
primeiras semanas fez a rota de Alice com ela para que a jovem estrangeira conhecesse a cidade
e sua área rural. Alguns moradores as recebiam bem, outros nem tanto [...].
O foco do livro é a biblioteca a cavalo, mas como pano de fundo temos a mineração e a
influência dos poderosos da cidade [...].
Mesmo com um inverno rigoroso, as mulheres nunca deixavam de entregar os livros. [...]
Eu devo dizer que me surpreendi muito com todo o desfecho deste livro. Anteriormente não tive
uma experiência de leitura muito boa com a autora e comecei a ler este com receio de que fosse
influenciada, mas não, a escrita é envolvente, temos cenas emocionantes e outras engraçadas.
Praticamente li em dois dias, sendo que no primeiro li 250 páginas. Apesar de a narrativa se
passar na década de 30, não temos uma escrita de época. [...] É uma leitura que indico muito.
VIVIANE. [Resenha] Um caminho para a liberdade | Jojo Moyes. In: Duas Livreiras. 2020. Disponível em: <https://bit.ly/3bgXMup>.
Acesso em: 21 jun. 2022. Fragmento. (P081820I7_SUP)

06) (P081820I7) Nesse texto, no trecho, “Praticamente li em dois dias...” (6º parágrafo), a palavra destacada
foi usada para
A) indicar uma ação ocorrida no passado.
B) marcar uma ação realizada no presente.
C) mostrar uma ação que está em andamento.
D) revelar uma ação que acontecerá no futuro.

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Leia o texto abaixo.

Dia das Crianças: como curtir a natureza de forma divertida e em família

[...] Levar seus filhos para passeios diferentes pode ser uma ótima opção de criar memórias
incríveis com eles. Com isso, veja a seguir as dicas de como curtir a natureza no Dia das Crianças
em família, sem esquecer da diversão:
Leve as crianças ao parque
Uma opção perfeita para passar esse dia especial na natureza é levá-los até um parque.
Dependendo do lugar em que você morar, podem existir diversas opções de espaços com muita
natureza para o seu filho brincar e se divertir.
Esses lugares que proporcionam o contato direto com a natureza podem ser opções diferentes
de shoppings, por exemplo. Lá seus filhos podem observar animais, passear por trilhas, brincar
em uma área verde e ter muita diversão.
Em alguns parques, existem exposições de animais que encantam as crianças. Além disso,
o artesanato local também é uma opção de presentear os pequenos no Dia das Crianças de
maneira diferente.
RUBEM, Jackson. Dia das Crianças: como curtir a natureza de forma divertida e em família. In: O Brasileirinho.
Disponível em: <https://bit.ly/3fV5Eof>. Acesso em: 11 nov. 2022. Fragmento. (P005963_SUP)

07) (P005963) A informação principal desse texto está no trecho:


A) “Uma opção perfeita para passar esse dia especial na natureza é levá-los até um parque.”.
B) “Dependendo do lugar em que você morar, podem existir diversas opções de espaços com muita
natureza...”.
C) “Lá seus filhos podem observar animais, passear por trilhas, brincar em uma área verde e ter muita
diversão.”.
D) “Além disso, o artesanato local também é uma opção de presentear os pequenos...”.

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Leia o texto abaixo.

Disponível em: <www.sosviralata.org.br>. Acesso em: 14 jan. 2013. (P080167F5_SUP)

08) (P080167F5) Nesse texto, o trecho “Adota nóis, sô!” é próprio de uma linguagem
A) científica.
B) formal.
C) jornalística.
D) regional.

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Leia os textos abaixo.


