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Vol. 109 Nº 2 de fevereiro de 2010

ENDODONTOLOGIA Editor: Larz SW Spångberg

Avaliação comparativa da eficácia anestésica da anestesia

de condução mandibular de Gow-Gates, técnica de
Vazirani-Akinosi, infiltrações buco-linguais e
anestesia convencional do nervo alveolar inferior em
pacientes com pulpite irreversível
Vivek Aggarwal, MDS,a Mamta Singla, MDS,b e Debipada Kabi, MDS,c Nova Delhi e
Modi Nagar, Índia
HOSPITAL SAFDARJUNG E INSTITUTO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DENTÁRIA

Objetivo. O bloqueio convencional do nervo alveolar inferior (IANB) tem uma baixa taxa de sucesso em polpas inflamadas. Três técnicas
alternativas de anestesia em molares inferiores foram avaliadas e comparadas com o IANB convencional.

Design de estudo. Noventa e sete voluntários adultos, com dor ativa, participaram deste estudo prospectivo, randomizado e
duplo-cego. Vinte e cinco pacientes receberam anestesia de bloqueio de condução mandibular de Gow-Gates, 24 pacientes receberam
bloqueio “alto” do nervo alveolar inferior Vazirani-Akinosi, 26 receberam apenas infiltrações bucais-linguais e 22 pacientes
(controle) receberam anestesia IANB convencional. O preparo do acesso endodôntico foi iniciado após 15 minutos de anestesia.
A dor durante o tratamento foi registrada usando uma escala visual analógica de Heft-Parker.
O sucesso foi registrado para dor “nenhuma” ou “leve”.
Resultados. A análise estatística utilizando testes não paramétricos de McNemer mostrou que Gow-Gates deu uma taxa de sucesso
de 52%, que foi estatisticamente superior ao controle IANB (36%) (P <0,05). Vazirani-Akinosi e infiltrações deram taxas de sucesso
de 41% e 27%, respectivamente, sem diferenças estatisticamente significativas em relação ao controle IANB.
Conclusões. A anestesia de condução mandibular de Gow-Gates pode aumentar as taxas de sucesso em pacientes com pulpite
irreversível em comparação com BIAN convencional. Nenhuma das técnicas proporcionou taxas de sucesso aceitáveis. (Oral Surg
Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2010;109:303-308)

A anestesia local eficaz é um aspecto importante do manejo
de emergências endodônticas dolorosas. A anestesia local
nem sempre é eficaz nesses casos, independentemente do
dente envolvido ou da técnica de anestesia local utilizada.1-7
Vários mecanismos têm
a
Residente Sênior, Departamento de Cirurgia Dentária, Hospital Safdarjung.
b bloqueio
Professor Sênior, Departamento de Odontologia Conservadora e Endodontia,
Instituto de Ciências e Tecnologia Odontológica. cChefe do
Departamento, Departamento de Cirurgia Dentária, Hospital Safdarjung.
