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DIAGNÓSTICA
PAIC 2023
LÍNGUA PORTUGUESA
9º ano do Caderno
Ensino Fundamental
P0901
Nome do estudante
Caro estudante,
Você está participando da 2ª Avaliação Diagnóstica do PAIC. Sua participação é muito importante.
Dinossauro na internet
Sempre me orgulhei: fui o primeiro de meus amigos a possuir computador pessoal. Haja
tempo! Aconteceu há cerca de duas décadas. A máquina era um trambolho com programas
complicados. E lentíssima! [...] Orgulhoso, eu me considerava adaptado aos novos tempos
cibernéticos. [...] Ainda me considerava uma sumidade em tecnologia, até ver um garotinho
5 de 8 anos baixar programas de celular. Que vergonha! Eu sou do tipo que quase consegue
baixar um programa. [...]
Tudo está se tornando complicado demais. Eu me confundo até com o controle remoto
da televisão e do DVD. Não é brincadeira: se coloco um filme, vem a imagem, mas não o
som. Ou consigo ouvir os diálogos, mas a tela fica preta. No carro, quase enlouqueço se
10 alguém tira da minha estação predileta. Escapei de bater tentando captar música clássica.
Já consigo falar no meu celular, mandar torpedos e fotografar. Só me atrapalho para achar
um endereço no Google em menos de dez minutos!
Entrei com cautela no universo das redes de relacionamento. Logo fiquei fascinado. Há
alguns anos era louco pelo Orkut. Criei um grupo de amigos. Todas as noites nos encontrávamos
15 virtualmente. A relação se tornou tão próxima que certa vez convidei dez amigos virtuais para
jantar em casa. De sobremesa, servi bolo com uma miniatura de mim mesmo e morcegos
de glacê – como só entrava de madrugada, chamavam‑me carinhosamente de Morcegão.
Algumas dessas pessoas permanecem na minha vida até hoje. [...]
Surgiram novos sites de relacionamento, com mais ferramentas, como o Facebook e o
20 Twitter. O Orkut reagiu: transformou‑se, abrindo novas possibilidades de interação. Imagino os
milhões de dólares gastos para reprogramar o site. Tentei, mas não consegui me adaptar ao
novo Orkut. Voltei ao antigo. Muita gente que conheço fez o mesmo. Ou abandonou de vez. [...]
Agora o Twitter lançou uma nova versão. Tentei incorporá‑la. Duas horas depois, irritado,
voltei à anterior. Muitas pessoas que me seguem também não se adaptaram. Melhor
25 dizendo: assustam‑se somente os mais velhos. Crianças e jovens adaptam‑se facilmente.
A cada complicação, eu me sinto mais excluído. “Ah, eu não sabia” tornou‑se uma frase
comum no meu vocabulário. Sou louco pela internet. Como não ficar para trás? Daqui a
pouco vou ter de tomar aulas para entender as novidades! Talvez meu “professor” tenha 8
ou 9 anos de idade! [...]
CARRASCO, Walcyr. Veja São Paulo, 20 out. 2010. Fragmento. (P091440RJ_SUP)
02) (P091446RJ) Nesse texto, as palavras “Orkut”, “Facebook” e “Twitter” estão escritas de forma diferente,
porque são
A) expressões regionais.
B) gírias.
C) neologismos.
D) termos estrangeiros.
03) (P091443RJ) O trecho “A máquina era um trambolho...” (ℓ. 2) indica que o computador do narrador era
A) complexo.
B) deformado.
C) imenso.
D) vagaroso.
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05) (P091445RJ) O trecho “Ou abandonou de vez.” (ℓ. 22) estabelece com o período anterior uma relação de
A) adição.
B) alternância.
C) condição.
D) consequência.
[...] O livro conta a estória de quatro jovens, nos anos 30, que tinham a missão de levar
conhecimento na forma de livros às áreas rurais mais remotas e isoladas da cidadezinha onde
viviam, sempre a cavalo.