Texto 1
História de pescaria
O velho era eu; o mar, o nosso; mas a novela é bem menor que a de Hemingway.
Na véspera ouvíramos uma notícia espantosa: um marlin fora visto na Praia Azedinha. Não
contarei onde fica a Azedinha; quem sabe, sabe, quem não sabe procure no mapa; não achará, e
a nossa prainha continuará como é, pequena e doce, escondida do mundo. A notícia era absurda:
os marlins costumam passar a muitas milhas da costa, assim mesmo só quando tem iate de gente
bem lá, como o Sr. Raymundo Castro Maya, o Sr. Betty Faria, por exemplo. Pois uma senhora o
viu no rasinho, junto da pedra. As senhoras veem muita coisa no mar e no ar, que não há: mas
Manuel também viu, e Manuel é pescador de seu ofício, e quando lhe mostramos a fotografia de
um marlin disse: “Era esse mesmo.”.
BRAGA, Rubem. In: Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Record, 1998. Fragmento. *Adaptado: Reforma Ortográfica.

Texto 2
Uma pescaria inesquecível
Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé
da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria
no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja
captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos,
5 provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito
da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme
do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com
muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua
pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito,
10 as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida,
olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
– Você tem que devolvê‑lo, filho!
– Mas, papai, reclamou o menino.
15 – Vai aparecer outro, insistiu o pai.
– Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza
em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe
20 e o devolveu à água escura.
LENFESTEY, James P. Histórias para Aquecer o Coração dos Pais. Rio de Janeiro: Sextante, 2005. Fragmento.
(P091177RJ_SUP)

09) (P091177RJ) Um dos aspectos de distinção entre esses dois textos é


A) a estrutura textual.
B) a variação da linguagem.
C) o foco narrativo.
D) o meio de circulação.

10) (P091179RJ) No Texto 2, o clímax dessa narrativa encontra‑se no trecho:


A) “O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos,...”. (ℓ. 4)
B) “Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme do outro lado da linha.”. (ℓ. 6‑7)
C) “Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada.”. (ℓ. 11)
D) “Mesmo sem ninguém por perto, sabia [...] que a decisão era inegociável.”. (ℓ. 18‑19)

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Leia o texto abaixo.


O casamento do Bode com a Raposa
Eu ouço os velhos dizerem
que os bichos da antiguidade
falavam como falamos
e tinham civilidade [...]

Nesse tempo o mestre burro


lia, escrevia e contava
o cavalo era escrivão
o cachorro advogava
o carneiro era copeiro
e o jabuti desenhava

Leão era rei dos bichos


onça era professora
elefante era juiz
a raposa agricultora
o camelo era correio
a aranha tecedora [...]

Afinal todos os bichos


daquele tempo passado
eram como homens de hoje [...]
Disponível em: <https://www.netmundi.org/home/wp‑content/uploads/2020/11/O‑Casamento‑do‑Bode‑com‑a‑Raposa‑Literatura‑de‑Cordel‑por‑
Leandro‑Gomes‑de‑Barros.pdf>. Acesso em: 13 fev. 2023. Fragmento. (P092222H6_SUP)

11) (P092222H6) Nesse texto, há uma relação de comparação no verso:


A) “o cavalo era escrivão”. (2ª estrofe)
B) “e o jabuti desenhava”. (2ª estrofe)
C) “a aranha tecedora...”. (3ª estrofe)
D) “eram como homens de hoje...”. (4ª estrofe)

Leia o texto abaixo.

Os Amigos
Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta a impetuosa
Juventude antiga –
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a alga da maresia
E colher a estrela do mar em minha mão
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Os Amigos. In: Citador. Disponível em: <http://www.citador.pt/poemas/os‑amigos‑sophia‑de‑mello‑breyn
er‑andresen>. Acesso em: 27 fev. 2018. (P091633H6_SUP)

12) (P091634H6) Nesse texto, infere‑se que o eu lírico


A) costuma visitar praias durante as férias.
B) está desiludido com suas amizades.
C) sente saudades de sua juventude.
D) trabalha na praia nas horas vagas.

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Leia o texto abaixo.


Por que sentimos mais dor no frio?
A psicologia evolutiva diz algo parecido com o que sua mãe diria: “É pra você aprender”.