Recebido para publicação em 9 de agosto de 2009; devolvido para revisão em
31 de agosto de 2009; aceito para publicação em 10
de setembro de 2009. 1079-2104/$ -
ver capa © 2010 Mosby, Inc. Todos os direitos
reservados. doi:10.1016/j.tripleo.2009.09.016
foram levantadas hipóteses para explicar a falha dos
anestésicos locais, incluindo: variações anatômicas, como
inervações cruzadas e inervações acessórias (com nervo
lingual, nervo bucal, nervo milo-hióideo ou plexo
cervical)8-11; diminuição do pH local2,11; taquifilaxia de
soluções anestésicas11; ativação de no-ciceptores,
incluindo tetrodotoxina e receptor transitório sensível à
capsaicina – potencial vanilóide tipo 1 (TRPV1).11-14 O
convencional do nervo alveolar inferior (IANB) é a
técnica mais comumente usada para obter anestesia
pulpar para posterior procedimentos endodônticos
mandibulares.2,3 Envolve a deposição de solução
anestésica local no espaço pterigomandibular, banhando
o nervo alveolar inferior pouco antes de ele entrar no
forame mandibular. Esta técnica não anestesia outros

303
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304 Aggarwal, Singla e Kabi
ramos do nervo mandibular, incluindo nervo lingual, bucal e
nervo milo-hióideo. IANB tem uma falha alta
taxa, variando de 7% a 77%.5-7 As taxas de sucesso
pioram ainda mais em pacientes com tecidos pulpares
inflamados.2,3,7,11,15,16 Em 1973, o Dr. Gow-Gates publicou um
nova técnica de bloqueio verdadeiro do nervo mandibular, que
forneceu anestesia sensorial para toda a distribuição de
a divisão trigeminal mandibular.17 Esta técnica
usa pontos de referência extraorais e uma única injeção intraoral
e ponto de punção. Envolve deposição de anestésico
solução na face lateral do côndilo mandibular apenas
abaixo da inserção do músculo pterigóideo lateral, banhando
o nervo mandibular indiviso à medida que sai através do
forame oval.5,17
A técnica Gow-Gates envolve uma boca larga
abertura e não é viável em pacientes com redução
abertura da boca ou qualquer inchaço extaroral diminuindo
marcos extraorais. Frequentemente, na prática clínica, os
pacientes apresentam emergências endodônticas com
abertura bucal reduzida. Akinsi19 desenvolveu uma técnica
BIAN de boca fechada para esses pacientes. Envolve
inserção da agulha imediatamente medial ao ramo da
mandíbula, ao nível das margens gengivais da maxila
molares em posição de boca fechada, o que deposita o
solução de anestesia local no pterigomandibular
espaço.5,18,19 Um Akinossi modificado ou Akinossi “alto”
também é defendida a técnica que envolve a inserção de
agulha paralela ao plano oclusal maxilar no
nível da junção mucogengival maxilar.18 Este
deposita a solução de anestesia local em um nível mais alto
do que a técnica IANB convencional ou Vazirani-Akinosi, que
ajuda a banhar uma seção mais longa do
nervo alveolar.18
Recentemente, alguns autores demonstraram que
infiltrações apenas bucais ou bucais-linguais poderiam
proporcionar anestesia bem-sucedida em 32%-67% dos pacientes.
com lidocaína e 57%-92% com articaína, mesmo
sem fornecer o padrão IANB.20-23 Corbett et al.24
descobriram que a eficácia do tratamento bucal ou bucal-mais-lingual autor utilizando agulhas longas de calibre 27 (Septoject; Sept-
infiltrações de articaína a 4% com epinefrina para primeira
a anestesia pulpar molar foi semelhante à de um
IANB em uso de lidocaína com epinefrina. Para o melhor
de nosso conhecimento, a eficácia de apenas bucal ou
infiltrações buco-linguais ainda não foram
avaliado em polpas inflamadas.
O objetivo do presente estudo preliminar, prospectivo,
randomizado e duplo-cego foi comparar
a eficácia anestésica de 2 técnicas “altas” – bloqueio de
condução mandibular de Gow-Gates e Vazirani-Aki-
técnica nosi - com infiltrações bucais-linguais
e IANB convencional (controle) com articaína com
Epinefrina 1:100.000 em molares inferiores com pulpite
irreversível.
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Fevereiro de 2010
MATERIAIS E MÉTODOS
Participaram 102 voluntários adultos, que compareceram
ao pronto-socorro odontológico.
neste estudo prospectivo, randomizado e duplo-cego.
Mantivemos o nível de erro tipo I em 0,05 para um teste bicaudal. A
cálculo de poder ditou que um tamanho de amostra de 84
os sujeitos dariam 80% de poder para detectar uma diferença
de 15% na taxa de sucesso dos grupos de teste. Nós
assumiu uma taxa de abandono escolar de aproximadamente 10%-15%
e inscreveu pelo menos 24 sujeitos em cada grupo. O
os indivíduos estavam sentindo dor ativamente, estavam em boa
saúde e não tomavam nenhum medicamento que pudesse
alterar a percepção da dor, conforme determinado por questionamento oral
e questionário escrito. Uma autorização ética foi
solicitado ao comitê de revisão departamental, e um
consentimento informado por escrito foi obtido de cada sujeito.