Beth é uma jovem rebelde que vive com o pai e irmãos [...]. Izzy é filha da idealizadora do
projeto [...]. Margery é uma mulher independente de quase quarenta anos [...]. Alice, uma moça
estrangeira que se casou com o filho do dono da mina local [...], se voluntariou para tentar se
enturmar [...].
Os livros eram doações e muitas vezes em péssimo estado. Margery traçou rotas e nas
primeiras semanas fez a rota de Alice com ela para que a jovem estrangeira conhecesse a cidade
e sua área rural. Alguns moradores as recebiam bem, outros nem tanto [...].
O foco do livro é a biblioteca a cavalo, mas como pano de fundo temos a mineração e a
influência dos poderosos da cidade [...].
Mesmo com um inverno rigoroso, as mulheres nunca deixavam de entregar os livros. [...]
Eu devo dizer que me surpreendi muito com todo o desfecho deste livro. Anteriormente não tive
uma experiência de leitura muito boa com a autora e comecei a ler este com receio de que fosse
influenciada, mas não, a escrita é envolvente, temos cenas emocionantes e outras engraçadas.
Praticamente li em dois dias, sendo que no primeiro li 250 páginas. Apesar de a narrativa se
passar na década de 30, não temos uma escrita de época. [...] É uma leitura que indico muito.
VIVIANE. [Resenha] Um caminho para a liberdade | Jojo Moyes. In: Duas Livreiras. 2020. Disponível em: <https://bit.ly/3bgXMup>.
Acesso em: 21 jun. 2022. Fragmento. (P081820I7_SUP)
06) (P081820I7) Nesse texto, no trecho, “Praticamente li em dois dias...” (6º parágrafo), a palavra destacada
foi usada para
A) indicar uma ação ocorrida no passado.
B) marcar uma ação realizada no presente.
C) mostrar uma ação que está em andamento.
D) revelar uma ação que acontecerá no futuro.
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[...] Levar seus filhos para passeios diferentes pode ser uma ótima opção de criar memórias
incríveis com eles. Com isso, veja a seguir as dicas de como curtir a natureza no Dia das Crianças
em família, sem esquecer da diversão:
Leve as crianças ao parque
Uma opção perfeita para passar esse dia especial na natureza é levá-los até um parque.
Dependendo do lugar em que você morar, podem existir diversas opções de espaços com muita
natureza para o seu filho brincar e se divertir.
Esses lugares que proporcionam o contato direto com a natureza podem ser opções diferentes
de shoppings, por exemplo. Lá seus filhos podem observar animais, passear por trilhas, brincar
em uma área verde e ter muita diversão.
Em alguns parques, existem exposições de animais que encantam as crianças. Além disso,
o artesanato local também é uma opção de presentear os pequenos no Dia das Crianças de
maneira diferente.
RUBEM, Jackson. Dia das Crianças: como curtir a natureza de forma divertida e em família. In: O Brasileirinho.
Disponível em: <https://bit.ly/3fV5Eof>. Acesso em: 11 nov. 2022. Fragmento. (P005963_SUP)
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08) (P080167F5) Nesse texto, o trecho “Adota nóis, sô!” é próprio de uma linguagem
A) científica.
B) formal.
C) jornalística.
D) regional.
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Texto 2
Uma pescaria inesquecível
Ele tinha onze anos e, a cada oportunidade que surgia, ia pescar no cais próximo ao chalé
da família, numa ilha que ficava em meio a um lago. A temporada de pesca só começaria
no dia seguinte, mas pai e filho saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja
captura estava liberada. O menino amarrou uma isca e começou a praticar arremessos,
5 provocando ondulações coloridas na água. Logo, elas se tornaram prateadas pelo efeito
da lua nascendo sobre o lago. Quando o caniço vergou, ele soube que havia algo enorme
do outro lado da linha. O pai olhava com admiração, enquanto o garoto habilmente, e com
muito cuidado, erguia o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua
pesca só era permitida na temporada. O garoto e o pai olharam para o peixe, tão bonito,
10 as guelras para trás e para frente. O pai, então, acendeu um fósforo e olhou para o relógio.