Sabe a diferença entre fatalidade e tragédia? Fatalidade é bater o pé no batente da porta;


tragédia é bater em um dia de frio. O que torna a dor maior nas temperaturas menores é a
contração dos músculos e dos vasos sanguíneos.
A intenção do nosso corpo até que é das melhores: os músculos se contraem
5 involuntariamente para se manterem aquecidos, e o sangue sai das articulações em direção
ao tronco para manter nossa temperatura constante. O problema, como qualquer mindinho
pode confirmar, é que uma pancada em uma articulação contraída e sem sangue dói muito
mais que uma normal. Uma hipótese é que, além disso, o frio tornaria mais sensível os
receptores livres, os terminais nervosos que levam a sensação de dor para o cérebro.
10 Segundo a psicologia evolutiva, a intenção é que doa mais mesmo. Parece contraintuitivo,
mas a teoria é a seguinte: como no frio a prioridade é se aquecer, não se mexer, ao longo do
tempo teriam sido selecionados os indivíduos que sentiam mais dor e, consequentemente,
se arriscavam menos em baixas temperaturas. Como diz o sociobiólogo Robert Trivers, “a
Mãe Natureza prefere seus filhos mais comportados”.
Superinteressante. Edição 283, out. 2010. Editora Abril. p. 46 (P090717ES_SUP)

13) (P090719ES) Esse texto apresenta como assunto a


A) causa de a dor intensificar‑se no frio.
B) contração dos músculos e dos vasos.
C) diferença entre fatalidade e tragédia.
D) sensação de dor levada ao cérebro.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <bit.ly/3TgiEUv>. Acesso em: 13 mar. 2023. (P092318H6_SUP)

14) (P092318H6) Esse texto foi escrito para


A) adestradores de animais.
B) biólogos.
C) tutores de animais.
D) veterinários.
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Leia os textos abaixo.

Texto 1 Texto 2
SONETO DO MAIOR AMOR Amor é fogo que arde sem se ver

Maior amor nem mais estranho existe Amor é fogo que arde sem se ver;
Que o meu, que não sossega a coisa amada É ferida que dói e não se sente;
E quando a sente alegre, fica triste É um contentamento descontente;
E se a vê descontente, dá risada. É dor que desatina sem doer.

5 E que só fica em paz se lhe resiste 5 É um não querer mais que bem querer;
O amado coração, e que se agrada É um andar solitário entre a gente;
Mais da eterna aventura em que persiste É nunca contentar‑se de contente;
Que de uma vida mal‑aventurada. É um cuidar que se ganha em se perder.

Louco amor meu, que quando toca, fere É querer estar preso por vontade
10 E quando fere vibra, mas prefere 10 É servir a quem vence o vencedor,
Ferir a fenecer – vive a esmo É ter com quem nos mata lealdade.

Fiel à sua lei de cada instante Mas como causar pode seu favor
Desassombrado, doido, delirante Nos corações humanos amizade;
Numa paixão de tudo e de si mesmo. Se tão contrário a si é o mesmo amor?

MORAIS, Vinícius de. O poeta não tem fim. 1976. São CAMÕES, Luís de. Lírica. São Paulo. Cultrix, 1976.
Paulo: Ver. 2002.p.32. (P090586EX_SUP) São Paulo: Ver. 2002. p. 32. p.123.
(P090586EX_SUP)

15) (P090586EX) Esses textos tratam, principalmente,


A) da grandeza do amor.
B) das contradições do amor.
C) do sofrimento amoroso.
D) dos relacionamentos amorosos.

16) (P090589EX) No Texto 1, a palavra “mas”, no trecho “... mas prefere / Ferir a fenecer – vive a esmo”
(v. 10 ‑11), introduz uma ideia de
A) alternativa.
B) causa.
C) consequência.
D) oposição.