Radiografias pré-operatórias foram obtidas. Os critérios de
inclusão do estudo foram: dor ativa em um
molar inferior; resposta prolongada ao teste de frio
com um bastão de gelo e um testador de polpa elétrico (Kerr;
Analítica Technology Corp., Redmond, WA); ausência
de qualquer radiolucência periapical nas radiografias, exceto
para um ligamento periodontal alargado; uma polpa coronal vital
na abertura de acesso; e capacidade de entender o uso de
escalas de dor.
Antes de iniciar o tratamento, os pacientes foram
solicitados a avaliar sua dor em um analógico visual Heft-Parker
escala (HP VAS). Uma escala visual analógica Heft-Parker
com uma linha de 170 mm marcada com vários termos que descrevem
avaliar os níveis de dor foi utilizado para esse fim.25 O
marcas milimétricas foram removidas da escala e o
a escala foi dividida em 4 categorias: “sem dor” correspondeu
a 0 mm; dor “fraca, fraca ou leve” para 0-54
milímetros; dor “moderada” até 55-114 mm; e forte,
dor intensa e máxima possível” até 114 mm.3,7
De forma aleatória, 24 pacientes receberam tratamento padrão
Injeções de IANB usando articaína a 4% com 1:100.000
epinefrina (Septanest; Septodont, Saint-Maur-des-Fosses,
França). A solução foi injetada pelo primeiro
odont). Após atingir a área alvo, a aspiração foi
realizada e 2,2 mL de solução foram depositados a uma taxa
de 1 mL/min.
Vinte e sete pacientes receberam anestesia por bloqueio
de condução mandibular de Gow-Gates. Para este bloco, 2
marcas de terra extraorais foram localizadas: ápice do intertrágico
entalhe e borda inferior do tragus. O paciente foi questionado
abrir amplamente a boca. Uma linha imaginária foi
desenhado a partir do entalhe intertrágico até o ângulo do
boca. A agulha foi inserida ao longo deste imaginário
plano através da cúspide mesiopalatal do ipsilateral
segundo molar superior. A divergência da seringa foi
mantido paralelo à divergência do tragus. A solução foi
injetada pelo mesmo médico (primeiro autor)
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Volume 109, Número 2
Tabela I. Comparação de idade, sexo e dor inicial e pós-injeção
Controle IANB
Idade (anos) 26 6, faixa- 21-32 12
Gênero masculino
10 mulheres
Dor inicial (escala HP VAS) 112 40
Dor pós-injeção (após 15 min) 96
Não houve diferenças significativas (P <0,05) entre os grupos.
BNIA, bloqueio do nervo alveolar inferior; HP VAS, escala visual analógica Heft-Parker.
utilizando agulha 31 mm (Septoject). A área alvo foi
região lateral do colo do côndilo logo abaixo da inserção do
músculo pterigóideo lateral. A agulha foi avançada até que
fosse feito contato ósseo na cabeça condilar.
Se o contato ósseo não for feito dentro de 27-29 mm de
penetração da agulha, a agulha foi ligeiramente retirada,
reposicionando a agulha mais distalmente em direção ao pré-molar. Se
a penetração foi de 25 mm, a agulha foi movida medialmente.
Após contato ósseo, a agulha foi ligeiramente retirada,
foi realizada aspiração e depositados 2,2 mL de solução
anestésica. O paciente foi solicitado a manter seu
boca por mais 2 minutos.
Vinte e cinco pacientes, selecionados aleatoriamente,
recebeu anestesia “alta” de boca fechada Vazirani-Akinosi.
O paciente foi solicitado a fechar a boca,
e a bochecha ipsilateral foi retraída com a ajuda de
a cabeça de um espelho bucal. A solução foi injetada
pelo mesmo médico (primeiro autor) usando agulha de 35 mm
(Septojeto). A agulha foi avançada paralelamente ao plano
oclusal ao nível da mucosa gengival maxilar.
junção. A agulha foi avançada até que o cubo estivesse
nível com a superfície distal do segundo maxilar
molar. Após aspiração, 2,2 mL de solução anestésica foram
depositado.