Eram dez da noite, faltavam apenas duas horas para a abertura da temporada. Em seguida,
olhou para o peixe e depois para o menino, dizendo:
– Você tem que devolvê‑lo, filho!
– Mas, papai, reclamou o menino.
15 – Vai aparecer outro, insistiu o pai.
– Não tão grande quanto este, choramingou a criança.
O garoto olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista.
Voltou novamente o olhar para o pai. Mesmo sem ninguém por perto, sabia, pela firmeza
em sua voz, que a decisão era inegociável. Devagar, tirou o anzol da boca do enorme peixe
20 e o devolveu à água escura.
LENFESTEY, James P. Histórias para Aquecer o Coração dos Pais. Rio de Janeiro: Sextante, 2005. Fragmento.
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Os Amigos
Voltar ali onde
A verde rebentação da vaga
A espuma o nevoeiro o horizonte a praia
Guardam intacta a impetuosa
Juventude antiga –
Mas como sem os amigos
Sem a partilha o abraço a comunhão
Respirar o cheiro a alga da maresia
E colher a estrela do mar em minha mão
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner. Os Amigos. In: Citador. Disponível em: <http://www.citador.pt/poemas/os‑amigos‑sophia‑de‑mello‑breyn
er‑andresen>. Acesso em: 27 fev. 2018. (P091633H6_SUP)
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Texto 1 Texto 2
SONETO DO MAIOR AMOR Amor é fogo que arde sem se ver
Maior amor nem mais estranho existe Amor é fogo que arde sem se ver;
Que o meu, que não sossega a coisa amada É ferida que dói e não se sente;
E quando a sente alegre, fica triste É um contentamento descontente;
E se a vê descontente, dá risada. É dor que desatina sem doer.
5 E que só fica em paz se lhe resiste 5 É um não querer mais que bem querer;
O amado coração, e que se agrada É um andar solitário entre a gente;
Mais da eterna aventura em que persiste É nunca contentar‑se de contente;
Que de uma vida mal‑aventurada. É um cuidar que se ganha em se perder.
Louco amor meu, que quando toca, fere É querer estar preso por vontade
10 E quando fere vibra, mas prefere 10 É servir a quem vence o vencedor,
Ferir a fenecer – vive a esmo É ter com quem nos mata lealdade.
Fiel à sua lei de cada instante Mas como causar pode seu favor
Desassombrado, doido, delirante Nos corações humanos amizade;
Numa paixão de tudo e de si mesmo. Se tão contrário a si é o mesmo amor?
MORAIS, Vinícius de. O poeta não tem fim. 1976. São CAMÕES, Luís de. Lírica. São Paulo. Cultrix, 1976.
Paulo: Ver. 2002.p.32. (P090586EX_SUP) São Paulo: Ver. 2002. p. 32. p.123.
(P090586EX_SUP)
16) (P090589EX) No Texto 1, a palavra “mas”, no trecho “... mas prefere / Ferir a fenecer – vive a esmo”
(v. 10 ‑11), introduz uma ideia de
A) alternativa.
B) causa.
C) consequência.
D) oposição.
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17) (P012929) Nesse texto, a forma verbal “DOE” foi usada para
A) dar uma ordem.
B) ensinar uma tarefa.
C) fazer um pedido.
D) reforçar um alerta.
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Túneis enormes descobertos na América do Sul por volta da chegada do século 21 não foram feitos
por seres humanos, nem por processos geológicos. Segundo pesquisadores, tratam‑se de paleotocas,
construídas no passado por animais da megafauna extinta nesta parte do continente americano.
Até o início dos anos 2000, quase nenhuma toca atribuída à megafauna havia sido descrita
na literatura científica. Mas os estudos na área avançaram: em seu estado natal, o Rio Grande
do Sul, o professor [...] Heinrich Theodor Frank documentou pelo menos 1,5 mil paleotocas até
2017 [...].