8 BL01P09
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Leia o texto abaixo.

Disponível em: <https://dlscomunicacao.com.br/case/5asec‑doe‑suas‑roupas/>. Acesso em: 28 mar. 2023. (P012929_SUP)

17) (P012929) Nesse texto, a forma verbal “DOE” foi usada para
A) dar uma ordem.
B) ensinar uma tarefa.
C) fazer um pedido.
D) reforçar um alerta.

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Leia o texto abaixo.

Cavernas gigantes de 8 mil anos foram encontradas em várias partes do Brasil

Túneis enormes descobertos na América do Sul por volta da chegada do século 21 não foram feitos
por seres humanos, nem por processos geológicos. Segundo pesquisadores, tratam‑se de paleotocas,
construídas no passado por animais da megafauna extinta nesta parte do continente americano.
Até o início dos anos 2000, quase nenhuma toca atribuída à megafauna havia sido descrita
na literatura científica. Mas os estudos na área avançaram: em seu estado natal, o Rio Grande
do Sul, o professor [...] Heinrich Theodor Frank documentou pelo menos 1,5 mil paleotocas até
2017 [...].
No Rio Grande do Sul, o professor encontrou tocas que originalmente tinham centenas de
metros de comprimento. Mais de 304 metros totais de túnel foram medidos em outra toca na
Serra Gandarela, bem ao norte do estado de Minas Gerais. [...]
Em 2010, o geólogo, [...] Amilcar Adamy, investigou pela primeira vez rumores sobre uma
dessas cavernas no sul do Brasil. [...]
“Eu nunca tinha visto nada parecido antes”, disse Adamy, que resolveu voltar em 2015 ao
local. “Realmente chamou minha atenção. Não parecia natural.”
Após fazer perguntas ao seu redor, o especialista encontrou o caminho para um buraco em
uma encosta arborizada a alguns quilômetros ao norte da fronteira boliviana. Uma inspeção
preliminar da caverna mostrou que ela não era obra de um processo geológico natural. [...]
Aquela acabou sendo a primeira paleotoca descoberta na Amazônia, além de uma das maiores
já medidas, com túneis ramificados de cerca de 610 metros de comprimento. Os poços principais,
ampliados pela erosão, tinham originalmente mais de 1,8 metro de altura e 1,5 metro de largura. [...]
GALILEU. Cavernas gigantes de 8 mil anos foram encontradas em várias partes do Brasil. 2023. Disponível em: <http://glo.bo/43sIt8J>.
Acesso em: 14 abr. 2023. Fragmento. (P013250_SUP)

18) (P013251) Nesse texto, no trecho “... com túneis ramificados...” (7º parágrafo), a palavra destacada
significa
A) desenhados.
B) divididos.
C) floridos.
D) perigosos.

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Leia o texto abaixo.