Vinte e seis pacientes receberam infiltrações buco-linguais
de articaína a 4% com epinefrina 1:100.000.
(Septaneste). Para infiltração bucal foram utilizadas agulhas
curtas calibre 27 (Septoject). Um comprimento aproximado de
o dente foi medido na radiografia pré-operatória,
e uma rolha de borracha foi colocada adequadamente no
agulha. Um gel anestésico tópico foi colocado com um
aplicador com ponta de algodão, bucal ao dente envolvido. O
a agulha foi colocada suavemente na mucosa alveolar bucal
oposta à área de furca, com bisel voltado para
O osso. A agulha foi avançada até aproximadamente
atingiu os ápices da raiz, quando a rolha tocou o
cúspides bucais. Depois de atingir a área alvo, a aspiração
foi realizada e 1,1 mL de solução foi depositado em
taxa de 1 mL/min. Da mesma forma, a infiltração lingual foi
administrado na mucosa alveolar lingual logo abaixo da
gengiva inserida lingual, após aplicação de um tópico
gel anestésico.
Aggarwal, Singla e Kabi 305
Gow-Gates mandibular "Alto" Vazirani-Aquino Bucal-lingual
bloco de condução técnica infiltração
27 5, faixa 22-32 13 25 6, faixa 21-31 12 26 5, intervalo- 21-31
masculino masculino 14 masculino
12 mulheres 12 mulheres 12 mulheres
119 42 108 44 110 45
12 7 12 8 10 6
Após 15 minutos da injeção, cada paciente foi questionado
se seu lábio estava dormente. Se dormência labial profunda
não foi gravado em 15 minutos, o bloqueio foi
considerado sem sucesso e os pacientes foram
excluído do estudo. Esta etapa foi omitida
grupo de infiltração bucal-lingual. Os pacientes
foram novamente solicitados a avaliar sua dor no HP VAS. O
os dentes envolvidos foram isolados com um dique de borracha e um
foi iniciada a abertura de acesso convencional. Pacientes
foram instruídos a levantar a mão se sentisse alguma dor
durante o procedimento. Em caso de dor durante o
tratamento, o procedimento era interrompido e os pacientes eram
solicitado a avaliar a dor no HP VAS. O sucesso foi definido
como “sem dor” ou dor “fraca/leve” durante a endodontia
preparação de acesso e instrumentação.3,7
Os resultados foram registrados em um arquivo Microsoft Excel
planilha (Microsoft Office Excel 2003) para estatísticas
avaliação utilizando o programa BioEstat, versão 4.0
(Instituto Mamiraua, Belém, Brasil). Idade e inicial
e dor pós-injeção dos indivíduos foram resumidas
usando médias e desvios padrão. Análise de variância por
comparação múltipla (Kruskal-Wallis) e testes t
foram usados para determinar diferenças significativas
em P <0,05. Sucesso anestésico entre o controle IANB,
Gow-Gates, Vazirani-Akinosi e bucal mais lingual
as infiltrações foram de natureza dicotômica e foram analisadas
por meio de testes de McNemar.
RESULTADOS
Noventa e sete voluntários adultos, 51 homens e
46 mulheres, com idade média de 28 anos, variando
de 21 a 33 anos, participou desta prospectiva,
estudo randomizado, duplo-cego. Dos 102 originais
pacientes, 5 pacientes, 2 de cada grupo IANB e Gow-Gates e
1 dos grupos Vazirani-Akinosi,
não apresentou dormência labial profunda aos 15 minutos e
foram excluídos do estudo. Dos 26 pacientes de
infiltrações buco-linguais, 21 apresentavam infiltrações labiais profundas
anestesia, embora isso não tenha sido considerado na
inclusão dos sujeitos no estudo. A idade, o sexo e
dor inicial e 15 minutos após a injeção de todos os
pacientes são apresentados na Tabela I. Distribuição dos dentes
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306 Aggarwal, Singla e Kabi
Tabela II. Distribuição de dentes
Gow Gates "Alto"
mandibular Ministro- Bucal-lingual
Ao controle condução Akinosi
Dente IANB bloquear técnica infiltração
Primeiro molar 12/22 (54%) 14/25 (56%) 13/24 (54%) 13/26 (50%)
Segundo 22/10 (46%) 25/11 (44%) 24/11 (46) 26/13 (50%)
molar
Não houve diferenças significativas (P <0,05) entre os grupos.
