Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2024
São Paulo, Brasil
O Autor
! ! " ! #
$ %! !!
&! !'# ( ) # &
! " ! * !
' ! !
+ ,,
& !
- ./0 1
!
"! "! " # " , 1
2 3 $ 2 ,
* - 4 $ !" #
1 5
6 ,0,.//7
. , , ' $ 4 $ * " ,
"8 3 9 3 : ;1
* 3 * #
< 9 3 % = $
< 9 $% &'' (< 9 $ )*
!* ( ,
Israel Souza Lima
(Vida Centenária de um Homem Singular)
Carlos Biasotti
2024
São Paulo, Brasil
Índice
Preâmbulo.............................................................................................11
I. Os primórdios da vida do varão secular.........................................13
II. A infância de Israel............................................................................. .17
III. O adolescente Israel e sua aptidão para árduas tarefas................23
IV. A avidez do saber, o trabalho e a paixão dos livros.......................27
V. Assíduo frequentador de livrarias e alfarrábios.............................35
VI. Israel: laureado escritor........................................................................43
VII. Amigo de notáveis homens de letras...............................................49
VIII. As preocupações de um espírito superior......................................53
IX. Uma fonte de energia e orgulho: a família.......................................55
X. Preceitos para uma vida longa, útil e feliz.......................................59
Preâmbulo
(6) Taylor Caldwell, Pilar de Ferro, 2a. ed., p. 20; trad. Ataliba Nogueira Jr.;
Edições Melhoramentos; São Paulo).
(7) João Ameal, São Tomás de Aquino, 4a. ed., p. 9; Livraria Tavares Martins;
Porto.
14
— Eu também fiz minha parte; era quem comprava lápis e giz para
as lições do menino.
— Foi um dia especial aquele em que, à primeira hora, meu pai (que
Deus tenha em glória!) chamou a seus pés alguns empregados da fazenda e,
após apertar a mão a cada um deles, como era seu estilo, disse-lhes:
(8) Numa das reuniões literárias de que participava, como viesse a ponto a
influência do livro na modelação do caráter do indivíduo, pediu Israel a
palavra pela ordem (de idade) e declarou que a Bíblia lhe fora sempre (e
ainda o era), viático espiritual, bálsamo nas atribulações e roteiro seguro de
vida. Ninguém se abalançou a contestá-lo!
20
Seu pai, após chamá-lo para mais perto de si, quis descobrir
a Israel o motivo daquela viagem. Esperou que o carro transpusesse
o rio da fazenda, não lhe fosse abafar a voz o estridor das rodas
sobre a ponte de madeira; em seguida, falou nesta substância:
— Foi uma das mais belas lições que recebi de meu saudoso pai!
Ensinou-me, sem ostentação nem rufar de tambor — aliás, com suma
discrição —, que devia ter solidariedade e empatia com as pessoas carentes e
ser parcimonioso, não me faltasse amanhã o necessário para uma vida
digna e modesta.
22
E declamou: “Os olhos têm dois ofícios: ver e chorar; e mais parece
que os criou Deus para chorar, que para ver, pois os cegos não veem e
choram”.
Sebo do Messias
(Praça João Mendes, 166)
41
—!
(20) Cabe aqui perfeitamente o que disse Terêncio: A própria velhice é já uma
doença: “Senectus ipsa est morbus” (Giuseppe Fumagalli, L’Ape Latina, 1992,
p. 284; Hoepli; Milão). É fardo que passou a provérbio: “As doenças são o
apanágio da velhice” (Caldas Aulete, Dicionário Contemporâneo, 2a. ed.; v.
apanágio).
VII. Amigo de notáveis homens de letras
Nos dias de sua juventude, Israel aprendeu do pai
Everaldino lição que, de tão bela e sábia, transmitiu ao filho e
netos: “Chega-te aos bons e serás um deles”.
José Mindlin
51
Nas rodas literárias — que as havia todo mês (em sua casa
ou em conceituados restaurantes da Capital) —, Israel expunha
com frequência a teoria de que nenhum homem estava obrigado
a prometer nada a ninguém; contudo, uma vez que empenhasse a
sua palavra, devia dar sangue para cumpri-la.
(26) Ernesto Renan, Marco Aurélio e o Fim do Mundo Antigo, cap. I; Lello &
Irmão – Editores; Porto.
Trabalhos Jurídicos e Literários de
Carlos Biasotti