Aleatórios

Duas horas da madruga…


O sono estava maravilhoso. A coberta, aconchegante. [...]
Primeiro a invasão se deu no sonho. Sabe quando você está dormindo e os ruídos externos se
incorporam ao mundo onírico1 na vã tentativa de impedir seu despertar? Pois é…
Estava eu passeando na praia. Uma bateria de escola de samba, carregada na percussão,
começou a atravessar meu caminho, criando um obstáculo intransponível até o mar. Aquilo ali
estava incômodo e estranho, não tinha mais como me demorar por lá. A paisagem foi esmaecendo2
e, aos poucos, os sentidos foram sendo retomados.
Primeiramente, a audição, que continuava a captar aquelas batidas que me atravessaram o
rumo do banho oceânico. Agora mais pareciam um grande bumbo seco na frieza da vida real.
Não demorou muito mais tempo e acordei de vez, conseguindo, enfim, abrir os olhos.
Mesmo com a porta fechada, o barulho era alto. Saí do quarto e, à medida que me aproximava
da sala, o ruído só aumentava. Adentrando o recinto, notei que a mesa, o sofá e a velha cadeira
de balanço do vovô estavam todos em ordem. Mas o armário dos livros, apesar de permanecer
trancado, sacudia, balançava, debatia‑se, como se vivo estivesse. O batuque desenfreado
aumentava, então tomei a decisão da qual logo me arrependeria: abri a porta.
Sem demora, os volumes começaram a sair, tomar conta daquele espaço, voar por todos os
cantos… mas não todos os livros, apenas alguns mais rebeldes [...].
Com gentileza, sem me arranhar a pele, fui logo tocado pela Epiderme Poética de Nice Neves.
Enquanto isso, Ao Pé do Ouvido, Charlene França, em segredo, sussurrava sobre a Pétala que
colhera do jardim de Thaís Reis. Os livros, todos Alados, só obedeciam a Luiz Medina, menos o
Poema Caótico, que foi passear com Totó, em Morro Agudo. Por ironia do destino, Colinha dava
uma colada nos próximos contos do Carlos Mendes, enquanto este navegava pelas palavras de
Marujo. [...]
Menos preocupados, os contos minimalistas de Moduan pularam pela janela e foram procurar
pelas portas das lojas onde poderiam criar novos poemas‑instalações [...].
Por sorte, Klem, com seu machado de prata, cortou logo aquela bagunça, explicando‑me
depois [...] que, na verdade, todos aqueles livros desejavam voltar para seus lugares. Enfim,
respirei aliviado.
A desordem estava desfeita e o armário, novamente trancado, tinha parado de sacolejar.
Lancei os olhos por toda a sala e percebi que apenas um livro permanecia de fora, esquecido
aleatoriamente sobre a cadeira de balanço. E seu título era: “Aleatórios, Coletânea de Contos”.

*Vocabulário:
1
onírico: fantasioso; mundo dos sonhos.
2
esmaecendo: apagando.
BOLLMANN, Alexandre. Aleatórios. In: Contos Aleatórios. 2022. Disponível em: <http://contosaleatorios.com.br/aleatorios/>.
Acesso em: 11 maio 2023. Fragmento. (P014744_SUP)

19) (P014744) Nesse texto, o narrador


A) conhece os sentimentos dos personagens sem participar da história.
B) conta os acontecimentos que ouviu de um personagem da história.
C) é um personagem secundário da história.
D) participa da história como personagem principal.

11 BL01P09
P0901

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <www.monica.com.br/comics/tirinhas.htm> Acesso em: 20 dez. 2009. (P090150B1_SUP)

20) (P090150B1) Nesse texto, o menino ficou em dúvida da resposta que daria ao amigo no último quadrinho
porque o carro é
A) alto demais.
B) de brinquedo.
C) feito de sucata.
D) muito esquisito.

12 BL01P09
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Leia o texto abaixo.

Bons motivos para gargalhar


Uma risada gostosa protege o coração, melhora o sistema imunológico e manda o
estresse para bem longe

Cada vez que você ri...


… sente‑se relaxado por, no mínimo, 45 minutos, já que o corpo reage à gargalhada
liberando endorfina, uma substância que promove o bem‑estar.
… manda sua dor temporariamente embora, pois a produção de serotonina é
5 acelerada. Ela funciona como uma espécie de analgésico natural. Sem prescrições ou
efeitos colaterais!
… seu coração fica mais forte. Estudos recentes da Universidade de Maryland, em
Baltimore (EUA), indicam que rir com frequência pode diminuir em até 40% as chances de
um problema cardíaco.
10 … os pulmões ficam mais limpos, já que a risada exige melhor ventilação pulmonar,
eliminando assim o excesso de dióxido de carbono e vapores residuais do órgão, deixando‑o
muito mais saudável.
… o sistema imunológico se fortalece. De acordo com cientistas na Universidade de
Loma Linda, na Califórnia (EUA), a gargalhada faz aumentar a produção e a atividade no corpo
15 das chamadas células NK (Natural Killerss ou Assassinas por Natureza, em português). Apesar
do nome assustador, elas só fazem bem ao organismo, já que destroem vírus a até tumores.
… sua digestão melhora, pois o movimento muscular da risada acelera o sistema
gastrointestinal, o que contribui para a beleza da pele e dos cabelos.
Claúdia, Editora Abril, set. 2010, p.19. (P090708ES_SUP)

21) (P090710ES) O assunto desse texto é


A) o estudo realizado pelos cientistas.
B) o movimento muscular da risada.
C) os efeitos de boas gargalhadas.
D) os vapores residuais do pulmão.