IANB, bloqueio do nervo alveolar inferior.
para controle IANB, Gow-Gates, Varizani-Akinosi e
infiltrações buco-linguais são apresentadas na Tabela II.
Não houve diferença estatística entre a idade
(P 0,05), sexo (P 0,05) ou dor inicial (P 0,05)
e distribuição dos dentes. Todos os pacientes incluídos no
estudo (exceto para a infiltração bucal-lingual
grupo) recebeu anestesia labial profunda após 15 minutos.
Todos os pacientes relataram uma diminuição significativa na atividade proeminência da língula, o posicionamento da agulha é
dor após anestesia local (P 0,05). A pós-injeção
dor Os escores HP VAS de diferentes grupos foram
insignificantes (P < 0,82).
A comparação da porcentagem de pacientes com sucesso
anestésico (“sem dor” ou dor “fraca/leve” durante o preparo e
instrumentação do acesso endodôntico)
é apresentado na Tabela III. Controle IANB deu 36%
taxa de sucesso (8 em 22 pacientes). O bloqueio da condução
mandibular de Gow-Gates aumentou significativamente a taxa
de sucesso para 52% (13 de 25 pacientes) (P <0,05).
A técnica "alta" Vazirani-Akinosi deu 41% de sucesso
taxa, que foi estatisticamente insignificante em comparação
com controle IANB. Infiltrações buco-linguais
deu apenas 27% de taxa de sucesso, embora fosse estatisticamente
insignificante em comparação com o IANB de controle. Nenhum dos
técnica deu 100% de taxa de sucesso.
DISCUSSÃO
Um grande desafio enfrentado pelo endodontista é a
manejo bem-sucedido da dor endodôntica. A dor endodontica
é percebida e transportada principalmente pelas fibras C
e fibras A-delta, que são os neurônios aferentes primários do
sistema periférico da dor trigeminal.26 Quando
estimuladas, essas fibras liberam neurotransmissores, como
como substância P e proteína relacionada ao gene da calcitonina
(CGRP),27 e retransmite o sinal para o núcleo caudal
(também conhecido como corno dorsal medular).28 Aqui, o
estímulos dolorosos são integrados, processados ou modulados
e depois transferido para o tálamo. De
tálamo, eles são transportados para o córtex, onde
são finalmente percebidos.28 Em um corpo não ferido ou não inflamado
polpa, os nociceptores normalmente não são ativados por
temperaturas suaves ou alterações de pH. No entanto, durante
inflamação, sua atividade é modificada pela inflamação
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Fevereiro de 2010
mediadores históricos (prostaglandinas ou cininas) que os
ativam ou sensibilizam. Mediadores inflamatórios podem
reduzir o limiar para ativação de neurônios nociceptores a tal
ponto que um estímulo menor pode disparar esses neurônios
neurônios.27,29,30 Isso contribui para a sensibilização
periférica do sistema trigêmeo da dor. Além disso,
a ativação repetida da fibra C causa liberação de substância
P e CGRP, que atua nos receptores de N-metil-D-aspartato e
resulta em sensibilização central.11
É muito difícil obter anestesia com sucesso em
molares inferiores inflamados. Foi dito que pacientes com
pulpite irreversível têm 8 vezes mais
chances de falha da anestesia local em comparação com
pacientes normais.11 O IANB convencional é usado para
anestesiar molares inferiores. Envolve a deposição de
solução de anestesia local no pterigomandibular
espaço, banhando o nervo alveolar inferior logo antes dele
entra no forame mandibular. Por causa da análise
localização tômica do forame mandibular e osso
limitado.8,9,11 Suprimento nervoso acessório para a mandíbula
molares também desempenha um papel na falha do convencional
IANB.11,18 Também pode haver surgimento de terminais
fibras nas áreas de inflamação na polpa dentária.11
A inflamação também ativa os receptores vanilóides sensíveis
à capsaicina, também conhecidos como TRPV1.29 .