No Rio Grande do Sul, o professor encontrou tocas que originalmente tinham centenas de
metros de comprimento. Mais de 304 metros totais de túnel foram medidos em outra toca na
Serra Gandarela, bem ao norte do estado de Minas Gerais. [...]
Em 2010, o geólogo, [...] Amilcar Adamy, investigou pela primeira vez rumores sobre uma
dessas cavernas no sul do Brasil. [...]
“Eu nunca tinha visto nada parecido antes”, disse Adamy, que resolveu voltar em 2015 ao
local. “Realmente chamou minha atenção. Não parecia natural.”
Após fazer perguntas ao seu redor, o especialista encontrou o caminho para um buraco em
uma encosta arborizada a alguns quilômetros ao norte da fronteira boliviana. Uma inspeção
preliminar da caverna mostrou que ela não era obra de um processo geológico natural. [...]
Aquela acabou sendo a primeira paleotoca descoberta na Amazônia, além de uma das maiores
já medidas, com túneis ramificados de cerca de 610 metros de comprimento. Os poços principais,
ampliados pela erosão, tinham originalmente mais de 1,8 metro de altura e 1,5 metro de largura. [...]
GALILEU. Cavernas gigantes de 8 mil anos foram encontradas em várias partes do Brasil. 2023. Disponível em: <http://glo.bo/43sIt8J>.
Acesso em: 14 abr. 2023. Fragmento. (P013250_SUP)
18) (P013251) Nesse texto, no trecho “... com túneis ramificados...” (7º parágrafo), a palavra destacada
significa
A) desenhados.
B) divididos.
C) floridos.
D) perigosos.
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Aleatórios
*Vocabulário:
1
onírico: fantasioso; mundo dos sonhos.
2
esmaecendo: apagando.
BOLLMANN, Alexandre. Aleatórios. In: Contos Aleatórios. 2022. Disponível em: <http://contosaleatorios.com.br/aleatorios/>.
Acesso em: 11 maio 2023. Fragmento. (P014744_SUP)
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20) (P090150B1) Nesse texto, o menino ficou em dúvida da resposta que daria ao amigo no último quadrinho
porque o carro é
A) alto demais.
B) de brinquedo.
C) feito de sucata.
D) muito esquisito.
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22) (P090711ES) No trecho “Ela funciona como uma espécie de analgésico...” (ℓ. 5), o termo destacado
refere‑se à
A) beleza.
B) endorfina.
C) gargalhada.
D) serotonina.
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A história do piquenique
Há quem diga que tudo começou na França, outros na Inglaterra. O fato é que confraternizar
em grupo e ao ar livre é um hábito que atravessa eras e culturas. Na antiga Babilônia, Grécia,
Egito e Roma os festivais ao ar livre uniam toda a comunidade. Dos Romanos vem o costume das
“reuniões de caça” [...]. É daí que vem a expressão “pôr a mesa”, que a gente usa até hoje. [...]. E
dessas grandes reuniões é que vem a cultura do piquenique que a gente conhece hoje.
A escrita varia muito, mas a palavra apareceu pela primeira vez em 1649 no livro “Les charmants
effets des barricades” para nomear essas refeições ao ar livre (pique do verbo pegar, e nique
como algo pequeno). Não uma refeição completa, mas os pequenos lanches que a gente prepara
em família. Dizem que os franceses são os que mais inventam moda no mundo, e desde então o
piquenique se espalhou.
Hoje o piquenique é um costume mundial, que cada cultura traduz de uma forma. O que não
muda é a confraternização em grupo, com comidas variadas, reunidas ao ar livre com o intuito
principal do lazer.
Disponível em: <https://bemglo.com/vamos‑ao‑piquenique/>. Acesso em: 4 maio 2023. Fragmento. (P014368_SUP)
24) (P014368) Nesse texto, no trecho “... que a gente conhece hoje...” (1º parágrafo), o termo em destaque
retoma
A) cultura do piquenique.
B) escrita.
C) lazer.
D) toda a comunidade.
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