22) (P090711ES) No trecho “Ela funciona como uma espécie de analgésico...” (ℓ. 5), o termo destacado
refere‑se à
A) beleza.
B) endorfina.
C) gargalhada.
D) serotonina.

13 BL01P09
P0901

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://migre.me/sa97R>. Acesso em: 19 nov. 2015. (P091443H6_SUP)

23) (P091443H6) O objetivo desse texto é


A) divulgar uma pesquisa.
B) ensinar um procedimento.
C) propor uma reflexão.
D) vender um produto.

Leia o texto abaixo.

A história do piquenique

Há quem diga que tudo começou na França, outros na Inglaterra. O fato é que confraternizar
em grupo e ao ar livre é um hábito que atravessa eras e culturas. Na antiga Babilônia, Grécia,
Egito e Roma os festivais ao ar livre uniam toda a comunidade. Dos Romanos vem o costume das
“reuniões de caça” [...]. É daí que vem a expressão “pôr a mesa”, que a gente usa até hoje. [...]. E
dessas grandes reuniões é que vem a cultura do piquenique que a gente conhece hoje.
A escrita varia muito, mas a palavra apareceu pela primeira vez em 1649 no livro “Les charmants
effets des barricades” para nomear essas refeições ao ar livre (pique do verbo pegar, e nique
como algo pequeno). Não uma refeição completa, mas os pequenos lanches que a gente prepara
em família. Dizem que os franceses são os que mais inventam moda no mundo, e desde então o
piquenique se espalhou.
Hoje o piquenique é um costume mundial, que cada cultura traduz de uma forma. O que não
muda é a confraternização em grupo, com comidas variadas, reunidas ao ar livre com o intuito
principal do lazer.
Disponível em: <https://bemglo.com/vamos‑ao‑piquenique/>. Acesso em: 4 maio 2023. Fragmento. (P014368_SUP)

24) (P014368) Nesse texto, no trecho “... que a gente conhece hoje...” (1º parágrafo), o termo em destaque
retoma
A) cultura do piquenique.
B) escrita.
C) lazer.
D) toda a comunidade.

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P0901

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/fotografia/2014/09/25/440481‑970x600‑1.jpeg>. Acesso em: 17 mar. 2017. (P090754H6_SUP)

25) (P090754H6) O último quadrinho desse texto mostra que o menino


A) convidou o sapo para jogar com ele.
B) deu outro sentido ao pedido feito.
C) parou de jogar para dar atenção ao pedido.
D) passou a jogar de costas para a televisão.

Leia o texto abaixo.

Gente bonita de verdade

Bruno é aluno da Escola Estadual Salvador Moya. Lá conheceu a Silvia, professora há 16


anos e também consultora de vendas. A Rosana é amiga da Silvia, adora se cuidar e não deixa
de cuidar dos outros. Sempre que pode, compra [...]: camisetas, canetas, cartões e embalagens
para presente que ajudam a financiar projetos como o Eco‑Moya, da escola da Silvia e do Bruno,
que hoje recicla todo tipo de material. [...] Essa é uma história de gente que gosta da beleza e
gosta da verdade. Gente bonita de verdade.
Cláudia. Edição n 495. São Paulo: Abril, dez. 2002. Adaptado. (P090711EX_SUP)

26) (P090711EX) Esse texto fala de pessoas que estão preocupadas em


A) comercializar produtos.
B) cuidar do aspecto físico.
C) cuidar do meio ambiente.
D) financiar projetos.

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