mostrou que os receptores vanilóides sensíveis à capsaicina são
presentes nas polpas dentárias e que sua ativação libera
neuropeptídeos como CGRP.26,27,30 O TRPV atua como um
sensor para mudanças de pH e calor na polpa.29,30
Goodis et al.29 demonstraram que a diminuição do pH
de 7,4 para 6,5 aumentaram sua capacidade de resposta à
capsaicina. Uma redução na temperatura do tecido de 37°C para
26°C bloqueou completamente a ativação desses nociceptores
pulpares induzida pela capsaicina.29,31 Isso se correlaciona
com as observações clínicas de que o resfriamento localizado
do tecido (por exemplo, aplicação de gelo ou ingestão de água fria) reduz
dor devido a pulpite grave.
Foi demonstrado que os neurônios aferentes periféricos
têm vários receptores ao longo de seu comprimento, incluindo
canais dependentes de voltagem, canais de potencial receptor transitório.
canais, receptores opioides moduladores da dor e receptores
acoplados à proteína G.11-13,30,32-34 Parece lógico que
banhando um comprimento maior de nervo em solução anestésica
ajudaria a aumentar a taxa de sucesso da anestesia
o nervo. No presente estudo, descobriu-se que o bloqueio de
condução mandibular de Gow-Gates apresentou uma taxa de sucesso
de 52%, superior ao IANB convencional
(grupo de controle). A injeção de Gow-Gates envolve a
deposição de solução anestésica próxima à fóvea pterigóidea
adjacente à cabeça do côndilo. O ponto de solução
a deposição é maior do que no IANB convencional. Por causa
da gravidade, a solução se difunde em uma direção inferior
direção, preenchendo o espaço pterigomandibular e movimentando
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Volume 109, Número 2
Tabela III. Comparação da porcentagem de anestesia bem-sucedida
Bloqueio de condução mandibular de
Controle IANB Gow-Gates
Anestesia bem-sucedida 36% (8 de 22 pacientes) 52% (13 de 25 pacientes) 41% (10 de 24 pacientes) 27% (7 de 26 pacientes)
indo tão para frente quanto o músculo bucinador.17 Assim,
todos os ramos sensoriais orais do nervo mandibular, incluindo
o nervo miloide, são expostos à solução anestésica.
O comprimento do nervo exposto à solução anestésica é
significativamente maior do que no BNI convencional,17,18
aumentando assim o número de canais dependentes de
voltagem expostos à solução de anestesia local. Uma grande
limitação da injeção de Gow-Gates é a curva de aprendizado do
operador com a técnica. Além disso, a artéria maxilar e o plexo
pterigóideo estão presentes próximos ao ponto de deposição
da solução.18 Lesões acidentais podem causar dor e
hematoma.18 Outra limitação dessa técnica é a dependência de
pontos de referência extraorais. Um dos pacientes do presente
estudo apresentou inchaço extraoral causando desvio do tragus.
Como a divergência da seringa é mantida paralela à divergência
do tragus, não foi possível administrar com precisão a injeção
de Gow-Gates. Em vez disso, o paciente foi incluído na técnica
de boca fechada.
A segunda técnica avaliada no presente estudo foi a anestesia
“alta” de boca fechada Vazirani-Akinosi.
Deu uma taxa de sucesso de 41%, que foi estatisticamente
insignificante em comparação com o IANB de controle. Como o
nome sugere, esta técnica envolve a deposição da solução em
posição de boca fechada. A solução é depositada mais elevada
que o BIAN convencional, aumentando assim o comprimento do
nervo exposto à solução anestésica.5,18,19 É altamente
vantajoso em condições que limitam a abertura da boca. A
única desvantagem é que não há ponto final de contato ósseo.
Jung et al.21 demonstraram que a infiltração bucal de articaína
a 4% com adrenalina 1:100.000 pode fornecer uma taxa de
sucesso semelhante para anestesiar primeiros molares
inferiores normais e não inflamados como IANB padrão. No
presente estudo, a infiltração bucal e lingual proporcionou uma
taxa de sucesso de 27% em pacientes com pulpite irreversível.
O IANB convencional não foi administrado e as infiltrações
foram administradas como uma injeção básica. Matthews et al.35
demonstraram que em casos de pulpite irreversível com falha
no IANB, a injeção suplementar de infiltração bucal de um
cartucho de articaína a 4% com epinefrina 1:100.000 proporciona
anestesia bem-sucedida em 58% dos dentes posteriores
inferiores. Além disso, Aggarwal et al.7 demonstraram que a
infiltração bucal-lingual suplementar de articaína a 4% aumenta
as taxas de sucesso em pacientes com pulpite irreversível,
enfatizando assim o uso da anestesia infiltrativa como método
suplementar ao bloqueio do nervo mandibular em pacientes
inflamados. polpas.
Aggarwal, Singla e Kabi 307
Técnica Vazirani-Akinosi Infiltração bucal e
"alta" lingual
No presente estudo, três técnicas diferentes (bloqueio de
condução mandibular de Gow-Gates, técnica de Vazirani-Akinosi
e infiltração bucal-lingual) de anestesia em molares inferiores
foram avaliadas e comparadas com BIAN convencional em
termos de dor durante o acesso. preparo cavitário em pacientes
com pulpite irreversível; Articaína a 4% com linha de adrenalina
1:100.000 foi usada em todas as injeções. Foi demonstrado que
a articaína a 4% é superior à lidocaína a 2% como anestésico de
uso geral para odontologia.36 Articaína (4-metil-3-[1-oxo-2-
(propilamino)-propionamido]–2-tiofeno– cloridrato de éster
metílico de ácido carboxílico) é derivado do tiofeno e contém um
anel tiofeno em sua molécula em vez do anel benzênico usual,
aumentando a lipossolubilidade do fármaco, bem como sua
potência.37,38 Foi demonstrado que a articaína é mais eficaz
deprimiu o CAP das fibras A no nervo sural de rato isolado do
que 2% ou 4% de lido-
caína ou mepivacaína a 3%.39 Entretanto, alguns autores
demonstraram que não há diferença entre lidocaína a 2% e
articaína a 4% em molares inferiores saudáveis ou inflamados
após IANB.2,3,15,40
Um volume de 2,2 mL de solução anestésica local foi
usado em vez dos cartuchos padrão de 1,8 mL. Kohler et al.41
demonstraram que 1,8 mL de solução de anestesia local pode
ser ineficaz em fornecer anestesia adequada com bloqueio de
condução mandibular de Gow-Gates. Deve-se notar também que
embora todos os pacientes apresentassem sintomas subjetivos
de dormência labial, a anestesia não foi bem sucedida em todos
os casos. Esse fenômeno também é observado em polpas não
inflamadas, onde, apesar da dormência labial bem-sucedida, o
clínico não conseguiu obter resposta ao estímulo máximo no
teste elétrico da polpa.3,7,20-24 No grupo de infiltração bucal
mais lingual, 21 dos 26 pacientes tiveram anestesia labial. Isto
pode ser devido à difusão da solução anteriormente no sulco
bucal, anestesiando o nervo mentoniano.
Concluindo, o bloqueio da condução mandibular de Gow-
Gates pode aumentar a taxa de sucesso em pacientes com
pulpite irreversível em molares inferiores. Nenhuma das técnicas
avaliadas no presente estudo apresentou taxas de sucesso
aceitáveis.
REFERÊNCIAS
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Uma comparação da eficácia anestésica da articaína
Machine Translated by Google
308 Aggarwal, Singla e Kabi
e lidocaína em pacientes com pulpite irreversível. 35:165-8.
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Solicitações de reimpressão:
Vivek Aggarwal Departamento
de Cirurgia Dentária Safdarjung Hospital
Nova Delhi Índia
drvivekaggarwal@gmail.com